Lucy says: OMG! escrita por Arista


Capítulo 5
5 - Gray Canalha Fullbuster


Notas iniciais do capítulo

OLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAR! Como estão, tranquilos? ;3

Eu sei, eu sei, demorei horrores pra postar um capítulo novo, mas a falta de criatividade tá me matando e aos poucos irei postando capítulos novos, ok? Eu estava beeeem inspirada nesse capítulo e ele provavelmente quase deu 2.000 palavras, mas eu decidi "dividir" o capítulo pra não ficar muito longo e blá blá blá.

Tô bem feliz com os comentários e os favoritos, adoro vocês do fundo do meu coração e só posso agradece-los por gostar dessa fanfic!

Acho que vocês irão gostar desse capítulo tanto quanto eu gostei! Boa leitura!



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Acordei cedo porque sabia que se demorasse muito a chegar na casa de Gildarts, Cana falaria poucas e boas no meu ouvido. Arrumei uma pequena mochila com algumas roupas e outras coisas que eu iria precisar, já que provavelmente dormirei por lá. Assim que acabei o banho, coloquei uma simples roupa e me despedi do meu apartamento.

O pai de Cana odiava a cidade, sempre nos disse que pessoas estressadas com o trabalho o irritavam, do mesmo jeito que o som das buzinas, então ele decidiu comprar uma casa – praticamente uma mansão de tão grande que era – bastante afastada da cidade. Era um lugar bastante agradável, me lembrava bastante a fazenda que meu pai me levava nas férias quando eu era criança.

Desde que eu e Cana nos tornamos amigas, passei a frequentar aquela casa com mais frequência. Muitas vezes quando eu e meu pai brigávamos, era para lá que eu corria e me abrigava, apenas pedindo que tudo aquilo desaparecesse. Aquele lugar havia se tornado um verdadeiro lar para mim e era por isso que eu o adorava bastante.

O táxi finalmente parou em frente a porta da casa, entreguei o dinheiro ao motorista e sai do carro, seguindo para a porta. Só de sentir o cheiro daquele lugar me causava nostalgia. Toquei a campainha e esperei para que me atendessem, o que não demorou muito, já que logo Gildarts aparecera me envolvendo em um abraço apertado.

— Céus, Lucy! Você está enorme. — ele dizia, enquanto se afastava e me olhava. — Nem parece que você era aquela menininha pequena e gulosa. — tanto eu quanto ele rimos.

— Eu estava com muitas saudades desse lugar. — comentei, sorrindo para ele. — E bem, sobre eu ser gulosa, isso ainda não mudou. Será que tem aqueles biscoitinhos com gotas de chocolate aí?

Gildarts gargalhou com vontade e me puxou para dentro de casa, me arrastando rapidamente para a cozinha. Assim que entramos no cômodo pude ver o pequeno Artie sentado em cima da bancada enquanto comia os biscoitinhos, e Cana estava encostada na pia olhando para ele e assim que me viu, veio correndo em minha direção.

— Achei que você não fosse chegar! — ela me abraçou forte. — Ainda bem que você chegou antes da minha prima chegar, você sabe como ela é meio chata. — revirou os olhos.

— Espera, sua prima vai vir também?

Cana e eu somos amigas desde pequenas e por conta disso eu conheço toda a família dela, assim como ela conhece a minha. A prima dela é uma garota, como posso dizer isso sem parecer cruel? Ela... é meio chata. Desde que a conheci, o único assunto que interessava inteiramente ela era os garotos. Todas as vezes que ela abria a boca era sempre pra falar de garotos. Só espero que dessa vez ela tenha aprendido que a vida não é só garotos, mesmo que eles sejam incrivelmente lindos.

— Sim, meu pai a chamou aqui. — apontou para o pai. Artie levantou os braços e Cana logo o pegou no colo, colocando-o no chão; o mesmo correu até mim e abraçou minhas pernas. — Artie sentiu sua falta, não é, filho? — o pequeno assentiu com a cabeça, enquanto eu o pegava no colo.

— Eu também senti muito a sua falta, Artie. — mordi suas enormes bochechas, arrancando risadas dele.

— T-Tia L-Lucy, você-ê p-passou o natal sozinha-a? — olhei para a Cana, completamente confusa, a mesma deu os ombros como se não soubesse de nada.

— Bem, de certa forma não, já que acabei tendo que jantar com um desconhecido. — respondi, um pouco sem graça, colocando-o no chão. Artie abriu um sorriso feliz. — Mas por que?

— N-Nada. — ele disse, em seguida saiu correndo, sem dar mais explicações.

