The Family escrita por Marina Fernandes Meirelles


Capítulo 4
Álbum da Vida


Notas iniciais do capítulo

Vocês pediram um momento Clarina. Aí esta estar.
Espero que gostem. Beijos!

Gente, tem uma foto de como eu imagino a Carla Meirelles no twitter: @MarinaArtista;
Não tenho lembranças se durante a novela o nome da mãe da Marina foi citado, então inventei um.



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Clara parou em frente ao quarto de Leozinho, ele já tinha dormido, ela entrou, desligou a televisão, voltou e deu um beijo no menino que dormia tranquilamente. A semana tinha passado voando. A rotina dela passou a ser assim: todos os dias ela levantava cedo, tomava banho e fazia o café junto com Marina, assim que Leo acordava, ou melhor que uma das duas ia acordá-lo, ele seguia para o banheiro, acompanhado dos bonecos da tartarugas ninja ou do batman ou do Free Willy. Já tomado banho, todos sentavam a mesa e tomavam o café, depois o menino ainda tinha tempo de assistir um desenho enquanto elas arrumavam a cozinha. As vezes Gisele aparecia para ajudar e pegar carona para o trabalho, Gisele era a madrinha de Leo. Antes de irem ao estúdio, elas passavam na escola, onde só retornariam para pegar Leo e ir almoçar, as vezes em casa, ou no restaurante, ou no estúdio, aí deixavam Leo com Juliana, voltavam ao estúdio, no fim da tarde passam numa padaria perto do prédio e voltavam para tomar um café junto com o menino.

Assim que saiu do quarto a morena notou Marina acordada, parecia chorar:

Clara: Ma? Você esta chorando?

Marina: Faz um hoje. São 01:30 da manhã, foi quando eles me ligaram, dizendo que meu pai tinha acabado de dar entrada nos hospital, morto. - Ele limpou os olhos e Clara sentou ao seu lado.

Clara: Meu pai morreu nos meus braços, nos da Leninha, Filipe e da mamãe. Eu pensei que não superaria nunca, até o dia em que eu lembrei dele dizendo que o que ele mais queria era ver os filhos felizes, então eu decide que iria ser feliz. Mas, para dizer a verdade acho que uma perda, especialmente a de um pai ou uma mãe, a gente não supera nunca, vai ter sempre um buraco ali. Mas, não se esqueça de viver, de ser feliz. Então chore, mas erga a cabeça. Eu não conheci seu pai, mas acho que ele preferia teu sorriso e não as lágrimas.

Marina: Ele amava me ver sorrir.

Clara: É claro que sim. Seu sorriso é lindo.

Marina: Você tem um tempo.

Clara: Todo tempo do mundo.

Marina levantou e logo voltou com uma caixa na mão. Sentou ao lado de Clara na cama.

Marina: Quando eu tinha 15 anos, comecei a fazer estes álbuns, nele eu coloco momentos importantes da minha vida. - Ela abriu o álbum. - A primeira foto era de Marina sento amamentada pela mãe e Diogo beijando a cabeça da bebê. - É lógico que eu não lembro desse momento, mas toda vez que eu vejo essa foto, eu sinto tanto amor.

Marina ia passando as fotos, contando a Clara que ouvia com atenção sobre os momentos da vida da outra. Mostrava as das festinhas de aniversário, a favorita da fotógrafa foi a de cindo anos, Marina estaca de Barbie. Mostrava as imagens da viagens de marcavam a vida dela. Tinha uma dela dormindo no colo da mãe, ambas estavam deitadas numa rede. Diogo baterá a foto, contou que era final de tarde, ele tinha ido encontrar uns amigos e quando voltou encontrou as duas deitas na rede dormindo abraçadinhas e bateu a foto. Mostrou a Clara a primeira foto que ela bateu, uma foto da Torre Eiffel, na primeira viagem que fez a Paris.

No álbum tinha uma foto dela dançando valsa com Diogo, na festa de 15 anos, e mais 14 rapazes ao fundo esperando para dançar com a aniversariante. Outra foto que chamou a atenção de Clara foi a de Marina com as amigas, todos estavam sujas de chocolate, farinha de trigo, leite. Tudo aconteceu no dia em que ela foram na casa de umas das amigas da fotógrafa, o nome dela era Julia, as meninas resolveram fazer um bolo e acabou em bagunça.

A mudança para Nova York também foi retratada, Marina, Diogo e Carla, a mãe dela, em meio a várias caixas durante a arrumação do novo apartamento. Logo Clara percebeu uma foto da fotógrafa com uma rapaz, os dois estavam abraçados, ao fundo dava para ver a Broadway e seus grandes painéis.

Marina: Jonathan. Foi meu primeiro namorado. Essa foto foi do dia em que ele me pediu em namoro. Fomos ver o Grease e logo depois ele me pediu em namoro.

Clara: Você teve muitos namorados?

Marina: Além do Jonathan, que foi ainda na escola, teve o Liam, mas não foi bem um namoro, estávamos ficando e ele teve que se mudar antes mesmo de começarmos a namorar, foi um lance de um mês, mas foi especial. Eu tenho uma foto com ele.

