Bad Girl II escrita por Sweet Girl


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Preparem esta música para tocar: https://www.youtube.com/watch?v=Z7EveDCv3CE



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His Pov

 

Acho que nunca, depois de tudo pelo que passei há três meses atrás, pensei que fosse dizer isso, mas eu estava sentindo saudades da Anika; a mulher que me fez viver o inferno na terra. Hoje era o terceiro dia sem ela, e tudo parecia sem cor para mim. As aulas estavam sem graça e o tempo parecia se arrastar. A questão é que eu a odiava, sim, com todas as forças; no entanto, por algum motivo maluco, também sentia falta dela doentiamente. Tudo o que eu sabia sobre sua viagem para Nova York era o que Stefany havia me dito, Anika tinha assuntos pessoais para resolver, e não saber o que era estava me enlouquecendo. Outra que coisa que também estava me deixando maluco era a Stefany; a garota ou não percebera que levara um fora no sábado, ou resolvera fingir que não havia entendido. Mas, juro por Deus, se ela não parasse de me seguir para todos os lados tagarelando sem parar eu ia explodir e atirá-la de cima de um prédio. A ideia parecia mais tentadora a cada dia que passava.

Olhei para a parede de meu apartamento, de onde eu estava deitado no sofá da sala, coisa que já estava fazendo há quase meia hora, e suspirei. Eu não podia continuar assim, droga. Pensando constantemente na Anika, me corroendo por dentro por ela ter resolvido desaparecer logo após nosso episódio público na piscina da casa de Stefany. Sinceramente, eu estava me sentindo patético, e tinha certeza de que, entre nossas provocações, havia me esquecido de meu objetivo principal para estar aqui.

Eu precisava sair deste apartamento agora, antes que enlouquecesse. Não podia ser saudável ficar trancafiado desse jeito. E não importava muito para que lugar estava indo, contanto que conseguisse espairecer. Minha cabeça estava uma confusão só.

Levantei-me do sofá, peguei as chaves do meu carro e saí. Cumprimentei minha vizinha, a sra. Clark, que também estava aguardando o elevador. Foi uma descida silenciosa, e, quando cheguei à garagem, fiquei grato por estar saindo de meu confinamento.

Liguei o rádio e dei a partida no carro, apreciando a música enquanto dirigia. Estava à duas quadras do meu prédio, parado no sinal vermelho, quando outra coisa vermelha me chamou a atenção. Meu coração acelerou instantaneamente. Eu reconheceria aquele cabelo em qualquer lugar.

Anika.

Ela finalmente, finalmente, havia voltado.

Mas o que estava fazendo nessa área da cidade?

O sinal ficou verde e ela acelerou, seu longo cabelo esvoaçando com o vento, porque seu carro estava com a capota abaixada. Resolvi, naquele instante, que iria segui-la. Anika tão próxima assim do prédio em que eu morava não podia ser bom sinal. Alguma ela devia estar aprontando, e eu descobriria o que era.

Durante todo o trajeto que ela fez, permaneci sempre dois carros atrás do seu para que não me notasse. Eu podia não ser tão experiente quanto ela em ser sorrateiro, mas tinha algumas habilidades também.

Quase a perdi de vista quando me inclinei para mudar a estação de rádio e ela virou à direita, mas assim que reconheci a rua, soube para onde Anika estava indo. Bastava saber o que ela estava tramando.

Reduzi um pouco a velocidade, agora que eu sabia o destino da bruxa ruiva, e esperei que tivesse entrado no prédio, antes de manobrar o carro para o estacionamento da academia. Já lá dentro, vi um rápido lance de vermelho virando em um corredor e me dirigi para lá, sem nem ao menos me importar que não estava vestido adequadamente para aquele tipo de ambiente - certamente jeans e uma polo não eram a roupa esperada para se usar em uma academia. No entanto, eu não tinha tempo para sequer pensar nisso, enquanto passava pelas máquinas de musculação e ganhava olhares das pessoas que estavam se exercitando, pois estava focado em minha missão.

Quando cheguei à sala em que Anika havia entrado, parei um segundo ao ouvir que uma música estava começando a tocar. Depois que saí de meu transe momentâneo, fechei silenciosamente a porta atrás de mim e me escondi atrás de um armário, ao ver seu cabelo balançar em uma rajada raivosa antes de ela murmurar "droga" e reiniciar a música.

