Lucy says: OMG! escrita por Arista


Capítulo 2
2 - Papai Noel


Notas iniciais do capítulo

OLÁ PESSOAL!

Sei que devem estar chateados comigo, eu demorei bastante para postar, né? ;u; Então, eu tinha feito uma cagadinha no meu notebook e infelizmente ele ficou no concerto por muitos, muitos meses, PORÉM ele voltou ♥ E agora aqui está o capítulo tão esperado! ^o^

Eu recebi apenas 4 comentários e estou mais feliz do que criança quando ganha presente! Meu deus! Muito obrigada ao pessoal que comentou, vocês são demais.

O tempo na fanfic é totalmente diferente do que o nosso, ok? Nesse capítulo vocês vão ver que a Lucy já está próxima do Natal, enquanto ainda estamos em Outubro. Então, vamos ao capítulo.



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Eu caminhava na rua enquanto segurava a pequena mão de Artie. Cana havia passado de manhã cedo para deixa-lo aqui e como Artie se recusava a dormir, tive que arrumar um jeito de entrete-lo, então coloquei uma roupa e sai de casa pra leva-lo a uma lanchonete qualquer. Paramos no McDonalds mais próximo e adentrei o local, procurei uma mesa vazia e assim que a encontrei coloquei Artie sentado na cadeira.

— Artie, olha para a tia Lucy. Não deixe ninguém sentar aqui e não fale com estranhos, ok? Eu já irei trazer seu lanche e seu brinquedo. — disse, sorrindo para ele.

Artie assentiu com a cabeça, parecendo extremamente feliz ao saber que iria ganhar um brinquedo novo. Fui até a fila que não estava muito grande, assim que as três pessoas na minha frente fizeram seu pedido, finalmente foi muita vez. Fiz meu pedido e assim que o peguei voltei correndo para a mesa. Não era bom deixar uma criança sozinha, principalmente Artie que vive aprontando. Vi nossa mesa de longe, até perceber a pequena criança de cabelos castanhos conversando com um rapaz de cabelos rosas.

Droga, Artie!

Apressei o paço e me joguei com tudo na cadeira, quase derrubando os lanches. Virei meu olhar para o cara e ergui a sobrancelha.

— Quem é você? — perguntei, com um sorriso amarelo. Por favor não seja um estuprador, por favor não seja um estuprador! Não, espera, o Artie é menor de idade. Por favor não seja um pedófilo estuprador!

Ele pareceu finalmente me notar, abrindo um leve sorriso e colocando uma mão na nuca, constrangido.

— Me desculpe. Você deve ser a mãe desse garotão aqui. — bagunçou os cabelos de Artie, fazendo-o rir.

— Ele é meu afilhado. — respondi, seca.

— Ah. — ele pareceu ainda mais constrangido. — Novamente, me desculpe. Bem, eu já vou indo, se cuida garotão. — disse, acenando para Artie antes de se afastar.

Assim que percebi que ele já estava longe o suficiente, encarei Artie furiosamente.

— Eu não disse para você não falar com estranhos? — perguntei, tentando parecer brava. O que era extremamente difícil, já que Artie era uma das coisas mais fofas que eu havia visto.

— D-Desculpa.. — Artie disse, gaguejando como sempre.

Por algum motivo inexplicável, Artie tem um pequeno problema de fala, gaguejando em cada palavra. É claro, Cana o levou ao médico para ver isso mas nada adiantou. Apertei suas bochechas grandes e lhe entreguei seu lanche.

— Coma logo, preciso voltar para casa e tirar um cochilo. — resmunguei, mordendo meu hambúrguer.

Acabamos de comer, porém Artie ainda tinha o refrigerante na metade. O peguei no colo, caminhando com ele de volta para casa. Assim que finalmente cheguei em casa, abri a porta e me abaixei para colocar Artie no chão e assim que seus pezinhos tocaram o chão, ele saiu correndo com seu brinquedo de Luigi na mão. Fechei a porta, me jogando em meu doce e belo sofá azul. Tirei meu tênis - um de cor branca e outro preto, uma pequena mania minha - e peguei o controle da televisão.

Eu poderia voltar a dormir e voltar a sonhar com o George Clooney na minha cama, porém deixar Artie sozinho não era uma opção aceitável. Escutei o barulho de algo caindo no chão e quebrando, respirei fundo contendo a raiva e afundei a cara no travesseiro. Passei por inúmeros canais diferentes e nada de bom passando. Bufei, irritada. Peguei meu notebook, abrindo-o e indo direto até meu blog. Não tinha certeza se iria escrever hoje, já que meu processo de criatividade está bem distante no momento.

Aproveitei o momento e reli o comentário do Salamander, sorrindo como uma idiota em seguida. Respirei fundo, pensando em um jeito de responder aquele comentário de forma legal e amigável.

