Quando desabei, eu tive um sonho. Todavia, não foi um sonho tão bom. O cenário era o Mundo Inferior, um lugar próximo ao Tártaro. Cronos estava em pé, todo completo, olhando fixamente para baixo. Ele murmurou algumas palavras em grego, e depois, ele se dispôs a falar grunhindo, com aquela voz sinistra. Ele raivoso, perguntou:

–Fez o que eu mandei?

–Não senhor, mas logo farei.-Respondeu uma voz. Era Luke.

–Mas você é um idiota! Por que não fez isso pra acabar com aquele inútil de uma vez por todas?

–M-meu senhor, se eu fizer isso com ele, Annabeth jamais me perdoaria!-Respondeu Luke se tremendo.

–Ora! Você é um semideus inútil! Você só pediu ela em namoro pra fazer a parte 1 do que eu mandei e você não a ama!

–Sim senhor, eu não a amo senhor.-Ele estremeceu.-Mas ela é uma boa amiga e...

Cronos gritou uma palavra em grego, mas eu não entendi direito. O titã agarrou a camiseta de Luke, e começou a gritar:

–NÃO TENHA DÓ DELE NEM DELA LUKE CASTELLAN! NÃO É PRA TER DÓ DE JEITO NENHUM ENTENDEU?

–S-sim mestre, farei qualquer coisa para o servir, eu até adoraria que você fosse meu pai...-Gaguejou Luke.

–Está certo seu semideus ladrão, mas se você não cumprir essa tarefa até a semana que vem...-Diz Cronos-Você será condenado ao Tártaro.

–Senhor, e-eu farei essa ordem na sua frente e na frente dos amigos dele, o máximo que posso fazer para te agradar!-Disse Luke quase chorando.

–Irei acreditar em você...-Grunhiu o titã-Mas se não fizer isso, já sabe né?

–S-sim s-senhor!

Cronos joga Luke no chão, e ele começa a gemer de dor. Chorava igual uma criança. O seu rosto estava ensanguentado, de tão forte que o impacto no chão foi.

–Agora, volte pra sua guarda, os seus "amigos" logo logo acordarão.-Falou Cronos.

Luke começa a andar mancando, indo a direção da saída do Mundo Inferior. Cronos se senta em um trono, e começa a falar sozinho.

–Aquele semideus inútil, tem medo de tudo... Se ele não fizer isso, eu serei disposto a fazer... O garoto idiota mal pode esperar o que vai acontecer....

Eu acordei dando um pulo. Meu coração acelerou. Olhei pra frente, e era Annabeth. Fiquei feliz, afinal só ela acalmava meu coração.

–Acorda cabeça-de-alga, vamos continuar a missão.

Eu me levantei e dei um sorriso para ela, ela retribuiu, mas corou. Olhou pro lado e lá estava Luke. Ela olha pro rosto dele e lá está uma ferida, bem onde estava a cicatriz que o dragão o qual ele lutou fez. Annabeth passa a mão na bochecha dele, o que me deu um pouco de ciúme. Ela perguntou:

–O que foi isso no seu rosto Luke?

Ele passou a a mão no rosto e respondeu:

–Um minotauro apareceu enquanto vocês dormiam.-Ele mentiu. Eu sabia que foi Cronos que o machucou.

–E por que não nos acordou?-Eu perguntei o desafiando.

–Porque eu não queria acordar vocês. Queria enfrentar o minotauro sozinho.

–Bem, então tá.-Eu disse.-Vamos continuar a jornada.

Começamos a andar e entramos no "H" de Hollywood(notas finais), e chegamos em um lugar cheio de caveiras, escuro, com um barco sob o rio Estige, e lá estava um barqueiro.

–Quem são vocês?-Perguntou uma voz sinistra e grossa.

–Somos semideuses.-Eu respondi.-Queremos visitar o Mundo Inferior.

–Sinto muito, mas só transporto vocês com o dinheiro adequado.

–Cinquenta dólares serve seu barqueiro?-Perguntou Scoot entregando cinquenta dólares a ele.

O barqueiro toca fogo na célula e diz:

–Não me chame de barqueiro. Me chame de Caronte. E esta não é a moeda adequada.

Nesse momento, eu me lembrei que tinha levado alguns dracmas no bolso. Peguei um e falei:

–Serve um dracma de ouro, Caronte?

Todos olharam pra mim, afinal ninguém se lembraria que um dracma seria tão útil nessa hora.

–Não serve não, pequeno semideus.-Ele respondeu.-Um dracma só transporta uma pessoa.

Remexi o meu bolso, e achei 7 dracmas de ouro. Nós éramos seis. Dava pra todo mundo e ainda sobrava um dracma para caso de emergência.

Entreguei mais cinco dracmas para ele, e Caronte deixou a gente subir no barco para ir ao Mundo Inferior pelo Rio Estige.