Quase não pude acreditar no que meus olhos viam, quando estiquei a cabeça e a vislumbrei usando um short preto tão curto que mal podia ser chamado de short e um top da mesma cor, enquanto começava a se mover ao redor de um poste de pole dance. Pole dance, porra! Eu nem sabia que ela podia fazer isso. Anika, como sempre, era uma caixinha de surpresas.

E aquela música... aquela música era uma provocação a mais. A letra combinava perfeitamente com ela.

 

"Andei muito ocupada, mas pensei sobre o

que eu quero fazer com você

Sei que os outros caras têm falado sobre o jeito como faço

o que faço

Eles ouviram dizer que sou boa,

querem ver se é verdade

Eles sabem que é para você que eu quero dar

Dá pra ver que você também me quer...

Agora somos eu e você"

(Me & U - Cassie)

 

E, com a mesma rapidez que veio, a surpresa se foi dando lugar a algo muito próximo ao ciúme quando finalmente minha ficha caiu: Will também frequentava aquela academia, então ela devia estar treinando para fazer um showzinho particular para ele. Para mim Anika não preparou nada como isso, ficamos apenas nas provocações bobas, alguns flertes enquanto ela fingia apreciar saber mais sobre mim, no período em que fizemos um trabalho juntos.

Não sei por que, mas isto me fez pensar que Will era mais importante, merecia uma dedicação especial, e me senti injustiçado - por mais ilógico que fosse. Se todos eram um jogo para ela, por que não tratar de forma igual? Por que ficaria entediante depois de um tempo, era isso?

Contudo, esse pensamento não durou muito tempo. Não havia sangue suficiente em meu cérebro para isso. Minha cabeça ficara vazia, meus olhos vidrados e meu pau duro, ao ver seus movimentos ousados no poste. Aquela música junto com sua performance deixaria qualquer homem louco.

CARALHO!

GOSTOSA!

Devo ter feito algum barulho sem perceber, pois seus olhos de repente se arregalaram em minha direção, e ela perdeu o equilíbrio no momento em que iria pendurar a perna para ficar de ponta cabeça.

Corri para onde Anika estava, tentando impedir que se machucasse, e consegui pegá-la. O impacto da queda fez com que meus joelhos cedessem e acabamos no chão de qualquer maneira, só que ela permanecia em meus braços.

Nos encaramos por alguns instantes, as respirações ofegantes - a dela mais que a minha -, até que nossos rostos magneticamente se atraíram um para o outro. Não havia nenhum pensamento racional naquele momento, apenas desejo. Um desejo espesso, quase palpável no ar que nos rodeava. Não aguentei mais aquela curta distância que nos separava e me apossei de seus lábios.

A música que estava tocando terminou e Animals do Maroon 5 começou a tocar. Ao mesmo tempo, nosso beijo tornou-se desenfreado, era como se não pudéssemos obter o suficiente um do outro. Anika era como uma droga para mim, uma droga que tentei desesperadamente esquecer, mas que foi impossível, pois ela não saía de minha mente. Nós rolamos no chão duro do estúdio, Anika por cima de mim, ainda nos beijando loucamente. Toda a provocação, toda a fúria e a raiva acumuladas estavam presentes naquele momento, enquanto nossas línguas duelavam ferozmente, mas nem de longe isso era suficiente. Eu queria possuir seu corpo, tê-la gritando meu nome em meio ao êxtase que eu lhe proporcionaria. Hoje seria seu predador, e Anika não poderia escapar de mim.

— Não. Podemos. Fazer... Isso – ela disse, sem fôlego, quando nos separamos em busca de ar. Beijei e mordisquei seu lóbulo da orelha, não me importando com o que ela dizia. Anika podia tentar negar o quanto quisesse, mas seu desejo por mim era mais do que óbvio. – Could, é sério. A porta não está trancada, qualquer um pode entrar.

— Quem se importa? – Perguntei beijando seu decote. O suor acumulado ali só a deixava mais sensual.

— Eu... – Anika gemeu. – Para, Could... por favor! – Ela arfou.

— Tudo bem, mas só se movermos isso para meu apartamento – Assim que falei isso percebi que havia cometido um erro. Foi como um interruptor sendo ligado, de um momento para o outro toda a névoa sexual havia sido dissipada. Droga! Ela se levantou calmamente, sem me olhar e foi desligar a música, tudo isso com uma frieza incrível. Gostaria de também conseguir me desligar assim rapidamente.

