No almoço James volta dos testes de quadribol aparentemente decepcionado e ao chegar à mesa da Grifinória é bombardeado de perguntas por diversos alunos da Grifinória querendo saber se teria um bom time esse ano, pois há seis anos a Grifinória não ganhava o campeonato de quadribol e os Grifinórios estavam enraivecidos com o fato.

– Vamos ter um bom time esse ano. Achei dois ótimos batedores, um goleiro que defende muito bem, e dois bons artilheiros – disse James ainda decepcionado então se volta para seu amigo Sirius em um de seus olhares de suplica – Mais não achei outro artilheiro tão bom quanto você cara.

Sirius tinha sido artilheiro em seu terceiro ano em Hogwarts, mais somente porque viu alguns sonserinos zombarem do time e quis estraçalhar a Sonserina. O menino amava quadribol, porém nunca gostou de se esforçar muito para as coisas e ser titular do time de quadribol exigia muito treino.

– Por favor, cara – continuou James – Precisamos de você para vencer esse ano.

Sirius encara o amigo que esta suplicando, e a verdade é que ele nunca conseguiu ir contra as vontades de James quando ele está determinado consegue ser irritante (Lilian que o diga).

– Você nos fará vencer então capitão? – perguntou Sirius sorrindo em uma demonstração de que entraria para o time.

– Mais é claro que sim! – afirmou James convicto.

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Após o almoço Lilian estava andando pela escola em busca da nova sala de feitiços, pois a outra havia sido interditada depois de um feitiço errado realizado pelo Pedro, a menina pareceu andar pelo castelo todo e não achar a sala abrindo todas as portas que ela via ela frente e atrapalhando algumas aulas, mais depois de todas as salas que tinha aberto vergonha já não passava mais pela cabeça da garota. Ela nunca estivera tão perdida na vida.

– Como eu queria ter aquele mapa idiota agora, poderia achar a sala facilmente com ele – disse a menina, em seu habitual costume de falar sozinha quando está frustrada.

Ela passava por corredores que estavam vazios como se só existisse ela em Hogwarts. Obviamente estavam todos em aula o que deixava a garota mais preocupada ainda, ela deveria ter ido com seus amigos quando foram para a aula, mais como havia esquecido o livro no dormitório disse para eles irem à frente e agora estava completamente perdida e angustiada, nunca tinha chegado atrasada, não queria criar uma má impressão com o professor.

Ela acaba entrando em um corredor estreito e deserto com uma porta entreaberta à sua esquerda. A menina vai de encontro à porta esperançosamente pensando “Talvez seja essa, talvez seja a sala”, mais suas esperanças se acabam tão rápidas como vieram, pois parecia uma sala de aula fechada.

Varias mesas e cadeiras acompanhadas de seus vultos criados pelo sol vindo das janelas se amontoavam contra as paredes e havia uma cesta de papéis virada em cima de uma mesa principal na frente da sala.

Lilian nem presta muita atenção na sala, ela está cansada então só senta em uma das cadeiras empoeiradas e se debruça sobre na mesa mais próxima.

– Mais que droga! Estou perdida! Que espécie de monitora sou eu que nem consegue chegar a uma aula – disse ela, já não sabendo mais o que fazer.

Então levanta a cabeça e na frente da sala estava uma coisa que parecia não pertencer ao lugar, alguma coisa que parecia que alguém colocará ali apenas para tirá-la do caminho.

Era um magnífico espelho, da altura do teto, com uma moldura de talha de dourada, aprumado sobre dois pés em forma de garra. Havia uma inscrição entalhada no alto que dizia: Oãça rocu esme ojesed osamo tso rueso ortso moãn.

Se esquecendo do porque estava chateada Lilian fica curiosa e se aproxima do espelho. Ela vê a sua imagem, mais não apenas isso. A menina está de mãos dadas com James e todos os seus amigos estão juntos, estão todos se divertindo inclusive Severo que esta rindo ao lado dos alunos da Grifinória, com um uniforme diferente do habitual, Lilian olha mais atentamente e vê que é o uniforme da Grifinória.

Por um momento de espanto ela olha para trás esperando que a cena fosse real e estivesse acontecendo, mais era uma absoluta tolice, como alguém estaria ali com ela?! Então fica apenas admirando a imagem por mais um tempo, ficava feliz de todos estarem reunidos e se entendendo, mais não conseguia compreender porque Potter estava de mãos dadas com ela e se enfureceu com aquilo pensando “com toda certeza ver todos os meus amigos unidos é um dos meus maiores desejos, mais Potter junto comigo? porque ele está de mãos dadas comigo nessa cena?” depois de alguns minutos imersa em seus pensamentos, Lilian se lembra que deveria encontrar a nova sala de feitiços e sai correndo o mais rápido possível e acaba esbarrando em alguém.

– Me desculpe – disse ela sem nem ao menos olhar para a pessoa e continua a correr sem rumo esperando que alguma hora ache a sala.

– Espere! – disse a pessoa que segura o braço de Lilian não permitindo que a menina continue a correr.

Ela olha para trás e vê James surpreso com a atitude da garota.

– Porque não foi à aula, Lírio? – pergunta o menino realmente preocupado, pela ação inédita que ocorrera, Lilian nunca havia nem ao menos chegado um minuto atrasada para uma aula.

– Me perdi, estou procurando a sala há muito tempo.

– Entendi – disse o menino – O professor me pediu para pegar um livro na biblioteca vamos comigo e então te mostro o caminho para a sala.

Lilian o acompanha sem reclamar estava feliz de ter encontrado alguém que pudesse ajudá-la, mais tinha que ser James? A menina não conseguia parar de olhá-lo o caminho todo pensando o “porque daquilo e o que aquilo significava”, então acidentalmente acaba deixando que ele perceba.

– Porque esta me olhando tanto? – pergunta James.

– Não estou olhando – disse Lilian em uma negação que não convenceria ninguém.

– Eu sei que sou lindo, mais não precisa de tanto – disse ele tentando fazer uma palhaçada que não funcionou do jeito que esperava.

– Você estraga tudo Potter com seu jeito arrogante e metido. Será que da pra parar de se achar o centro do universo ao menos uma vez na vida – disse Lilian se lembrando exatamente o motivo pelo qual James era tão irritante, esse motivo que havia se esquecido desde que verá aquele espelho.

– Era só uma brincadeira Lily – disse ele calmamente – não queria te fazer ficar assim, só queria que você risse.

Ela se sentiu extremamente culpada nesse momento, James só a estava ajudando e ela deixara que aquela imagem tomasse conta dela e acabará despejando toda sua frustração em cima do menino que não tinha culpa nenhuma.

– Sinto muito James, eu estou um pouco irritada.

– Está bem não vou mais incomodar então, principalmente pelo fato de me chamar de James, isso é um marco histórico, acho melhor ficar quieto antes de estragar tudo – disse James revirando os olhos em uma tentativa de palhaçada.

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– Estragar tudo é o seu grande dom – diz ela rindo.

– Agora sim ganhei meu dia – disse ele deixando a menina levemente corada.