Lucy says: OMG! escrita por Arista


Capítulo 7
7 - Seguir em frente


Notas iniciais do capítulo

SERIA UM MILAGRE UM CAPÍTULO NOVO? Pois é, amigos, milagres existe e aqui estou eu para provar q

Eu sei, eu sei, posto um capítulo novo e de repente sumo e só dou as caras meses depois, peço perdão por isso. Tá rolando altas coisas comigo e a falta de criatividade tá me ajudando a não postar capítulos. E apesar de eu só dormir, comer e estudar, tá realmente complicado as coisas aqui.

NÃO vou prometer capítulos mais rápidos porque, como eu disse, tô passando por uma fase de falta de criatividade e por conta disso acabo demorando a postar os capítulos 3 Mas não irei abandonar a fanfic de jeito nenhum, prometo. Nem essa, nem as outras que estão em andamento ♥

Por algum motivo eu estava escutando a música Isqueiro Azul da Tiê e acho que até dá um clima legal na última parte do capítulo, então se vocês quiserem ouvir, eu super recomendo ♥ (Mas escutem com a participação do Alexandre Carlo, acho mais cute q)

ps: o nome do capítulo ia ser "siga em frente", mas isso iria me render uma crise de risos por lembrar do carreta furacão...



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Obviamente, Gray se manteve bastante decidido a tentar conversar comigo, sempre que estávamos sozinhos ele insistia em se explicar e dizer que ainda sentia algo por mim. Ele conseguia reunir todos os clichês de canalhas existentes em uma pessoa só, fico até surpreendida com isso. Juvia e Gildarts pareciam não  perceber o clima tenso entre nós dois, nem mesmo os olhares que ele me dava de vez em quando. É claro que Cana percebia tudo e sempre que o olhar dela e de Gray se cruzavam, a mesma fazia questão de mostrar o quão perigosa poderia ser.

Não havia muito o que fazer por aqui. Apesar de eu amar a vida longe de toda aquela agitação da cidade, eu ficava incrivelmente entediada. Abri meu notebook e decidi dar uma olhada no meu blog, o post que eu havia feito a noite passada já possuía alguns comentários e diversas visualizações. Sorri, eu adorava esse meu “trabalho”. Olhei os diversos comentários e me surpreendi ao ver mais um comentário daquele Salamander.

“Salamander says: Descobrir que fui traído. É a pior sensação do mundo. É incrível ver que a pessoa que você amou durante tempos e que parecia retribuir esse amor não é nada do que você pensou, e que tudo aquilo que você viveu foi como se relacionar com um estranho.

Espero que tanto eu quanto você possamos encontrar alguém que nos amará igualmente.”

Ler as palavras do Salamander acalmaram meu coração de uma forma inexplicável. Era impressionante ver que ele conseguia aliviar um pouco da tensão que atormentava os meus pensamentos. Salamander parecia estar ao meu lado e entender meus sentimentos, quando ninguém poderia entendê-los. Claro, amo que Cana esteja me dando toda a força possível, mas ela não entendia direito pelo o que eu estava passando. Sorri, pronta para responder o comentário dele, quando Artie adentrou meu quarto correndo.

— Tia Lucy, tia Lucy! — ele gritava, enquanto corria em círculos pelo meu quarto.

— Oi, meu amor. — sorri, fechando o notebook e olhando para ele. — Posso saber o motivo dessa sua felicidade? — perguntei curiosa, levantando da cama e o pegando no colo.

— M-mamãe disse que p-poderíamos ir no p-parque de diversões s-semana que vem!

— Ah, é? Que maravilha, mas a tia Lucy está convidada pra ir, não é? — ele assentiu com a cabeça várias vezes. — O que acha de a tia fazer um bolo de cenoura para comemorar isso, hein? — ele abriu um enorme sorriso e eu entendi como um sim.

Fui em direção a cozinha com Artie em meus braços. Não sou nenhuma expert na cozinha, mas sei cozinhar razoavelmente bem. Afinal, quis sair cedo das asas do meu pai e seria quase impossível viver sem saber cozinhar alguma coisa. Sentei Artie na bancada e fui aos poucos pegando os ingredientes e seguindo a receita, o pequeno vez ou outra me ajudava, ou até mesmo jogava farinha em mim. Terminou que eu e ele estávamos completamente sujos de farinha.

Algum tempo depois, já estava pronto - e muito cheiroso - o meu bolo de cenoura com cobertura de chocolate.

— Isso que eu tô sentindo é bolo de cenoura? — Gildarts surgiu na cozinha, gargalhando em seguida ao ver o meu estado e do menino. — Vocês dois estão muito engraçados com essa farinha toda no corpo. — olhei para Artie e o mesmo olhou para mim, acho que ambos tivemos a mesma ideia pois começamos a jogar farinha em Gildarts. — Traidores!