“Lucy says: Oh, finalmente alguém que me entende. Fico feliz que esteja se sentindo bem, enquanto eu ainda me sinto abalada ao pensar nele. Mas continuo vivendo. Obrigada pelo conselho, pode ter certeza que me lembrarei das suas palavras quando minhas lembranças sobre ele voltarem.

U-Um livro? Não sou capaz. Além de que morro de vergonha de odiarem meus livros, então, essa ideia está fora de cogitação.”

Terminei de responder, abrindo um pequeno sorriso em seguida. Fechei o notebook novamente, recolocando ele em cima da mesa e me esparramando pelo sofá. Eu havia acabado de escrever sobre minha desilusão amorosa e como um flash, a imagem de Gray surgiu em minha mente. Ok, eu sei que é chato eu ficar falando e pensando nele quase todo dia, mas isso é mais forte que eu, eu simplesmente não posso esquecer ele tão rápido assim.

Eram inúmeros Flash Backs na minha cabeça. Quando nos conhecemos, em um parque de diversões. Quando ele me chamou para sair, com um sorriso encantador e alguns bombons. Quando ele me escutava falar e falar, sem se importar se eu falava pelos cotovelos ou não. Quando nos beijamos pela primeira vez, e seu hálito gelado estava em minha boca. Quando começamos a ficar, e parecia que minha vida dependia dele. Quando fizemos amor pela primeira vez e nas outras vezes eram em lugares inusitados. E então, de repente, todos aqueles momentos românticos se acabaram.

Sexo, sexo e mais sexo. Era apenas nisso que nosso relacionamento se resumia. Não nos falávamos direito, mas toda noite nos deitávamos juntos. Eu sentia aos poucos que estava sendo abandonada, largada e meu coração se despedaçava mais e mais. Eu ainda o amava, entretanto parecia que o amor que ele possuía por mim não existia mais. E então, ele finalmente tomou uma decisão e nosso relacionamento acabou. Mas eu continuo o amando…

Suspirei, enfiando a cara na almofada e gritando o mais alto que eu pude.

— T-Tia? — ouço a voz de Artie. Tirei a almofada da cara e olhei para o pequeno parado no corredor, enquanto olhava para mim.

— Sim, Artie? — disse, me sentando direito no sofá e encarando ele.

— A-A m-mamãe aind-da n-não c-chegou? — perguntou, agarrado com seus sapinho de pelúcia. Neguei com a cabeça. — E-Eu vou ter que v-voltar e f-ficar com-m o p-papai? — perguntou, se aproximando.

— Se não quiser ficar com o seu pai, pode ficar com a tia Lucy pelo tempo que quiser. — ele abriu um sorriso, correndo de volta para o meu quarto, feliz da vida.

Sorri, Artie realmente é uma coisinha fofa. Ouço meu celular tocar, ao som de My Gun da Tove Lo, o peguei rapidamente e atendi a ligação.

— Lucy? — ouço a voz de Cana do outro lado da linha, suspiro aliviada, então ela estava voltando.

— Cana! Graças a deus, cadê você? Artie está sentindo saudades. — comentei, enquanto me retirava da sala e ia para a varanda do meu apartamento.

— É sobre isso que quero falar. — opa, coisa boa não iria vir. — Eu não vou volta hoje. — disse baixinho, mas ainda assim consegui ouvi-la perfeitamente.

— O QUE? COMO ASSIM? Você disse que voltaria hoje!

— Eu sei disso, ok? Mas houve um imprevisto. — ela estava nervosa e sua voz denunciava isso. Alguma coisa aconteceu e ela não queria me contar.

— Cana.. o que aconteceu? — perguntei, fechando os olhos e suspirando.

— Se você soubesse ficaria louca. — ela respondeu, rindo de leve. Suspirei aliviada, pelo menos não era algo preocupante. — Eu voltarei daqui a uma semana, por favor cuide do Artie e diga a ele que o amo muito, muito mesmo. Ah, e não o entregue a Bacchus, de jeito nenhum.

— Ok. Se cuida e vê se não faz alguma merda.

— Você está me pedindo algo impossível. — riu. — Beijos, cuide do Artie, te amo.

— Pode deixar, também te amo, bêbada.

E então ela desligou. Não sei ao certo o que está acontecendo com ela, mas tenho certeza que ela ficara bem. Fui até meu quarto, vendo Artie rolar na cama, rindo como se aquilo fosse a coisa mais feliz do mundo, me aproximei lentamente, me jogando na cama em seguida. Ele soltou um grito agudo e assim que me viu caiu na gargalhada.

— E então, Artie, o que faremos de divertido? Parece que sua mãe vai passar um tempinho fora, então eu e você precisamos nos divertir até ela voltar, não é mesmo? — ri, divertida.

Artie ficou em silêncio por algum tempo, parecendo pensar no que queria fazer.

— Hm.. E-Eu ‘quelo’ ir ao ‘s-shopengi’. — disse, com os olhinhos brilhando de felicidade.

