Lucy says: OMG! escrita por Arista


Capítulo 3
3 - Implorar


Notas iniciais do capítulo

OLHA QUEM JÁ TÁ POSTANDO CAPÍTULO NOVO?

Na verdade, só estou postando porque esse capítulo já estava pronto -u- ou seja, não tem previsão do próximo já que nem comecei a escreve-lo. e-e Agradeço as três pessoas que comentaram e apesar de ser apenas três comentários me fez ganhar meu dia e postar ♥ Amo ocês. ahuhusa'

Explicação pro sumiço da tia, eu estava sem notebook e ele demorou meses pra ser concertado, por isso, eu não atualizei nenhuma das minhas fics! MAS, um milagre de deus aconteceu, o notebook voltou e eu estou atualizando as fics aos poucos, ok? Fora as atualizações, também terão umas fanfics novas, mas elas estão previstas para o fim do ano, ou algo assim -w-

Não sei o que dizer sobre poder voltar, apenas sinto uma emoção enorme e uma vontade de chorar fodida, mas tô feliz por voltar! ♥33



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Acordei totalmente descabelada, Artie dormia em cima de mim, me esmagando com o seu pequeno corpinho. Alguns dias haviam se passado desde do incidente com o Papai Noel escrotão e até agora eu não faço a mínima ideia do que Artie pediu. Pelo jeito terei que comprar um brinquedo qualquer. Com delicadeza, levantei da cama e ajeitei o pequeno na cama, depois andei até o banheiro. Escovei os dentes, fiz xixi, tomei um banho rápido e ajeitei o cabelo. Hoje seria um dia preocupante, já não trabalho a um tempo e não tenho dinheiro para comprar comida. Que droga de vida! Caminhei até a sala, procurando por qualquer dinheiro em qualquer canto da casa e nada, nenhuma moeda sequer. O único dinheiro que havia restado era o que Cana havia me dado para comprar um presente para o Artie e eu não podia usa-lo.

Droga, droga, droga.

Só havia restado uma opção e eu não queria cogitar ela nem mesmo em minha morte. Suspirei, pegando o telefone e ligando para o número dele. Infelizmente terei que pedir ajuda para o papai. Chamou, chamou e finalmente atendeu.

— Alô? — ouço sua voz grave a amedrontadora do outro lado da linha. Comecei a soar frio de nervoso, eu não tinha coragem de fazer isso.

— P-Papai? — disse, completamente amedrontada e nervosa. Fazia um bom tempo que não nós falávamos, trocamos no máximo uma mensagem de texto.

— Lucy? Aconteceu algo? — ele perguntou. Ri nervosamente e comecei a caminhar pela sala.

— Bem.. Você sabe que eu não gosto de pedir nada a você e tudo mais… — ouvi ele suspirar, mas decido continuar — Será que você poderia me emprestar dinheiro? — falei, rapidamente.

— Dinheiro? — ele riu. — A grande Lucy Heartfilia pedindo dinheiro ao pai? — ele gargalhou, como se fosse a piada mais engraçada do mundo.

— Pai! Eu não estou brincando, estou realmente precisando de dinheiro. — bufei.

— O que houve? Até onde me lembro você nunca quis meu dinheiro e agora está pedindo por ele. Aconteceu alguma coisa?

— Não é hora pra falar sobre isso.. — comecei, porém fui interrompida.

— Se arrume e me encontre no meu restaurante favorito, agora! — ele disse, ou melhor, ordenou, desligando na minha cara em seguida.

Nossa, que maravilha.

Caminhei até o quarto, abrindo o armário e colocando a primeira roupa decente que eu vi, literalmente. Eu não queria falar com papai, na verdade, eu queria apenas um pouco de dinheiro e depois eu podia fingir que ele não existia. Cutuquei Artie, numa tentativa inútil de tentar acorda-lo. Balancei ele e nada, bufei e então me veio uma ideia brilhante. Me sentei na cama, abrindo um sorrisinho maligno, e em seguida comecei a fazer cócegas em Artie. Ele acordou assustando, rindo descontroladamente e repetindo “para”.

