O dia amanheceu e o céu era de um laranja profundo, que entrava através de pequenos raios de sol pelas aberturas no salgueiro lutador. A noite finalmente acabará e Remo voltou a sua forma humana quando Sirius, James e Pedro viram que ele voltará também voltarão as suas formas humanas.

– O que aconteceu? – questiona Remo coçando a cabeça tentando se lembrar de algo depois da cena de Severo se revelando por trás de uma árvore, mais nada vem a sua cabeça como sempre acontece quando se transforma.

– Nada! – disse James falsamente.

– Não tente me enganar James Potter, eu sei que aconteceu alguma coisa! – então Remo percebe o grande corte que cruza o peito de James.

– Eu que fiz isso?! Eu te machuquei?! – Remo pergunta aflito como se tivesse feito a piro coisa do mundo, os seus olhos ficam encharcados e ele acaba deixando que algumas poucas lágrimas escorram – EU DISSE PARA VOCÊS IA ACABAR MACHUCANDO ALGUÉM OLHA O QUE ACONTECEU COM JAMES! – uma irritação toma conta do seu ser e ele olha para os três, completamente furioso como se fosse um pai repreendendo os seus filhos.

Então James vêem por trás de Remo enquanto ele encara Pedro e o abraça o mais forte que consegue, Remo fica paralisado com aquela ação e a sua irritação acaba deixando o seu corpo.

– Eu estou bem – disse James – estou bem, não foi culpa sua.

Os garotos saem da floresta direto para a enfermaria, Sirius apóia James nas suas costas, além do cansaço que todos estavam sentindo ele havia sido ferido seriamente no peito, mais mesmo com a dor continuara ajudando. E Remo não aceitara ajuda apesar de às vezes acabar cambaleando em cima de Pedro, pois a transformação em Lobisomem é um processo bem doloroso.

Ao chegarem na enfermaria madame Pomfrey fica estupefata ao ver o estado dos quatro meninos.

– Vocês foram para onde? Uma guerra?! – disse ela enquanto colocava Remo e James em camas e começava a examiná-los.

– Quase isso – disse Sirius que ao se soltar de James se joga no chão morto de cansaço.

Depois de cuidar de Remo e James, madame Pomfrey sai da sala com o objetivo de relatar o acontecido ao diretor Dumbledore e os meninos não conseguiram impedi-la.

– Vocês não precisam mais falar comigo – suspirou Remo – Eu não vou reclamar, prometo a vocês, sei que sou um perigo.

– Por que diabos você pensa que vamos parar de falar com você? – questiona Sirius.

– Porque eu sou um monstro.

– você está sendo dramático. Sabemos quem você é Remo e que nunca faria isso de propósito – disse James sorrindo para o amigo que estava plenamente feliz apesar da transformação ele sabia que tinha três amigos de verdade – Você não vai se livrar tão fácil assim de nós!

Então aconteceu Dumbledore chegou à enfermaria e não permitiu que ninguém mais entrasse ficando sozinho com os quatro garotos que começaram a tentar se explicar, no entanto só conseguiam gaguejar algumas palavras indefiníveis para o diretor, estavam apavorados, pensando que com toda a certeza seriam expulsos.

– Se acalmem meninos! – disse o professor Dumbledore – Não vou expulsa-los se é disso que estão com medo – e clima pareceu se acalmar no lugar e os garotos voltaram a respirar novamente – Snape foi à minha sala, completamente chocado, contando o que aconteceu e claro que tive de apagar a mente dele.

– Então Snape não se lembra de nada da noite passada? – pergunta Remo.

– Absolutamente nada Sr. Lupin – afirma o diretor – e peço que tomem cuidado da próxima vez.

– Então vai deixar que continuemos ajudando Remo? – surpreendesse James, Sirius e Pedro.

– Eu não conseguirei impedi-los – exclama Dumbledore - tenho certeza de que se proibi-los o farão mesmo assim, então não tenho escolha.

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Por volta do meio dia, James já se sente muito melhor. Pedro contrabandeou algumas cervejas amanteigadas para a enfermaria sem que madame Pomfrey visse e os marotos bebiam contentes.

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– Vocês três já estão melhor - disse Madame Pomfrey - acho que já podem ir, para assistir o segundo período de aulas do dia.

