Grifinória acaba ganhando o jogo de duzentos a oitenta e deveriam agradecer metade dos pontos à fúria de Sirius afinal era um jogo contra a Corvinal e Noah estaria jogando.

Agora o time iria para a final do campeonato, pouco antes de entrarem na sala comunal da Grifinória para festejarem como sempre faziam ao final de uma vitória, uma aluna do quarto ano emburra James contra a parede e o pega em um ato inesperado, antes de se dar conta do ocorrida à garota já estava com a boca na dele que tirará tão rápido quanto a ação fora realizada, não que a garota fosse feia ou beijasse mal, mas porque ela não era Lílian Evans.

Ao tirar a garota de cima dele o menino percebe que não tirou a menina de perto dele tão rápido quanto pensará, pois a sua ruiva tinha visto toda a cena e pensará de modo descontrolado, jogando o cachecol de James com força no chão e saindo pelos corredores.

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Lílian não sabia para onde ia, não tinha um lugar para onde correr, ela só não queria que James galinha Potter não a visse deixando que algumas lágrimas incontroláveis caíssem de seu rosto.

Ela só precisava correr sem rumo, pois seus pensamentos estavam atordoados demais para que ela ficasse parada, ela sentia seu sangue ferver cada vez mais forte dentro de si, como se fosse explodir a qualquer momento. Seu estômago estava todo revirado, ela espancaria James se aparecesse na sua frente. Imersa nos seus pensamentos e dor Lílian acaba esbarrando em alguém, ao olhar para o rosto, meio atordoada tentando discernir quem era vê o seu amigo Remo e o abraça com tanta força que o menino fica extremamente confuso, mas ela se sentiu agradecida por ser ele naquele momento.

– Calma, Lily nos vimos há trinta minutos porque essa felicidade toda ao me ver... – as palavras de Remo acabam se perdendo no ar, quando ele finalmente olha no rosto da amiga e vê que aquele abraço não fora de alegria, tava mais para um conforto. – Por que está chorando?

– Por causa do seu amigo idiota – disse Lílian esfregando as lágrimas.

– Quem? Sirius? – questiona Remo confuso – Ele tacou pó de mico nos seus olhos que nem fez com Pedro há uma semana? Se for isso, passa depois de alguns minutos.

– Não Remo! – impacientou- se Lílian – O James galinha Potter!

– O que ele fez? – perguntou Remo confortando Lílian, mas pelo galinha no meio do nome de James ele já fazia uma noção do que tinha acontecido.

Lílian começa a contar a história para Remo que não leva muito a sério em algumas partes da história, principalmente a parte em que James agarrou a garota e ficou beijando ela por no mínimo uma hora.

– Eu entendo Lily – disse Remo tentando acalmá-la – Mais acho que James não faria algo assim pra te machucar e não é você que sempre despensa ele Lily?

– Mmm – “Remo está certo” pensou Lílian que estava muito corada, “eu sempre faço isso, mas não é como se quisesse que ele saísse com qualquer garota por ai”. Os pensamentos e sentimentos de Lílian pareciam fone de ouvido não importa quanto arrumem eles se você guarda em algum lugar logo depois eles já estão totalmente enrolados e uma resposta viável simplesmente não consegue sair pela boca de Lílian.

– Eu te conheço Lílian – falou Remo depois de um grande silêncio – Eu sei que você está notando o lado bom de James ultimamente.

– Só que não vou ver mais, porque cheguei à conclusão de que não existe parte boa em James Potter. E você pare de defender o seu amigo energúmeno até quando ele faz coisa errada

Lílian sobe para o seu quarto, apresada sem querer comemorar a vitória da Grifinória com seus outros companheiros, tudo que se passa na sua cabeça é como ela queria poder deixar James o resto do ano inteiro em detenção só para vê-lo sofrer e mesmo assim não acreditava que aquilo a faria sentir melhor.

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A neve aos poucos foi desaparecendo, a temperatura havia subido, os dias se tornaram mais longos e ensolarados, março chegará e com ele o começo da primavera as árvores antes peladas começavam a se encher de flores e tudo ficava mais bonito e colorido, os agasalhos já não eram tão comuns em alunos e professores que subiram os ânimos por ter acabado todo aquele frio, a primavera se instalará no lugar e a grama já não tinha vestígios da neve e estavam com uma coloração verde e viva.