— Não iremos mover isso para lugar nenhum – sua voz estava sem emoção. – O que aconteceu aqui foi um erro. Um erro que não irá mais se repetir.

— Porra nenhuma! – Levantei-me bruscamente. – Já disse que não acredito mais em suas mentiras – agarrei seu braço. – Por que continua fingindo que não se importa?

Fogo disparou em seus olhos, e ela puxou o braço com força para longe do meu aperto.

— Pare com isso, Could! - Grunhiu, com raiva.

— Não vou parar, Anika. Não até que você pare de fugir!

 

Her Pov

 

Que diabos estava se passando comigo para deixar que Could me beijasse daquele jeito? Eu tinha vindo até a academia para eliminar a tensão que me envolvia como uma segunda camada de pele, no entanto, em vez disso, eu tinha arrumado ainda mais problemas para minha cabeça.

Mas que droga!

Se Could não houvesse soltado aquele comentário sobre irmos para outro lugar, provavelmente eu teria me entregado a ele de bandeja bem ali, no chão da sala de pole dance, sem me importar se alguém poderia entrar, pois a porta não estava trancada.

Ah, e ele ainda tinha audácia de falar em fugir? Se Could tivesse a mínima ideia da quantidade de coisas com as quais eu precisava me preocupar, entenderia porque tinha que evitar aquilo que ele provocava em mim.

— Mas que droga, Could! - Esbravejei. - Por que você tem que perturbar meu sossego em todos os lugares que vou? Pare de tentar transformar minha vida em um inferno!

 - Você não teve a mesma condescendência comigo meses atrás, não é, Anika? Então, por que eu deveria ter com você?

Passei as mãos por meu cabelo, exasperada.

— Se todo este tempo tudo o que você quer é se vingar de mim, então por que deveria parar agora, não é? Mas pode ir tirando o cavalinho da chuva, pois você não obterá nada de mim enquanto tenta me ferrar! - Peguei minha bolsa esportiva em cima da cadeira em que havia deixado, e comecei a andar para o vestiário. Could pegou meu braço de novo, impedindo-me de continuar.

— Isso aqui, hoje, não tem nada a ver com vinganças, Anika. Eu não posso mais fingir que meu corpo não deseja você, porque, infelizmente, é a verdade. Eu só preciso de uma noite, apenas mais uma para te tirar do meu sistema.

Tirei sua mão de mim e me afastei, prestes a refutá-lo, mas parei meu próximo argumento antes que pudesse pronunciá-lo, e refleti: Por que estou evitando isso quando tudo o queria, tudo o podia pensar, era justamente em estar com ele novamente? Fazer sexo com Could de novo era o que precisava para expurgar essa necessidade premente que sentia por ele. Por que negar que o desejava se isso era a mais pura verdade?

Se as coisas fossem feitas do meu jeito, eu não sairia como perdedora. Seria tudo conforme minhas regras, e ele saberia que não havia ganho. Eu ainda estava no controle, não importava o quanto meu corpo tivesse enlouquecido. Sim, era isso mesmo o iria fazer.

 - Quer saber? - Disse eu, dando de ombros. - Você está certo. - Could olhou-me confuso, não conseguindo acreditar no que eu havia pronunciado. - Ainda há uma parte de mim que quer você, não importa o quanto eu tente sufocá-la, então... Pra quê continuar negando? Se uma noite é o que precisamos para acabar de vez com essa loucura, eu não vou ser contra. Só que as coisas serão nos meus termos, ouviu?

Ele ainda me olhava meio embasbacado quando falou, e eu tive que conter o sorrisinho estúpido que quis brotar em meu rosto.

— Você... você está falando sério? Eu não esperava que fosse concordar comigo.

— É, deu para perceber - ri, sacana. - Bem, tem que ser em território neutro. Eu não vou te dar o gostinho de ir para seu apartamento, nem tampouco te levarei para minha casa. Então... para onde vamos? E se você tiver a audácia de sugerir o banco traseiro do seu carro, eu não vou responder por mim, Montgomery!

— Ei, calma! Eu não ia sugerir isso - ele soou indignado. - Para o que tenho em mente, um espaço tão apertado não seria cômodo. - Arqueei uma sobrancelha, mas Could apenas riu. Maliciosamente. Um som que arrepiou minha pele suada.

 - Lembre-se que eu estou no comando. Portanto, se estiver pensando em algo...

