– Pelas barbas de Merlin o que faz aqui há essa hora Filch?– diz Minerva o que deixa James ainda mais preocupado, ela estava irritada por ter sido acordada.

– O menino estava andando pelo castelo à noite - então Filch empurra James a sua frente deixando que ele apareça sobre a luz que vinha do quarto.

– Ah entendi – então a professora faz uma pausa olhando para James em desaprovação– já pode ir Filch – disse a professora fechando a porta logo atrás de James.

– Sinceramente não sei o que faço com você Sr. Potter – disse a professora desapontada.

– Minhas sinceras desculpas professora mais eu tinha que ajudar o meu amigo.

– Então vamos lá me diga o que aconteceu, explique porque estava andando pelo castelo há essa hora?

– Remo saiu do castelo é lua cheia e como a senhora sabe ele vai para a casa dos gritos e volta ao amanhecer, do jeito que Dumbledore disse para ele fazer, mais eu não queria deixá-lo sozinho, Remo é meu amigo e quero ajudá-lo, mostrar a ele que vou estar ali independente do que aconteça, então fui para o hall de entrada esperar até ele voltar ao amanhecer.

– Ninguém pode ajudar o Sr. Lupin nesse momento – disse a professora mudando a sua expressão para compreensão e bondade.

– Eu posso professora, até pedi para Madame Pomfrey me ensinar primeiros socorros e quero mostrar que ele não está sozinho e mesmo sendo lobisomem eu estou do lado dele.

Então a professora olha para o menino parecendo analisá-lo, examinando cada palavra que James disse e fazendo uma discussão interna, após alguns longos minutos ela parece chegar a uma conclusão e diz:

– Te darei uma autorização para ficar no hall da entrada toda lua cheia que quiser, no entanto Filch vai ficar de olho em você, se souber que fez alguma travessura em uma dessas noites tirarei a sua autorização e você não pode sair do castelo em nenhuma circunstância, estamos entendidos Potter?

– Sim professora e muito obrigada! – disse James ao sair da sala com a sua autorização e voltar para o hall de entrada.

O dia chega mais rápido do que James esperava, ele vê de longe um vulto se aproximando cada vez mais, seu amigo está vindo mancando e tendo muito esforço para ficar de pé, na mesma hora James não pensa duas vezes e sai correndo de encontro ao amigo.

Remo está quase caindo e quando olha para frente mirando a entrada do castelo vê James vir em grande velocidade em sua direção com uma determinação inesgotável no olhar, que fez com que Remo pensasse na sorte que tinha por ter os seus amigos apesar de tudo que passará e ainda terá que passar, ele não está sozinho. James se aproxima de Remo fica ao seu lado e coloca o braço de Remo por cima de seus ombros o dando um apoio para se sustentar e poder andar.

– Você conseguiu amigo! – disse James lançando para Remo o maior sorriso que ele tinha.

– O que... Você... Está... Fazendo... Aqui? – perguntou Remo fazendo pausas na fala parecendo muito cansado até mesmo para falar.

– McGonagall me deu uma autorização para te esperar na lua cheia.

Remo nem teve fôlego para discutir, apenas aceitou a ajuda do amigo e seguiu até o dormitório em silencio.

Ao chegarem no dormitório se deparam com Sirius e Pedro preocupados com Remo do mesmo modo que James estava.

– Ainda bem que vocês chegaram – disse Sirius.

– Íamos atrás de vocês mais um dos monitores nos parou e não nos permitiu sair, tentamos enrolar ele mais não deu certo – disse Pedro.

– Está tudo bem, só preciso cuidar dos machucados de Remo temporariamente, depois ele vai para a enfermaria e madame Pomfrey fará um trabalho melhor com toda a certeza – disse James pedindo a Sirius que pegasse a caixa de primeiros socorros que eles contrabandearam para ajudar Remo.

– Obrigado! – disse Remo timidamente aos três amigos, não gostava que ninguém se desse tanto trabalho por ele, mais se sentia feliz por ter amigos que se importavam tanto.

– Que isso Aluado, você faria o mesmo por nós! – disse Sirius abrindo um de seus sorrisos para o garoto que com toda certeza faria o mesmo por eles.

Os meninos dormiram por curtas duas horas antes de levantarem cambaleando de sono para o café da manhã ou não comeriam nada, e isso não era uma opção, principalmente para Pedro.

– Vamos! – disse Pedro impaciente – ou não vamos conseguir comer nada.

Remo já estava de pé se trocando para mais um dia em Hogwarts e pegando seu livro de poções que seria a primeira aula do dia, os machucados pareciam não abalá-lo em nada que estava persistindo ao lado de Pedro para James e Sirius levantarem.

– Quem vota em ficarmos dormindo o dia todo? – disse uma voz tremula e sonolenta que nem parecia a de James e o menino levantava o braço sem mover nenhum um outro músculo, ganhando apoio do melhor amigo que acreditariam que estava morto se não tivesse movido o braço.

– Esta bem eu não queria fazer isso mais não tenho escolha – disse Remo pegando o seu despertador velho e programando para um minuto depois.

Esse minuto se passou e BUM... Um barulho estrondoso e irritante de um despertador velho tomara conta do lugar.

Sirius pulara de sua cama na mesma hora, como se alguém tivesse declarado que o mundo estava em guerra, e James caiu no chão com força levando tudo o que estava em sua cama com ele. Sirius empunha a sua varinha e antes que Remo consiga deter ele.

– Bombarda! – diz Sirius brandindo a sua varinha e mostrando repleta satisfação ao ver pedaços do despertador cair no chão como flocos de neve – MUAHAHAHA! Agora estou feliz, vamos levante James – fala Sirius cutucando o amigo deitado no chão que perdeu todo o espetáculo.

James olha ao redor meio sonolento ainda depois do barulho vendo o despertador em pedaços no chão e Sirius pulando da cama então seu rosto é preenchido por um grande sorriso, James adora ver as travessuras de Sirius, sempre acabam animando ele.

– Mandou bem cara! – falou James levantando de prontidão, os dois ficam prontos em cerca de quinze minutos e saem para comer o que restou do café da manhã no salão principal.

– Você esta me devendo um despertador Sirius – disse Remo ainda não acreditando que o seu despertador fora destruído.

– Ah relaxa Remo, estava planejando destruir aquela coisa a anos, uma hora o outra isso iria acontecer.

– E fico feliz que tenha acontecido – diz James que recebe uma expressão de reprovação de Remo enquanto Pedro não fala nada e fica apenas ao lado rindo da situação.