The Family escrita por Marina Fernandes Meirelles


Capítulo 5
Uma fagulha chamada ciúmes


Notas iniciais do capítulo

Então, sentei para escrever uma cena e saiu um capítulo todo.
Acho que a coisa fluiu mais do que esperado hoje.
Quem quiser saber como é o Daniel Fernandes, passa lá no twitter: @MarinaArtista.



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Marina sentiu beijos sendo distribuídos por seu rosto. Abriu o olhos de forma preguiçosa e viu Leo gargalhando na sua frente.

Leo: Bom dia mamãe! - Ela abraçou o filho e começou a distribuir beijos nele todo.

Marina: Bom dia meu amor! Que delícia acordar assim, com você me beijando. - Logo o menino ficou de pé.

Leo: Vem logo, a tia Clarinha esta fazendo café. - Marina sorria em ver a alegria do filho.

Fazia mais de um mês que ela estava no apartamento de Clara. Ela, o filho e a morena pareciam uma família, era isso que as pessoas comentavam. Marina levantou, após ir ao banheiro foi na cozinha.

Marina: Bom dia Clarinha. - Se aproximou e deu um beijo no rosto da morena e ganhou um, já era hábito. - Não me esperou para fazer o café.

Clara: Pulei da cama bem cedo. Leninha me ligou no meio da madrugada. - Observou Leo vendo desenho. Por incrível que pareça o menino também madrugou, já estava de banho tomado e pronto para escola. - Ligaram para ela da delegacia, o Filipe se meteu em uma confusão por conta de bebida.

Marina: Meu Deus Clarinha, isso esta fugindo do controle. Como ele está?

Clara: Leninha internou ele numa clínica de reabilitação. Eu quase não consegui dormir. - Disse com o ar pesado.

Marina: Por que você não me chamou? Eu poderia ter feito companhia. - Disse passando a mão sobre o ombro dela. Clara a abraçou forte.

Clara: Não quis te incomodar. - Disse saindo do abraço.

Marina: Você sempre diz que esta aqui para cuidar de mim. Então, me deixa cuidar de você também. - Segurou o rosto dela e limpou as lágrimas. - Agora vai ser assim, cuidamos uma da outra, tá bom? - Clara sorriu afirmativamente e a abraçou de novo. - Filho! - chamou a atenção do menino. - Que tal não ir para escola hoje?

Leo: Sério?

Marina: Sim. Você não vai para escola, eu não vou trabalhar, nem a Clarinha, vamos passar o dia os três bem juntinhos.

Leo: YEAH! - Disse pulando.

Clara: Sério?

Marina: Sim. Você está precisando da gente. Então, vamos fazer algo alegra, para levantar o astral. Que tal se a gente for lá no haras da Shirley? Podemos cavalgar um pouco, fazer um piquenique?

Clara: Ok. Me convenceu. Vamos tomar o café, aí podemos ir na padaria ver algo gostoso para levar. Acho que eu tenho uma cesta por aqui.

Marina: Pronto! Deixa eu ir tirar aquele menino da TV, se não a gente não toma café.

Marina tirou Leo da frente da TV com mordidinhas. O clima de Clara melhorou durante o café. Assim que terminaram elas desceram para padaria, levando Leozinho. O menino foi direto na parte de bolos e tortas. Elas compraram torta de chocolate, pãezinhos, algumas frutas e salgadinhos, suco e água. Entraram no carro e partiram para o haras de Shirley cantando.

Ao chegar lá, a loira recebeu as duas muito bem, logo mandou arrumar dois cavalos. Marina iria em um levando a cesta, Clara tinha mais experiência com montaria, iria em outro cavalo com Leozinho. Antes de montarem no animal, Clara ouviu uma voz conhecida atrás de si:

Daniel: Clarinha? Quanto tempo?

Clarinha: Ei Dani! Como é que você está?

Daniel: Ótimo! E você?

Clarinha: Eu vou indo.

Daniel: E essa linda mulher com você?

Clarinha: Essa é Marina. É prima do Ricardo, esta hospedada comigo.

Daniel: Marina? - Beijou a mão dela. - Eu tenho certeza que já te vi em algum lugar,

Clara: Com certeza já. Ela é Marina Meirelles, a fotógrafa.

Daniel: É isso! Clara que eu já ouvi falar de você. E é ainda mais linda pessoalmente.

Marina: Uau! Obrigada! Não sei nem o que dizer. - Disse corada.

Daniel: E o menininho?

Marina: Meu filho, Leonardo. - Daniel acenou para ele.

Leo: Oi! Você é grande. - Disse observando ele. - Me ajuda a sumir no cavalo? Eu vou com a tia Clarinha.

Daniel: Sim senhor. - Disse colocando o menino no cavalo. - Vem Clara, deixa eu te ajudar. - Após ajudar a morena voltou-se para Marina e estendeu a mão, que aceitou e subiu no cavalo.