         - Sujo, selvagem? - Ele me cortou. - Pode crer que sim, Anika. - Aproximando-se novamente de mim, sussurrou em meu ouvido. - Só temos essa noite, lembra-se? E eu quero aproveitá-la corretamente.

 

*** * ***

 

Olhei mais uma vez para a porta branca à minha frente, sentindo meu estômago dar voltas. Eu estava nervosa, aliás, nervosa era um eufemismo. Jamais havia me sentido dessa maneira. As palmas de minhas mãos suavam, não importava quantas vezes eu as secasse em minha calça jeans.

Respirando fundo, ponderei mais uma vez se não deveria ir embora. Aquela fora uma péssima ideia. Could e eu... Engoli em seco. Não ia dar certo. Mesmo que eu fosse morrer de desejo acumulado, ir para a cama com ele de novo talvez não fosse a solução. De onde tirei a estúpida ideia de que conseguiria ficar satisfeita com apenas uma noite? Isso ia se tornar uma bola de neve, com certeza.

É, melhor ir embora agora.

Quando estava prestes a me virar para sair acabei esbarrando em uma camareira do hotel, que seguia para o quarto ao lado, acabando por derrubar a bandeja que ela segurava, fazendo barulho. Nesse momento, a porta que eu estivera encarando foi aberta. Merda!

Senti meu coração acelerar no peito com a mera visão dele. Could e eu havíamos vindo em carros separados para o hotel que eu escolhera, mas ele chegara primeiro, porque eu ainda fui tomar banho e trocar de roupa no vestiário da academia, agindo no piloto automático, sem pensar no que estava prestes a fazer, até que entreguei o carro ao manobrista e a ficha começou a cair. Eu estava indo me encontrar com Could, pretendia ter uma noite de sexo casual com o homem que eu amava, mas havia ferido, e que agora queria se vingar de mim. Foi nesse momento que comecei a reconsiderar minha decisão de ter vindo até aqui.

 - Anika? - Could estreitou seus olhos, me analisando.

— Err... me desculpe - disse à mulher, enquanto a ajudava a pegar as coisas que haviam caído no chão. Só depois que ela desapareceu dentro do outro quarto tive coragem de me virar novamente. No entanto, não consegui pronunciar nada.

 - O que foi? Desistiu? - Ele não parecia nem um pouco surpreso, como se estivesse esperando o tempo todo por minha desistência.

Se havia uma coisa que ninguém podia aplicar a mim era covarde. Mesmo que perto de Could, na maioria das vezes, eu agisse como uma.

— Claro que não - pronunciei com arrogância, como se não estivesse prestes a ter um colapso nervoso apenas alguns minutos atrás. Eu estava tentando passar uma confiança que não sentia, e tinha quase certeza de quem nem em minha primeira vez estive nervosa como agora. Com a cabeça erguida, passei por ele e entrei no quarto, evitando propositadamente olhar para a cama. - Por que pensaria uma coisa dessas?

— Talvez por que você tenha passado um bom tempo aí fora sem querer entrar - ele refutou.

Ele sabia? Que vergonha!

Não se abale, Anika.

— Eu só estava analisando se tomei a decisão certa. Talvez nos deixar guiar por nossos hormônios, como adolescentes, não seja o correto. Há muita coisa que não foi dita e... - Ele interrompeu minha divagação com um beijo. Eu nem o vi se aproximar, de tão concentrada que estava em provar um ponto. Mas quem ligava para coisas racionais quando tinha coisas mais urgentes para se preocupar? Como, por exemplo, a maneira mais rápida de nos livrarmos de nossas roupas.

 Could me ergueu e eu entrelacei minhas pernas ao redor de sua cintura, sentindo sua ereção pressionada contra mim. Ele nos moveu até a parede, sem desgrudar nossos lábios, uma de minhas mãos agarrando os cabelos em sua nuca, a outra percorria suas costas musculosas por baixo da camiseta. Isso era muito melhor do que o que minha imaginação produzia nos sonhos. Principalmente porque era real.

Quando separamos nossas bocas, em busca de ar, ele começou a distribuir beijos por meu pescoço, descendo para o decote de minha blusa, apenas me provocando entre os seios. Isso estava me enlouquecendo, eu precisava de mais; precisava que ele me possuísse, ali mesmo, contra a parede.

— Could... - murmurei com a voz rouca.

