Por você mil vezes - Se não fosse amor escrita por Suy


Capítulo 23
Malditas fotografias.


Notas iniciais do capítulo

Heeyyyy meninas!!!! Mais um capítulo lindezas, obrigada pelos comentários mortos de lindos. Beijãaaao!



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O sol já estava nascendo, depois de virar de um lado para o outro na cama, peguei meu celular e fora algumas ligações e e-mails, tinha uma mensagem de Matthew.

Chegamos bem e já estamos em casa. Ninguém aqui fala gritando ou tem o mesmo nível de sarcasmo ou mau humor que você, o que já me faz sentir sua falta. Beijos!

Sorri lendo e me senti aliviada por ele e Megan terem chegado em segurança em casa, sentei na cama para respondê-lo.

Fico feliz que estejam bem e estou profundamente irritada com você. Disse que voltaria antes de eu sentir saudades e bom... Já estou com saudades e você não está aqui. Contando os dias para você voltar!

Eu mandando mensagem melosa... Quem diria né? Acontece nas melhores famílias. Depois que os rapazes voltaram do almoço com Ethan, nosso dia foi bem tranquilo. Falei com eles que precisava conversar com os três juntos, Kenny mandou uma mensagem para Ethan marcando de irmos tomar café da manhã em sua casa. Eu tinha uma proposta para fazer para eles e esperava que todos aceitassem. Como já tinha perdido o sono, resolvi sair para correr. Depois de mais de 1hr me exercitando, voltei para meu apartamento, Luke e Kenny já estavam de pé terminando de se vestir.

“Em meia hora eu me troco e podemos ir para o bordel... Quer dizer, casa do Ethan.” Falei e os dois começaram a rir.

Entrei em meu quarto, tomei um banho rápido, sequei meus cabelos e deixei eles soltos. Estava nevando então coloquei uma calça jeans preta, blusa com um tecido bem grosso cinza, botas de cano baixo e peguei meu casaco preto. Terminei de me aprontar e saímos de casa. Fui dirigindo enquanto Kenny servia de co-piloto me ajudando com o caminho. Quando finalmente chegamos, nem acreditei que a casa era de Ethan mesmo. Era enorme, linda... Um jardim imenso na entrada e aparentava ser muito bem cuidada. Saímos do carro e Kenny foi tocar a campainha. Nenhum sinal de algum ser vivo. A neve estava começando a cair de novo, Kenny insistiu tocando a campainha e ouvimos um barulho de dentro da casa. Ótimo, pelo menos tem alguém ai dentro.

“Você não tem a chave?” Luke perguntou tentando se aquecer alisando os braços em torno de si.

“Tenho.” Kenny falou tirando um punhado de chaves do bolso.

“Então por que raios estamos aqui fora congelando?” Revirei os olhos.

“Por que eu não quero pegar ele no flagra com alguém. Já aconteceu outras vezes e é constrangedor.” Kenny disse tentando conter o riso.

“Honestamente, não me importo de ver alguma vadia pelada ai dentro, contato que eu saia desse congelador que está aqui fora.” Disse impaciente.

“Ok então...” Kenny pôs a chave na porta e abriu. Entrei praticamente correndo e comecei a sentir o ventinho quente do aquecedor.

“Ah... Muito melhor.” Olhei para Luke que também estava com a mesma expressão de alivio por ter saído do frio.

“Ethan... Estamos aqui e com a Sophie, por favor vista algo e cubra quem estiver aqui com você antes de aparecer.” Kenny disse com diversão e Luke riu também.

“Eu acho que vocês estão exagerando, vai ver ele está aqui sozinho e só está dormindo.” Falei olhando ao redor da casa, era muito bem decorada, bem simples na verdade, sem muitos enfeites, mas era muito limpa e organizada.

“Olha só vocês.” Ethan desceu correndo pela escada com calça de moletom e uma camisa branca. “Eu esqueci que vinham tomar café comigo hoje.”

“A gente pode sair pra comer algo em algum lugar, só precisava estar com os três juntos para conversarmos.” Disse calmamente.

“Eu posso improvisar alguma coisa aqui, não tem problema.” Ele sorriu pra mim.

“Com licença...” Uma mulher loira, linda por sinal, desceu as escadas, deu um beijo rápido em Ethan e foi andando para a porta. “Tenham um bom dia!” Ela sorriu para nós e saiu.

“Ér... Então, como eu estava dizendo...” Comecei a falar.