Marina: Você também vai dar uma volta?

Daniel: Não. Eu comprei um cavalo tem pouco tempo, amo cavalos, então toda semana eu venho dar uma olhada. E dessa vez eu vim acertar umas coisas com o veterinário porque eu estou viajando a trabalho, então vou estar fora nas duas últimas semanas. Mas, a Shirley disse que fica de olho. Ela entende mais que eu.

Clara: Nós vamos indo. Foi bom te ver Dani.

Daniel: Foi bom te ver também. Tchau rapazinho. - Deu tchau para Leo que retribuiu. - Foi um prazer. - Disse beijando a mão de Marina, o que fez Clara virar o rosto automaticamente.

Marina: Igualmente. - Elas saíram e ele ficou parado olhando. Logo depois foi até Shirley.

Daniel: Ei, cunhada. Viu a mulher que estava com a Clara, a Marina?

Shirley: Sim. Sou fã do trabalho dela.

Daniel: Elas estão juntas?

Shirley: Acho que não. Eu tive na Leninha a pouco tempo e ela só falou que a Marina estava passando por momentos difíceis, perdeu o pai e tal... mas, elas são só amigas. Mas, deixa eu adivinhar, ficou interessado, hein?

Daniel: Me pegou. - Disse sorrindo. - Deixa eu ir, se não perco o vôo.

Os três cavalgaram por um bom tempo, continuavam cantando. Pararam perto de um córrego, Clara montava a cesta do piquenique, enquanto Marina fotografava o filho que corria pelo local. Assim que os três se juntaram ao redor da cesta, Marina tirou mais umas fotos:

Leo: Mamãe, eu quelo um cavalo.

Marina: Quando você tiver idade, ainda esta muito novinho.

Clara: Ah Ma, dá pra ver um pônei bem novinho para ele, assim ele cresce cuidando do animal. Vai fazer bem. Eu tinha um bem pequeninha. Praticamente cresci com ele.

Leo: Onde ele esta?

Clara: O Laerte quebrou a perna do animal, acho que eu tinha 12 anos. Aí já viu, tive que sacrificar.

Marina: Que pena.

Clara: Acho que eu vou até falar com a Shirley, para ver se ela consegue um novo para mim.

Marina: Então, vamos falar com a Shirley para ela conseguir mais dois. Um para mim e pônei, mas daquele recém nascido para o Leozinho. - Que pulou de alegria.

Clara: Nossa quanta energia.

Marina: Demais, acho que até vou colocá-lo na natação, quem sabe assim essa energia diminuí um pouco.

Leo: Fome! - Apontou para barriga.

Clara: Sempre né meu bichinho? Torta de chocolate.

Leo: Sim. Com muita calda e recheio. - Olhou para o córrego. - Eu posso entlar no rio.

Marina: A gente não trouxe roupa.

Clara: Próxima vez, aqui tem uma cachoeira linda.

Leo: Promete?

Clara: Prometo. - Ele sorriu e começou a devorar o pedaço de torta.

Ficaram por ali parte do dia. Conversam, riam, cantavam, brincavam com o menino, cavalgaram mais um pouco e então, voltaram para casa. Já no final da tarde e com Leo quase dormindo de tanto cansaço.

DUAS SEMANAS DEPOIS

Marina estava sozinha no estúdio, assim que chegou lá, Clara, Vanessa, Flavinha e Gisele saíram para pagar algumas contas, contatar umas modelos e providenciar uns materiais. A campanhia tocou e ela foi atender:

Marina: Oi! - Disse surpresa.

Daniel: Oi! - Levantou uma garrafa de champanhe. - Diz que você gosta porque eu comprei pensando em você.

Marina: Um dos meus favoritos. - Ele vibrou e entrou no estúdio, ela foi pegar as taças. - A que devo a honra da visita?

Daniel: Vim te convidar para almoçar comigo.

Marina: Não posso. Vou almoçar com meu filho e Clara.

Daniel: Você parte meu coração assim. - Disse fingindo sofrimento.

Marina: Um homem desse tamanho?

Daniel: Nunca ouviu a música: “Mulher nova, bonita e carinhosa, Faz o homem gemer sem sentir dor?”– Marina corou e não disse nada. Ele serviu o champanhe. - Final de semana?

Marina: Eu dedico para o Leo.

Daniel: Mãe exemplar hein?

Marina: Só temos um ao outro.

Daniel: É bonito como você se dedica para ele. Mas, será então que eu posso ser incluído em um desses dias? - Marina se sentia encurralada.

Marina: Podemos pensar. - Ele sorriu feliz. E as meninas abriram a porta.

Clara: Dani, o que você esta fazendo aqui?

Daniel: Vim ver a Marina. Como esta priminha?

Clara: Ótima! . - Não ela não estava. Sempre amou o primo, eram bons amigos, mas a presença dele ali a incomodava. Ele se apresentou as outras ali presente.

