Clara olhava a mesa montada na casa de leilões. Tinham feito uma pequena festa para receber Gisele, Marina e Leozinho. Ela mantinha contato com Gisele desde que a conheceu quando a menina veio para o casamento de Ricardo. Marina não pode vir na época, porque o filho esta doente. Conversando com a irmã, descobriu alguns detalhes sobre os gosto de Marina e Leo.

Não demorou até que Ricardo chegasse trazendo a filha, a prima, o menino e mais duas amigas, Vanessa e Flavinha.

Leozinho: Vovô Ricardo, essa festa é para gente? - Leozinho sempre chamava Ricardo de vovô.

Ricardo: É para vocês sim, meu pequeno. - O menino abriu um largo sorriso. Clara se aproximou para cumprimentá-los, deu um longo abraço em Gisele, conheceu Vanessa e Flavia e Marina:

Clara: Estou muito feliz por receber vocês. - Disse enquanto abraçava Marina.

Marina: Eu que agradeço. Eu acabei de chegar, mas já me sinto em casa.

Leozinho: Você é muito bonita. - Disse Leozinho se aproximando de Clara e erguendo os braços para ela pegar.

Clara: Que menino mais lindo! - Disse Clara o levantando e recebendo um beijinho no rosto.

Marina: Esse aí adora carinho, tanto ama dar, quanto receber.

Clara: Assim que é. Quem não gosta de receber carinho de um menino lindo desses? - Eles sorriram. Pareciam que se conheciam a tempos. - Então, tem uma torta de chocolate esperando para você atacar, vamos lá.?

Marina nasceu em berço de ouro, seu pai Diogo Meirelles sempre foi um importante empresário. Até completar 15 anos, Marina viveu no Brasil, depois foi para Nova York. Sempre teve talento para fotografia e assim se dedicou a seguir por essa arte. Ao 25 anos Marina se apaixonou pelo filho único do dono de uma grande empresa em decadência, a família do rapaz foi contra a relação, era da vontade deles que o jovem Alvey se casasse com a filha de um antigo amigo que esta disposto a se torna sócio nos negócios, Alvey começou a enfretar grandes crises com a família, após um ano e meio de namoro, Alvey sofreu um assalto e morreu com um tiro na cabeça. Marina estava grávida e não sabia, a família do rapaz, jamais aceitou a gravidez. Marina não queria dinheiro, queria apenas o nome de Alvey na certidão de Leo e não conseguiu. Leonardo nasceu quando ela tinha 27 anos. A pele era branca assim com a Marina e do pai do menino. Os cabelos eram da cor do da mãe, mais liso como o do pai. Mas, os olhos, o rosto, o menino era praticamente a cópia da mãe. Desde então, que Marina não se envolve romanticamente com ninguém, dedicou-se ao trabalho, ao filho e ainda sofria perdas atrás de perdas. Perdeu a mãe, a babá e agora Diogo, que era louco pela filha, tinha ido também.

A fotógrafa precisava se afastar de Nova York, então resolveu retornar ao Brasil. Seguiu os conselhos de Gisele, ela reformaria a casa de Santa Tereza. Iria começar uma nova vida no país. Ficaria na casa de Clara, até o fim da reforma.

Após a pequena recepção, seguiram para o apartamento da morena. Leozinho ficou encantado porque Clara fez uma rápida decoração do quarto do jeito que ele gostava, com os heróis da Liga da Justiça. Marina amou ver a felicidade do filho:

Clara: Eu sei que o apartamento é pequeno, mas eu quero que você se sinta em casa.

Marina: O apartamento é perfeito. E é até engraçado dizer, mas eu me sinto bem aqui com você, de um jeito que nunca me senti antes.

Clara: É tão bom ouvir isso. Eu estava nervosa, com medo você não se sentir a vontade.

Clara foi interrompida por um abraço da fotógrafa. Marina repouso a cabeça em seu pescoço e a morena retribui a abraçando forte, sentiu o cheiro de Marina, era bom ter a fotógrafa daquela maneira, próximo a ela, trazia algo que ela ainda não sabia o que era, mas que iria descobrir.