The Family escrita por Marina Fernandes Meirelles
Notas iniciais do capítulo
Vocês pediram um momento Clarina. Aí esta estar.
Espero que gostem. Beijos!
Gente, tem uma foto de como eu imagino a Carla Meirelles no twitter: @MarinaArtista;
Não tenho lembranças se durante a novela o nome da mãe da Marina foi citado, então inventei um.
Clara parou em frente ao quarto de Leozinho, ele já tinha dormido, ela entrou, desligou a televisão, voltou e deu um beijo no menino que dormia tranquilamente. A semana tinha passado voando. A rotina dela passou a ser assim: todos os dias ela levantava cedo, tomava banho e fazia o café junto com Marina, assim que Leo acordava, ou melhor que uma das duas ia acordá-lo, ele seguia para o banheiro, acompanhado dos bonecos da tartarugas ninja ou do batman ou do Free Willy. Já tomado banho, todos sentavam a mesa e tomavam o café, depois o menino ainda tinha tempo de assistir um desenho enquanto elas arrumavam a cozinha. As vezes Gisele aparecia para ajudar e pegar carona para o trabalho, Gisele era a madrinha de Leo. Antes de irem ao estúdio, elas passavam na escola, onde só retornariam para pegar Leo e ir almoçar, as vezes em casa, ou no restaurante, ou no estúdio, aí deixavam Leo com Juliana, voltavam ao estúdio, no fim da tarde passam numa padaria perto do prédio e voltavam para tomar um café junto com o menino.
Assim que saiu do quarto a morena notou Marina acordada, parecia chorar:
Clara: Ma? Você esta chorando?
Marina: Faz um hoje. São 01:30 da manhã, foi quando eles me ligaram, dizendo que meu pai tinha acabado de dar entrada nos hospital, morto. - Ele limpou os olhos e Clara sentou ao seu lado.
Clara: Meu pai morreu nos meus braços, nos da Leninha, Filipe e da mamãe. Eu pensei que não superaria nunca, até o dia em que eu lembrei dele dizendo que o que ele mais queria era ver os filhos felizes, então eu decide que iria ser feliz. Mas, para dizer a verdade acho que uma perda, especialmente a de um pai ou uma mãe, a gente não supera nunca, vai ter sempre um buraco ali. Mas, não se esqueça de viver, de ser feliz. Então chore, mas erga a cabeça. Eu não conheci seu pai, mas acho que ele preferia teu sorriso e não as lágrimas.
Marina: Ele amava me ver sorrir.
Clara: É claro que sim. Seu sorriso é lindo.
Marina: Você tem um tempo.
Clara: Todo tempo do mundo.
Marina levantou e logo voltou com uma caixa na mão. Sentou ao lado de Clara na cama.
Marina: Quando eu tinha 15 anos, comecei a fazer estes álbuns, nele eu coloco momentos importantes da minha vida. - Ela abriu o álbum. - A primeira foto era de Marina sento amamentada pela mãe e Diogo beijando a cabeça da bebê. - É lógico que eu não lembro desse momento, mas toda vez que eu vejo essa foto, eu sinto tanto amor.
Marina ia passando as fotos, contando a Clara que ouvia com atenção sobre os momentos da vida da outra. Mostrava as das festinhas de aniversário, a favorita da fotógrafa foi a de cindo anos, Marina estaca de Barbie. Mostrava as imagens da viagens de marcavam a vida dela. Tinha uma dela dormindo no colo da mãe, ambas estavam deitadas numa rede. Diogo baterá a foto, contou que era final de tarde, ele tinha ido encontrar uns amigos e quando voltou encontrou as duas deitas na rede dormindo abraçadinhas e bateu a foto. Mostrou a Clara a primeira foto que ela bateu, uma foto da Torre Eiffel, na primeira viagem que fez a Paris.
No álbum tinha uma foto dela dançando valsa com Diogo, na festa de 15 anos, e mais 14 rapazes ao fundo esperando para dançar com a aniversariante. Outra foto que chamou a atenção de Clara foi a de Marina com as amigas, todos estavam sujas de chocolate, farinha de trigo, leite. Tudo aconteceu no dia em que ela foram na casa de umas das amigas da fotógrafa, o nome dela era Julia, as meninas resolveram fazer um bolo e acabou em bagunça.
A mudança para Nova York também foi retratada, Marina, Diogo e Carla, a mãe dela, em meio a várias caixas durante a arrumação do novo apartamento. Logo Clara percebeu uma foto da fotógrafa com uma rapaz, os dois estavam abraçados, ao fundo dava para ver a Broadway e seus grandes painéis.
Marina: Jonathan. Foi meu primeiro namorado. Essa foto foi do dia em que ele me pediu em namoro. Fomos ver o Grease e logo depois ele me pediu em namoro.
Clara: Você teve muitos namorados?
Marina: Além do Jonathan, que foi ainda na escola, teve o Liam, mas não foi bem um namoro, estávamos ficando e ele teve que se mudar antes mesmo de começarmos a namorar, foi um lance de um mês, mas foi especial. Eu tenho uma foto com ele.
