What If escrita por 12th Precinct


Capítulo 15
Os certos e incertos da vida.


Notas iniciais do capítulo

Boooom dia/tarde a todos. Primeiro de tudo queria agradecer a todos que leram a fanfic porque passamos de 5.400 visualizações nos últimos dias, também queria me desculpar pela demora, porém antes que me matem ela tem as suas razões: primeira semana de aula já começou me matando e eu mal tive tempo para respirar então o capítulo foi ficando entre meus últimos planos. Para recompensar vocês eu vou escrever bastante nos próximos dias, pelo menos esta é minha intenção. Espero que vocês não tenham desistido da fanfic, porque eu não desisti ok? Se estranharem minha demora se sintam a vontade de mandar uma mensagem, pode ser aqui pelo site mesmo e eu direi o que está acontecendo ok?

Como sei que todos estão ansiosos para saber como vai ser a "primeira manhã do casal" eu vou encurtar ao máximo mas é IMPORTANTE QUE VOCÊS LEIAM esta parte: como vocês já sabem Castle esta preso em outro universo, e vocês poderam ver este pequeno conflito do castelinho neste capítulo... Aproveitem e eu tento postar o próximo ainda hoje!! Boa leitura a todos e nos vemos nos comentários!! PS: Obrigada em especial para Angiecaskett por favoritar a fanfic, muito obrigada querida *-*



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Anteriormente em “What If”:

– Kate... – cutuco sua cabeça e ela se levanta ficando sentada na minha frente. – Eu nunca... – toco seu rosto e vejo aquelas duas esferas verdes me olharem. – Nunca iria me arrepender. – ela abre um sorriso e vem na minha direção me dando um beijo.

– Boa noite Kate... – sussurro no seu ouvido assim que ela deita ao meu lado.

– Boa noite Rick. – ela fala baixinho e encosta seu corpo no meu. A puxo pela cintura colando nossos corpos e beijo sua cabeça. Não demora muito para que eu também apague.

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Rick POV.

Eram 5h30 mins da manhã e onde eu estava? No sofá da sala. Porque eu estava aqui sentado sozinho se a mulher dos meus sonhos estava no quarto a menos de 15 passos de distância? Simples... Porque aquela não era a mulher dos meus sonhos.

Depois da noite maravilhosa que eu e Kate tivemos a minha cabeça quase explodiu, eu havia amado cada segundo ao lado dela, foi tudo perfeito, mas eu não queria compartilhar isto com ela. Pelo menos com esta ELA.

Era tudo muito confuso de entender, eu venho para outro universo onde ela sequer me conhece, somos feitos reféns, nos beijamos e acabamos no quarto dela tendo uma noite maravilhosa, porém algo estava errado... Esta não era minha Kate, não a minha parceira mais antiga.

Pode me chamar de idiota ou até mesmo egoísta por estar reclamando por finalmente tê-la nos meus braços e me queixar disto, porém eu me sentia sujo, como se estivesse traindo Kate com ela própria... Quer dizer? O que eu sabia sobre Beckett? Ou melhor, o que eu sabia sobre esta Beckett?

Quando troquei de universo queria conquista-la, no entanto agora não acho que está tenha sido a melhor ideia. O amor que eu sinto neste universo não existe claro que admiro a Beckett que está no quarto ao lado, mas o amor que sinto por Kate no outro universo é o que me fez lutar por Beckett neste... Ahhh! É tudo tão confuso! – minha cabeça latejava. - Se ao menos eu pudesse acordar deste pesadelo que eu estou e voltar para o universo onde eu e ela nos conhecemos há quatro anos tudo se tornaria mais fácil...

Kate POV.

Abro os olhos devagar e me mexo na cama procurando encontrar seu corpo ao meu lado, porém sinto o vazio e o gelado do lençol no lugar do corpo de Rick. Onde ele havia se metido? Será que havia ido embora? Ele não seria tão cafajeste de fazer isto!

– Bom dia. – digo finalmente relaxando logo que o enxergo na cozinha preparando o que eu suponho seja nosso café da manhã.

– Bom dia. – ele sorri para mim e larga uma panqueca em um prato que agora está na minha frente. Tudo parece tão normal e ao mesmo tudo tão diferente... Será que ele iria comentar algo sobre a noite ou isto seria algo a ser feito por mim? – Senti sua falta quando acordei. – falo deixando uma “deixa”.

– Me desculpe. – ele se apoia na mesa e rouba um pedaço da minha panqueca e eu rio. Ele era uma criança em um corpo de homem... – Estava com fome e pelo visto você também. – ele aponta para o prato que estava sendo devorado por mim.