No dormitório feminino da Grifinória Dorcas, Alice e Lílian já tinha levantado a muito tempo para outro dia de aula em Hogwarts, no entanto Marlene ainda se revirava em sua cama, lutando contra a vontade das meninas de fazê-la levantar.

– Vamos Marls você precisa acordar! – exclamou Alice em um cabo de guerra com Marlene tentando tirar dela o cobertor, mas estava perdendo, pois Marlene parecia ter uma força inacreditável para continuar a dormir.

– Ou vamos te deixar ai! – afirmou Dorcas como uma ameaça.

– Então me deixem aqui! – disse Marlene virando enquanto, de um lado estavam Lílian e Dorcas tentando empurrá-la para fora da cama e Alice lutava arduamente no pé da cama para tirar o coberto dela.

– Você é o que? Uma pedra? – questiona Lílian colocando toda a sua força na tentativa de tirar Marlene da cama.

– Não, vocês é que são muito fraquinhas mesmo – disse Marlene – E além de tudo. Isso é culpa sua Lily!

– Minha por quê? – pergunta Lílian indignada.

– Por me brindar com os piores defeitos de James Potter a noite toda – retrucou Marlene fazendo com que Alice e Dorcas rissem.

– Ah mais você bem que estava interessada em ouvir ontem – disse Lílian com as bochechas rosadas e virando os olhos – agora levanta logo daí antes que eu use a minha varinha para fazer isso.

– Está bem senhorita mandona – se rendeu Marlene, sabendo que as meninas nunca a deixariam dormir – só que um dia você pode não estar com essa varinha e eu vencerei – disse isso olhando Lílian em um falso desafio e mostrando os seus músculos, o que conseguiu deixar as meninas em gargalhadas imaginando Lílian e Marlene em uma briga física e no quão ridículo aquela ideia parecia.

Descer as escadas não parecia uma boa ideia para Lílian, ela sabia que uma hora teria de encará-lo, mas não queria que acontecesse naquele momento, dormirá mais um pouco se pudesse faria como Marlene, no entanto com a intenção de se esconder e não dormir.

– Você fala tanto do James que até parece estar ap... – as palavras de Marlene se perdem ao entrarem na sala comunal quando Lílian dá um grande pisão no pé dela que olha revoltada para Lílian e com um olhar de vingança amedrontador.

– Ah eu esqueci um livro lá em cima – disse Lílian vendo que James estava com os outros meninos esperando que elas descessem para o café da manhã – encontro vocês lá embaixo. – diz aos amigos que aceitem ela os observa passando pelo quadro da mulher gorda e segue para seu quarto novamente indo buscar um livro inexistentes.

Depois de subir alguns degraus Lílian é puxada pelo braço e encontra James Potter a encarando com grande preocupação nos olhos.

– O que está acontecendo? Por que você está me evitando?

– Você sabe muito bem o que fez Potter! – disse Lílian tentando soltar seus braços das mãos de James.

– Não, eu não sei Lils – afirmou James sinceramente olhando nos olhos de Lílian, com significativa inocência e por um momento ela perdeu a sua posse severa e se acalmou, ela se deixou perder naquele olhar e acreditando nele, só que algo em sua cabeça falava “você não vai acreditar nele vai? Sabemos muito bem o que ele fez”.

– É Evans, Potter! – exclamou Lílian resistindo a James com muito ardor.

– Evans Potter você só será quando nos casarmos – brincou James esperando que Lílian começasse a rir, no entanto ele não poderia estar mais errado.

– Hilário Potter – debochou Lílian muito mais raivosa do que no inicio - agora pode me soltar?

– Não até me contar o que está havendo – respondeu James, mas em um infeliz acaso Lílian consegue se soltar sozinha e corre para o dormitório feminino que tinha um feitiço impedindo James de entrar, então o desiste sabendo que a menina não sairia dali enquanto ele a estivesse esperando e desce para o salão principal, sem resposta alguma.