The Family escrita por Marina Fernandes Meirelles


Capítulo 9
Férias


Notas iniciais do capítulo

Estou voltando galera, aos poucos mas estou.
Então, capítulo fresquinho para vocês.



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Marina saiu do banheiro e olhou Clara já deitada na cama com Leozinho agarrado com ela. Ricardo fora pilotando o jatinho que pertenceu a Diogo, elas estavam hospedadas em um luxuoso hotel, em uma das melhores suítes, a cama enorme dava suficiente para os dois, a fotógrafa deitou e deu um beijo no filho:

Leo: Demolou mamãe. - O menino reclamou fazendo bico.

Marina: Você queria que mamãe deitasse do seu lado sujinha? - Segurou o biquinho dele e deu um selinho.

Leo: Eu desculpou. Só porque você esta cheilosa. - Sumiu em cima dela e encheu de beijos o rosto.

Marina: Sem gracinhas seu moleque safado, é para dormir. - Botou ele entre ela e Clara dando um mordidinha no nariz e depois um beijo. - Esta calada.

Clara: Estou assistindo o amor entre mãe e filho. - Marina segurou a mão dela e deu um beijo.

Marina: Estão tão feliz de poder estar aqui com vocês.

Leo: Eu também.

Clara: Então, estamos os três muito felizes.

Marina repetiu o beijo na ponta do nariz, dessa vezes em Clara e a morena repetiu na fotógrafa. Deitaram os três agarradinhos e adormeceram daquele jeito. Mas, ao acorda, Marina e Clara tinha o rosto próximo uma outra e Leo atravessado com o corpo jogado em cima das duas, dormindo tranquilamente. Elas se olharam e sorriram silenciosamente. Com cuidado, Marina moveu o menino e ambas levantaram da cama. Enquanto Clara foi no banheiro Marina pediu o café no quarto. Tentou acordar Leo com beijinhos, mas o menino reclamou:

Leo: Dexa eu dormir. - Se virou na cama. Clara voltou do banheiro.

Marina: Vamos filho. A gente tem que ir para o parque.

Leo: Tenho que dormir. - Insistia em dormir.

Clara: Vamos príncipe. Se não vamos eu e mamãe e você fica aqui no quarto. - Leo abriu os olhos de espreguiçou longamente.

Leo: Tá bom! - Disse vencido.

Marina: Como eu fui ter um filho tão dorminhoco?

Clara: Porque é seu filho. - Sorria enquanto sentava na cama.

Leo: Estou com fome.

Marina: Com quem ele se parece agora? - Olhou sugestivamente para ela e foi até o banheiro.

Aqueles dias foram mágicos para os três. Leozinho ficava encantado com cada parque que passava, eles tiravam muitas fotos, compravam lembranças para todos, as duas mulheres voltaram a ser crianças, deixavam se levar pela felicidade do menino e aproveitaram o máximo. Era como estar em universo paralelo, como se mágica realmente pudesse existir. No primeiro dia, Leozinho conversou animado com Chica pelo telefone, não parava de falar sobre o Mickey grandão que ele tirou foto, dos príncipes e das princesas que ele conheceu, disse que a Cinderela até pediu para casar com ele. Quem estava no Brasil, acompanha as fotos que eram postada nas redes sociais por Clara e Marina, a felicidade dos três era notável de longe.

Sempre que podia Clara roubava um beijo da namorada. Elas ainda evitavam se beijar na frente de Leo. Marina ainda não sabia o que varia se o menino questionasse algo. Mas, uma criança só tem noção do que é certo ou errado, quando ensinamos a ela. Ela vai conhecendo o que apresentamos para ela. Ele não via a mãe beijar Clara na boca, mas percebia o carinho especial entre as duas e gostava. A morena fazia a mãe dele feliz e o fazia feliz, quando Leo olhava para Clara, ele simplesmente desejava que ela sempre estivesse ali, junto com ele e com a mãe.

Assim como a mãe, Leozinho era louco por água, Clara também amava, o passeio na SeaWorld foi talvez o momento mais especial para eles. Aos olhares atentos das mulheres e dos treinadores, Leo alimentou golfinhos, focas, chegou perto dos pinguins. Andou encantado no túnel em que permitia ver tubarões. Aproveitava os brinquedos que o parque oferecia, não todos, porque ainda não tinha altura suficiente e fez a mãe prometer que quando ele estivesse maior, voltariam ali para andar pela arraia gigante, o Kraken e os outros brinquedos. Mas, as orcas, as orcas levaram o garoto ao delírio, primeiro foi a possibilidade de ficar de perto com elas, atrás de um vidro é claro, que dava visibilidade ao tanque, ele tirava foto em cada local que ia, mas com as orcas foi especial. Encantado ele colocava a mão do vidro e admirava o animal.

Leo: Ela é tão linda!

