Caixa de Pandora [HIATUS] escrita por Selene Sumner


Capítulo 2
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ao fim de um looooooooongo tempo aqui estou eu com o primeiro capitulo da fic ^^



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Acordo no telhado de um casebre onde arranjei alojamento por uns dias. Vejo o céu estrelado. Estava calma, mas o meu coração batia tão fortemente que o sentia por todo o meu corpo. No entanto, ao olhar para o céu cheio de estrelas cintilantes que transmitiam um sentimento quente e reconfortante, um pequeno sorriso apareceu no meu rosto. As palpitações que sentia foram estabilizando até voltar ao normal. Pensei em refletir sobre o sonho que tivera, mas as palavras que, me chamavam no fim do mesmo, surgiram repentinamente na minha mente o que me levou rapidamente ver as horas no relógio preto que possuía na mão direita.

–Não pode ser! Como é que isto aconteceu? Vou chegar atrasada…

Finalmente, depois de tanta busca, encontrei alguém com conhecimento sobre o paradeiro da misteriosa caixa que dizem só trazer calamidades ao seu proprietário. Porque é que eu a quero? A curiosidade é uma característica que pode deixar as pessoas em apuros, mas posso dizer que me pagam bastante bem para a adquirir. Saí do telhado o mais rápido possível e corri ate ao local de encontro com a esperança de que a pessoa com a qual me devia encontrar não tivesse já desistido de me esperar e tivesse ido embora.

Fui por um atalho de terra batida que dava acesso a uma pequena aldeia abandonada, pelo que demorei apenas cinco minutos. O caminho estava repleto de erva que me chegava aos joelhos. Quando o acabei de percorrer e cheguei ao meu destino, desloquei-me a uma pequena cabana de estrutura oval que estava completamente coberta por heras e musgo o que lhe dava um aspeto um tanto fascinante e misterioso. Ao aproximar-me reparei que as heras que cobriam a porta haviam sido cortadas, pelo que deduzi que o objeto responsável por isso tivesse uma lâmina muito bem afiada devido ao corte limpo que estas apresentavam.

Lentamente, abri a porta entrando cautelosamente. À medida que a porta se abria ia-me, deparando com a silhueta de um homem que julgava estar nos seus trinta anos. Estava vestido com roupas de campo completamente sujas e bebia aquilo que aparentava ser whisky enquanto comia uma maçã. Não parecia ser uma pessoa perigosa, mas não podia confiar numa pessoa que nunca antes vira. Por isso fui o mais direta possível ao assunto que realmente me importava.

–É você que possui as informações sobre a localização da caixa?

Ao contrário do que esperava, ele não ficou surpreendido por eu lhe ter feito uma pergunta tão direta. Em vez disso lançou um pequeno sorriso e depois começou a rir. Supus que fosse devido ao meu aspeto, já que tinha folhas por todo o cabelo e ervas agarradas ás calças. Imaginei que quando chegasse me iria encontrar com uma pessoa fria, calculista, com ar de poucos amigos. Alguém que apenas com um olhar deixasse no ar um sentimento desconfortável e uma nítida pressão que me deixaria bastante nervosa. Porém o riso deste homem deixou um sentimento alegre e tranquilizante no ar, o que me permitiu relaxar um pouco. Quando acabou de rir, bateu levemente na mesa onde tinha a garrafa, e com a a outra mão, convidava a que eu me aproxima-se e me sentasse à mesa.

Aceitei o seu convite. Afinal não queria deixar o meu informador com uma má impressão minha. Assim, ele poderia não me dar a inestimável informação pela qual andei tanto tempo à procura, mesmo não sabendo se a que o homem possuía era verdadeira ou minimamente confiável. Quando me sentei ele sorria, mas desta vez não senti um sorriso que transmitia um sentimento quente, mas sim um sorriso astuto que dizia que tinha visto através de mim.

–Sim garotinha, sou eu que lhe venho dar as informações sobre o paradeiro da caixa.

O homem tirou um bloco de notas e uma caneta das calças e começou a escrever. Pela sua escrita consegui perceber que aquele homem era uma pessoa que gostava de se destacar, era prático e independente, concluíra isto uma vez o tamanho da sua letra era relativamente grande não possuindo inclinação. Também supus que fosse um homem portador de grande energia, pois fazia grande pressão enquanto escrevia.

