Lucy says: OMG! escrita por Arista


Capítulo 6
6 - Chore um rio por mim


Notas iniciais do capítulo

OIE AMIGUINHOS! Sim, eu voltei das cinzas como uma fênix e eu costumo fazer isso frequentemente, então se acostumem q

Pra dizer a real, o capítulo já tava pronto a um tempinho ae, só que tinha que corrigir e tals, ai acabou demorando mais do que o necessário para ele sair. Eu estou um pouco enrolada com a escola, já que eu sou bem burra e preciso tomar vergonha na cara pra estudar (é a vida), por isso os capítulos podem demorar, ok? ♥ Mas JAMAIS irei abandona-los.

Obs; O título foi inspirado na música "Cry me a river" do Justin Timberlake. ♥



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Artie se sentou na beirada da cama e tratou logo de ligar a televisão. Eu estava irritada, chateada e com pensamentos assassinos rodeando minha cabeça. Desde que ele havia terminado comigo, eu passei dias chorando e sem a mínima vontade de sair de casa, enquanto ele estava dormindo com a prima da minha melhor amiga, sem nem ao menos considerar meus sentimentos. Eu queria chorar e xingá-lo com todas as forças, mas óbvio que não faria isso com Artie no quarto.

Fui até o banheiro e tomei uma boa ducha de água gelada para me acalmar, coloquei um pijama e me deitei na cama. Eu estava completamente desanimada - não tenho coragem de descer para jantar com aquele energúmeno destruindo a minha vida.

Olhei para o pequenino que coçava os olhos de sono.

— Baixinho, vamos dormir. — ele assentiu com a cabeça, desligou a televisão e se deitou ao meu lado. O melhor que eu poderia fazer agora é tentar esquecer e seguir em frente, mesmo que meu coração esteja completamente despedaçado.

Abracei ele e suspirei, fechando os olhos e tentando dormir. Nunca tive uma insônia tão grande quanto a dessa noite, as horas iam passando rapidamente e nada do meu sono chegar. Olhei para o pequeno que dormia calmamente e me levantei da cama. Era duas da manhã, e como todos provavelmente estarão dormindo essa seria uma boa hora para comer alguma coisa.

Desci as escadas em silêncio e me direcionei a cozinha. Acendi as luzes e fui direto a geladeira, onde havia uma imensa variedade de alimentos, mas optei por comer um simples pudim. Peguei uma colher e dei uma bela colherada naquela sobremesa, pensando que Gildarts realmente era um Deus quando se tratava de comida.

Me sentei em cima da bancada da cozinha e continuei a apreciar aquela coisa divina.

— Você não mudou nada. — ouço uma voz atrás de mim, e com o susto acabei quase caindo da bancada, mas me mantive firme quando vi de quem pertencia a voz. — Sempre faminta. — revirei os olhos e continuei a comer.

— Falando desse jeito, até parece que realmente prestava atenção em mim. — ele riu, se aproximando de mim, mas eu me afastei.

— Olha, Lucy, o que você viu.. — o interrompi.

— Não, Gray, você me traiu. Enquanto eu ficava em casa, esperando você como uma trouxa que sou, enquanto você estava com uma outra garota, bem mais nova que você! — eu disse, elevando um pouco a voz, mas não muito para não acordar os outros.

— Você não entende, eu sou homem, não consegui me conter! — eu ri, dessa vez bem alto.

— Sério mesmo que você vai usar essa desculpa comigo? De todas as desculpas do mundo, você resolveu usar justamente essa? — terminei o pudim e joguei o pote no lixo. — Eu esperava mais de você, achei que eu te conhecesse, mas parece que eu passei anos amando um estranho completo. Tenha uma boa noite.

Subi as escadas rapidamente e corri para meu quarto, trancando a porta em seguida. Meus olhos começaram a arder, eu não poderia chorar, não podia fraquejar. Me deitei na cama e afundei a cara no travesseiro antes que as lágrimas caíssem. E então, apaguei.

Artie pulava na cama, soltando diversas risadas enquanto fazia isso. Obviamente me levantei assustada ao sentir ele pular na cama, mas me recuperei ao vê-lo rindo da minha reação.

— Garoto, você quase matou a tia do coração. — ele riu novamente, sentando-se na cama e me olhando.  — Sabe se sua mãe já chegou? — ele confirmou com a cabeça. — Pode pedir para ela vir aqui? — nem precisou me responder, pois o mesmo saiu correndo do quarto.

Fiz minha higiene pessoal e troquei de roupa. Não demorou muito para que Cana aparecesse em meu quarto, e pela cara que ela fazia, era óbvio que a mesma sabia o que estava acontecendo. Ela correu em minha direção e me abraçou fortemente; era o que eu mais precisava naquele momento.

— Eu não posso acreditar que ele fez uma sacanagem dessas com você. — ela disse, soltando-se do abraço e me olhando. — Se eu soubesse que ele era o namorado dela, juro que não teria ido ao encontro e te deixado aqui sozinha.

— Não, eu estou bem, não precisa se preocupar com isso. — forcei um sorriso. — E seu encontro, como foi?

As bochechas de Cana ganharam um tom avermelhado, soltei uma risada, pois essa era a primeira vez que eu a via envergonhada.

— Nunca me diverti tanto em toda a minha vida. — ela murmurou, um pouco sem graça. Soltei um grito e me joguei em cima dela, abraçando-a. — Nós dançamos, bebemos e rimos muito. E bem, ele disse que talvez apareça por aqui.

— Ai meu Deus, minha melhor amiga encontrou o amor da vida dela. — comemorei, animada.

— Não sei se estou preparada para isso. Não acha que é muito cedo? Artie é muito novo e pode não aceitar isso muito bem.