Comecei a puxar a camisa dele para cima com impaciência, e, percebendo minha urgência, ele se afastou um pouco de mim, sem me soltar, para tirá-la. Ah, finalmente poderia explorar os músculos dele livremente. Passei as unhas por seu peitoral, arranhando, e Could voltou a atacar meu pescoço, usando lábios, língua e dentes. Eu estava prestes a entrar em combustão espontânea.

Desci a mão direita para a frente de seu jeans, procurando o botão para desabotoá-lo. Could pegou minha mão e a afastou.

— Para que a pressa, Anika?

         Para que a pressa? Como se ele também não estivesse prestes a explodir!

 — Se você não me foder logo, Could, eu vou explodir!

O cretino riu.

         - Oh, mas não queremos que isso aconteça, não é mesmo?

Afastei-me um pouco e coloquei as mãos sobre seu peito, já escorregadio com suor.

— Não estou aqui para joguinhos. - Falei com a voz, por incrível que pareça, firme. - Combinamos uma noite neutra, então, ou você me fode agora, sem delongas, ou eu vou embora.

— Como quiser - alguma coisa em seu tom me incomodou um pouco, talvez o traço mais frio, no entanto, não tive tempo para pensar sobre isso, pois logo sua boca estava sobre a minha e tudo o mais deixou de existir. O beijo dessa vez era mais áspero, quase violento, e eu adorei a nova intensidade. Ele não estava se controlando comigo.

De alguma forma, consegui tirar minha blusa e arremessá-la para o outro lado do quarto, nos poucos momentos em que paramos de nos beijar, meu sutiã seguiu o mesmo caminho. A calça dele foi descida até a cintura, e a minha também. Não havia tempo para retirar totalmente as roupas do caminho. Could só se afastou novamente para colocar o preservativo, e em um impulso me penetrou.

Eu deveria ter me envergonhado do gemido alto que soltei, mas, naquele momento, minha mente estava completamente tomada pela luxúria. Ele estocava com força, de modo selvagem, e eu recebia seus impulsos com a mesma intensidade. Isso era tão diferente da nossa primeira vez, quando ele me tomou lentamente, nem parecíamos os mesmos. E talvez não fossemos.

De repente, ele parou de se mover e tirou minhas pernas de seu quadril. Fiquei sem entender nada. Could ia parar justo agora? Então ele me virou e colocou minhas mãos contra a parede, desceu meu jeans junto com minha calcinha, e eu os chutei para o lado.

 - Há tempos eu fantasio com isso – Could disse com a voz grave em meu ouvido, pouco antes de me penetrar novamente. Afastando os cabelos de meu pescoço, ele começou a distribuir beijos quentes e molhados pela minha pele.

Encostei minha cabeça em seu ombro, sentindo meu orgasmo cada vez mais próximo. Sua mão desceu por meu corpo, e eu me perdi quando senti seus dedos tocando meu clitóris. Foi um clímax arrebatador, uma explosão de cores que me levou para fora de meu corpo, enquanto me perdia naquela sensação de êxtase. Pouco depois senti Could parar de se mover, e soube que ele também havia atingido o orgasmo.

Eu mal havia retornado para a terra, quando ele saiu de dentro de mim e se afastou bruscamente. Ouvi seus passos se distanciarem e uma ser aberta, provavelmente o banheiro. Me virei para encará-lo, quando o ouvi se aproximar novamente, e fui surpreendida por seu olhar distante, duro. Senti um arrepio percorrer minha espinha, e não do tipo bom. Fiquei ali, nua, encostada na parede, tentando compreender, enquanto o via terminar de se vestir.

— Nós fodemos, Anika. Espero que agora esteja satisfeita. - Ergui meu queixo, não deixando transparecer o quanto estava abalada, olhando-o tão friamente quanto ele me olhava.

         - Então esta é sua ideia de uma noite para tirar isto de nossos sistemas? - Perguntei, praticamente cuspindo a palavra, como se o que sentíssemos fosse algo leproso (e talvez fosse). Ele apenas ficou me encarando, sem nada mais dizer. - Bem, então tenho que dizer que foi decepcionante. Quem sabe amanhã eu encontre alguém que me satisfaça mais.

Could apenas me olhou mais uma vez e depois saiu batendo a porta do quarto. Eu finalmente cedi à angústia que me dominava e caí sentada no chão, chorando, me sentindo patética e vazia, e me criticando por minha própria estupidez. Eu estava certa, antes, esta ideia fora péssima.


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Notas finais do capítulo

Demorou, mas chegou! E, aí o que achou deste capítulo?



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