Almost Gods Interativa escrita por Filha de Íris, DannyBourbon


Capítulo 2
Capítulo 2: Tiro, Porrada e Bomba. Um Começo Arrasador!


Notas iniciais do capítulo

Hey people! Como estão? Feliz natal a todos!
Bom, neste capitulo vou apresentar 3 personagens, e devo avisar, tem morte, acidente e tentativa de estupro. Fora isso, acho que ficou até que legal!
Enjoy!



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Apontei minha arma bem no meio de seus olhos, o infeliz chorava e implorava por sua vida. Suas lágrimas se misturavam a saliva, estas se dissipavam em meio à chuva.

Em um breve momento de descuido ele tentou agarrar minha perna, mas meus dedos foram mais rápidos puxando o gatilho. O clarão do disparo se refletiu em seus olhos enquanto sua vida esvaia conforme seu corpo chegava ao chão.

Joguei o cabelo, até então encharcado, segui para a pequena pensão na qual estava hospedada, estava tarde, então resolvi entrar pela janela, afinal, a velha senhora Sullivan teria um treco ao ver alguém entrar a esta hora em sua pensão com as roupas sujas de sangue.

Tomei um banho frio no pequeno banheiro do local, depois me vesti, por estar sem sono, vesti uma calça jeans, sobretudo também negro, sequei meus cabelos, fiz uma maquiagem básica, apenas lápis, rímel, delineador e um batom vermelho. Verifiquei o estado de minhas unhas: impecáveis como sempre. Antes de sair calsei meus saltos e pude reparar que havia parado de chover, sorri de lado.

Caminhava tranquilamente pela calçada, o vento frio da madrugada se misturava aos meus cabelos me fazendo sorrir. Ao longe pude ouvir o som da sirene da policia no local onde eu havia matado o tal infeliz.

Mas antes de me julgar pelo que eu fiz, saiba de duas coisas, primeiro, ele mereceu tudo o que fiz, afinal um maníaco estuprador e pedófilo. Merecia coisas piores, fui até boa de mais com ele. E segundo, é uma delicia matar, é viciante até.

Continuei caminhando até que ao virar em uma esquina pouco iluminada, dei de cara com um homem, este era alto, forte e muito bonito. O mais bonito que já vi. Sorri de canto, uma luta interna se iniciou em minha mente.

Layla Camilla Merlyn, mate-o, esquarteje.” “Não! Agarre-o, ele é lindo, tenho certeza de que não vai se importar, aproveite que não tem ninguém na rua para olhar!”. Mordi o lábio inferior tentando decidir. “Agarre-o e depois esquarteje!” . Sorri com a ideia e ao olhar novamente para o lugar onde ele estava, e agora não havia mais nada.

Dei de ombros e decidi ir pela outra rua, ao me virar em meus calcanhares dei de cara com o tal homem a poucos metros de mim. Por reflexo dei dois passos para tras.

– Sabe que não precisa me temer, Mia. – O homem disse. Sua voz era grave, rouca e bem grossa, quase me arrepiei com isto.

– Desculpe, você deve ter me confundido com outra pessoa. Meu nome é Layla! – Disse me afastando, mas ao passar por ele, o homem simplesmente me olhou nos olhos o que me fez parar.

– Seu disfarce não funciona comigo e sabe disso, Mia. – Meu queixo teria caído se não tivesse me segurado.

– Quem é você? – Perguntei.

– Sou Tânatos. – Ele respondeu com ares de “você já sabe a resposta”.

– O deus da morte. – Serrei de canto. Como não notei antes. Ele apenas esboçou um leve sorriso de canto.

– Exato! – Ele levantou uma sobrancelha.

– Sei. O que quer de mim? – Estava irritada por ele ter descoberto meu disfarce. Droga, preciso melhorar isso.

– Um pai não pode visitar sua filha? – Ele se fez de ofendido.

– Não quando se trata de um deus. Agora diga o que quer. – Cruzei os braços e deixei o tédio que sentia transparecer.

– Haverá uma guerra entre nós, Deuses Menores e os Olimpianos. Isso tudo por causa de uma nova geração de semi deuses, os chamados Almost Gods. Você é um deles. Corre perigo. Eles vão tentar mata-la para que não aconteça esta guerra. O que lhe ofereço é proteção e treinamento até que esteja pronta para a guerra. Até hoje você foi protegida por mim e por suas ancestrais, mas isso não vai durar para sempre. – Ele disse tudo como quem pede um pão na padaria.

– Se eu não for com você, o que acontecerá comigo? – Perguntei pensando em todas as minhas possibilidades.

