– Onde ele está? – pergunta Lilian chegando à enfermaria correndo e quase sem fôlego.

– Calma ruiva ele está aqui – disse Sirius do outro lado da enfermaria com o resto do time da Grifinória aglomerado ao redor da cama onde James estava deitado ainda inconsciente.

Em seguida Pedro e Remo entram na enfermaria e todos começam a discutir preocupados se James estaria bem.

– Quem sabe se batermos na cabeça dele para ele voltar ao normal, um golpe o deixou inconsciente, dois podem acordá-lo. – disse Pedro.

– Não vamos bater na cabeça dele Rabicho, que tal batermos na sua? – ingredulou- se Sirius.

– Por sorte você o deixaria inconsciente para não falar mais essas bobagens – falou Remo.

– O que será que ele precisa? – questiona Lílian olhando preocupada para James, sem prestar atenção na discussão dos marotos.

– Um beijo seu não seria nada mal ruiva – disse James começando a acordar e se sentar em sua cama, expressões de felicidades toma conta do lugar, exceto por Lílian que ficou seriamente encabulada com a frase de James. – Então a sonserina ganhou de quantos pontos? – disse James decepcionado, havia se esforçado tanto, e acabara sendo derrubado de sua vassoura no começo do jogo.

– E quem disse que perdemos? – perguntou Sirius com um sorriso desdenhoso.

– Vocês ganharam? – questiona James animado e surpreso.

– Mais é claro! – disse Henry – você ainda duvidava capitão?

– Foi por pouco tenho que admitir – falou Tyler – Quando Severo estava a poucos centímetros de pegar o pomo, Sirius fez o último gol que deixará a Grifinória com cento e noventa pontos, e pegar o pomo naquele exato momento foi inútil por que só dava cento e cinquenta pontos, com o jogo terminando cento e noventa a cento e oitenta.

– Agora podemos ir para a festa na sala comunal? – pergunta Pedro com a barriga roncando.

Ao passarem pelo quadro da mulher gorda a hesitação no local se torna ainda mais evidente, todos festejavam e aquela pareceu uma festa ainda animada que todas as outras, afinal eles ganharam o campeonato de quadribol.

No meio da noite, ainda muitos Grifinórios estavam na sala comunal comemorando, Sirius e Lílian estavam em um canto cercados por alunos da Grifinória vibrando.

– Lils eu acho que você não devia... – alerta James preocupado.

– Fica quieto Potter – disse Lílian desafiadora.

– É, fica quieto Potter – repetiu Sirius – Então ruiva aceita ou você está com muito medo?

– Eu não tenho medo de você Black.

E então eles começaram a beber e beber whisky de fogo, Lílian foi se tornando cada vez mais vermelha e perdendo o ritmo, Sirius no entanto não parava e bebia cada vez mais e demasiadamente rápido, ficou óbvio saber quem venceria, afinal Sirius estava habituado com isso e Lílian bebera pela primeira vez aquele dia, porque Sirius a estava desafiando.

Depois de um tempo James, provavelmente o único ainda sóbrio no lugar, estava carregando Lílian para que ela se sentasse, porém a menina estava fora de si e não parava quieta.

Sirius cantava em um lado da sala encima de uma das mesas velhas e rangentes, sua voz era habitualmente linda, mas quando bêbado a voz de Sirius soava estranha, mesmo assim ainda encantadora e varias garotas se colocaram ao seu redor como se ele fosse uma espécie de cantor famoso.

Remo dormia acabado em cima do sofá depois de ter bebido um pouco, enquanto Pedro havia desmoronado no chão perto da lareira.

James estava ainda arduamente tentando fazer Lílian ficar quieta, no entanto ela acabará parando só quando começou a abraçar James, tava na verdade mais jogando todo o seu peço sobre ele do que abraçando.

– Eu gosto de você sabia – disse Lílian fora de si.

– Mesmo Lils? – disse James rindo da situação, com toda certeza Lílian Evans não diria aquilo em voz alta enquanto estivesse sóbria.

– Eu fiquei muito chateada quando você beijou aquela garota no outro jogo.

– Era isso? Por isso você estava me evitando Lils? – questiona James finalmente entendendo e ficando feliz por Lílian estar bêbada ou nunca descobriria aquilo.

– Vermelho! – disse Lílian se distraindo e apontando para uma das tapeçarias da sala comunal – Eu adoro vermelho... É minha cor favorita sabia? Qual sua cor favorita?

– Verde!

– Eu nunca gostei muito de verde. Por que é a sua cor favorita?

– Por causa dos seus olhos.

– Você só sabe dizer essas coisas vergonhosas – emburrou-se a menina

– Desculpe Lils, não queria te envergonhar.

Depois de muito conversar sobre praticamente nada, Lílian parecia ter sido tomada por um espírito que a mandava fazer tudo o que não tinha coragem de fazer a James e tenta beijá-lo, James começa a ir em direção a ela com a intenção de beijá-la, aquilo era tudo que ele sempre quis, mas acaba parando no meio a Lílian sóbria o odiaria para sempre se fizesse isso.

– Não, assim não – disse James – Você ainda vai me beijar quando estiver sóbria. Agora vá dormir Lírio – e Lílian não discute muito acaba caindo nos braços de James e adormecendo.

Lílian acorda pela manhã com um raio de sol atravessando a janela da sala comunal, sua cabeça está absurdamente mais pesada que o normal, ela olha ao redor e vê diversos Grifinórios jogados no chão, sofás e cadeiras. Só então percebendo que James estava vindo para perto dela carregando duas xícaras.

– O que aconteceu ontem? – questionou ela esfregando os olhos e com a cabeça repleta de uma enorme dor.

– Você não deveria ter desafiado Sirius, ele bebe há anos e você começou agora – disse James oferecendo uma das xícaras e Lílian olha desconfiada para a xícara – calma eu não fiz nada com a xícara, só coloquei um pouco de uma das poções pra ressaca de Sirius, mas você nem sentirá o gosto.

A menina bebe agradecida, enquanto a dor vai sumindo da sua cabeça.

– Eu sei que não devia ter desafiado Sirius, mais não estava falando disso... – retorquiu Lílian tentando se explicar. James sabia do que ela estava falando deles dois.

– Não se preocupe Lírio – disse ele beijando a cabeça de Lílian – não aconteceu nada. – e James sai da sala comunal pelo quadro da mulher gorda.