– Depois de ontem a noite era óbvio... – falo baixinho esperando que ele não ouça, mas assim que me viro encontro aquele olhar malandro no rosto dele. Ele ouviu.

– Fico feliz que tenha gostado... – ele se aproxima de mim e estica a mão. Não penso duas vezes de agarra-la e ser levada para mais perto do corpo dele.

– Tem planos para tarde senhorita Katherine? – ele me pergunta pronunciando meu primeiro nome. Não era a primeira vez que ele falava isto, porém desta vez estávamos grudados e minhas mãos entrelaçadas com a dele.

– Que horas são? – pergunto curiosa.

– Quase 11 horas. – ele responde.

– O QUE? – exclamo. – Você me deixou dormir até agora? Eu tenho que ir trabalhar, e nós precisamos voltar para o distrito. – começo a ter um pequeno surto.

– Kate! Kate! Se acalme. – ele me puxa novamente pelo braço colando nossos corpos novamente.

– Ok. – rio baixinho da cara que ele faz para mim.

– Vamos se vestir e ai nós vamos para o distrito ok? – ele propõe.

– Ah... – finjo estar triste. – Eu não posso ir assim? Sinto-me tão confortável. – o provoco sabendo que estava com um short de pijama bem curto e uma blusa praticamente transparente.

– Você não é nem louca! – ele me olha assustado e eu rio.

– Sou sim. – me desvencilho dos braços dele e vou em direção ao quarto quando sinto meu corpo sendo levantado e meus pés não tocarem mais o chão.

– Acho uma ótima ideia você parar de me provocar. – ele fala enquanto me segura. Estava me sentindo uma adolescente com o primeiro amor perto dele, ainda mais nesta posição.

– Castle? – o chamo quando ele aproxima o rosto do meu. Como queria beija-lo neste momento.

– O que houve? – ele pergunta enquanto começa a caminhar comigo pelos cômodos da casa.

– Me beije. – peço implorando enquanto sinto o cheiro da pele dele impregnado no meu nariz.

– Sem problemas. – ele se aproxima de mim, mas devia um beijo para minha bochecha bem próximo a boca. Espertinho!

– Não acredi... – sou calada quando ele se inclina novamente e captura meus lábios em um beijo apaixonante. Aos poucos ele me coloca no chão e assim que não preciso mais ter medo de cair eu agarro seu pescoço o puxando mais para perto de mim e aprofundando o beijo. Era tudo que eu queria para começar um dia perfeito...

– Reclame agora. – ele diz rindo enquanto eu vou até o armário.

Rick POV.

Quando o relógio bate 8 horas eu decido fazer algo para tentar tirar aqueles pensamentos da minha cabeça. Olho ao redor o apartamento desta nova Beckett e percebo que muitas coisas são as mesmas: os livros de direito, a literatura russa e claro: meus livros estão na estante. Mas desta vez separados em duas sagas: Derrick Storm e meu querido, ou nem tanto, James Bond.

Percebo que se começar a olhar o ambiente as comparações vão surgir entre um universo e outro e isso era o que eu menos queria no momento.

Assim que ouço passos vindos do quarto sei que a bela adormecida está acordada, então pego um prato no armário e coloco a panqueca em cima. Logo que a vejo quase desmaio, ela estava com um mino short e uma blusa branca que, vamos combinar, não estava cobrindo absolutamente nada. Ela parecia tão: leve.

– Ei! Terra chamando Castle? - ela exclama assim que paramos o carro.

– Oii. - sorrio ao me virar para ela. - Já chegamos?

– Já. - ela responde e de vira para o painel do carro... Kate estava pensando em algo.

– O que houve? - pergunto me adiantando.

– Nós não podemos... - ela vira para mim seria e meu coração congela. Não podemos o que? Ela não iria desistir da gente logo agora né?

– Não podemos o que? - pergunto assustado e vejo que estou meio gago.

– Chegar juntos Castle. - ela responde e meu coração volta a bater normalmente.

– Nossa! - exclamo. - Era isso então?

– Claro. - ela sorri com a língua entre os dentes enquanto se aproxima de mim devagarinho.

– Você entra primeiro então? - proponho assim que nos separamos do beijo.

– Se você prometer que não vai demorar. - ela responde com aquele sorriso de menina no rosto. Não resistindo a beijo novamente.

– Nos vemos em 10 minutos. - abro a porta do carro e mando um beijo no ar para ela.


Kate POV.

Sento na cadeira e encaro o quadro branco. Kyle, este era o nome no topo do quadro. Aproximo-me e leio as informações, e ao ver as fotos um arrepio passa pelo meu corpo. Ele havia sido encontrado pela própria namorada, pendurado com a
cabeça na porta do banheiro.