Dei os ombros. Ele só deve ter perguntado por perguntar mesmo. Peguei alguns biscoitos e comecei a saboreá-los. Gildarts era um excelente cozinheiro e fazia os melhores biscoitos com gotas de chocolate que eu já havia provado, então assim que eu havia comido uma boa quantia, Cana se ofereceu para me levar até o meu quarto. Como eu havia dito, a casa de Gildarts era bastante grande: sete quartos, sete banheiros, uma cozinha enorme, sala de jantar, sala de estar, sala de jogos e ainda tinha uma área de lazer atrás da casa.

Entrei no quarto e me joguei na cama. Ela ainda continuava tão fofa quanto eu me lembrava. Cana fechou a porta e se sentou na beirada da cama, olhando para mim.

— Sinto que você quer me contar algo, desembucha. — me sentei na cama, olhando diretamente para ela.

Ela mordeu o lábio, mas logo abriu um pequeno sorriso.

— Sabe quando algo muito bom acontece na sua vida e você só consegue sorrir como boba? — ela sorriu ainda mais. Mexi as mãos em sua direção, incentivando a ela que continuasse.  — Eu acho que estou apaixonada.

— O que? — perguntei surpresa, me aproximando dela. — Como assim?

— Lembra do meu primeiro dia no trabalho? Eu simplesmente odiei o meu chefe e você sabe o quanto eu o xinguei, mas acabamos nos aproximando um pouco quando comecei a ajudá-lo no novo projeto da empresa. — mordeu o lábio novamente. — E nessa viagem... nós meio que se aproximamos muito mais que antes.

— Meu Deus, Cana! Não acredito que você transou com o seu chefe!

— Qual o problema? Ele é gostoso pra caramba! — riu. — Eu sei que parece meio estranho, mas eu estou realmente gostando dele e ele parece estar retribuindo esse sentimento.

— Tem certeza que ele não está te usando? E o Bacchus? Não sei se lembra, mas ainda é casada com ele. — ela me mostrou a mão onde deveria estar a aliança e a mesma se encontrava sem nada, me deixando surpresa.

— Eu não sou mais casada, assim que voltei da viagem fui até o Bacchus e pedi o divórcio. Estou oficialmente solteira. — sorriu. Eu nunca havia visto a Cana tão feliz assim, fazia bastante tempo que ela não se sentia amada por alguém decente e eu me sentia feliz por isso. — E em relação ao meu chefe... Eu também senti esse receio, até hoje de manhã cedo. Ele me mandou uma mensagem me perguntando se eu aceitaria sair com ele hoje a noite e eu aceitei, óbvio.

— Só lembre-se de usar camisinha. — bati de leve em seu braço, rindo. — Então quer dizer que vou passar a noite com o Artie e o Gildarts? — ela confirmou. —  É, parece que vamos comer bastante doce e assistir muito desenho.

— E minha prima, lembre-se que ela virá ainda hoje, isso se já não tiver chegando.

— Será que ela já conseguiu um namorado? Pelo menos assim ela ficaria um pouco mais quieta e não falara o tempo todo sobre os inúmeros garotos que ela gostou. — revirei os olhos, me jogando novamente na cama.

— Talvez, ela disse que queria contar algo especial pro meu pai e você sabe que ela adora ele, e vice-versa.

— Tudo bem, acho que posso aguentar ela sozinha por uma noite, se for para te deixar feliz! — Cana me abraçou animada, dando gritinhos e em seguida beijando minha bochecha.

— Você é a melhor amiga do mundo! Sério, eu te amo! Agora vamos descer para comer, estou morrendo de fome.

O resto dia foi tranquilo, almoçamos todo juntos, depois fomos todos fazer um grande passeio pelas áreas ao redor da casa, até começar a anoitecer e voltarmos. Artie e eu estávamos jogados no sofá, enquanto assistíamos "Star Vs Forces Of Evil". Cana desceu as escadas com muita elegância, ela estava linda, usando um vestido que favorecia muito o corpo dela.

— Você está um pedaço de mal caminho! — comentei, sorrindo.

— Acha mesmo que essa roupa ficou boa? Não quero parecer meio oferecida demais. — sorri, negando com a cabeça. Era a primeira vez que Cana ficava nervosa ao sair com alguém.

— Cana, você está linda. Na verdade, você é linda, só realçou um pouco mais essa beleza.

Ela ajeitou o cabelo, deu um beijo na bochecha de Artie e sorriu um pouco nervosa.

— Então, me deseje sorte.

— Tenho certeza que não precisa de sorte para conquistá-lo.

E assim Cana se foi, obviamente ela saiu as pressas com medo de que Gildarts falasse alguma coisa sobre sua roupa. Me joguei no sofá novamente e continuei a assistir o desenho com Artie. A campainha tocou, me levantei já pensando que fosse Cana que havia voltado ao perceber que tinha esquecido algo, porém Gildarts que havia surgido na sala foi mais rápido que eu e abriu a porta.