E assim iniciou-se uma guerra de farinha pela cozinha. O pequeno pulou da bancada em direção ao mais velho, que graças a deus havia conseguido segurá-lo. Em minhas mãos estava um saco cheio de farinha, que já estava pela metade. Ele nos olhava completamente ofendido, abrindo a geladeira e pegando ovos. Arregalei os olhos, dando alguns passos para trás. Gildarts tinha um sorriso enorme em seus lábios, enquanto caminhava em minha direção.

— Gildarts, você não faria isso com a  sua filha de consideração, não é? — eu disse, assustada.

Ele levou a mão com o ovo em minha cabeça e o quebrou, sujando meu cabelo todo. O meu belo cabelo loiro estava sujo e fedendo a ovo. Olhei furiosa para ele, roubando alguns ovos e tacando no mesmo. Iriamos continuar essa guerra, até Cana aparecer com uma cara nada feliz.

— Eu só vou perguntar uma vez… o que está acontecendo aqui? — tanto eu quanto os dois trememos com tom de voz dela. Cana era extremamente assustadora quando ficava irritada.

— Brincando? — ela cerrou os olhos, encarando o pai, que se encolheu de medo.

— Eu quero essa cozinha limpa. IMEDIATAMENTE! — exclamou, pegando seu filho e saindo da cozinha.

Só havia restado nós dois na cozinha, nos entreolhamos e caímos na risada. Não demorou muito para que terminássemos de limpar a cozinha. Meu cabelo ainda fedia e minhas roupas ainda estavam sujas de farinha, então fui direto para meu quarto para tomar um bom banho. Eu estava prestes a entrar no quarto, quando Gray surge no corredor, olhando para mim como quem queria rir.

— Será que você não vai me deixar em paz? — pergunto, revirando os olhos.

— Não quando você fica maravilhosa coberta de farinha. — bufei, girando a maçaneta e entrando no quarto, infelizmente isso não impediu que o mesmo entrasse atrás de mim.

— Eu quero tomar banho e você está me impedindo. — segurei a porta para ele sair, mas o mesmo continuava parado, olhando para mim. Ergui uma das sobrancelhas. — Vai sair, ou vou ter que jogar algo em cima de você?

— Acho que algumas coisas precisam ser esclarecidas, não é? Eu lhe devo algumas explicações sobre tudo isso.

— Sinto pena de você, sabia? Era um cara tão legal quando nos conhecemos, como se tornou o canalha que é agora? O que aconteceu com aquele príncipe que conheci? — o olhei nos olhos. — Você não merece uma garota como a Juvia, mesmo que eu não a suporte, eu não a desejo alguém como você.

— Eu me apaixonei por ela. — ele comentou. — Como eu não tinha me apaixonado por você, mas, por Deus, Lucy, eu vivi anos incríveis ao seu lado. Acha mesmo que posso esquece-los do dia para a noite?

— Se está apaixonado por ela, por que ainda insiste em mim? Quer um conselho? Saia do meu quarto, deixe-me em paz e viva com ela. Ame-a, cuide dela e por favor, não faça o mesmo que fez comigo.

— Por que eu ainda penso em você? Por ainda sinto a droga do seu cheiro? — perguntou-me como quem implorava por respostas. — É possível gostar de duas pessoas ao mesmo tempo?

— Porque você sente culpa por ter me usado. Posso fazer uma pergunta sincera a você? — ele confirmou com a cabeça. — O que gosta na Juvia?

Ele pareceu pensar por alguns segundos, abrindo um sorriso e ganhando um brilho no olhar.

— Gosto do sorriso que ela dá, sempre que me vê. Gosto da coisinha que ela faz com o nariz quando ri. De quando ela sente raiva de mim e infla as bochechas. De quando.. —  o interrompi.

— Você a ama. Ainda pensa em mim porque insiste em reviver o passado. Achei que dentre nós dois, você seria o primeiro a seguir em frente. — ri. — Agora, já que tudo está esclarecido, poderia por favor sair do quarto e me deixar tomar banho? O ovo no meu cabelo está começando a feder.

Gray riu, concordando com a cabeça. — Ahn.. obrigado por tudo, sabe, todos os anos vivendo juntos.

— De nada. — sorri.

Naquele banho, eu chorei. Não por ter perdido alguém que amei com todas as forças, mas porque como Gray, eu ainda gostava de reviver aquele passado, ainda gostava do quão agradável aquelas memórias eram.

Suspirei, agora é hora de seguir em frente.


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Notas finais do capítulo

TCHADÃM!

Inicialmente eu iria deixar o Gray sendo um canalhão e tals, mas eu tenho um crush fodido por esse homem e não consigo deixa-lo cruel por muito tempo ;_: Agora resta saber se ele vai tomar jeito ou não, mas isso fica pra mais tarde.

Até o dia em que um novo milagre acontecer ♥



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