– Provavelmente morrerá. – Ele deu de ombros. Uma fração de memória assolou meus pensamentos, mas um desejo também.

– Ok. Eu aceito. – Ele me estendeu a mão direita e quando a toquei, senti meu corpo sendo sugado e uma escuridão tomou conta de mim.

***

Caminhava em meio ao vento frio da noite, por alguma razão, isso não me incomodava. Olhei para a lua, estava mais brilhante do que em dias normais, e isso me agradava. Sorri de canto continuando a caminhar, segui em direção ao velho parque que tinha perto de casa.

Por estar de noite, e ser um bairro de classe alta, não havia ninguém fora de casa aquela hora. O vento brincava em meus cabelos me trazendo uma sensação gostosa, me sentei em um dos velhos balanços, olhando para os meus pés enquanto me balançava levemente ao som do rangido feito por este.

Em um súbito clarão, ergui a cabeça a tempo de ver uma figura feminina se formar a partir da luz prata. Em um pulo eu me levantei. Como uma, a mulher estava envolta por um vestido prata esvoaçante que reluzia como a própria lua. Seu sorriso extremamente branco extremamente branco reluzia como seu vestido.

Me belisquei algumas vezes para ter certeza de que não estava sonhando. Com a dor tive a certeza de que estava bem acordada. Olhei novamente para ela que sorria divertida.

– Quem é você? – Perguntei quase gaguejando.

– Sou Selene. Deusa e personificação da lua. Sou sua mãe. – Ela disse direta e meus olhos lacrimejaram. – Oh minha querida, me perdoe por não ter estado ao seu lado, foi a coisa mais difícil que já fiz. Mas saiba que jamais esteve só, eu lhe olhava todas as noites cuidando de você, Starlet. – Ela me estendeu os braços e eu me aconcheguei neles, foi a melhor sensação que já tive em minha vida. – Me perdoe por ter estado tão só.

– Por que, mamãe? Porque não voltou para me buscar, porque nunca esteve ao meu lado?! – Me separei levemente e ela se sentou no balanço ao meu lado.

– Meu amor, eu jamais a abandonei, todas as noites estive ao seu lado, você não sabe o quanto doía todas as noites que não pude consola-la, beijar-lhe a face ou contar-lhe histórias antes de dormir. Mas entenda, saiba que não pude estar ao seu lado porque somos proibidos de ver nossos filhos. – Seus olhos estavam vazios, estes refletiam a dor que sentia.

– Se vocês são proibidos, então o que faz aqui? Não quero que se meta em problemas por minha causa! – Ela sorriu fracamente.

– Este é um caso excepcional Starlet. Não venho por uma simples visita. Meu bem, seu pai lhe contou que você é muito especial, você é mais que semi deusa, é uma Almost God. – Eu assenti, até ai eu já sabia. – Eu vim para lhe buscar. – Ela me olhou.

– O quê? Por quê? – Estava confusa, sempre quis ter minha mãe ao meu lado, e agora ela estava aqui, dizendo que veio me buscar, não sabia o que pensar.

– Starlet, preciso que seja forte para o que vou lhe dizer. Acalypha, você esta correndo risco de vida. Uma guerra esta para estourar e tudo pela existência dos Almost Gods. – Minha respiração falhou – Vocês são uma ameaça para os Olimpianos, e nos estamos lutando para mantê-los em segurança, mas esta muito difícil, estão fechando o cerco. Decidimos busca-los e leva-los para um local seguro, vamos prepara-los para a guerra, ensinar a lutar e a usar a magia de vocês. – Ok, surtando em 3,2,1...

– O QUÊ? VOCÊ ESTA MALUCA? EU NÃO SEI LUTAR, NUNCA NEM DISCUTI NA MINHA VIDA E MUITO MENOS SEI USAR ESSA TAL MAGIA! – Respirei tentando me acalmar – Eu não vou.

– Entenda minha filha, já não é uma escolha, infelizmente você terá que entrar nesta guerra, eu também não queria coloca-la nesta, mas já não temos escolhas, se você não entrar, morrerá. Os Olimpianos a caçaram para toda a eternidade até conseguirem destruí-la. Confie em nós, vamos a proteger, ensinar tudo o que precisa saber e vamos mantê-la em segurança, como sempre a mantivemos.

– Esta bem. Eu vou com você mamãe. – Estava apavorada, mas não queria morrer, pelo menos, não agora!

Selene sorriu para mim e me deu um abraço, depois tudo escureceu e me senti sendo puxada, até que não senti mais o chão sob os meus pés, então a abracei a ela com mais força, olhando em seus olhos tão iguais aos meus, torcendo para que tudo desse certo.

