Lost Wings escrita por Slendon6336


Capítulo 2
1. E Por o Acaso Você é de Açúcar?


Notas iniciais do capítulo

Yo pessoas, alíens, mutantes e etc.
Sem comentários, sem sinais de vida... Apesar de ter desanimado um pouco, vamos continuar com isso. Afinal, só estou começando! Mas então, chega de enrolar!
~Boa Leitura o/

Recomendação do capítulo:

Música: Stranger_By Chris August
Link: https://www.youtube.com/watch?v=a7XJ9poPvgI

MANDE A SUA FAVORITA TAMBÉM! XD



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Ezekiel

Se você quer comer em um lugar onde te tratam super bem e a comida é maravilhosa, o restaurante Outback é uma ótima opção. Além da grande variedade de pratos e drinks, os funcionários te atendem tão bem que eu acabo me sentindo um rei. Apesar de só frequentar o bar ao fundo do restaurante, já consegui perceber que lugar maravilhoso seria aquele para um jantar a dois. Mas uma namorada não estava nos meus planos.

O Outback da minha cidade não é muito grande, resultando em filas enormes. Fica dentro de um shopping que abriu recentemente, porém não na praça de alimentação. O lugar em si tem um clima confortável. As luzes extremamente baixas só nos fornecem o necessário para podermos nos locomover pelo piso laminado imitando madeira. No centro a cima das mesas que ficam encostadas nas paredes, há uma baixa lâmpada para que possamos enxergar o que estamos comendo, etc. O bar era o canto mais iluminado dali, se misturando ao restante do local.

Eu já havia experimentado todas as bebidas da casa enquanto ouvia a música que emanava do teto ou alguma coisa assim. E simplesmente te recomendo.

Ao tomar um último copo – sexto da noite – resolvo finalmente ir para casa. Afinal, já havia passado das duas da manhã. Tão tarde que me encontrei sendo uns dos únicos restantes daquele restaurante, junto com mais um grupo de amigos e um casalzinho no canto.

Não vou mentir. Tive de usar identidade falsa para poder consumir álcool, pois sou menor de idade, infelizmente.

Ao ver o céu sem estrelas e o vento que quase gritava: “Chuva!” suspirei. Minha casa era alguns quarteirões dali, e ir de a pé não me parecia uma boa opção quando se está usando roupas que são lavadas a seco.

Tirei meu celular do bolso da calça, rezando para que meu amigo não tivesse dormindo. Embora eu ache isso meio improvável. Matthew não tem jeito. Ele é um garoto de rua, vive se metendo em gangues (E já me salvou de muitas delas). Eu mesmo já havia sido membro da gangue que ele administra, mas isso foi antes de eu conhecer o pôquer. Apesar de toda essa irresponsabilidade, é um dos únicos amigos que eu consigo confiar para me levar de carro até em casa.

“Está dormindo?” Mandei uma mensagem para ele. Não demorou um minuto para que ele me respondesse.

Ia fazer diferença? O que você quer?”. Educado, como sempre...

“Preciso de uma carona. Socorra-me mais uma vez, por favor!”. Enviei junto com uma carinha desesperada amarela, típica de mensagens de texto.

Que saco... Já tô indo”.

Bem, é isso. É um amigo nem-muito-amigável-assim, porém lá no fundo eu sei que Matt é um cara legal.

Contei quinze minutos e já estava garoando. Mas para a minha felicidade o carro de Matt parou na minha frente. Um cinza e amassado carro do ano de 2002, tocando alguma música de hip hop aleatória. Sorri enquanto adentrava o automóvel.

– Valeu por não ter me ignorado como da última vez – Falei colocando o cinto. Matt sequer esperou. Já estava cantando pneu de volta para a estrada.

– Tsc. Você me tirou de uma jogada online no COD com o meu grupo. Não conte comigo da próxima vez – Sua expressão realmente mostrava irritação.

Matthew tem uma personalidade forte. Sarcástico, bravo, sacana... Acho que essas seriam as palavras adequadas para descrevê-lo. Sempre que sorri é por causa de um comentário sem ética dele mesmo ou então por causa de alguma sacanagem.

– Sua casa não fica em um caminho impossível de se atravessar em meia hora – Começou Matt sem tirar os olhos da estrada – Só me tirou de casa por nada?

– Olhe só para fora, cabeça de ostra – A essa altura já chovia fortemente, mal dava para ver a estrada – Isso não é uma chuvinha, é uma tempestade.

– E por o caso você é de açúcar? – Desta vez ele me olhou, sorria de canto.

– Cara, minhas roupas mano – Falei como se fosse obvio.

– Você e esses seus terninhos caros...

Eu ri.

– Só tenho este terno. Você sabe que não sou rico ou coisa do tipo. Senão não estaria colaborando com as tuas gangues. Sobrevivo do pôquer, lembra-se disso?

– E você está usando terno porquê...?

– Hoje tive uma partida no Lord Black. O lugar é um luxo, eu precisava me misturar... – No meio da tempestade pude ver uma silhueta caída no chão. Forcei a visão e então reconheci as feições de um rapaz nem muito novo e nem muito velho – Pare o carro! – Berrei, fazendo com que Matthew subitamente parasse o automóvel, assustado.

– Que merda é aquela? – Indagou se referindo a figura no meio do asfalto. Fiquei aliviado em saber que eu não estava vendo coisas.

– É... Uma pessoa – Aquilo saiu mais como uma pergunta do que como uma afirmação. Meu motivo de hesitação era o fato de que ao redor do corpo caído havia um buraco redondo, como se algum tipo de cometa houvesse despencado do espaço em alta velocidade se chocando com o asfalto.

– Você não está pensando em sair do carro, está? – Matt quis saber, franzindo o cenho.

Tirei meu terno, decidido e abri a porta do carro, saindo dele logo em seguida.

– Ezekiel, você é maluco! É assim que acontece nos filmes de apocalipse zumbi! – Meu amigo gritou, fazendo-me revirar os olhos.

Ao me aproximar perto o suficiente, consegui ver com mais clareza o ser. Estava meio encolhido de bruços e seu corpo estaria totalmente exposto se não fosse por um comprido pano branco que lhe enrolava, parecendo aquelas vertes romanas, coisas assim. O mais estranho de tudo isso – Embora tudo ali fosse estranho demais – eram as penas negras caídas em torno do rapaz.

Virei-o pelo ombro, para ver seu rosto. Pelo visto estava inconsciente, de boca entreaberta. Todavia fiquei menos tenso ao perceber que ele respirava.

Pensei por um instante no que deveria fazer, mas meu instinto me levou a querer ajudá-lo. Coloquei seu braço em torno do meu pescoço e seu peso me fez debruçar. Meus olhos encontraram os de Matt por trás do para-brisa e algo neles dizia coisas como “Larga esse cara aí e vamos embora”.

Mesmo assim voltei para dentro do carro, colocando o desconhecido nos bancos de trás. Ambos estávamos ensopados pela chuva e isso fez Matthew ficar um pouco nervoso.

– Pronto, já podemos ir para casa – Falei colocando o cinto e trancando a porta do carro. Matt pareceu querer protestar, abrindo, mas logo em seguida fechando a boca. Voltou a dar a partida no carro.

Este é o Ezekiel:


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Notas finais do capítulo

Comentem porque eu respondo tudinho agora XD Claro que se você me mandar um bilhete te responderei com um bilhete e se você me enviar um 'texto' eu te respondo com um texto. Se estiver favoritando ou recomendando estará me ajudando MUITO. Obrigado para quem leu e espero que tenham gostado. o/



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