Segure minha mão escrita por NT


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oláá galeraaa, tudo bem? Estou animada, capítulo 6 de Segure minhão mão *---* E vocês?
Então, hoje sem enrolar muito porque estou sem muito tempo e ainda, talvez, consiga tentar escrever mais um cap. de Tequila com Limão, vou deixar vocês irem pra leitura logo, haha
Boa leitura e divirtam-se!



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Capítulo 6

Gabriel

A Luiza e a Vic apareceram no beco, fiquei desesperado quando a Luiza apareceu do meu lado, era ela maluca, só podia ser. Começou a discutir com o Diogo e o Chef, aquilo não era bom com os dois no estado em que estavam. Fingi que fumava para eles pararem de ficar enchendo o saco, eu sabia que aquilo era errado e tinha vontade de parar, mas a pressão deles e a raiva que eu sentia dentro de mim eram maiores sempre. Agradeci por estar limpo, por não ter me drogado com eles naquele dia, se a Luiza entrasse ali e eu também estivesse drogado não sei o que teria feito. As coisas esquentaram um pouco, Chef não tinha controle algum sobre o que fazia quando estava drogado, então me meti entre ele e a Luiza e tirei ela rápido de lá.

Vic estava chateada mas a Luiza explicou o que havia acontecido e ela percebeu também que eu não tinha usado nada, então resolvi passar a tarde com as meninas, encontramos o Kauã pelo caminho e fomos para a casa da Luiza e tomamos Coca-Cola enquanto conversávamos.

— Então Gabi, decidiu ouvir o conselho do teu mano aqui? — Kauã perguntou em um momento da conversa.

— É, cara, decidi sim, eu vou tentar sair desse mundo. Ta acabando com a minha vida. — respondi.

— Finalmente! — Luiza deu um empurrão no meu ombro com um sorriso no rosto.

Eu sorri. — Mas é difícil, tenho medo de não aguentar. Eu... quero parar, mas não consigo.

— Você precisa ser forte. E a gente ta contigo né. — Vic sorriu para mim.

— Isso ai, eu já estava sentindo saudades cara. — Kauã falou brincando comigo.

— Pior, irmão. Dois anos que a gente não sai mais juntos pra azarar as meninas. — confirmei com a cabeça.

— Isso a gente resolve. — Luiza disse. — Vamos pra balada na sexta?

— Ótima ideia! Nós duas também não saímos juntas pra uma balada faz tempo! — Vic disse.

— Nossa, tanto tempo, séculos né dona Victória? Foram só três semanas sua maluca!

— O quê? Mas três semanas sem você comigo são séculos ok? — ela fez um biquinho para a Luiza brincando.

— Mas que coisa fofa. — Luiza riu. — Então sexta a gente vai pra balada, fechado?

— Claro. — concordei.

— Com certeza. — Kauã concordou também.

— Uhul, vamos nos acabar! — Vic, toda escandalosa como sempre, concordou também.

Demos risada daquela maluca e continuamos aproveitando a tarde. Eu me sentia bem com eles, não me sentia assim quando estava com os outros, só quando estava drogado, ficava viajando em qualquer mosca que passasse na minha frente. Era o único jeito de fugir da realidade, da saudade que eu ainda sentia do meu pai e que sempre sentiria, eu sabia disso. Mas estar ali com o Kauã, Vic e a Luiza me fazia esquecer meus medos e a saudade que eu sentia, me fazia tão bem quanto fugir da realidade de outra maneira. E o sorriso dela só provava que podem existir muitas outras formas de ver beleza no mundo.

O tempo acabou passando rápido, já eram oito horas, Vic foi embora e o Kauã foi levar ela, Luiza e eu ficamos conversando mais um pouco, ela virou um pouco a cadeira ficando quase de frente para mim, esticou as pernas para cima das minhas e colocou as mãos atrás da cabeça.

— Mas que folgada. — brinquei.

— Ué. — ela riu e deu de ombros.

Alguns minutos depois os pais dela chegaram de carro, nós ainda estávamos conversando.

— Oi mãe, oi pai. — ela abriu um sorriso lindo para eles. — Esse aqui é nosso novo vizinho, o Gabriel.

— E ai cara, beleza? Eu sou o Lukas. Bem-vindo a vizinhança. — o pai dela parecia ser o tipo de pai moderno, muito legal e juvenil.

— E ai. — falei e ele me cumprimentou estendendo a mão, eu apertei.

— Oi querido, eu sou a Isabella. Bem-vindo. — Ela me deu um beijo na bochecha, era bonita e cheia de vida.

— Prazer, Gabriel. — Eu sorri.

— Vocês não querem entrar não? Acho que vem chuva. — o pai da Luiza perguntou antes deles entrarem em casa, olhamos as nuvens, realmente o tempo tinha fechado e parecia que ia cair água a qualquer momento.

— Vamos, qualquer coisa você mora aqui do lado mesmo. — Luiza convidou dando de ombros.

— Tudo bem.

Entrei com um pouco de vergonha, tinha acabado de conhecer os pais da Luiza e já estava dentro da casa deles. Tudo bem que para eles não era nada de mais, e nem para mim deveria ser, mas mesmo assim senti um certo frio na barriga, de repente estava com medo de quebrar qualquer coisa que fosse ou fazer feio de alguma maneira.

