Lost Wings escrita por Slendon6336


Capítulo 7
6. Anjo


Notas iniciais do capítulo

Hi there!!
My name is Gringa and I didin't write this fucking chapter (XD).
Brinks~

Olá pessoas!! Vim trazer mais um capítulo de Lost Wings porque eu quis assim, hehe. Então... Tão gostando da fic? (~Apanha*) Okay, okay. Isto aqui não é um chat de bate-papo, né?
Beleza então, espero que gostem (XD).

~Boa Leitura o/



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Ezekiel

Despertei com a agradável luz que escapava das cortinas, indicando o amanhecer. Ao abrir os olhos, sou presenteado com a visão das costas de Jimmy ali, na mesma cama que a minha, dormindo profundamente. Percebo que ele só não era totalmente exposto graças ao edredom que cobria de sua cintura para baixo.

Oh, droga! Eu realmente não fiz isso, fiz? Eu havia dormido com ele? E tudo por culpa de um único beijo?

Fecho os olhos e tento me lembrar de cada cena, cada sensação e então revejo as memórias da noite passada, tão prazerosas e confortáveis como nenhuma outra. Era estranho ter de admitir que eu houvesse gostado da experiência, sendo que eu só o conhecia por menos de um mês. Coisas assim não significavam nada, não é mesmo?

De volta à realidade, deixo meus olhos passearem pelo seu corpo despido logo ali, extremamente convidativo e perigosamente próximo. Até que paro em dois pontos de interrogação no meio de suas costas. Um par de cicatrizes grossas e de certa forma nada muito recente. Observei-as de cenho franzido, podendo sentir a provável dor que Jim tivera sentido. Eu ainda não sabia quase nada sobre ele antes de nos conhecermos, então era ainda mais perturbante.

Passo os dedos suavemente sobre o redor das cicatrizes, temendo que doesse. Ele não parece acordar me dando liberdade para ficar analisando-as por mais tempo. Em certa ocasião, desviei minha atenção para o relógio em meu pulso, vendo que já eram nove horas da manhã. Era um bom horário levando em conta que eu não faria nada naquele dia, contudo resolvo que estava na hora de levantar.

Deposito um beijo calmo na curva do pescoço de Jimmy, de modo que acabasse sentindo o cheiro incrivelmente perfumado de seus cabelos negros. E com o máximo de cautela possível, me dirigi até o banheiro, na intenção de um banho.

Feito isso, saio de lá juntamente com a fumaça de vapor, com as calças já vestidas e enxugando os meus cabelos com a toalha. Ao passar pelo meu quarto, percebo que Jim não está mais ali e a cama se encontrava impecavelmente arrumada.

Levanto uma sobrancelha e o procuro pela casa, encontrando-o na sala vestido apenas com uma cueca box preta e um moletom qualquer, sentado no sofá com os joelhos grudados no tronco e a cabeça escondida atrás dos braços.

— Jimmy? — O chamo, vendo quando ele da um pulinho de susto antes de se virar para mim.

— B- bom dia, Ez...

Eu sorrio e me sento ao seu lado, tirando uma mecha de seu cabelo da frente de seus olhos.

— Meu corpo todo dói quando me mexo — Ele comenta, enrubescendo um pouco, o que me arranca algumas risadas.

— É normal. — Respondo — Você não tem lá a maior cara de santo para que ontem houvesse sido sua primeira vez.

— Mas foi. Eu nunca havia feito algo... Como aquilo antes. Foi tão diferente... Não imaginava que fosse daquele jeito.

— Não gostou, então?

— N- não é isso. É que... Bem, é estranho.

Suspiro compreensivamente e volto a sorrir, jogando meus braços atrás do encosto do sofá. Jimmy desvia os olhos para o chão.

— O que isto significa? — Indaga ele.

— O que significa o que?

— Tudo o que fizemos. O que quer dizer?

Penso por alguns instantes, sem saber que resposta dar. Tipo, eu sabia o que quis dizer na hora, mas eu não ia simplesmente dizer a ele que: “É que no momento a vontade cresce, as calças ficam apertadas e então lá vamos nós para cama com quem quer que seja”. Jimmy me acharia o que? Um doido tarado, só se fosse.

Todavia eu não tinha certeza se realmente chegava ao ponto de “amá-lo”. Era apenas a vontade de ficar junto. Apenas gostava dele, porém não ao ponto extremo. O que dizer?

— Não acho que signifique muita coisa para se preocupar — Finalmente respondo — Apenas quer dizer que estamos ficando agora. Só isso. — Ficamos em silêncio por um tempo, essa falta de assunto que dá os gritos mais angustiantes. Contraditório, porém verdadeiro. O silêncio era algo que vivia me atormentando, afinal, foram tantas as vezes que fiquei em situações parecidas... — Passarei na casa de Matthew hoje, apenas para conversar. Quer ir junto?

— Não tenho nada de importante para fazer mesmo — Responde ele. Depois de uma pausa, seus olhos param sobre mim — Ez, quando uma pessoa fica com outra, é a mesma coisa que namorar? Porque, tipo, sou uma desgraça com esse tipo de coisa.

Fito-o com incredulidade, antes de rir. Ele era tão engraçado, tão diferente. Era impossível olhar para seu rosto e não pensar: “Puxa, como sou sortudo por poder morar junto com um anjo desses...”.

Eu o puxo um pouco mais para perto, dando-lhe um beijo comprido.

— Mudei de ideia — Falo assim que nos separamos — Acho que fica mais fácil se eu te pedir em namoro.

Suas bochechas estão tão avermelhadas e seu sorriso está tão doce que começo a achar aquela cena um cenário de filme, só que dez mil vezes melhor. Quando esse tipo de coisa acontece contigo, você percebe como cada palavra de um livro de romance faz sentido. Frases antes exageradas e melosas se tornam as suas frases exageradas e melosas.

É complicado explicar.

— Eu aceitaria, mas... — Começa ele, cortando completamente meu momento Romeu e Julieta e dando-me em troca um belo de um Titanic, bem naquela hora em que o navio bate no iceberg.

— Mas o quê?

— Isso não é errado? — Ergo uma sobrancelha em questionamento — Eu fui criado ouvindo meus deveres como servo de Deus e...

— Você é religioso? — Indago antes de tudo.

— Se sou...? — Ele parece demorar um pouco para processar — Acho que dá para considerar assim... Acho.

Involuntariamente coço atrás da orelha. Se o ato de namorar parecia incomodar tanto à Jimmy, quem dirá nossas ações na noite passada.

Eu não tenho a uma religião específica, e também nem posso dizer que Deus ou deuses existem ou não. Metade de mim acredita e a outra duvida. Mas não tenho nada contra pessoas religiosas. Afinal, a avó de Matthew é uma pessoa assim, e eu gosto muito dela como se fosse a minha própria vó.

Dou um último sorriso para o moreno e um leve beijo em sua testa, para depois me levantar do sofá.

— Acho que encontrei um novo apelido para você, Jimmy — Revelo.

— Ah, e qual é? — Quer saber curioso.

— Anjo.


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Notas finais do capítulo

Antes de Lost Wings, o Ezekiel e o Jim seriam personagens de uma outra fic minha nada a ver com este enredo atual. Eles seriam dois amigos atrapalhados que queriam assaltar um cassino famoso em Las Vegas. Aliás, dois ladrões de terno e gravata do tipo MIB. Por isso que na foto apresentada do Ez, ele usa esse tipo de roupa (XD).



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