***

– Vamos querida, anime-se, vamos a Paris! – Minha ‘mãe’ disse sorrindo. A primavera estava começando a se mostrar, o gelo do inverno derretia rapidamente. A estrada era bem velha e raramente víamos carros passarem, porem tinha extensos campos de flores dos dois lados desta. Estava tudo muito tranquilo e minha mãe sorria para mim.

Em um segundo seu sorriso desapareceu, senti quando meu corpo foi arremessado fortemente para a direita chocando-se com o vido da porta. Senti meu rosto sendo perfurado pelos estilhaços, senti quando o carro começou a capotar parando somente quando encontrou uma árvore.

Meu corpo doía, esta dor dilacerante me impedia de fazer qualquer movimento. Com muita dificuldade consegui olhar para os meus pais: Minha mãe estava com a cabeça encostada na janela, seu rosto estava desfigurado e uma peça de metal que havia se soltado do motor estava atravessado em seu tórax. Ela estava morta.

Queria poder gritar, chamar por seu nome, implorar por ajuda, mas não tinha forças para nada disso. Lágrimas escorriam por meus olhos, estava começando a engasgar com meu próprio sangue quando ouvi a voz de meu pai dizendo com dificuldade:

– Reze a Nêmesis, ela a protegerá! Você ficará bem... jamais se esqueça que nós te amamos... minha filha. – E com alguma dificuldade, ele tossiu sangue tombando a cabeça na direção de minha mãe, neste momento soube que estava morto.

O desespero me consumia o que ia fazer agora? Provavelmente morreria da mesma forma, sem poder fazer nada. Mas por algum motivo, as palavras de meu pai ecoavam em minha mente: “Reze a Nêmesis, ela a protegerá”. Não entendia como a deusa grega da vingança poderia me ajudar, mas no desespero comecei a rezar:

– “Oh Nêmesis, deusa do equilíbrio e da vingança, por favor me ajude!” – no mesmo instante, algo com uma força descomunal arrancou a porra do meu lado, quebrando o meu cinto de segurança, cheguei a pensar que era Nemesis atendendo a meu pedido, mas o homem que havia me salvado me arremessou para o outro lado da pista, a dor era dilacerante, eu chorava e implorava para que ele parasse, mas o homem somente sorria debochado.

Não tinha forças para lutar, meu corpo doía e sentia algo quente e viscoso em varias partes de meu corpo: sangue.

O tal homem começou a rasgar minhas roupas no mesmo instante em que o carro onde estavam os corpos de meus pais explodiu. Gritei em desespero.

– Não se preocupe Almost God, logo você morrerá também! – Dito isso ele me deu um forte tapa em minha face, meu rosto latejava e acabei cuspindo um pouco de sangue. O homem apenas riu.

Quando este ia retirar suas próprias vestes a fim de abusar de mim, o som de uma moto ecoou ao longe fazendo-o se afastar rapidamente. Suspirei brevemente aliviada tentando esconder meu corpo.

– Outro Almost God? Droga! Mas isso não vai ficar assim. – O sujeito desapareceu em meio a uma névoa mal cheirosa. Logo a moto parou ao meu lado e um rapaz desceu dela, ele correu em minha direção.

– Você esta bem? Consegue se mover? – O rapaz perguntou, sua voz parecia distante e logo minha visão ficou turva – Qual o seu nome? – ele perguntou retirando sua jaqueta e me cobrindo em seguida.

Katherine – foi a única coisa que respondi antes de desmaiar.


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Notas finais do capítulo

Agradecimento especial e créditos as autoras das personagens. Como me esqueci de perguntar o estilo dos personagens, decidi arriscar baseando-me em suas personalidades. Espero que tenham gostado e mandem fichas sim?

Me esqueci de algo? Faltou alguma coisa?

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Para caso dos links não terem aberto:
Layla: http://www.polyvore.com/layla_camilla_merlyn_almost_gods/set?id=144214645
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Tanatos: https://lh3.googleusercontent.com/-SQGaE8gMoOQ/AAAAAAAAAAI/AAAAAAAABeU/bdSf92rMq_M/photo.jpg
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Selene e Acalypha: http://www.polyvore.com/deusa_grega_selene_acalypha_almost/set?id=1442150
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Katherine: http://homemcomh.com/wp-content/uploads/2012/08/Bonnie-Wright-03.jpg
http://www.polyvore.com/cgi/set?id=144215382&.locale=pt-br



Beijos Coloridos
Filha de Íris