Ela mostrou, Liam tinha a pele morena, como a de Clara, o cabelo grande, até os ombros. Depois ela mostrou a foto de um rapaz com o cabelo encaracolado, parecia um anjo, chamado Matt, o relacionamento também não durou muito, porque ele era ciumento.
Clara: Eu sou ciumenta.
Marina: Sério?
Clara: Mas, só um pouco.
Mas adiante veio foto que mexiam bastante com Marina, fotos que ela estava com Carla e Diogo e também com, Paula, sua babá, que acompanho toda sua vida. Era momentos como a formatura em fotografia, a primeira exposição fotográfica. Vanessa, Flavinha e Gisele estavam ao lado dela na inauguração do estúdio. Clara notou que um rapaz de olhos azuis, pele clara, cabelos pretos começara a aparecer nas fotos:
Clara: É o pai do Leo?
Marina: É sim. O nome dele era Alvey.
Clara: Como ele era?
Marina: Alvey foi uma das pessoas mais alegres que eu já conheci. Bem humorado, estava sempre sorrindo. Mesmo quando os pais ligavam para ele e começavam a falar que não aprovavam nosso namoro, que ele tinha que casar com outra, salvar a família da falência ele ficava nervoso, mas depois sorria. Dizia que tudo ia ficar bem. - Ela voltou a chorar.
Clara: Você chegaram a casar?
Marina: Não. A verdade é que nunca paramos para fazer planos, chegamos a morar juntos, mas nunca falamos em casamento, deixámos a vida nos dizer qual era o próximo passo, tudo ia acontecendo aos poucos e foi quando ele sofreu o acidente.
Clara: Você ainda o ama?
Marina: Sim. Eu não posso dizer que ele foi o amor da minha vida. Mas, dos que eu tive até hoje, foi o que mais me marcou. Sem falar que sem ele eu não teria o meu filho.
Clara: O Leo sabe do pai? É que ele nunca fala nada.
Marina: Eu nunca me dei bem com a família do Alvey, eles não permitiram se quer que eu colocasse o nome dele na certidão do Leo. Eu não queria dinheiro, eu queria apenas a imagem de um pai para ele. Eu ainda não falei com ele sobre o Alvey, deixa ele crescer mais. É complicado por agora.
Elas ficaram conversando por mais um tempo, vendo mais algumas fotos e Clara observou a última foto colocada no álbum. Na foto estava Marina, Leo vestido com o uniforme do novo colégio e Clara. Gisele que tinha batido a foto, foi em frente ao colégio, as duas estavam agachadas ao lado dele e sorriam.
Marina: Minha vida é retratada nesses álbuns e você é parte dela.
A morena deu um beijo na mão da fotógrafa. Cansadas, elas adormecerão ali mesmo.
Acordaram tarde no sábado, a sorte é que Leozinho dormia bastante. Foram para cozinha preparar o café:
Marina: Obrigada por ontem a noite. Me fez muito bem.
Clara: Você tem que parar de agradecer, eu faço de coração e se quer saber eu amei conhecer você mais um pouco.
Marina: É que hoje é tão difícil encontrar alguém que possamos conversar sabe? Por isso que sempre agradeço por te encontrado.
Clara: Mas, se você quiser me agradecer. - Ela se aproximou e abraçou Marina por trás, encostando o rosto no ombro da mesma. - Você bem que podia fazer aquele bacon. Sequinho. Crocante. Que eu amo tanto. - Marina sorriu e virou para ela.
Marina: Quer logo se aproveitar, hein? - Abraçou Clara e deu um beijo no rosto. - Mas, esta bem. Eu faço! - Disse sorrindo.
Após Leo já ter acordado, mas ainda sentados na mesa do café, a campainha tocou. Era Helena, acompanhada de Luiza, Ju, Guiomar, Rosa, Bia, Gisele e Chica.
Helena: Estou intimando a presença de todos na praia.
Leo: OBA! - Gritou dando um pulo da cadeira. - Mamãe, eu quero minha sunga do Superman. - Disse fazendo todas caírem na risada.
Não demorou muito para todos chegarem na praia. Leozinho e Bia sempre entravam na água no colo de algum adulto, mas faziam a maior bagunça. Marina levou a câmera e registrava momentos engraçados, como Clara e Leo se lambuzando de sorvete. Luiza tentando dar estrelinha para fazer graça para as crianças e falhando miseravelmente. Guiomar tentando fazer um castelo na areia e as crianças destruindo.
Leo: Mamãe, eu quero queijinho! - Assim que Marina levantou o menino completou. - E pega para Bia também.
Marina: Que menino esperto. Já tira dinheiro da mãe para gastar com garotas. Eu estou perdida. - Disse rindo.
O dia seguia agradável e Marina ganhou uma nova foto para seu álbum. Clara tinha puxado para seu colo e Leo estava no colo da mãe. Helena estava do lado da irmã e do lado da filha. Juliana estava do outro lado de Clara com Bia no colo, Guiomar estava ao lado de Ju, Chica estava ao lado de Luiza e Gisele junto com Chica. Marina programou a câmera e a posicionou em uma das mesas para que pegassem todas.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Mais sugestões?