Quando faltava apenas um dia para Remo e Pedro chegarem à casa dos Potters, James e Sirius acordam e uma coruja das torres ligeiramente marrom estava na janela à espera de alguém que pudesse tirar o bilhete de sua perna. James acorda e empurra Sirius para que acorde também enquanto lê a carta em voz alta para que Sirius escute.

“Olá Sirius e James...”

– Espera porque ele escreveu seu nome primeiro? – fala James indignado.

– Esquece isso e continua lendo – disse Sirius batendo na cabeça de James.

– Mas a casa é minha – disse James como se aquele fosse um grande problema – o meu nome deveria vir primeiro.

– Continua antes que eu te bata de verdade e arranque isso de você Pontas – fala Sirius começando a ficar irritado.

– Esta bem – disse James se rendendo – relaxa.

“Vou chegar por volta das 8 horas amanhã, espero que estejam se divertindo e estou ansioso para vê-los, até amanhã.

Remo.”

– Porque será que ele não falou de Pedro? – questiona James.

– Eu não sei – falou Sirius intrigado – amanhã vamos saber.

Eles estavam muito excitados com a ideia das diversas coisas que poderiam fazer juntos, como a nevasca parou poderiam jogar quadribol sem quebrar nada e teriam mais espaço para jogar também. Os garotos desceram para tomar o café da manhã, e quando chegam à cozinha vêem a mesa repleta de torradas e quatro copos cheios de suco de laranja.

– Podemos jogar quadribol lá fora quando eles chegarem – disse James falando animadamente com Sirius enquanto entravam na cozinha.

– Espero que joguem lá fora mesmo, estou cansada de quebrarem as coisas enquanto jogam quadribol - afirmou a Sra. Potter – E quero que comece a ajudar na casa!

– Mais temos um elfo doméstico – disse James indignado com aquela decisão.

– Um pouco de trabalho duro será bom para você. – falou ela dando a conversa por encerada e Sirius começa a rir.

– É James, um pouco de trabalho dura será bom para você! – falou ele ainda com um grande sorriso na cara não conseguindo se conter.

– Isso inclui você também Sirius – disse a Sra. Potter e o sorriso some do rosto do garoto com James começando a rir da cara do amigo.

O dia seguinte apareceu claro, porém bem frio, os meninos ainda estão na cama cobertos de grandes edredons, em condição do frio, e muito envolvidos em seus sonhos para saber o que está acontecendo lá fora. Por volta das 8 horas da manhã, alguém com grandes malas nas mãos, toca a campainha com muita dificuldade.

– JAMES! SIRIUS! – berra a Sra. Potter – REMO CHEGOU!

Os garotos que há um minuto atrás pareciam mortos se levantam em um pulo, como se as camas embaixo deles estivessem queimando. Empurram-se várias vezes tentando descer a escada um mais rápido que o outro como se não tivessem visto Remo a 10 anos no mínimo. Ele estava no começo da escada bem a frente da porta com as malas ainda nas mãos, então James pula no corrimão e desce por ele como se estivesse em uma prancha de surf deslizando pelo mar e Sirius desce pulando de quatro em quatro degraus. Quando finalmente chegam aonde Remo está, pela grande velocidade em que vieram James e Sirius não conseguem parar e simplesmente caem no chão levando Remo e suas malas junto com eles e começam a rir extremamente auto.

– Ás vezes eu me pergunto se vocês têm mesmo 15 anos – disse Remo rindo junto com os amigos e feliz por estar ali com eles e toda essa agitação inevitável.

– Você tem que aprender a curtir a vida meu caro Remo, assim como nós – disse Sirius.

O Sr. e a Sra. Potter entram na sala que estava com algumas roupas de Remo espalhadas pelo chão, pois as malas se abriram com a queda brusca.

– Será que essa casa ainda vai estar inteira quando vocês saírem? – questiona Dorea Potter enfurecida.

– Eu duvido muito mãe – responde James e todos começam a rir inclusive o Sr. Potter, no entanto a Sra. Potter permanece enfurecida por um pequeno momento que é esquecido quando ela vê o sorriso enorme estampado no rosto de todos eles e não consegue ficar com raiva daquilo.

Todos tomam o café da manhã e Remo conta tudo sobre como foi seus dias de férias antes de chegar à casa dos Potters e sobre ter escrito para Pedro e ele ter respondido que não poderia ir, pois acabou ficando doente, o que deixará o menino muito revoltado por estar assim logo nas férias.

O natal não se demora a chegar e Sirius acaba sendo o primeiro a acordar, ele estava muito excitado por estar ali passando o natal mais uma vez com os Potters, isso o fez lembra do seu primeiro natal em Hogwarts que fora o único que ele realmente ficará no castelo, pois a Sra. Potter na queria deixar Sirius ficar na casa deles sem a autorização de seus pais, então James ficará com ele em Hogwarts e após a noite de natal quando Sirius não havia recebido nenhum presente, porque tinha sido selecionado para a Grifinória, James revoltado mandou uma coruja urgente aos seus pais para que mandassem vários presentes a Sirius em segredo, o menino sempre soube que foram eles, mas nunca falou que tinha descoberto isso.

Ao olhar para o pé da sua cama Sirius vê diversos presentes e sabia que nenhum daqueles vinham de seus pais, mas alguns com certeza eram de Dorea e Charles Potter os pais que Sirius teve sorte de ganhar.

– Acordem logo seus lerdos! – dizia Sirius surpreendentemente acordado e pulando de um lugar para outro em cima de Remo e James – E se lembrem, todas as coisas legais que vocês receberem pertence a Sirius Black, entenderam?

