Segure minha mão escrita por NT


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oláá gente bonita, tudo bem com vocês? Segundo capítulo de "Segure minha mão" chegando quentinho para vocês, então preparem a pipoca e divirtam-se! haha

Boa leitura!



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Capítulo 2

Gabriel

Saí da escola com o Diogo, no carro dele, adoro aquela máquina, ainda mais quando eu dirijo nos rachas. É muito animal. E eu ganho todos.

Subimos o morro do alemão, encontrar a rapaziada e ficamos a tarde toda por lá bebendo e fumando cigarro, eu avisei o pessoal que ia sair a noite e não podia estar chapadão...então eles me acompanharam no cigarro, só o Diogo e o Chef que fumaram algo mais... Já eram seis horas da tarde e eu resolvi ir embora, mas estava com uma vontade enorme de fumar e aquilo não me deixava ir. Peguei o bagulho da mão do Diogo e dei uma tragada, na hora me senti leve e a alegria começou a tomar conta. Era como se todos meus problemas fossem embora na hora, eu sei que é errado, mas é a única forma que eu vejo para superar a morte do meu pai. Ele era meu pai, mau herói. Me ensinou a dirigir quando eu tinha quinze anos e sempre me levava no parque velho para me ensinar, todos os dias depois da escola íamos lá e ficávamos dando voltas no antigo campo, foi assim que aprendi, com ele. É difícil não ter aquele cara ali do lado todo dia, eu sei que se ele estivesse vivo nunca ia deixar eu me meter com o Diogo e a turma dele, mas esse é o único jeito que eu encontrei para superar. Não aguentei, depois da primeira tragada eu tinha que fumar mais, a machona me aliviava. Os caras até ficaram zoando que a Luiza iria brigar comigo e tal, mas eu não estava nem ai, fiquei lá fumando. Ela que esperasse...

Olhei no relógio e já eram dez horas, eu nem estava preocupado com a Luiza e a Vic, elas deviam ter ficado em casa quando viram que eu não fui... Resolvi ir para casa e o Diogo me deixou lá. Parei no portão rindo sozinho, eu estava chapado. Quando ia abrir o portão olhei para a casa da Luiza e vi ela na sacada do quarto. Estava apoiada com as duas mãos na parte de madeira olhando as estrelas. Linda. Abri o portão e ela me olhou por causa do barulho. Nossos olhos se encontraram no escuro da noite.

— Luiza... é... — eu tentei dar uma desculpa.

Ela estava séria então virou e entrou no quarto fechando a porta.

— Merda. — resmunguei para mim mesmo e entrei em casa.

Subi para o meu quarto, minha mãe já estava dormindo, ela não tinha nem noção de que eu me drogava, nunca deixei ela descobrir nada e tento ao máximo ficar normal e não brigar com ela. Ela não tem culpa de nada. Passei pela porta de seu quarto e ela estava deitada dormindo, entrei e dei um beijo nela, depois fui para o meu quarto e saí na minha sacada, a luz do quarto da Luiza já estava apagada, entrei e fui tomar um banho. Sabia que tinha feito besteira. A primeira pessoa que tenta me ajudar e eu faço essa merda com ela! Idiota! Deixei a água escorrer na minha nuca com esses pensamentos, depois fui dormir.

Acordei, me arrumei rápido e desci, tomei café e saí, tentei sair na mesma hora de ontem para ver se conseguia falar com a Luiza, mas não encontrei ela, nem pelo caminho. Cheguei na escola e fui largar as coisas na sala, saí para o pátio e vi ela sentada em um banco com a Vic e o Kauã, eles estavam rindo, pensei em ir até lá mas a Sandra apareceu e me pegou pelo braço.

— Oi gatinho. — ela sorriu.

— Fala gata, tudo bem?

— Tudo amor... então... sumiu ontem...

— Ah, é... não esquenta... uns problemas ai...

— Hum... será que eu posso te ajudar a esquecer esses “problemas”? — ela me olhou com cara safada e piscou.

Agarrei ela e fomos andando discretamente para trás da escola, vi que a Luiza viu, mas ela disfarçou. Levei a Sandra e entrei com ela num canto. Quando terminamos ajeitei minhas roupas e fui saindo dali como se nada tivesse acontecido.

— Amor, espera!

— Tenho que ir, a gente se vê depois... — falei virei as costas e continuei andando.

Saí de lá porque se não ela ia ficar me agarrando, eu sei que ela quer ter um negocio a mais comigo, mas eu to fora disso, vou me apaixonar para que? Se apegar a uma pessoa e depois perder ela. E também não sinto nada pela Sandra, ela só fica comigo por eu ser popular, na verdade ela fica com qualquer um que quiser ficar com ela. Não vale a pena.

O sinal já havia soado, então entrei só na segunda aula, a Luiza saiu do lugar em que estava na sala e foi para o outro canto sentar perto do Kauã, quando eu entrei ela olhou, mas logo voltou a falar com o Kauã e a Vic que também tinha mudado de lugar, eles estavam rindo e tinha mais um cara lá, acho que é Bruno o nome dele, ele é novo na escola.

Não sei porque mas ver ela com o Bruno me deixou um pouco... estranho... Sei lá porque isso... mas deixou. Sentei na minha classe e passei todas as aulas olhando para ela, ela olhou para mim uma e outra vez mas seu rosto não tinha expressão. No recreio decidi ir falar com ela, pedir desculpas.

— Luiza... é... ontem a noite... eu... — eu estava meio atrapalhado, ela me cortou.

— Tá, Gabriel... você não me deve satisfações... tudo bem... — ela sorriu, parecia sincera e ao mesmo tempo magoada.