Sentei em um sofá e ela sentou no outro, os pais dela estavam na garagem guardando o carro.

— Teu pai é tão legal. — Falei com um suspiro e olhei para o chão, o pai dela lembrava muito o meu.

— Ele é sim. — Ela sorriu tentando me animar um pouco.

Os pais dela entraram na sala e ficaram conversando comigo, para conhecer.

— Então, vocês vieram de onde? — Lukas perguntou.

— Ah, somos daqui mesmo, só mudamos de bairro... — respondi. E foi assim um tempo, até que o pai e a mãe da Luiza subiram para tomar banho.

— Nossa, que saudade do meu pai. — Confessei e abaixei a cabeça, lembrar meu pai só me fazia ter mais vontade de ir para o beco esquecer os momentos bons de antigamente.

— Eu sei, deve ser muito difícil... — ela concordou, depois de uma pausa recomeçou. — Foi por isso que você começou a...

— Foi. É o jeito pra esquecer ele.

— E porque você insiste em esquecer ele?

— Porque dói não ter o cara que sempre foi teu herói do teu lado. — falei e ela ficou com pena de mim eu acho, porque veio até mim e me deu um abraço.

— Isso não vai resolver Gabi, você não vai esquecer ele e não devia querer isso, ele não era seu herói? Então, vai querer esquecer ele por quê? — ela me fez sorrir um pouco.

— É, talvez você tenha razão. Mas, se sempre que eu ficar triste você me der um abraço, eu vou começar a fingir que to chorando. — falei para provocar ela, ela é linda irritada.

— Ah, que maravilha, o bom humor dele voltou. — Luiza disse e fechou a cara.

— Porque você quer me ajudar? — perguntei sabendo que eu irritava muito ela.

— Poque você é um idiota... tarado... aproveitador... estúpido..., Mas me faz rir. — ela disse e sorriu.

— E isso lá é elogio? — perguntei de olhos arregalados fingindo estar ofendido, mas ela via que eu estava brincando.

— Talvez. — ela deu de ombros.

— As mulheres são loucas mesmo.

— Os homens que as complicam. — ela falou e eu achei graça, ela sempre tem resposta pra mim.

— É, eu acho que vou ir né, antes que o mundo se acabe em água.

— É.

Nos olhamos nos olhos por alguns segundos, levantamos os dois do sofá e ficamos parados frente a frente mais alguns segundos. Luiza desviou o olhar um pouco e sorriu, então me levou até a porta.

— Gabi, posso pedir uma coisa?

— Até duas. — Sorri.

— Para de cheirar, vai?

— Não sei, Luiza. Não posso responder isso com certeza.

— Faz um esforço?

— Não juro nada, mas vou tentar. — e quase inaudivelmente, sussurrei. — Por você. — passei a mão no rosto dela e ficamos nos encarando, ela sorriu enquanto corava e desviou o olhar.

— É, então... hum... amanhã a gente se vê. — disse sem jeito.

— Aham. Até amanhã gat... Luiza. — eu brinquei com ela e ela já estava fechando a cara por eu quase chamá-la de gatinha.

— Seu chato. Vai logo. — ela me mostrou a língua.

— Quem mostra língua pede beijo... — brinquei.

— Não no meu caso. — ela piscou enquanto eu sorria.

***

A semana passou rápido e eu fui aguentando por ela, decidi que largaria o mundo das drogas, ela estava certa, isso não ajudaria a esquecer meu pai, e também, porque eu quero esquecer ele? Ele sempre vai ser aquele cara que me ensinou tudo. Não vou mais fumar, chega disso. Meu pai não quereria isso.

Chegou quinta feira, de manha fui para a escola, passei o intervalo com a Luiza e a galera, não fumei nem cheirei mais. O Diogo até veio me chamar para ficar com eles, mas eu disse que estava largando daquilo, ele deu uma risada e disse que eu aguentaria um tempo só. A Sandra veio com papos de que queira que voltássemos a ficar, mas sei lá, ela não queria nada com nada de verdade, ficava com um hoje, no outro dia com outro, ela estava sempre ficando com alguém, não tinha como gostar de mim ou querer ficar só comigo e eu não era bobo também. Ela começou a usar drogas e andar com a turma do Chef, mas aquilo não tinha importância para mim, ela se drogava só para estar junto com a turma, isso que eu não entendia.

A sexta-feira chegou e eu estava ansioso para que o dia passasse rápido, à noite tínhamos marcado de ir para a balada, nos divertir, e era tão bom pensar em me divertir sem precisar usar drogas, só sair com os amigos, dançar, beber, beijar.

Beijar. Luiza. Beijar. Beijá-la o tempo todo, o corpo todo, desde os dedos do pé até o topo de sua cabeça. Subindo pelas pernas, a barriga, o pescoço, seu cheiro, aconchego, minhas mãos pelo seu corpo, entorpecente, inebriante, macio, seus cabelos, seus olhos, seus lábios. Lábios, Beijar. Amar. Amor.


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Notas finais do capítulo

Contem-me o que estão achando e não deixem de participar do grupo para leitores no face, MIC & OP é nome, é mandar convite que aceito lá :D

Beeeijão!



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