— Shopping? Ok, corre pro banho que daqui a pouco iremos ao parque. — nem foi preciso dizer mais nada, ele já tinha corrido para o banheiro enquanto tentava desesperadamente tirar a roupa.

Ri sozinha, indo em direção ao banheiro para ajuda-lo. Assim que consegui retirar a roupa dele, o mesmo entrou no chuveiro repetindo a palavra “shopping” inúmeras vezes. Ajudei Artie no banho, passando shampoo em seu cabelo castanho e tomando cuidado pra que não caísse em seu olho. Lavei sua cabeça, passei condicionador e depois lavei novamente. Passei o sabonete em seu corpo e então desliguei o chuveiro. Enrolei ele em sua toalha do Toy Story e o levei para o quarto. Foi complicado colocar a roupa em Artie, principalmente pelo fato de que o pequeno se recusava a colocar a roupa.

Assim que Artie estava devidamente arrumado, com o cabelo penteado e parecendo um rapaz comportado, sorri satisfeita com meu esforço. Sai do apartamento, trancando a porta em seguida. Desci pelas escadas e assim que chegamos na rua, peguei o primeiro táxi que apareceu. Ir ao shopping seria divertido, bem, é claro que não poderei comprar muita coisa, já que como não fui ao trabalho - e provavelmente devo estar demitida - não tenho tanto dinheiro assim.

O táxi parou, em frente ao shopping. Peguei Artie no colo e sai com ele, pagando o taxista e adentrando o shopping. Estava cheio, parecia um enorme ninho de formigas. Faltava poucos dias para o Natal e eu não havia comprado presente, nem ao menos esperava ganhar presente, já que a única pessoa que me daria presente me deu um pé na bunda. Artie pediu para que eu o colocasse no chão e assim eu fiz, segurando sua pequena mãozinho em seguida.

— E então, Artie, o que faremos? — perguntei, sorrindo para o pequeno.

— N-Não sei. — fez bico.

Ri, enquanto andávamos tranquilamente. Comprei um sorvete para Artie, depois dele implorar inúmeras vezes dizendo que queria muito um sorvete. Depois disso continuamos a passear pelo shopping, Artie babava por alguns brinquedos e eu babava por comida. Tudo estava tranquilo, até passarmos perto de um Papai Noel fajuto.

— P-P-Papai N-Noel! — exclamou o pequeno, apontando pro rapaz que estava vestido de Papai Noel.

Primeiro, aquilo não era o Papai Noel nem aqui e nem na China. Ele era jovem demais, sua roupa era larga e ele não era gordo. Usava uma barba larga e repetia a palavra “Hou, hou, hou” diversas vezes. Sem contar que toda vez que uma criança chorava ele entrava em desespero.

— Sério mesmo que você quer ir falar com.. isso? — perguntei ao pequeno, que assentiu com a cabeça.

Artie soltou minha mão e correu em direção ao “senhor não tão senhor assim”. Me aproximei, envergonhada e constrangida por estar fazendo isso. O rapaz o colocou no colo, fazendo a típica pergunta “O que você vai querer, garotão?”

— E-Eu ‘quelo’ um ‘blinquedo’ bem grandão... — e então ele começou a falar sobre os inúmeros brinquedos que ele queria de natal, mas eu sei que no fundo ele só queria que Cana voltasse o mais rápido possível. — A-Ah, P-Pai N-Noel.. — ele disse, e então falou algo no ouvido do cara.

— Eu tentarei fazer o possível e o impossível para que seu desejo se realize. — o falso Papai Noel disse, sorrindo para Artie que estava feliz da vida com isso.

— O que pediu, Artie? — perguntei, me intrometendo na conversa dos dois.

— Um pedido não pode ser revelado, se não ele não será realizado. — o bom velhinho - só que não - disse, piscando um olho para mim.

Ergui uma das sobrancelhas, quem esse idiota pensa que é?

— Oras, por que? Afinal, eu terei que comprar o presente, não é mesmo? — perguntei, encarando o idiota.

— Hou, hou, hou. Está duvidando dos meus poderes de Papai Noel? — perguntou, me encarando também.

— Se a carapuça serviu. — dei os ombros.

— Tsc, tsc. Loira grosseira. — ouço ele murmurar, fechei os punhos com força. — Por que é tão má assim? O que houve? Seu namorado te deu um pé na bunda? — provocou.

Oh, ele passou dos limites.

— Vamos, Artie. Deixa esse idiota continuar fingindo que é o Papai Noel. — peguei Artie no colo e encarei o idiota. — Seu babacão. — disse, mostrando a língua para ele e saindo dali.

Pude ouvir sua risada escandalosa e sentir meu rosto ficar quente. Oh meu deus, passei vergonha na frente de vários pais e crianças. Acelerei o passo, só queria sair dali o mais rápido possível.


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