Logo Vic, Kauã e o Bruno chegaram e sentaram ao lado dela.

— Gabriel, fala ai... — Kauã e eu fizemos um cumprimento com toque de mão.

— Beleza cara?

— Normal. — ele respondeu. — Ai, esse aqui é o Bruno...

— E ai... — fiz um toque de mão com o cara.

— Beleza.

A Luiza sorriu para o Bruno e ele sentou do lado dela.

— Aqui sua coca amor. — ele sorriu e deu a coca para ela.

Espera ai.... eles namoram? Eu não achei que ela tivesse namorado.

— Então eu vou indo... acho que to sobrando aqui né? — falei como se estivesse brincando.

— Não... fica ai Gabi... — ela sorriu e eu não consegui negar.

Sentei do outro lado dela e sorri.

— Já que você insiste. — dei de ombros brincando.

— Que é isso Kauã, deixa a Vic respirar. — Bruno falou ali do lado.

— Desculpa, amor. — Kauã disse pra Vic sem jeito.

— E eu pedi pra ti parar Kauã? Continua e não liga, o Bruno está com ciúmes. — Vic riu e dei um selinho no Kauã.

— Nossa, ok então. — Bruno riu.

Eles continuaram se agarrando eu e a Luiza nos olhamos e ela sorriu. O sorriso dela me deixa meio estranho, é esquisito, nunca senti isso.

— Amiga, não esquece né, hoje a tarde você vem lá em casa, não vai ficar por ai com esse Kauã. — Luiza disse brincando.

— Sem problemas hoje a tarde sou sua. — Vic respondeu e eu ri.

— Ah, mas eu queria você. — Kauã fez aquela cara de bebê para as meninas e a Luiza falou

— Tá, tá.... você também está convidado Kauã.

— Oba! — ele vibrou.

— Também quero. — Bruno falou.

— Ok, vai dar festa lá desse jeito. Tá, vai lá Bruno... Se você quiser pode vir também Gabi...

A Luiza convidou, fiquei sem resposta no inicio, mas logo concordei.

— Eu apareço lá sim.

— E vê se vem hoje né, porque ontem se não fosse o Bruno a Lu ia ficar de vela a noite toda. — Vic falou brincando.

Então o tal Bruno é ficante da Luiza? fiquei meio triste com o comentário.

— Mas eu fiquei de vela mesmo assim né Vic, o Bruno só me ajudou segurando mais uma. — Luiza logo falou.

Todos riram e eu também, pelo menos ela não tinha ficado com o Bruno.

Mas porque eu to me importando afinal? Maluquice.

— Ontem não deu pra eu ir... eu estava... — olhei para a Vic e ela olhou para o chão. — eu estava com uma galera e perdi a hora...

— Aham... mas vê se vai lá antes de encontrar com a “galera” hoje. — Vic respondeu um pouco seca.

— Sim senhora, dona Vitória! — bati com a mão no peito em sinal de juramento.

O intervalo acabou e eu estava voltando com eles para a sala quando a Sandra chegou e me agarrou pelo braço.

— Amorzinho... eu não te vi no recreio, onde você estava?

— Com uns amigos. — respondi.

— Mas você não estava lá atrás com seus amigos...

— Desencana Sandra, eles não são os únicos amigos que eu tenho... eu estava com o Kauã e o Bruno e as meninas.

— Hum. — ela fuzilou Luiza com o olhar.

— Depois a gente se fala gata... — entrei no banheiro para ela me deixar em paz, o mina grude a Sandrinha cara... Voltei para a sala e o Bruno estava abraçando a Luiza e ela ria, eles me viram e vieram falar comigo.

— Gabi, me dê os parabéns! — ela disse toda feliz.

— Hã? Por quê? Você está de anivesário?!

— Não bobo, é que assim, eu me inscrevi em um concurso, passei e ganhei uma bolsa de estudos para fazer faculdade de arte e fotografia em Paris!

— Ah, Parabéns! — falei disfarçando uma decepção que eu não sei de onde veio.

— O que foi? Não ficou feliz por mim? — ela fez uma carinha linda.

— Não é isso, eu fiquei super feliz, sério — eu sorri —, mas e quando você vai?

— Eu não sei ainda se vou... sei lá... são quatro anos de facul lá... e é ruim ficar longe da família e dos amigos... mas se eu for, vou no final, depois que acabar as aulas... não é certo ainda, vou pensar em como me sustentar por lá e se tenho como fazer isso, então depois decido.

— Ah, que legal... — eu sorri e ela me deu um abraço, fiquei um pouco surpreso por ela estar me abraçando, sou acostumado com as meninas me abraçando, mas ela... O cheiro que eu senti nela, no cabelo, no pescoço, nossa, que cheiro bom! O perfume dela é maravilhoso. Tudo nela é tão perfeito, o corpo, o olhar, o sorriso, o jeito de falar, o jeito de ser, ela, ela é perfeita.

O professor entrou na sala e mandou a gente para os lugares, o resto da aula voou e depois eu fui para casa, não falei com o Diogo para não ter chance de fumar e estragar tudo de novo.

Cheguei em casa e deitei na cama. Acordei pelas três horas ouvindo umas vozes gritando na casa ao lado, era a voz da Luiza e da Vic. Elas estavam rindo muito, levantei, coloquei uma bermuda e fui para a casa da Luiza, sem camisa mesmo, porque era banho de piscina e eu morava do lado... cheguei lá e toquei a campainha.


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Notas finais do capítulo

E aí? Comentem *-* Marquem a opção acompanhando que aí cada vez que eu posto um novo capítulo vocês são avisados, favoritem a estória também, vão me fazer muito feliz *-*
Obrigada!

Beeeijão gente bonita ;)



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