– Resolveu dar o ar da graça Sr. Beckett? - Espo para ao meu lado acompanhado de Ryan.

– Me desculpe. - olho para eles. - Acho que dormi demais.

– E seu celular estava no silencioso né? - Ryan brinca. - Te ligamos umas 10 vezes, no mínimo.

– Nossa! - exclamo tentando parecer surpresa. - Realmente estava cansada... Mas o que temos? - pergunto tentando trocar de assunto. Onde eu havia enfiado meu celular? A última vez que eu o vi estava na cômoda, porém depois da noite de ontem duvido muito que ainda esteja lá.

– Então o que temos sobre o Sr. Kyle Bay? – pergunto pegando a foto de um garoto aparentemente novo nas mãos. Devia ter no máximo 25 anos.

– Foi encontrado nas primeiras horas desta manhã. – Ryan responde. – A namorada ligou para o 911 assim que viu o corpo pendurado.

– Bom dia rapazes. – ouço a voz dele e não consigo conter um sorriso. – Kate. – ele olha para mim.

– Você realmente tem o timing perfeito Castle. – Espo brinca. – Kate acabou de chegar. – ele aponta para mim.

– Eu liguei para ele quando estava saindo de casa. – retruco sem perceber a burrada que havia falado.

– Então você achou seu celular? – Ryan me olha desconfiado. Puta merda, como iria sair desta agora?

– Ah... – vou começar a falar, mas não exatamente o que, sempre fui boa na arte do improviso e do blefe também... Afinal isto era uma das coisas que me fazia ser uma grande jogadora de pôquer, porém de frente para Ryan, Espo e Castle eu havia travado. Principalmente por causa de Castle.

– Vamos parar de enrolar e resolver o assassinato do Senhor... – Castle desvia o olhar para o quadro atrás de mim. – Sr. Kyle Bay?

– Boa ideia Castle. – concordo tentando ignorar o constrangimento. – Os rapazes aqui estavam me contando sobre a namorada dele.

– É... – Espo olha para mim e para Castle. – Nós estávamos...

– Continuando... – Ryan aponta para a foto com o corpo. – Foi encontrado nas primeiras horas da manhã pela namorada, Perlmutter estimulou o horário da morte entre 6h00mins e 8h00mins.

– Que horas ele foi encontrado mesmo? – Castle pergunta.

– As 8h30mins. – Esposito responde. – Pendurado por uma corda na porta do próprio banheiro... E o rapaz só tinha 23 anos.

– Algum parente próximo além da namorada? – pergunto olhando a fixa de Kyle.

– Só a mãe que mora em New Orleans. – Ryan me responde. – Nós já ligamos para ela, a qualquer momento ela pode chegar.

– Obrigada rapazes. – os agradeço. – Enquanto ela não chega vou falar com o Perlmutter ok?

– Qualquer nova informação nós te ligamos Castle. – Esposito fala.

– Porque para o Castle? – pergunto desconfiada.

– Quem sabe por que você perdeu seu celular? – Ryan me olha confuso e eu congelo. Katherine Beckett o que deu em você nesta manhã?

– Ah verdade. – sorrio e ouço um pequeno risinho saindo da boca de Castle. Ele estava me desnorteando!

Rick POV.

Logo que Beckett entra no distrito resolvo dar uma volta na quadra, talvez assim conseguisse tirar estes pensamentos perturbadores da minha cabeça. Eu estava explodindo! Eram tantas “Kates” e tudo tão confuso...

Fico 10 minutos caminhando em volta do distrito até que resolvo entrar, talvez um bom homicídio fosse tudo que eu precisava nesta manhã agitada. Quando as portas do elevador se abrem enxergo os três próximos ao quadro branco, teria que ter muito autocontrole para não agarrar Kate na frente de todos os detetives do precinto, no entanto para quem já teve autocontrole durante quatro anos o que eram mais algumas horas não é mesmo?

– Está pronto para conhecer Perlmultter? – Kate me pergunta e eu sorrio.

– Eu já o conheço. – respondo e ela me encara confusa. Fazia dias desde que revivíamos o outro universo. Na realidade, desde o dia do sequestro.

– Havia esquecido. – ela olha para os próprios pés e tira a chave da ignição. Merda! Consegui estragar tudo!

– Percebi uma pequena confusão sobre um celular quando cheguei ao distrito. – sorrio tentando brincar com ela e tirar a tensão do ar.

– O que? – ela me olha sorrindo novamente. – Nada aconteceu.

– Aham sei. – brinco pegando a mão dela que estava recolhida junto ao seu corpo. – E você realmente não sabe onde está?