“Bom dia, desculpem interromper.” Outra mulher loira desceu pelas escadas e repetiu o mesmo gesto da outra, deu um beijo rápido em Ethan. “Vai me ligar?” Ela perguntou com uma voz que parecia mais um gato ronronando.

“Posso pensar no seu caso.” Ele a beijou a novamente e ela saiu. “O que você dizia?” Ele olhou para mim e eu pisquei algumas vezes perplexa com a cena. Kenny e Luke se olhavam se divertindo.

“Bem...” Limpei a garganta. “De novo, como eu estava dizendo...”

“Ethan...” Outra mulher, agora uma morena, falou descendo as malditas escadas. Olhei para Kenny e Luke boquiaberta e incrédula. “A noite ontem foi... Uau.” Ela enrolou os braços em seu pescoço. “Quando vamos repetir?”

“Você sabe como eu sou, não curto replays, mas eu ligo quando estiver afim.” Ele sorriu a beijou e ela fez beicinho, quando virou de costas ele deu uma palmada em sua bunda e ela olhou pra ele sorrindo e saiu pela porta. “Vamos pra cozinha, lá a gente conversa melhor.” Ele deu as costas e saiu andando.

“Três???” Sussurrei para Luke ainda em choque pela cena que acabara de ver. “Esse cara é o quê? Uma máquina de sexo ambulante?” Luke gargalhou com meu comentário.

“Algo engraçado?” Ethan parou e olhou para mim.

“Só estava me questionando se não vai sair outra prostituta do seu quarto nos interrompendo.” Sorri ironicamente.

“Na verdade...” Ele se apoiou na parede de braços cruzados o que deixava seus músculos mais evidentes ainda. “A primeira que desceu é médica, cardiologista, a segunda é delegada e a terceira é juíza. E até onde eu saiba, elas não cobraram nada pelo sexo.” Ele falou triunfantemente e foi para a geladeira de onde tirou uma caixa de suco, ovos, farinha e leite.

“Deixa comigo, você vai acabar explodindo tudo se tentar cozinhar.” Kenny disse tirando o casaco e colocando em cima do balcão. Luke e ele estavam tentando disfarçar, mas estavam se divertindo com tudo isso.

“Pode sentar Sophie.” Ethan disse apontando um dos bancos.

“Depende, tem algum lugar aqui em que você não tenha transado com alguma super mulher?” Cruzei os braços.

“Claro que tem!” Ele falou se fingindo de ofendido. “Dentro da geladeira e em cima do fogão. Se bem que olhando agora... O fogão tem a altura perfeita pra...”

“Ai já chega. Não preciso saber dos detalhes.” Falei impaciente e sentei no banco que ele tinha apontado, ele começou a rir debochando de mim como sempre fazia.

“Então Sophie, o que você queria conversar com a gente.” Luke disse ainda rindo.

“Sim, enfim... Vamos ao que interessa.” Apoiei as mãos no balcão. “Nós estamos abrindo uma loja de roupas novas no centro, a coleção é toda original nossa, é uma loja só de roupas jeans e precisamos trabalhar na campanha de divulgação. Eu queria que você fosse o modelo...” Olhei para Luke. “E você o fotógrafo...” Olhei para Kenny.

“E onde eu entro nessa história?” Ethan perguntou com a boca cheia de uma maça que ele estava comendo.

“Eu quero alugar sua boate para tirar as fotos.” Olhei para ele.

“Bom, você sabe que por mim está mais do que topado. Vai ser uma honra ser modelo de uma campanha sua.” Luke beijou meu rosto.

“Nem precisa me perguntar, estou dentro também.” Kenny alisou minha mão e piscou.

“E você criatura?” Olhei para Ethan com a sobrancelha levantada.

“É, pode ser...” Ele deu de ombros. “Por tanto que não seja a noite, não tem problema.”

“Certo.” O olhei feio. “Eu preciso de uma modelo mulher, vocês podem indicar alguma?” Voltei minha atenção para Kenny e Luke.

“Eu tenho alguns nomes, mas eu preciso saber o que você quer especificamente. Mais magrinha, mais encorpada, cara de santa, cara de puta...” Kenny falou rindo e me fazendo rir também.

“Meu pessoal do marketing quer que seja algo bem sensual, por isso a idéia da boate. Mas, nada de modelo com cara de puta, vai ficar vulgar.” Falei.

