Lucy says: OMG! escrita por Arista


Capítulo 1
1 - Término


Notas iniciais do capítulo

Hey, como estão? Sim, sou eu novamente. Surpresos? Obvio que não. Minha paixão por fanfics não acabou e estou postando mais uma fic, provavelmente a última que postarei (as outras só vou postar quando terminar metade -q)

Bem, essa é uma ideia muito louca que eu tive, tipo, do nada e acabei levando ela a sério demais. xD Então espero que vocês gostem. ♥

Só pra deixar claro que nada é o que parece, você pode imaginar quem é o Salamander mas irei bugar seu cérebro ;)



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Eu parecia uma boba enrolada em meu cobertor favorito, enquanto assistia um daqueles clichês românticos. Havia terminado outro relacionamento, justamente com o cara que eu mais havia gostado e me apaixonado. O mundo era injusto comigo, parecia que toda vez que eu estava feliz ele fazia algo que me deixava triste novamente. Uma lágrima escorreu do meu olho quando o rapaz disse “eu te amo” a protagonista da história. Oh, céus, como eu amava quando ele me dizia essas palavras.

Mais um golpe na minha auto-estima. Tudo a minha volta me lembrava dele e isso me irritava profundamente, já que eu não queria vê-lo nem pintado de ouro. O casal no filme se beijou, sorridentes e felizes com o seu grande amor um pelo outro. Até parece que na vida real uma coisa dessas aconteceria.

— Boa sorte, fofa. Ele só quer uma coisa e assim que ele conseguir vai te largar e procurar uma melhor. — resmunguei, colocando mais uma colherada de sorvete na boca.

Os créditos do filme começaram a subir na tela da minha televisão, esse era apenas um dos filmes que eu via para me consolar – ou no caso, para que eu desse minha opinião, xingando a protagonista por ser tão burra –, murmurei desanimada notando que o controle estava mais distante do que o esperado. Levantei-me do sofá, ainda enrolada no coberto, alcançando o controle remoto e voltando para meu lugar. Eu realmente queria que romances como os de filme existissem, era o que eu mais queria no mundo! Que menina nunca sonhou em achar seu príncipe encantado, se casar com ele e viver feliz para sempre ao lado do seu grande amor?

Eu queria meu príncipe encantado, o mais rápido possível! Mas parecia que eu estava destinada a ficar presa em meu castelo encantado para todo o sempre. Coloquei mais uma colerada na boca, pegando o celular em seguida e observando as últimas mensagens que me enviaram. Duas da minha melhor amiga, uma do meu chefe e três do meu ex. Como ele tem coragem de me enviar uma mensagem depois de tudo que ele me disse? Bufei, apagando a mensagem antes mesmo de lê-la e ignorei as outras mensagens.

Pouco me importava com o emprego, sempre me matei no emprego, tentando ao máximo agradar meu chefe e ele nem ao menos me deu uma promoção. Além de que o salário dele quase não dava para me sustentar. Precisava encontrar um novo emprego o mais rápido possível e então poderei dizer a aquele gordo baixinho o que eu realmente acho dele. São tantas coisas em minha cabeça que parece que uma hora ela irá explodir.

Desviei meu olhar para o canto da sala consequentemente olhando para o porta-retrato com uma foto minha e de Gray, abraçados, sorrindo e felizes. Droga, por que eu não havia jogado esta merda fora? A irritação crescia dentro de mim ao me lembrar das palavras que ele usara para terminar o namoro.

“Não é você, sou eu”, típico, “Você precisa entender, somos muito diferentes”, mais típico ainda, “Você é meio.. ogra”, destruidor de corações. Como ele ousa dizer que eu sou ogra? Isso era uma afirmativa totalmente errada! Certo que eu não era muito de me arrumar, também não suporto usar vestidos, mas qual é, que tipo de cara que namorar uma garota superficial? Logo depois de me magoar com cada palavra, ele se retirou da minha casa assim que lhe acertei com meu ursinho de pelúcia e desde então estou presa em casa tomando sorvete e vendo filmes românticos. Mas eu sei, uma hora ou outra eu serei obrigada a sair de casa.

Peguei meu notebook, colocando inúmeras colheradas de sorvete na boca e me concentrando em escrever um artigo decente para meu blog. Eu precisava desabafar e como nunca fui boa em expressar meus sentimentos pessoalmente, escreve-los é a melhor forma de me aliviar de todo esse estresse.

Como lidar com um coração partido?