Mal acabara as minhas observações, o homem arrancara duas ou três páginas juntamente com a que tinha as informações e empurrou-as para o meu lada da mesa. Coloquei o excesso de folhas no meu bolso e deixei a folha escrita na mesa. Olhei nos olhos do homem.

–Como é que sei que a informação é verídica?

Ele não desviou o olhar e a sua expressão tornou-se séria.

–Quem é você para saber sobre a caixa?

O silêncio apoderou-se da divisão. Pelos vistos ambos tínhamos coisas que não queríamos contar, mas eu tinha que ceder. Tinha a impressão que o que ele ocultava era algo demasiado importante para os meus interesses, pelo que não podia deixar que a informação passasse a meu lado sem nada fazer. Os seus olhos olhavam fixamente os meus e tinha a sensação que se dissesse algo que não devia, perderia toda a informação que ele ainda ocultava.

–Através da minha bisavó Emma. -Respondi cautelosamente, mas ainda a olhar nos seus olhos. Se os desviasse seria um sinal de submissão.

Não tinha intenções de dizer mais nao, mas pareceu ser o suficiente para obter alguma reação da parte dele, tal como para obter mais algumas informações.

–Emma Buller?

Não pôde conter a surpresa quando ele mencionou o nome da minha bisavó.

–Pela sua cara, suponho que sim. Story Works lhe soa-lhe a algo?

A surpresa inicial tornara-se então uma mistura de desconfiança e ódio.

Foi à cinco anos atras que encontrei pela primeira vez as cartas da minha bisavó, na velha mansão onde ela vivera. Porque fui para la? Digamos que estava a atravessar uma fase rebelde e não queria viver na mesma casa que os meus pais. Como eles trabalhavam muito, deixaram-me ir viver para lá durante um tempo. Enquanto explorava a casa, mais especificamente o sótão, que mais parecia um armazém do tempo da pedra, encontrei um álbum de fotografias do tempo em que ela era nova e no meio estavam várias cartas que lhe eram dirigidas. Comecei a lê-las por mera curiosidade. Confesso que no início pensei que se tratasse de algum pretendente ou cartas que o bisavô lhe tivesse escrito quando eram novos. Sim, eu sou uma romântica.

O conteúdo destas cartas revelou-se muito mais interessante, definitivamente muito mais interessante. As cartas falavam em como ela era necessária para o avanço de uma certa investigação. Depois de fazer alguma pesquisa por minha conta, comecei a ficar interessada no objetivo da investigação em que a minha bisavó estava incluída. Objetivo esse que envolvia uma caixa que continha algo das tribos que desapareceram, algo que continha os manuscritos que contavam o que se passara, mas mais importante, algo que valia muito dinheiro. Eu ia ficar rica! Seria fácil metendo a cunha que era bisneta de Emma Buller e que sabia onde estavam os registos da sua pesquisa. Bem tecnicamente não sabia, mas eles não precisavam saber isso. Depois de fazer umas provas, entrei para a organização.

No início tudo era interessante e até conheci uma garota,a Emilie, que se tornara uma das minhas melhores amigas. No início era perfeito, mas logo começaram as pressões para que entregasse a pesquisa. Eu até pensei em contar-lhes a verdade, porém aquele fatídico dia aconteceu. Três meses depois de entrar, chamaram-me para o que diziam ser a prova final para pertencer finalmente à organização. Como é obvio aceitei. Estava tão perto de de descobrir a informação que eles possuíam. Fui levada para uma sala, onde me deram uma arma. As instruções eram que apenas tinha que acertar nos pontos vitais das placas que iam aparecendo. Tudo corria bem, estava quase no fim e tinha-me deixado levar pelo momento. Já não ouvia vozes e estava simplesmente focada em acertar no máximo número de placas que conseguia. Numa das últimas placas algo parecia ter soado diferente, mas só quando acabou a prova é que tive curiosidade e vi um pequeno charco de sangue ao pé de uma delas, o que me fez relembrar o estranho som que agora que pensava, me parecia algo a abafar a bala. Quanto mais eu me aproximava maior o pequeno charco se tornava e quando olhei por detrás da placa não pude conter o terror. Eu matara a minha melhor amiga. Perdi toda a força, que tinha no meu corpo, caindo de joelhos no chão com a cara lavada em lagrimas.


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Notas finais do capítulo

Gostaram???
Espero que sim,^^
Não gostaram?????
Bem há gostos e gostos.......
Deixem seus comentários........ou não........a vida é vossa não vos obrigo a nada XD
Kisses de chocolate



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