— Acorda, coisa fofa. Vamos sair. — disse, parando de fazer cócegas nele e bagunçando seus cabelos castanhos.

Artie assentiu com a cabeça, saindo correndo da cama e seguindo para o banheiro, provavelmente para tomar banho. Suspirei, falar com o meu pai pessoalmente vai ser uma das tarefas mais difíceis que irei enfrentar. Nem mesmo quando tive que enfrentar o valentão da minha escola me senti tão nervosa assim. Ajudei Artie no banho, lavando sua cabeça e brincando com patinhos de borracha com ele. Coloquei uma roupa normal para ele e arrumei seu cabelo.

— T-Tia, a o-onde va-amos? — Artie perguntou, enquanto eu o ergia em meus braços, colocando em meus ombros.

— Encontrar meu pai. — resmunguei, saindo de casa e trancando a porta.

Enquanto seguia andando até o restaurante fiquei perdida em meus pensamentos. Eu não queria enfrentar meu pai, eu não queria me lembrar do dia em que sai de casa depois de uma briga. Lembrar daquele dia sempre me trazia náuseas. Artie puxou meu cabelo, fazendo-me acordar para a vida. Soltei uma risada, levantando a cabeça para olha-lo e mostrando a língua para ele.

— O senhorzinho acordou atacado hoje, não é mesmo? — perguntei, sentindo ele brincar com meu cabelo e rir, bagunçando-os levemente.

— O-O pa-pai da tia-a é legal? — ele perguntou. Mesmo que eu tivesse ficado desconfortável com a pergunta percebi que ele havia conseguido falar a palavra “legal” sem dificuldades.

Peguei ele dos meus ombros e o segurei no colo, frente a frente comigo.

— Artie! Você falou “legal” sem gaguejar! — comemorei, pulando no meio da rua, atraindo olhares alheios para mim. — Depois que encontrarmos meu pai, eu irei comprar um prêmio para você, que tal? — perguntei, sorrindo.

Continuamos nosso caminho, enquanto eu comemorava a conquista de Artie fazendo caretas para ele. Eu finalmente havia chegado. Minhas mãos soavam, como no dia em que sai para meu primeiro encontro, e meu coração acelerava, como no dia em que Gray se declarou para mim. Respirei fundo e entrei no restaurante, de cara consegui ver o homem loiro e barbudo sentando em uma mesa afastada das demais. Abri meu melhor sorriso, andando até a mesa que ele estava.

“Certo, Lucy, não fique nervosa.”, eu dizia para mim em meus pensamentos. Assim que meu pai pai colocou os olhos em mim e viu o Artie, seu rosto demonstrou uma grande surpresa, ele provavelmente está pensando que Artie é meu filho. Me sentei na cadeira, colocando Artie cuidadosamente na cadeira ao lado e encarando o meu pai.

— Lucy, ele é..? — sua frase morreu no ar.

— Não, ele não é meu filho. — respondi, vendo-o suspirar de alívio. — Só estou cuidando dele para a Cana. .

— T-Tia Lucy, ele é seu p-papai? — apenas assenti com a cabeça, quando Artie pareceu entender um pouco a situação. — ‘Oie’ tio.

— Oi.. — murmurou, encarando Artie por um breve momento antes de voltar seus olhos para mim. — E então, vai me dizer o porquê de querer meu dinheiro?

Suspirei, apoiando-me na mesa.

— Eu não fui trabalhar durante esses dias, então provavelmente já fui demitida. E eu ainda não procurei um emprego novo, então..

— Você quer um pouco de dinheiro para sobreviver? — completou minha frase.

— Touché.

Meu pai suspirou, retirando um cheque do bolso e colocando um valor enorme nele. Sério? Vai ser tão fácil assim conseguir o dinheiro. Que maravilha, até que não foi tão ruim assim.