Confirmei com a cabeça. Realmente Artie poderia não gostar dessa novidade, afinal ele é muito grudado na mãe, e se começar a se sentir ameaçado poderá aos poucos acabar com a relação nova dela.

— Que tal fazermos assim: ele pode vir aqui como um simples amigo, ou se você achar melhor pode esperar a relação se concretizar.

— Acho melhor esperar, prefiro manter isso escondido do Artie por algum tempo. — ela suspirou. — Agora, vamos descer, papai está fazendo aquelas panquecas que você tanto ama. - Sorri para ela, me levantando da cama.

Descemos a escada conversando um pouco mais sobre o encontro. Gildarts tinha um costume de fazer a família toda comer ao ar livre, então logo seguímos para a varanda atrás da casa. Não demorou muito para que a imagem de Gray entrasse no meu campo de visão e meu coração se enchesse de amargura novamente. Abri meu melhor sorriso e me sentei ao lado de Cana na mesa.

— Pensamos que você nunca fosse levantar da cama, Lucy. — Juvia riu, arrancando uma risada de Gildarts.  

Sorri sem graça por dormir tanto. A verdade é que encontrar Gray no meio da noite havia sido um grande impacto para mim, tão forte que não consegui segurar o nocaute. O café da manhã já estava posto na mesa, e como sempre, o gosto estava incrível. Levei o copo de suco de maracujá até a boca, entretanto quase me engasguei ao ver uma criatura rosa passar diante dos meus olhos. Tossi com força, segurando na mesa e chamando a atenção de todos.

— Meu Deus! — Gray gritou, dando leves tapas nas minhas costas. Sinceramente, preferia morrer do que ser ajudada por ele, mas enfim, a tosse foi parando as poucos e finalmente consegui respirar normalmente.

Natsu olhava divertido para mim, quase se podia ver um sorriso se formar em seus lábios. Sem que ninguém notasse fiz um sinal para ele e comecei a me levantar da mesa.

— Preciso ir ao banheiro. — murmurei, saindo dali e seguindo para um cômodo qualquer da casa. Segundos depois Natsu apareceu atrás de mim e logo o empresei pela parede. — O que você está fazendo aqui? Por acaso está me seguindo? — ele riu, levantando as mãos como se estivesse sendo preso.

— Ei, calma aí. Por que você pensa que eu estou aqui por sua causa? Garota, você é bem convencida. — revirei os olhos, apertando-o ainda mais.

— Me diz! O que veio fazer aqui?

— Não sei se você tem problemas de audição ou algo do gênero, porque eu me lembro claramente de ter dito que eu trabalho como paisagista e bem, no momento você está me impedindo de ganhar dinheiro. — ele sorriu.

O soltei e me afastei logo em seguida.

— Com tanta casa no mundo, você tinha que aparecer justamente nessa?

— Não sabia que era filha do Gildarts.

— Não sou filha dele, sou melhor amiga da filha dele. — murmurei. — Só pode fingir que não me conhece? Por favor. — ele riu.

— Para sua sorte, fofinha… — apertou meu nariz. — Meu trabalho por aqui está completo, então não tenho motivos para permanecer, apesar de querer saber o porquê de esconder que me conhece.

— Só vai embora, Natsu. — arranquei uma gargalhada dele.

— Até mais, Lucy — ele saiu do cômodo, me deixando sozinha.

Suspirei, encostando-me na parede. Por que diabos minha vida havia ficado tão agitada dessa forma?

— Lucy? — ouço a voz de Gray. Céus, esses homens não me deixam em paz? — Está tudo bem? Gildarts pediu que eu viesse ver como você estava.

— Achei que não ficasse preocupado de como eu me sentia. — respondi, amargurada. — Mas estou bem, pode voltar para sua namorada. — me preparei para sair, porém o mesmo segurou meu braço, impedindo-me de ir.

— Será que alguma hora você irá me ouvir?

— Te ouvir? Por que? Para saber que eu estava apaixonada por um cara que me enganava? Por favor, poupe-me das suas histórias.

— Lucy! Eu realmente não queria, mas nossa relação já não era a mesma, não estávamos tão apaixonados quanto antes.

— Então vai ser assim que você irá tratar todas as suas relações? Se não tem mais tanto amor quanto no início, você vai simplesmente jogar tudo fora? E o amor que resta? Não irá lutar por ele? — elevei um pouco a voz. — Eu te desejaria todo o mal, mas não sou tão suja a esse ponto.  

— Eu ainda penso em você... — ele murmurou.

— É? Deve ser horrível beijar outra e ver o meu rosto, não é? Mas quer saber? Eu não me importo mais com você, porque passei tempo demais amando alguém quando deveria valorizar a mim mesma. — soltei meu braço e fui andando de volta a mesa.

. . .

Algumas pessoas podem te decepcionar amargamente durante a sua vida. Talvez seja um amigo próximo, um familiar ou até mesmo um amor seu. O importante é você se lembrar que não irá morrer por isso, então erga a sua cabeça e siga em frente, não desista.

A vida me mostrou que alguém que eu tanto amava e confiava não sentia o mesmo por mim. Eu quis chorar um rio por ele ao lembrar da forma que ele dizia meu nome, quis xingá-lo ao saber da traição que carregava em suas costas e quis odiá-lo por mesmo assim saber que meu coração bate por ele.

Passei parte da minha vida devoto a ele, sem me importar comigo mesma.

Mas percebi que de nada adiantaria chorar pelo leite derramado, preciso amar a mim mesma para poder ser amada. Valorizar o que eu sou e conhecer alguém que valorize o mesmo.

Então é essa a dica que eu lhe dou:

Nunca se deixe levar por alguém, seja você mesmo e nunca desista.

E então, eu enviei.


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