“Concordo. Tem que ser uma mulher bonita e elegante. Dessa forma a campanha não fica vulgar, mas sexy.” Luke disse tomando um gole de suco. “Acho que eu conheço a modelo perfeita pra isso.”

“Ótimo, só me mostre depois algumas fotos. Nós temos que fazer isso antes do ano novo, quero aproveitar essa época de fim de ano em que o comércio fica cheio.”

“Eu posso fazer um teste com as modelos antes.” Ethan levantou o braço e eu o olhei fuzilando com os olhos. Ele passou um zíper imaginário na boca, sinalizando de que iria se calar.

Terminamos de tomar café da manhã, Luke, Kenny e Ethan quiseram sair e eu preferi voltar pra casa, por que além de estar terrivelmente frio, eu estava morta de preguiça. Quando entrei em casa, coloquei meu casaco em cima do sofá e fui fazer um chocolate quente, assim que terminei, meu celular começou a tocar, era Matthew.

“Antes de mais nada...” Ele disse assim que eu atendi o celular. “Eu só queria deixar claro que estou chocado com a sua última mensagem. Parece que alguém tem coração no fim das contas.” Ele falou e eu tinha certeza que ele estava com aquele sorriso ridiculamente lindo dele.

“Não me julgue! Eu realmente estou com saudades...” Sentei no sofá me recostando.

“Não estou julgando... É fofo.”

“Fofo? Ai não Matt... Me mata depois dessa por favor.”

“Você é fofa, aceite isso.” Ele disse com divertimento. “Como estão as coisas ai?”

“Tudo do mesmo jeito que estava antes de você viajar, há algumas horas atrás. E como estão as coisas na Califórnia?”

“Entediantes como sempre. Baby já comeu alguma roupa sua?” Ele riu.

“Sabe que agora que você falou... Eu cheguei em casa já tem um certo tempo e ele não veio me receber...” Cerrei os olhos e comecei a procurar ele pela sala.

“E qual problema?”

“O problema? Está tudo muito silencioso... Silencioso até demais.” Levantei e fui andando para meu quarto.

“Você está sendo injusta com ele, ele pode estar dormindo e...”

Olhei para dentro do meu closet e me deparo com Baby, deitado do chão e mordendo o salto de uma bota preta.

“Baby Trammer!” Gritei, ele levantou e saiu correndo pra longe de mim.

“Ele estava comendo outro sapato né?” Matthew falou gargalhando.

“Só uma Louboutin... Nada demais.” Disse irônica e entrei no closet pra ver o estrago.

“Uma lobo o quê?”

“Ai Matthew... Quando você voltar, eu vou te dar umas aulas sobre o mundo da moda.”

“Vai me torturar mesmo?”

“No momento eu vou torturar o Baby...” Sentei no chão e admirei minha bota novinha e destruída.

“Não seja malvada com ele.” Ele disse rindo. “Estou indo...” Ele falou um pouco longe do telefone. “Eu preciso ir agora, compras em família... Eu que estou sendo torturado aqui. Mais tarde eu ligo pra você.”

“Ta bem... Nos falamos depois. Beijo.”

“Outro linda.” Ele desligou e eu levantei do chão para ir em busca do Baby.

“Ah rapazinho... É melhor você ter se escondido muito bem, por que quando eu te achar, você vai passar um mês de castigo!” Gritei.

Era véspera de natal, meu apartamento nunca esteve tão decorado pra essa época do ano, mas Kenny cuidou de tudo eu não quis intervir. Iríamos ceiar no meu apartamento, o ‘Trio maravilha’, como eu gostava de chamar os três, por que agora era um grude só, tinham ido ao mercado terminar de comprar o que faltava para mais tarde. Eu estava no quarto tentando decidir entre dois vestido para a noite e ouvi o interfone tocando, Baby começou a latir, bufei ao ouvir o barulho insistente. Eu me recuso a acreditar que Kenny e Luke esqueceram a chave de casa. Quando me manifestei para ir atender o interfone, ele parou de tocar. Dei de ombros e voltei para discussão interna.

“O vestido branco...” Coloquei ele por cima de mim de frente ao espelho. “Ou o rosa...” Coloquei o outro em cima de mim da mesma forma. “O que você acha Baby?” Olhei para ele que estava sentado de frente a mim e ele inclinou a cabeça. “Eu sei...” Virei para o espelho de novo. “A mamãe fica linda nos dois né?” Ele latiu pra mim e meu celular começou a tocar, revirei os olhos e me joguei na cama para pegá-lo. “Trammer.” Atendi secamente quando não reconheci de quem era o número.