– O que você está falando? – pergunta James ainda sonolento levantando e esfregando os olhos.

– É natal seus idiotas! – disse Sirius.

– Tem presentes pra mim? – disse Remo se levantando rápido e olhando para o pé de sua cama, ele veio de uma família pobre e dificilmente recebia presentes no natal, normalmente só recebia no seu aniversário.

– Claro que tem! levantem logo!

Os três garotos se viram para os pés das suas camas vendo pilhas de presentes. Eles começaram a abrir seus presentes excitados até que Sirius encontra um pequeno presente mal embrulhado que ao balançar se ouvia um barulho agudo e irritante, o menino fica intrigado com o presente e começa a abri-lo.

– Ah – disse James sorrindo travessamente ao perceber que Sirius havia chegado ao seu presente – Esse é meu! Espero que goste pulguento.

Quando Sirius termina de desembrulhar ele se depara com um brinquedo de mastigar para cachorros. Ao ver o presente Remo cai na gargalhada e é logo acompanhado de James, que começa a dizer que para o aniversário de Sirius lhe dará um osso.

– Haha! Como você é hilário James – debocha Sirius – Eu devia ter te dado um pouco de orgulho já que Lily acabou com o seu.

– Ela só está se fazendo de difícil, porque no fundo ela ama o Cervo aqui, afinal quem não ama. – exclama James com um sorriso sedutor.

– É tão difícil ser perfeito que até o seu sorriso é roubado – indaga Sirius como se ee fose o inventor de qualquer sorriso sedutor.

– Pois é, eu sempre digo isso a mim mesmo, sabia? Ninguém pode culpar James Potter por ter nascido tão perfeito.

– Nossa como você é humilde James e cego, diga-se de passagem, porque a única pessoa perfeita nesse lugar sou eu.

– Se formos contar todas as vezes que você foi recusado por Lily, podemos considerá-la uma excelente atriz. – falou Remo abrindo a boca pela primeira vez desde que acordará e tentando desviar aquele assunto de perfeição, porque quando o grande ego de James Potter e Sirius Black entrava nele, muito dificilmente alguém conseguia tira-los da discussão.

– Você entrou na conversa para me depreciar logo de manhã Aluado?

– Não, foi para ver a sua cara de irritado mesmo, ela é hilária. – provocou Remo.

Após terminarem de abrir todos os seus presentes, inclusive alguns explosivos da Zonko’s que os meninos receberam em segredo do pai de James. Os três desceram para a cozinha com alguns deles nos bolsos dispostos a soltar alguns no quintal depois do café da manhã.

Ao chegarem à cozinha os garotos são surpreendidos com o café da manhã favorito de cada um, tinham panquecas com alguns morangos e repleto de calda que caiam sobre o prato para James acompanhado de um chocolate quente enchido até a boca do copo, pão de queijo bem quentinho e crocante por fora mais muito macio e delicioso por dentro para Sirius acompanhado do seu tão adorado café com leite, e uma xícara do chá favorito de Remo junto com um prato cheio de waffles que tinha bastante chocolate, na primeira vez que o menino tinha ido lá, a Sra. Potter colocou morangos como fazia nas panquecas de James, mas Remo é muito alérgico a isso e para não parecer indelicado ele comeu sem reclamar, até a sua língua ficar tão grande que quase não conseguia respirar, depois do pequeno desastre Dorea Potter nunca mais colocou um morango perto de Remo.

Os meninos saíram excitados depois do café da manhã para soltarem os seus explosivos no quintal, no entanto estavam indo tão rápido que Sirius deixara um cair na sala acidentalmente e um foguete que saíra voando para todos os lados dentro da sala, batendo nas paredes e aumentando cada vez mais a velocidade até que BOOOM!

Charles e Dorea Potter saem da cozinha apresados com medo do que poderia ter acontecido e esperando que os garotos estivessem bem, então ao entrarem na sala só conseguem ver uma densa fumaça que começa a se dispersar aos poucos e quando se dá para ver com clareza a sala tem enfeites de natal espalhadas por toda ela inclusive em cima dos garotos, e o que sobrou da árvore de natal que fora o alvo atingido pelo foguete.

– Quando perguntei se deixariam a casa inteira não precisavam levar tão a sério, podem deixar algumas partes delas se quiserem – disse a Sra. Potter um pouco mais calma que das outras vezes, parece ter se acostumado com a chegada deles em casa, afinal sempre tinham essas coisas nas férias.

– Me desculpe Sr. e Sra. Potter – disse Remo demasiadamente encabulado, o menino tinha esse lado certinho que faltava em Sirius e James, então se sentia muito mal quando isso acontecia na casa dos Potter que o acolhiam com tanto amor.

– Está tudo bem Remo – disse Dorea tentando consolá-lo – porque vocês vão arrumar tudo.

– O que? – perguntaram James e Sirius em uníssono.

– Mas mãe é natal – disse James em uma cara irresistível que poderia fazer qualquer um sentir dó e querer levá-lo para casa ao mesmo tempo, ele abaixou as sobrancelhas e entristeceu os olhos como se estivessem a ponto de lagrimas rolarem a qualquer momento, além de empenhar grande esforço em fazer um bico bom o suficiente para convencer a mãe a liberá-los disso.

– Então vocês deviam ter pensado em não fazer isso James – disse Dorea Potter se esforçando ao máximo para não olhar diretamente nos olhos do filho e desistir do que acabará de dizer – depois que terminarem podem soltar isso lá fora – quando os meninos estão subindo as escadas para pegar as coisas e arrumar a bagunça Dorea se vira para seu marido – E teremos uma longa conversa sobre isso depois Charles Potter.