Daniel: Marina, sábado você e o Leo vão fazer alguma coisa?

Clara: Vamos levá-lo no parque que esta na cidade. - Clara interviu e ele sorriu.

Daniel: Eu acho que vou indo. A gente se vê. - Deu um beijo no rosto de cada uma. - Você pode me dar seu número, aí eu te ligo? - Perguntou para Marina, ela foi gentil e passou o número para ele, que deu mais um beijo nela e saiu.

Clara: Ma, o Dani não estava te incomodando né? Porque se estiver eu falo com ele...

Marina: Deixa ele pra lá, Clarinha. Vamos pegar o Leozinho? - Disse rindo e colando a mão no ombro dela.

Clara: Vamos. - Se despidiram das meninas e saíram.

Vanessa: Vocês viram o que vi?

Flavinha: A Clara não gostou do primo bonitão dando em cima da Marina.

Gisele: Quem não ficaria, o cara é lindo. Queria eu ter um daqueles atrás de mim.

Flavinha: Ele é lindo sim. Mas, elas são lindas juntas e...

Vanessa: E há muito tempo que não vemos a Marina tão feliz, tudo isso foi depois da Clara.

Gisele: Difícil. Marina é minha prima, Clara minha irmã, eu as quero felizes, juntas ou não.

Leozinho andava segurando a mão de Clara e um lado e a de Marina de outro, Gisele, Flavinha e Vanessa estavam juntas com ela. Já tinha levado o menino em vário brinquedos, carrinhos, carrossel, pula pula, tudo que a idade dele permitia. Andavam na área do tiro ao alvo e pararam em uma barraca. Todos tentaram foram tentado. Gisele conseguiu um urso pequeno, Vanessa optou por uma camisa personalizada do parque, Flavinha conseguiu um urso maior que o de Gisele, Marina atirou e só conseguiu um ursinho pequeno e deixou Leo escolher, ele pegou um pandinha. Clara atirou e também mandou Leo escolher, o prêmio dela foi melhor e ele escolheu um leão panda grande, disse que agora tinha o pai o filho. A morena pediu para atirar de novo e pediu um coração gigante. Foram andando e sentaram no restaurante do parque. As cadeiras para crianças tinham acabado e morena disse que ficaria com Leo no colo. Pediram uma porção de churrasco, carne, linguiça, frango com feijão tropeiro, arroz e salada. Marina serviu o prato do filho e Clara dava a comida na boca do menino.

Marina: Clara, você quer que eu sirva um prato para você ou posso servir no mesmo que o meu.

Clara: Um prato só para a gente esta bom.

Já tinha virado hábito das duas comerem em um prato só. Quando estavam em casa durante a noite ou no final de semana, acabavam por usar um prato só para as duas durante a refeição, se sentiam confortável assim.

Daniel: Achei vocês! - Disse se aproximando. - Posso sentar?

Clara: Sim. - Ele sentou do outro lado de Marina. Pediu da mesma cervejas que elas tomavam.

Daniel: Não quer Mari? - Perguntou ao notar que ela não estava bebendo.

Marina: Estou dirigindo.

Clara pegou mais um pedaço de carne e Leozinho fez que não queria com a cabeça. Logo depois ele repousou no peito dela.

Leo: Estou com soninho.

Marina: Quer dormir meu lindo? - Ele afirmou que sim. - Então vamos.

Daniel: Eu não dou sorte, acabei de chegar e você precisam ir.

Clara: Fazer o que? O único homem privilegiado da mesa é o Leo.

Daniel: Verdade. - Ao perceber Marina pegando os dois ursos grande, os menores estavam com Gisele, mas a bolsa de Marina. - Eu ajudo. Pegou o panda gigante e a latinha de cerveja. Clara levantou com Leo.

Marina: Se quiser eu levo ele.

Clara: Pode deixar, ele já esta acomodadinho aqui.

O menino se agarra nela com os braços no pescoço e as pernas na cintura. Saíram andando para o carro e mesmo com Leo no colo, Clara segurou a mão de Marina, que apenas sorriu e continuaram andando. Daniel não deixou de perceber. Chegaram em casa e Gisele ajudou com os ursos, Marina ofereceu o quarto para ela ficar, já que assim que Clara levou o pequeno para o quarto ele insistiu em dormir com ela e mãe, então foram para o quarto da morena. Marina deu um banho rápido no filho e ele adormeceu logo, ela tomou banho e verificou se Gisele tinha tudo que precisava. Voltou para quarto de Clara, que saia do banheiro com uma camisa grande e folgada que gostava de dormir.:

Clara: Esse é seu. - Disse segurando o coração gigante que ganhou no tiro ao alvo. - Ganhei para você. - A fotógrafa levantou e recebeu o coração das mãos delas.

Marina: Obrigada. - Deu um beijo no rosto da morena e ambas se ajeitaram para dormir.


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Notas finais do capítulo

Beijos!
Até mais.