Ela mostrou, Liam tinha a pele morena, como a de Clara, o cabelo grande, até os ombros. Depois ela mostrou a foto de um rapaz com o cabelo encaracolado, parecia um anjo, chamado Matt, o relacionamento também não durou muito, porque ele era ciumento.

Clara: Eu sou ciumenta.

Marina: Sério?

Clara: Mas, só um pouco.

Mas adiante veio foto que mexiam bastante com Marina, fotos que ela estava com Carla e Diogo e também com, Paula, sua babá, que acompanho toda sua vida. Era momentos como a formatura em fotografia, a primeira exposição fotográfica. Vanessa, Flavinha e Gisele estavam ao lado dela na inauguração do estúdio. Clara notou que um rapaz de olhos azuis, pele clara, cabelos pretos começara a aparecer nas fotos:

Clara: É o pai do Leo?

Marina: É sim. O nome dele era Alvey.

Clara: Como ele era?

Marina: Alvey foi uma das pessoas mais alegres que eu já conheci. Bem humorado, estava sempre sorrindo. Mesmo quando os pais ligavam para ele e começavam a falar que não aprovavam nosso namoro, que ele tinha que casar com outra, salvar a família da falência ele ficava nervoso, mas depois sorria. Dizia que tudo ia ficar bem. - Ela voltou a chorar.

Clara: Você chegaram a casar?

Marina: Não. A verdade é que nunca paramos para fazer planos, chegamos a morar juntos, mas nunca falamos em casamento, deixámos a vida nos dizer qual era o próximo passo, tudo ia acontecendo aos poucos e foi quando ele sofreu o acidente.

Clara: Você ainda o ama?

Marina: Sim. Eu não posso dizer que ele foi o amor da minha vida. Mas, dos que eu tive até hoje, foi o que mais me marcou. Sem falar que sem ele eu não teria o meu filho.

Clara: O Leo sabe do pai? É que ele nunca fala nada.

Marina: Eu nunca me dei bem com a família do Alvey, eles não permitiram se quer que eu colocasse o nome dele na certidão do Leo. Eu não queria dinheiro, eu queria apenas a imagem de um pai para ele. Eu ainda não falei com ele sobre o Alvey, deixa ele crescer mais. É complicado por agora.

Elas ficaram conversando por mais um tempo, vendo mais algumas fotos e Clara observou a última foto colocada no álbum. Na foto estava Marina, Leo vestido com o uniforme do novo colégio e Clara. Gisele que tinha batido a foto, foi em frente ao colégio, as duas estavam agachadas ao lado dele e sorriam.

Marina: Minha vida é retratada nesses álbuns e você é parte dela.

A morena deu um beijo na mão da fotógrafa. Cansadas, elas adormecerão ali mesmo.

Acordaram tarde no sábado, a sorte é que Leozinho dormia bastante. Foram para cozinha preparar o café:

Marina: Obrigada por ontem a noite. Me fez muito bem.

Clara: Você tem que parar de agradecer, eu faço de coração e se quer saber eu amei conhecer você mais um pouco.

Marina: É que hoje é tão difícil encontrar alguém que possamos conversar sabe? Por isso que sempre agradeço por te encontrado.

Clara: Mas, se você quiser me agradecer. - Ela se aproximou e abraçou Marina por trás, encostando o rosto no ombro da mesma. - Você bem que podia fazer aquele bacon. Sequinho. Crocante. Que eu amo tanto. - Marina sorriu e virou para ela.

Marina: Quer logo se aproveitar, hein? - Abraçou Clara e deu um beijo no rosto. - Mas, esta bem. Eu faço! - Disse sorrindo.

Após Leo já ter acordado, mas ainda sentados na mesa do café, a campainha tocou. Era Helena, acompanhada de Luiza, Ju, Guiomar, Rosa, Bia, Gisele e Chica.

Helena: Estou intimando a presença de todos na praia.

Leo: OBA! - Gritou dando um pulo da cadeira. - Mamãe, eu quero minha sunga do Superman. - Disse fazendo todas caírem na risada.

Não demorou muito para todos chegarem na praia. Leozinho e Bia sempre entravam na água no colo de algum adulto, mas faziam a maior bagunça. Marina levou a câmera e registrava momentos engraçados, como Clara e Leo se lambuzando de sorvete. Luiza tentando dar estrelinha para fazer graça para as crianças e falhando miseravelmente. Guiomar tentando fazer um castelo na areia e as crianças destruindo.

Leo: Mamãe, eu quero queijinho! - Assim que Marina levantou o menino completou. - E pega para Bia também.

Marina: Que menino esperto. Já tira dinheiro da mãe para gastar com garotas. Eu estou perdida. - Disse rindo.

O dia seguia agradável e Marina ganhou uma nova foto para seu álbum. Clara tinha puxado para seu colo e Leo estava no colo da mãe. Helena estava do lado da irmã e do lado da filha. Juliana estava do outro lado de Clara com Bia no colo, Guiomar estava ao lado de Ju, Chica estava ao lado de Luiza e Gisele junto com Chica. Marina programou a câmera e a posicionou em uma das mesas para que pegassem todas.


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Notas finais do capítulo

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