“Senhorita, desculpe incomodar, é aqui da portaria.” Um rapaz disse educadamente.

“Ah sim, não tem problema. O que houve?” Sentei na cama.

“É que a senhorita havia pedido para avisarmos quando o Sr. Trammer vem visitá-la e bem... Ele está indo para ai agora.”

“Puta merda!” Gritei. “Quer dizer, obrigada. Muito obrigada, tchau.”

Desliguei o celular, o joguei em cima da cama e saí correndo para a sala com Baby correndo atrás de mim. Assim que cheguei à sala, ele bateu na porta. Claro Richard, pra quê tocar a campainha se pode bater na porta igual um homem das cavernas não é? Abri a porta e ele entrou com um envelope nas mãos.

“O que é isso?” Ele olhou para Baby que latiu para ele.

“Isso é um cachorro. Cachorro, pai. Pai, cachorro.” Fiz um gesto como se estivesse os apresentando um para o outro.

“Sem gracinhas Sophie.” Ele falou sério.

“O que houve?” Fiquei de frente a ele, Richard me entregou o envelope, o olhei confusa e abri, dentro tinham algumas fotos de uma moça, com um cabelo parecido com meu, pelada em cima de uma cama, mas, não dava para ver seu rosto nitidamente. “O que é isso? Tá vendo pornografia na internet agora?” O devolvi o envelope e ele tomou da minha mão bruscamente.

“Pode me explicar isso?” Ele disse com o mesmo tom cortante de sempre.

“Explicar o que pai? Uma mulher qualquer pelada numa cama qualquer?”

“Eu exijo que você me explique, como que você permite que tirem essas fotos de você!” Ele cerrou a mandíbula.

“Como é?” Arregalei os olhos. “Não sou eu nessas fotos. De onde você tirou isso?”

“Enviaram um e-mail para mim com essas fotos e estão ameaçando divulgar na imprensa. Como você pode ser tão patética e burra pra deixarem fazer isso com você? Você é uma idiota mesmo, não se importa nenhum pouco com a reputação da minha empresa...”

“Espera ai!” Gritei. “É nossa empresa, é óbvio que eu me importo e muito com a reputação dela, por isso eu nunca me envolvi em nenhum escândalo, minha imagem na mídia é intacta.”

“Então como você explica eu ter fotos de você nua num quarto com Deus sabe quem?” Ele gritou mais alto que eu, me fazendo dar um passo para trás.

“Pai não sou eu nessas fotos. Eu nunca iria tirar fotos sem roupa e você nem pra reconhecer a própria filha?” Eu tenho que admitir que a mulher me lembrava vagamente, o mesmo tipo de corpo, cabelos parecidos...

“Então dê um jeito de provar o que está falando, por que se divulgarem essas fotos...” Ele se aproximou de uma forma ameaçadora, me fazendo recuar ainda mais. A porta abriu, olhei para os rapazes, mais precisamente para Luke e mesmo tentando conter, eu estava assustada por que Richard estava bastante alterado e pelo o que eu me lembro, da última vez que ele ficou assim, ele quase me deu um tapa na cara.

“Algum problema aqui?” Luke jogou as sacolas no chão e se aproximou de Richard e eu.

“Isso aqui virou um bordel de vez...” Richard riu debochando. “Três de uma vez Sophie? Não se dá o mínimo de respeito? Se bem que nós sabemos que você nunca foi homem o suficiente para isso não é meu rapaz?” Ele se virou em direção ao Luke.

“Sou homem o suficiente pra quebrar sua cara a próxima vez que abrir a boca pra desrespeitar ela.” Luke cruzou os braços e se aproximou mais de Richard. “Sabe Sr. Trammer, o senhor me assustava quando eu era mais novo, mas hoje dia... Não passa de um velho, incapaz de despertar sequer piedade de outra pessoa.”

“A minha conversa não é com você rapaz, não se intrometa.” Richard empurrou Luke, que fechou os punhos. “Você é uma vergonha pra mim... Não é digna do sobrenome que carrega.” Richard me segurou pelo braço me apertando.

“Você está me machucando.” O olhei com raiva.

“Olha só, esse senhor está certo. A conversa dele não é com você Luke...” Kenny se aproximou e Ethan veio o seguindo. “É com nós três.” Richard os encarou.