Eu, sinceramente não sei a resposta para essa pergunta. Passei anos da minha vida, amando e me dedicando a uma pessoa que para mim, me amava mais do que tudo. Eu queria que ela fosse feliz ao meu lado, queria poder agrada-la todo santo dia. Mas para ele, foi tudo mentira.

Sinto raiva, sinto ódio dele e de mim mesma. Fui idiota ao pensar que ele estaria apaixonado por alguém como eu, ah, como fui idiota. Queria que alguém tivesse me dado um tapa quando ele me chamou para sair pela primeira vez e me dizendo em seguida que era melhor ficar em casa e esquece-lo.

Mas eu decidi arriscar, deixei meu coração me levar e estou aqui na merda, enquanto ele provavelmente está agarrado com uma garota qualquer. AHRG, QUE ÓDIO. Era tudo mentira, era tudo ilusão. Ele dizia que me amava de um jeito tão doce mas ao mesmo tempo tão vazio. E eu claro, me derretia toda quando ele me dizia isso.

Eu me odeio por ser tão idiota. Até quando eu seria idiota e confiaria em homens? É claro, nem todos eles são babacas como meu ex, mas não há nenhuma possibilidade de que eu encontre um cara legal. Impossível.

Deveria existir algum tipo de alarme avisando quando um babaca está perto de você. A vida seria bem mais fácil se isso existisse.

E enquanto continuo sendo iludida e magoada por caras que eu penso que são perfeitos, vivo minha vida normalmente ao som de alguma música que me conquistou. É, eu deveria me casar com uma música ao invés de esperar o cara perfeito.

É, eu sou estranha.

Terminei mais um artigo, publicando em meu blog e fechando o notebook. Já se passaram uma semana desde que estou presa dentro do meu apartamento minúsculo, havia pouca comida em minha geladeira e eu já assisti metade dos meus filmes favoritos, ou seja, logo não haveria nada para fazer e eu precisaria sair de casa para comprar comida. Resmunguei, me agarrando um pouco mais no cobertor. Peguei meu celular, indo olhar a mensagem da minha melhor amiga.

“Criatura, onde você está? Me liga!”, e em seguida, “LUCY, EU PRECISO FALAR URGENTEMENTE COM VOCÊ. PARA DE DRAMA!”

Fiz careta. Uma hora ou outra eu vou precisar encara-la e como estou com uma preguiça enorme de ir ao mercado no final da esquina, acho melhor ligar para ela e pedir que me traga um pouco de comida.

— Lucy! — ela exclamou alto, afastei o celular do ouvido. — O que aconteceu com você, sua doida? Eu estou te ligando a uma semana e você não me atende! — Cana falava alto, talvez quando nossa conversa acabar eu esteja totalmente surda.

— Cana, por favor, não grite. Eu não sou surda. — resmunguei, bufando e revirando os olhos. — Gray terminou comigo.. e, bem.. eu não estou com cabeça para conversar com ninguém.

Ouço Cana suspirar.

— Por que não me ligou? — pergunta com a voz calma. Não respondo, apenas permaneço em silêncio. — Quer que eu vá ai com uma pote cheio de brigadeiro? Aproveito e levo um pouco de comida já que você já deve estar acabando com toda sua comida.

— Isso seria uma maravilha. — disse, me alegrando um pouco. — Bacchus não vai ficar chateado por você sair assim? — perguntei, me referindo ao marido de Cana.

Cana é um pouco mais nova que eu – dois anos – e estava casada com Bacchus desde seus 19 anos. De acordo com ela, eles estavam tão bêbados que nem ao menos se lembram do casamento e em seguida me alertou dizendo para nunca encher a cara em Las Vegas. Mas eles se mantiveram casados até hoje, apesar de Cana reclamar do fato que não aguenta mais o casamento.

– Pouco me importo com Bacchus, ele anda me irritando esses dias. Preciso encher a cara e me esquecer que estou casada com ele. – murmurou de mau humor. Eu ri de leve. – Daqui a pouco eu estarei chegando ai. Beijos.

– Beijos. – disse, antes de desligar o celular.

Enquanto Cana provavelmente ainda estava saindo de casa, decidi que eu precisava de um banho. Levantei do sofá, largando meu cobertor quentinho e indo para o banheiro. Não demorei muito no banho, mas lavei bem o cabelo, já que a última vez que tomei banho foi a dois dias, meu estado era deplorável. Me enrolei na toalha e sai do banheiro, quase escorregando em uma pequena poça d’água, caminhei até meu quarto, abrindo minha gaveta e colocando um pijama novo com estampa de focas. Penteei o cabelo e voltei para sala, me sentando novamente no sofá e me enrolando no cobertor.