– Tem certeza? - perguntou Sirius - acho que ainda estamos muito mal - falou fingindo algum tipo de doença e começando a tossir, como se aquilo significasse que ele tivesse alguma coisa.

– Tenho certeza Sr. Black - e os três saem da enfermaria relutantes - Você tem ótimos amigos! – afirma madame Pomfrey enquanto troca as ataduras de Remo.

– Eles são os melhores – fala Remo surpreso com o que a enfermeira disse – daria a vida por eles.

No dia seguinte Remo volta para as suas atividades regulares ele vê que a relação entre James e Lílian que parecia ter melhorado ultimamente, tinha voltado ao seu estado inicial, por algum motivo que ele desconhecia.

– Ela ainda está te evitando Pontas? – pergunta Sirius quando os quatro marotos estão a caminho do salão principal.

– Sim... – James diz e a sua voz parece decepcionada, o que não é habitual para James Potter.

Entram no salão principal e vêem Frank, Alice, Dorcas, Marlene e Lílian conversando, quando os meninos chegam à mesma hora Lílian vira o rosto para James, como se quisesse demonstrar que estava muito irritada com ele.

– Bom dia, Ruiva! – James esboçou um grande sorriso como estivesse dizendo que era um completo inocente. Lílian, no entanto não caíra no objetivo daquele imenso sorriso e lançou a James um olhar raivoso, pronto a matá-lo se pronunciasse mais alguma palavra, porém James acaba se arriscando e continua: - Eu não fiz nada juro.

– Ah sério? – rugiu Lílian com indignação – você me deixou sozinha anteontem, para terminar o trabalho da McGonagall e nem se dera a graça de aparecer na aula ontem, eu não devia ter colocado o seu nome naquele trabalho. Foi fazer o que quando me deixou sozinha, hein? Azarar alguém ou pegar alguma menina por ai? – James simplesmente não responderá ele não poderia contar a Lílian que fora para ajudar Remo e não adiantaria argumentar se ele não pudesse falar o motivo então desiste de tentar.

Parecendo ter uma resposta com aquele silêncio Lílian pega a sua mochila e se levanta, não dando importância que seus amigos ainda estavam ali comendo ela faz menção de sair mais não antes de dizer:

– Você é um idiota James Potter! – e ela sai do salão furiosa queimaria alguém com o olhar naquele momento.

Depois de ficar ali ouvindo a briga entre James e Lílian. Remo pareceu entender o que tinha acontecido e que ela estava furiosa com James por culpa dele. Remo foi dominado pela culpa, James já quase se sacrificará por ele, Remo o machucará seriamente, e mesmo antes de se tornar animago ele o esperava no hall de entrada para ajudá-lo, aprenderá primeiros socorros por ele e sempre o dava chocolate quando estava se sentindo mal.

Então Remo tinha como um dever impedir que Lílian tratasse o seu amigo assim e sai correndo atrás dela, com Lília já tendo saindo de sua vista ele vai primeiro para a biblioteca e Lílian não estava lá, “mais é claro” ele pensou “como eu sou burro, pensa Remo aonde Lílian vai quando precisa pensar”. Ele sabia exatamente para onde deveria ir e a última vez que estivera lá com Lílian foi quando a amizade dela com Severo acabou.

– Você sempre sabe aonde me encontra não é Remo?! – Lílian sabia que era Remo, sem nem se virar para olhar ela tinha certeza que era ele.

– Tem outra pessoa que sempre sabe onde te encontrar e ele passará os seus anos em Hogwarts observando você, talvez até saiba mais de você do que você mesma – disse Remo deixando Lílian confusa.

– E quem seria essa pessoa espetacular?

– James!

– Lá vai você defender o seu amigo estúpido. – debochou Lílian – Você não vai me convencer de que James Potter é uma boa pessoa.

– Não preciso te convencer! Porque você já sabe disso Lily – Remo fala com toda a calma do mundo enquanto a menina passará para um chamativo tom de vermelho – você só precisa parar de negar isso a si mesma.

– Se você veio aqui para falar bem dele já pode ir embora.

– Não, eu vim aqui para te explicar o que aconteceu – e Lílian olha para Remo, interessada no que ele tem a dizer agora – James não estava fazendo nada de errado, ele só deixou você lá, para me ajudar, então não fique brava com ele.