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Anteriormente em “What If”:

– Não sei muito sobre o que você realmente ouviu ou o que eu falei para você, no entanto de uma coisa eu tenho certeza. – ele olha para mim fixamente e me perco aos poucos naquela imensidão azul. – Não importa em que universo eu me encontrar, ou até mesmo qual você eu encontrar Kate, eu sempre... – ele toma ar. – Sempre irei amar você.

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Kate POV.

As batidas do meu coração estavam mais aceleradas do que nunca, minha garganta estava no mínimo seca, minhas mãos estavam suadas e sem contar com os meus olhos que estavam marejados e mal conseguiam ficar abertos depois desta declaração. É Richard Castle conseguiu me deixar sem reação.

– Cas... – tento falar, porém nada sai além de um resmungo.

– Por favor, Kate. – ele pega na minha mão e eu consigo sentir o quão gelado ele estava.

– Você está congelando. – é a única coisa que eu consigo falar o fazendo rir.

– Beckett... – ele olha para mim novamente com aquele olhar suplicante me fazendo começar a chorar novamente. – Só peço que você pelo menos fale algo.

– Eu não sei o que falar. – finalmente me entrego enquanto ele passa a mão pelo rosto novamente. – Eu só sei que...

– Sabe o que Kate? – ele está cada vez mais próximo e sua respiração se mistura com a minha.

– Eu estava com medo de te perder. – digo olhando fixamente para ele que retribui o olhar e abre um pequeno sorriso no rosto. – Eu te amo Rick.

Sinto meu rosto ser levantado direcionando-me a olhar para ele. Apesar de estar um pouco mais branco que o normal aquele continuava sendo meu parceiro, meu companheiro e meu amante secreto. Fecho o espaço entre a gente lhe dando um singelo selinho e colocando minhas mãos no seu cabelo. Não tenho tempo nem de pensar em me afastar, pois ele me puxa em sua direção e coloca as mãos na minha cintura, fazendo meu corpo se chocar com o dele que está rodeado de cabos. O beijo de um ano atrás não chega nem aos pés deste. Estou mexendo nos cabelos dele enquanto uma de suas mãos está no meu cabelo mexendo com os cachos e fazendo eu me arrepiar, e a outra está na minha cintura.

– ALELUIA! – ouço um grito que nos faz parar com o beijo e olhar para o lado. Na porta estão 10 olhos muito curiosos nos encarando: Alexis, Martha, Lanie, Espo e Ryan.

– Eu falei que iria dar certo! – Castle fala me fazendo rir e ao mesmo tempo morrer de vergonha. Ele me puxa em direção ao seu corpo, me fazendo abraça-lo. Como era bom sentir o corpo dele, nem que seja sob uma roupa de hospital.

– Vocês são tão fofos que chega a me dar nojo. – Lanie entra no quarto e entrega a chave da porta para Castle.

– Acontece né Lanie. – Rick fala convencido enquanto olha para mim e me dá um selinho.

– Agora... – ouço uma voz muito conhecida e afogo minha cabeça no pescoço de Rick. Que vergonha! – Alguém poderia me explicar porque todo esse espetáculo para ver um marido beijando sua esposa?

– Digamos que eles ainda estavam se encontrando. – Martha responde a médica fazendo todos rirem.

– Agora que já se encontraram então... – ela olha para mim e Castle. – Será que o senhor poderia se deitar novamente?

– Sem problemas. – ele caminha lentamente até a cama e posso ver no seu rosto a expressão dolorida.

Estou indo sentar na conhecida cadeira azul quando um par de braços me puxa. Lanie. – sorrio.

– Pode vim direto para cá girlfriend. – ela me puxa para o canto esquerdo do quarto enquanto todos os outros estão acompanhando a doutora Helena que recoloca os cabos e equipamentos ligados a Castle.

– O que você quer saber? – pergunto enquanto olho por cima do ombro de Lanie para ele.

– Foco em mim! – ela solta um gritinho. – Então vocês estão juntos?

– Acho que sim. – respondo tentando olhar para Lanie, mas a força do universo me força a olha-lo.

– Awwnn! – Lanie me abraça quase me enforcando. – Eu estou tão feliz por vocês dois.

– Obrigada. – sorrio assim que ela me solta. – Mas agora será que você poderia nos... – não sei como falar isto.

– Deixar os pombinhos sozinhos? – ela pergunta e eu afirmo. – Claro.

– Até mais Lanie. –digo para morena assim que ela pega sua bolsa e bate a porta do quarto.

Rick POV.

Mil vezes melhor neste universo. Com um só beijo eu consigo imaginar uma vida toda com a mulher que agora está no outro canto do quarto me encarando de longe. Parece que nossos corpos se conectam de um jeito brilhante, na realidade, isto realmente acontece. Mesmo estando do outro lado do cômodo meus olhos brilham apenas por vê-la me olhando e se aproximando de mim. Kate finalmente será minha, de uma vez por todas.

– O que uma plateia não faz, certo? – pergunto brincando com ela que puxa a cadeira para mais perto da cama.

– Concordo. – ela olha para mim e depois para o chão. Esta mulher conseguia me desnortear completamente por ser está criatura tão tímida e ao mesmo tempo a mulher que arrebenta os bandidos dentro de uma sala.

– Você sabe o que eu disse ali. – ela aponta para o canto onde tudo aconteceu. – Era verdade, né?

– Sei sim. – sorrio para ela. – E o que eu falei também. – levanto minhas costas até ficar sentado na cama.