Peguei o notebook, quase pulando de felicidade quando percebi que um dos leitores do meu blog havia comentado minha postagem recente.

“Salamander says: Eu te entendo perfeitamente. Passei anos da minha vida apaixonado por alguém que não me merecia! Eu era idiota e nem percebia que estava sendo usado como um brinquedo idiota do Ben 10! Assim como você levei um grande pé na bunda, mas não me sinto triste com isso, na verdade, me livrar dela foi uma das melhores coisas que me aconteceram.

Não fique magoada com isso. Amores vem e vão, só é preciso achar um que fique, não é mesmo?

Adorei esse artigo. Você poderia escrever um livro, não acha?”

Sorri que nem uma idiota lendo esse comentário. EXISTIA ALGUÉM COMO EU! Eu não era a única fodida no amor! Somente de saber isso fiquei mais feliz do que gordo em Fast Food. A campainha tocou, fechei o notebook e o coloquei em cima da mesa, enquanto corria para abrir a porta. Lá estava Cana, e em suas mãos algumas sacolas cheias de comida e besteiras para comermos. Céus, como eu amo minha melhor amiga.

Cana entrou em meu apartamento, em seguida fazendo careta ao se deparar com o estado em que ele se encontrava. É, eu deveria ter arrumado a casa antes dela chegar. Ela colocou as sacolas em cima da mesa e virou-se para mim, de braços cruzados. Droga, ela vai gritar comigo, com certeza.

— O que está acontecendo com você? — a morena me perguntou, erguendo uma das sobrancelhas. Nem mesmo eu sabia o que estava acontecendo comigo. — Isso tudo é por causa do Gray? Porque se for, eu irei acertar um soco no seu nariz. — ri de leve com o que ela disse.

— Cana, eu realmente não sei o que está acontecendo comigo. — suspirei, me sentando no sofá. — Sem o Gray… eu não sei o que fazer. Eu sei, estou sendo idiota, afinal esse não é meu primeiro relacionamento terminado, mas eu realmente gostava dele. — olhei para baixo. — Eu quero seguir em frente, mas é difícil, ok? Não sou como você que tem um casamento perfeito. — revirei os olhos.

Cana bufou.

— Meu casamento pode ser tudo, menos perfeito. — a olhei confusa. — Eu estou cansada do Bacchus, Lucy. Não aguento mais ele! Mas eu não sei se devo terminar o casamento. — dá os ombros.

— Afinal, vocês tem um filho.

— Nós temos um filho. — concordou.

Como eu já havia dito, Cana se casou com 19 anos, não demorou muito para que a mesma engravidasse e então nasceu Artie, uma das coisas mais fofas do mundo.

— Nossas vidas estão uma merda. — murmurei, sorrindo de leve.

Cana se sentou ao meu lado, começando um diálogo comigo e me deixando desabafar sobre tudo. Ela realmente era minha melhor amiga. Depois de nos entupirmos de chocolate, biscoito e outras coisas, ligamos a televisão para assistir algum filme. Por alegria do destino estava passando The Vampire Diaries. Ok, pode parecer meio coisa de adolescente assistir uma série dessas, mas qual é, como trocar de canal quando se está passando meu amado Ian Somerhalder? O único homem que presta nesse mundo.

Assistimos a série, enquanto nos derretíamos por Ian, até Cana precisar ir embora. Calcei minhas pantufas e a segui até a porta.

— Você tem mesmo que ir? — fiz bico, fazendo Cana rir.

— Tenho. Não posso deixar meu bebê sozinho, ou então ele terá pesadelos. — respondeu, dando risada. — Será que amanhã você pode cuidar do Artie pra mim? — perguntou, com os olhos brilhando.

— Claro, mas por que?

— O idiota do meu chefe quer que eu vá com ele para algum lugar um pouco longe, e eu não confio em Bacchus pra cuidar dele sozinho. — ela disse. — Eu vou tentar voltar amanhã, mas caso algo aconteça eu te ligo. — assenti com a cabeça. — Certo, até loirinha.

Acenei para ela, enquanto a via entrar no elevador. Fechei a porta, trancando-a em seguida e segui para meu quarto. Meu corpo estava cansado e eu precisava dormir urgentemente. Me deitei na cama e o cansaço me consumiu e então, eu dormi.


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