— Bem, eu posso te emprestar o dinheiro. — comentou. Comemorei por dentro repleta de felicidade. — Mas, você vai ter que fazer o que eu mandar, até poder pagar de volta.

Opa.

— Como assim? Eu vou ter que devolver o dinheiro? — indaguei.

Ele assentiu com a cabeça, abrindo seu famoso sorrisinho sarcástico para mim.

— Oras, você realmente pensou que eu daria meu dinheiro tão facilmente assim? — riu. — Sabe Lucy, eu sempre planejei um futuro brilhante para você. Guardei dinheiro para pagar as melhores faculdades e te ajudaria a conseguir um emprego tão bom quanto o meu, mas você não quis. Preferiu largar a faculdade de Medicina e trabalhar num emprego que quase não lhe paga direito, você preferiu jogar isso tudo no lixo.

— Isso nunca foi meu sonho e você sabia muito bem disso, papai. Eu nunca quis cursar medicina, mas você insistiu tanto que acabei indo, só que esse nunca foi meu sonho. Sempre gostei de escrever e você se recusou a pagar minha faculdade de Jornalismo. — retruquei, me irritando levemente. — Quer saber? Eu realmente não sei o que vim fazer aqui, se me der licença. — comecei a me levantar, porém meu pai segurou me braço.

— Olha.. me desculpe. Sério, me desculpe mesmo. Que tal esquecermos o passado e fazermos as passes? — sugeriu.

— Eu não queria precisar do seu dinheiro, é o que eu menos quero. Mas eu realmente não estou bem e essa demissão só está acabando comigo. Não se preocupe, eu irei te pagar tudo o que irei ficar devendo.

Meu pai suspirou, mas abriu um pequeno sorriso.

— Orgulhosa desde sempre. E não precisa me pagar, eu estava brincando quando disse isso. — segurou sua pasta e levantou-se. — O dinheiro estará na sua conta até hoje a noite, não se preocupe.

— Muito obrigada, pai. — murmurei.

— De nada, princesa. — sorriu. — Agora tenho que ir, tenho uma reunião marcada para daqui a vinte minutos. Ah, coma o que quiser, eu deixarei a conta paga. — bagunçou os cabelos de Artie. — Até mais, rapaz.

Meu pai sorriu mais uma vez e saiu do restaurante. Eu realmente não sabia o diabos havia acabado de acontecer, porém não iria questionar aquilo, até porque eu não podia me dar ao luxo de reclamar do dinheiro quando não tenho onde cair morta. Artie pediu um prato de lasanha e se sujou todo, completamente feliz pela comida que estava saboreando. Aproveitei e pedi algo para mim também, já que em casa só deveria ter um biscoito e algumas frutas. Assim que terminamos de comer, saímos do restaurante. Segurei Artie nos meus braços o caminho todo, já estava com os braços cansados quando cheguei em casa.

— E então, rapazinho, que tal uma maratona de desenho animado? — Artie abriu um sorriso enorme e correu até a televisão da sala.

O telefone de casa tocou e fui atende-lo, sem tirar os olhos de Artie já que o mesmo é um garoto muito travesso.

— Alô? Lucy? — ouvi a voz de Cana do outro lado da linha.

— A onde você está? — perguntei, controlando minha raiva.

— Espera, eu sei que você deve estar puta comigo, mas eu tenho meus motivos e em breve irei conta-los para você.

— Acho bom mesmo.

— Só queria avisar que logo voltarei, então não fique com tanta raiva de mim assim, sabe que eu nunca abandonaria o Artie. — suspirei. — Bacchus não veio procura-lo, não é?

— Não e eu agradeço por isso.

— Já não sei quantas mulheres devem ter entrado naquela casa.. — sua voz era de nojo. — Eu preciso ir, volto a te ligar em breve. Diz ao meu garoto que eu o amo.

— Pode deixar que eu avisarei.

E assim a ligação encerrou, por algum motivo eu não estava gostando nem um pouco do que Cana me escondia.


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