– É estranho só para mim? – ela me pergunta de repente quebrando o silêncio que havia se instalado no quarto.

– Pode ter certeza que não. – respondo sincero. – É louco que depois de quatro anos nós finalmente nos beijamos.

– Na realidade... – ela começa a rir. – Demoramos três anos para nos beijarmos.

– Quer dizer que aquilo contou? – pergunto chocado e nós rimos. – Se eu soubesse que havia contado não teria que aguentar o “Motorcycle Boy” durante todos aqueles meses.

– Não o chame assim. – ela fala rindo. – Foi bom ter ele por perto.

– O QUE? – pergunto chocado. – Quer dizer, se aquele beijo realmente contou como o primeiro então porque Josh?

– Ver você com ciúmes era fantástico sabia? – ela se aproxima de mim e dá um beijinho na minha bochecha esquerda.

– Hmm. – resmungo bravo só de lembrar nas oportunidades perdidas durante todo aquele tempo.

– Não fique bravo. – ela me dá um soquinho no braço. – Foi melhor assim.

– Concordo. – me mexo na cama. – Eu consegui fazer coisas que ele nunca conseguiria.

– É? – ela pergunta me observando. – Como, por exemplo, o que?

– Ah... – finjo que estou pensando. – Esperar pela mulher certa?

– Fico feliz que você tenha esperado. – Kate pega na minha mão e entrelaça nossos dedos.

– Eu também. – digo. – A única parte ruim é está. – aponto para os aparelhos ligados atrás de mim.

– Culpa sua! – ela exclama. – Sair correndo e não me deixar explicar.

Travo durante um momento, do que ela estava falando? Não deixa-la se explicar? Não havia sido uma moto que me atropelou? Ops... Pera ai, eu fui atropelado duas vezes? Qual havia sido a primeira? Ahhh claro, como pude esquecer: “acho que nós poderíamos ter feito mais se Castle não tivesse entrado no distrito” me recordando daquela noite era quase possível sentir a dor novamente.

– Eu realmente achei que fosse verdade. – digo triste.

– Você não me deixou escolha a não ser correr atrás de você naquela noite. – ela fala. – Eu precisava completar a frase.

– O que você realmente havia dito? – pergunto. – Eu acho que tenho todo direito de saber não?

– Que você era um ótimo parceiro. – ela sorri e eu me sinto como um idiota. Poderia ter evitado toda esta situação se ao menos tivesse permanecido atrás da porta escutando a conversa dos três naquela noite.

– O que me faz lembrar... – a olho com um sorriso. – Em que dia estamos?

– 15 de novembro por quê? – ela pergunta confusa.

– SEU ANIVERSÁRIO! – exclamo. – É DAQUI A DOIS DIAS!

– Pare de gritar seu louco! – ela coloca a mão na minha boca.

– Preciso falar com Lanie. – digo me levantando da cama.

– NANANA! – ela me puxa de volta. – Primeiro de tudo: não há jeito algum que eu iriei deixar você se levantar desta cama antes da alta. Segundo: você mais Lanie não pode ser nada bom então pode ficar quietinho ai.

– Eu juro que vale a pena. – faço beicinho, porém Beckett nem pensa na possibilidade.

– Quando Lanie voltar você fala com ela. – ela responde e eu abro um sorriso.

– Você é a melhor de todas! – puxo Kate com força fazendo ela quase cair em cima de mim.

– Pare quieto! – ela apoia a mão na minha perna enquanto levanta. – Você pode se machucar feio.

– Deite comigo então. – proponho para ela que cerra os olhos.

– Só por aquilo ali ok? – ela aponta para o canto “principal” do quarto.

– Aham sei. – digo brincando convencido enquanto dou um canto para ela se deitar.

– Você está mais quente agora. - ela fala enquanto segura na minha mão e cola nos corpos.

– Você está aqui. – falo simplesmente atraindo o olhar dela para mim e lhe dou um beijo.

Ficamos um tempo deitados apenas sentindo a presença um do outro. Apesar do pouco espaço nós conseguimos ajustar nossos corpos para ficarmos confortáveis na cama. As mãos acariciam uma a outra e Kate apoia sua cabeça no meu ombro. Em torno de alguns minutos Kate está dormindo. Perfeito – penso enquanto tento me esticar sem acorda-la e pegar meu celular.

“Lanie, faltam dois dias e eu provavelmente estarei liberado desta cama, eu espero. A surpresa continua de pé?”- digito na mensagem.

“Pode apostar que sim, falei com o pessoal e até mesmo com Jim. Este ano Beckett irá surtar.” – a resposta não demora muito para chegar.

“Meu apartamento? Você conhece alguém que poderia me dar alta dentro deste hospital?” – tento pensar em Helena, porém acho que ela não faria isto.

“Na realidade nós dois conhecemos. Você ainda não sabe em que hospital está writer-boy?”– assim que recebo a mensagem fico confuso.

“Quem? Não faço ideia Lanie, acordei há menos de um dia”. - pergunto.

“Você está no hospital do seu arqui-inimigo” – ela responde e eu surto.

“Josh trabalha aqui?” – pergunto já fechando os olhos.

“Exatamente. Você terá que falar com ele”. – a resposta que eu menos queria era esta.

“Isto será mais difícil do que eu pensava.” – respondo respirando fundo.

“Boa sorte writer-boy” – a mensagem chega.

“Por ela” – mando e depois bloqueio o celular. Quer dizer que irei ter que encara-lo se quiser sair daqui? O universo está brincando com a minha cara!