“O que é? Só é homem suficiente pra bater em mulher?” Ethan perguntou cruzando os braços e de alguma forma, ele parecia maior do que ele normalmente já era. “Esse tipo, de onde eu venho, a gente chama de covarde. Agora solta o braço dela antes que eu quebre o seu braço e pode ter certeza de que eu vou fazer isso com muito prazer.” Olhei para Richard e ele me soltou.

“Estou vendo que está em ótima companhia.” Ele falou ironicamente.

“Melhores impossíveis.” Disse sem desviar os olhos dos seus. Ele ajeitou a gravata e saiu batendo a porta.

“Quem era esse cara?” Kenny perguntou.

“Meu pai.” Revirei os olhos e fui andando para a cozinha pegando o envelope com as fotos de cima do balcão.

“Sério que aquilo é o que você chama de pai?” Ethan disse boquiaberto.

“É o único que eu tenho e eu não escolhi ele.” Sentei no balcão.

“O que aconteceu pra ele vir aqui?” Luke ficou de frente a mim e eu entreguei a ele o envelope. “O que é isso?” Ele me olhou sem entender nada. Kenny e Ethan de aproximaram também para ver.

“Mandaram essas fotos pro e-mail do Richard dizendo que sou eu nessas fotos, estão ameaçando divulgar.”

“Ridículo. Não é você.” Ethan falou com convicção. “Sua cintura é mais fina.” Eu o olhei com a sobrancelha levantada. “Não que eu tenha reparado muito, apenas falando como um bom observador.”

“Bom, além de você realmente ter a cintura mais fina, essa mulher não tem os pássaros.” Luke colocou as fotos em cima do balcão e sentou no banco.

“Que pássaros?” Ethan perguntou.

“Esses pássaros.” Virei de lado e levantei a camisa mostrando minha tatuagem.

“Uau... Sexy.” Ele sorriu.

“Mas, então você tem como provar que não é você nas fotos. É só mostrar sua tatuagem.” Kenny sentou ao lado Luke.

“Não é assim tão simples...” Desci do balcão. “Meu pai vai me matar se souber que eu fiz essa tatuagem. Dá mesma forma que ele vai me matar se divulgarem essas fotos.”

“Convenhamos Sophie, sabemos que não é você mas, essa moça parece muito contigo.” Kenny franziu a testa. “Tem data nessas fotos?”

“Eu não sei... Não reparei. Por quê?” Falei.

“Se você está pensando a mesma coisa que eu...” Luke olhou para Kenny. “Você ultimamente só tem ido de casa para o trabalho. Se tivermos uma data, podemos puxar as imagens das câmeras e provar que você subiu sozinha para seu apartamento.”

“É uma boa idéia...” Ethan disse e eu tirei as fotos do envelope de novo, procurando por alguma data.

“Aqui, tem data sim.” Olhei o dia e fiz uma cara feia. “Ah não...”

“Qual problema?” Luke disse preocupado.

“A data.” Apoiei minha testa nas mãos. “Foi no dia de ação de graças.”

“E daí?” Ethan disse.

“Eu não subi pra cá sozinha no dia de ação de graças.” Olhei pra ele.

“Você estava com Matthew.” Luke respirou fundo.

“Se descobrirem de mim e do Matthew vai dar problema do mesmo jeito... De qualquer forma, Richard me mata.” Andei derrotada até o sofá e deitei nele.

“Não sofre por antecipação. Não divulgaram essas fotos, talvez nem façam isso.” Kenny disse tentando me reconfortar.

“E se fizerem isso, a gente pensa em alguma coisa.” Ethan falou.

“Eu concordo. Você não pode deixar o Richard acabar com nosso clima de natal.” Luke disse. Olhei para os três e sorri.

“Vocês são demais rapazes.” Os três sorriram em resposta. “Eu sabia que ainda ser recompensada de alguma forma por só andar rodeada de macho. Fala sério, vocês três me defendendo... Aquilo foi muita testosterona pra eu agüentar.”

“Foi demais mesmo né?” Luke riu animado. “Eu achei que você ia dar um soco nele Ethan.”

“Vontade não faltou, mas ainda terão outras oportunidades.” Ele disse triunfante.

Os três ficaram se vangloriando de ter me defendido do Richard. É... No fundo eu era uma mulher de sorte mesmo.


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