A porta se abriu e logo pude ver Juvia, a prima de Cana. Ela havia mudado bastante desde a última vez que eu a vi. Seus cabelos estavam um pouco cacheados nas pontas e muito maiores do que da última vez, suas roupas eram bastante simples e a mesma portava um enorme sorriso nos lábios.

— Tio Gildarts! — ela disse, se jogando em nos braços dele. — Eu estava morrendo de saudades de você.

— Eu também estava com saudades de você, Azulzinha. — ele disse, bagunçando levemente o cabelo dela. — Mas então, você havia me dito que tinha uma novidade para me contar, qual seria ela?

O sorriso de Juvia pareceu ainda maior.

— Eu estou namorando! — Gildarts sorriu. — E eu o trouxe para te conhecer. — Revirei os olhos, ótimo, agora terei que ficar de vela. — Gray, pode entrar.

Agora, imagine a minha surpresa ao olhar o meu ex-namorado, que havia me dado um imenso pé na bunda, entrando pela casa do pai da minha melhor amiga e ainda por cima, como namorado de outra garota. Minha respiração parou e meu coração se encheu de puro ódio.

Gray Canalha Fullbuster parecia bastante animado em conhecer Gildarts, isso até me ver parada na sala, o olhando com todo o ódio no mundo.  O Satã se pareceria com um simples bicho papão perto de mim nesse momento. Ele abriu seu maldito sorriso sem graça, porque ele definitivamente não esperava me encontrar aqui. Pude vê-lo engolir em seco e Juvia pareceu perceber isso.

— Vocês se conhecem? — arqueei um pouco a sobrancelha, olhando para ele.

— Nunca vi mais feio. — comentei, dando os ombros. Caminhei até perto dele, estendendo a minha mão. — É um prazer te conhecer, Gray. — usei ironia no "prazer".  — Espero que sua estadia aqui, seja bastante agradável.  — sorri, mas é claro que meus olhos queimavam em chamas.

Juvia ainda me olhava, mas logo abriu seu típico sorriso e focou-se em Gildarts. Gray ainda me encarava, completamente sem graça, aproveitei o momento para sussurrar um "eu vou matar você".

— E então, tio, onde iremos dormir?

— Você pode ficar no seu quarto como de costume e ele pode ficar em algum quarto vago da casa.

— Mas, tio, ele não pode dormir comigo? Nós já somos grandinhos e não há nada que não tenhamos visto. — ela olhou para ele e sorriu maliciosamente.

Meu sorriso assassino e meu olhar matador se intensificaram ainda mais. Ele já levou ela pra cama?

FILHO. DA. PUTA.

EU. VOU. MATAR. ELE.

— A-Acho que eu prefiro ficar em um quarto separado, afinal, tenho que respeitar sua família. — ele riu, sem graça.

Soltei uma leve risada, tão falsa quanto uma nota de três reais.

— Tipo, só uma curiosidade, não que eu queira saber muito sobre isso e tals, mas vocês namoram a quantos meses? — Gray gelou, ficando completamente paralisado com a minha pergunta.

— Três meses, não é, amorzinho? — Gray riu, ao invés de confirmar.

Três meses...

TRÊS FODENDO MESES!

Há três meses atrás eu estava namorando esse canalha e eu, trouxa demais havia achado que o mesmo ficava trabalhando até tarde, quando na verdade ele estava com outra! Cerrei os punhos com ódio. Ainda bem que não estávamos na cozinha porque eu iria cometer uma loucura. Jesus, me dê paciência, porque se der força eu acabo com esse canalha!

Respirei fundo, me acalmando um pouco e me virei para Juvia.

— Nossa, bastante tempo. E olha que vocês ainda parecem apaixonados. — comentei, colocando o falso sorriso novamente em meus lábios. — Que sorte enorme você tem, Juvia. Acredita que eu também estava namorando? Pois é, mas eu acabei de descobrir que ele é um babaca que não merecia o meu amor por ele, e também descobri que sou incrivelmente desastrada e causo muitos acidentes domésticos. Enfim, vai ser muito boa a sua presença aqui. E, claro, a do seu namorado. — me virei para Gildarts. — Infelizmente estou com uma leve dor de cabeça, deve ter sido devido a ressaca de ontem, então irei dormir. Vamos, Artie, você pode assistir desenho no meu quarto.

Artie não demorou muito para desligar a televisão da sala e vir até mim, segurando as minhas mãos. Acenei com a cabeça, me despedindo deles e indo para o meu quarto. Eu não iria chorar, porque sei o quão idiota eu seria fazendo isso, muito pelo contrário, irei mostrar o quão feliz eu estou sem ele.


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