Falava com os olhos vidrados no mamífero de toneladas. Ele ficou ainda mais encantado quando viu o show. As piruetas, coreografias, as brincadeiras, Leozinho estava em êxtase com o que via. E Clara e Marina também, elas já conheciam os parques da Disney, mas estar ali, uma com a outra e com o pequeno, era diferente, era especial, principalmente pelo brilho nos olhos do menino.

Leo: Eu quero uma baleia! - Disse sentado na mesa da lanchonete, fazendo Clara gargalhar.

Marina: Não rir não, sua bandida. Me ajuda aqui, com esse menino safado.

Clara: Meu bichinho, para que você quer uma baleia?

Leo: É porque com a baleia eu posso nadar na praia. E a baleia é muito linda!

Marina: Filho! A gente não pode ter uma baleia, ela é muito grande. - Tentava imaginar o que falar para o garoto.

Leo: A gente bota ela na piscina, a piscina é grande.

Marina: Amorzinho, a piscina é grande, mas para pessoas, para baleia ela é pequena.

Clara: Leozinho, eu sei que a baleia é linda, mas ela é perigosa. Tem que ter alguém para treiná-la, alguém que sabe, para que ela fique mansinha. E precisa de muito peixe para ela comer.

Marina: Filho, a mamãe vai comprar um cavalinho para você.

Leo: Só que não dá para nadar com o cavalinho, com a baleia dá.

Marina: Só que a baleia não é um animal que dá para ter em casa.

Leo: Por que pode gato e cachorro e baleia não?

Clara: É uma boa pergunta. - Pensava na colocação do menino sem ter resposta.

Após aproveitarem os parques, eles seguiram para Miami, assim, poderiam aproveitar um pouco a praia. Ficaram em uma cobertura que pertenceu a Diogo e agora pertencia a filha. O local tinha uma bela vista para South Beach. Clara terminou de contar a historinha e o pequeno dormia tranquilamente, ela levantou, concertou o cobertor e deu um beijo no menino. Ao sair do quarto, notou Marina na varanda.

Quando falou para mãe que hospedaria Marina em seu apartamento, nunca imaginou que estaria ali, onde estava agora, completamente apaixonada. Ela se aproximou da fotógrafa e a abraçou por trás, esta virou de frente para ela e se beijaram.

Clara: Eu já falei o quanto você mudou a minha vida?

Marina: Mudei foi?

Clara: Eu não sabia nem o que faria na minha da vida. E você deu sentido a tudo. E agora eu estou aqui, com o Leozinho e com você e esta é a melhor viagem da minha vida... Porque vocês me completam. E eu espero que isso seja apenas o começo, que venha muitas viagens pela frente. Mas, o mais importante é que agora eu sei que quando eu voltar para casa, eu não estarei mais sozinha. Vai ter você e o Leo e vamos poder ficar juntinhos. Porque é isso que importa, ficar pertinho de vocês.

Marina: Você também mudou a minha vida. Eu perdi tanto antes e você chegar, que se não fosse o meu filho eu nem sei o que seria de mim. Mas, eu me escondi no Leo, tudo era ele, acho que porque eu tenho medo de perdê-lo também, mas aí você apareceu e me mostrou que ainda dá tempo ser feliz e viver... e descobrir e se aventurar pelo mundo. E que eu tenho que ensinar isso ao meu filho, a cair, mas levantar, seguir em frente, porque o sol sempre nasce no dia seguinte. Você tem sido o sol que “nasceu” na minha vida e da do meu filho. Você é nossa luz.

Se beijaram mais uma vez. Um beijo que era a promessa de novas viagens, de momentos que ainda estavam por vir, de uma vida que estava começando. Porque uma tinha entrado na vida da outra para que pudessem se completar. Assim era Marina e Leo para Clara, o que falta nela. Porque por mais que ela saísse com os amigos e se divertisse, ao voltar para casa e fechar a porta do apartamento, ela estava sozinha, mas não hoje, hoje ela não precisa sair para se divertir, porque ela já tinha companhia para isso em casa. E para Marina e Leo, Clara também significava isto, que eles não estavam mais sozinhos, que tinha um porto seguro. Agora, os três tinham tudo.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu sou louca por orcas, desde Free Willy, que eu amo até hoje. Acho lindo os shows da SeaWorld, mas também fico com o coração apertado, pensando nos quando elas sofrem por lá, os mal tratos, espaço pequeno, a própria captura a baleias é algo cruel. Hoje é proibida, elas se reproduzem em cativeiro, mas ainda sim, é muito mais bonito, observar aqueles lindos animais no mar, que é o lar deles. Aproveito para indicar um documentário, não sei vocês curtem documentários, eu não sou muito chegada mas, as vezes assisto alguns, então quem puder, assista ao Blackfish, já tem disponível na Netflix e conta a história da Tilikum.
É isso.
Beijos