– A resposta sincera? – ela me pergunta e eu concordo com a cabeça. – Ontem a noite estava na cômoda do meu quarto, mas duvido muito que esteja lá agora...

– É eu também. – sorrio e a puxo para um beijo rápido, afinal das contas, tínhamos muito trabalho pela frente. – Vamos ver aquele corpo?

– Vamos. – ela me puxa pela mão quase me derrubando no espaço entre os bancos.

Esposito POV.

Estou olhando a ficha federal em busca do histórico de Kyle quando Ryan para ao meu lado. Conhecia meu parceiro há quase 10 anos, sabia quando algo estava o incomodando. Até porque na maioria das vezes, eu também estava incomodado pela mesma coisa.

– Também achei. – digo finalmente e continuo digitando.

– Também achou o que? – ele pergunta.

– Beckett e o Castle estranhos. – rio e desvio o olhar do teclado para ele.

– Você me assusta às vezes. – Ryan brinca. – O que será que deu na Beckett hoje? Você viu a confusão que ela fez sobre o celular?

– Bro... – olho sério para ele. – Acho que todos nós vimos né.

– Melhor deixar quieto. Se eu aprendi algo trabalhando com ela é justamente ignorar comportamentos estranhos... Quando vem por parte dela claro. – Ryan retruca.

– Falando em comportamento estranho... – desço a aba do computador para ter certeza das informações. – Achei uma rotina estranha na cobrança dos cartões de Kyle.

– Como? – ele pergunta e eu aponto para o computador. – Uou! Três milhões é muito dinheiro!

– Ainda mais de uma hora para outra. – completo. – Vou ligar para Beckett. – pego meu celular, porém assim que vou discar o número...

– Nem se incomode. – ela diz assim que se aproxima acompanhada de sua sombra. – O que vocês acharam?

– 3 milhões dólares apareceram de uma hora para outra na conta de Kyle. – Ryan responde no lugar do parceiro.

– Isto pode ser de grande ajuda na realidade. – ela mexe em suas pastas. – Permultter achou evidências de tinta e línter nos sapatos dele.

– Isto me lembrou do caso no ano passado. – solto. – Da fabricação de dinheiro!

– Foi exatamente por isto que a tinta e a me chamaram a atenção, eu parecia estar tendo um dejavu. – Beckett completa.

– Acreditem em mim. – Castle começa a falar. – Eu sei exatamente o que é viver um dejavu no dia a dia.

– Detetive Beckett? – uma voz interrompe o momento. Posso não ser expert em relacionamentos, porém conseguia ver uma pequena faísca surgindo do olhar da detetive em direção ao escritor. Aqueles dois estavam escondendo alguma coisa...

– Sou eu. – ela se vira dando de cara com um oficial da patrulha, se não me engano o nome dele era Roger.

– Esta senhorita está lhe procurando. – ele retruca.

– Boa tarde detetive. – ela olha de cima a baixo para nós quatro. – Eu sou Aliza, mãe de Kyle.

– Boa tarde Aliza. – Kate estende a mão para mulher que aparentava ter uns 60 anos. – Porque nós não vamos conversa em um lugar mais reservado em? – ela aponta para a sala de descanso. Achava impressionante o modo como Kate tratava cada caso diferente do outro, o jeito que ela buscava justiça pelas vítimas... Ela era uma grande mulher, porém era quase como minha irmã.

Rick POV.

Saio da sala, no mínimo eufórico e sendo comparado a uma criança de nove anos por ela. Eu já estava acostumado, até mesmo porque esta não era a primeira vez e nem seria a última.

– Eu não consigo acreditar! – exclamo enquanto nos aproximamos no quadro branco com a foto de um novo suspeito.

– Tenho que admitir que nem eu mesma Castle. – ela sorri na minha direção. – Ryan! Espo! – ela grita para os rapazes que estão nas suas mesas.

– O que vocês descobriram? – Ryan pergunta.

– Nada menos do que nosso assassino. – sorrio convencido de que eu era o grande responsável por aquilo.

– E quem seria esta misteriosa obra divina que nos contou? Alizia? – Espo pergunta e Kate confirma com a cabeça. – “You got to be kidding me”!

– Sorria Espo. – aponto para o elevador. – Porque ali esta sua assassina em primeira mão.

– A NAMORADA? – Ryan exclama surpreso. – Mas foi ela que encontrou o corpo!

– Exatamente. – sorrio. – Porém foi ela que o deixou lá também.

– Acho que vou precisar de um resumo do que vocês ficaram sabendo dentro daquela sala. – Ryan brinca.

– Depois do interrogatório bro. – digo a acompanhando para caixa.

Esposito POV.

Logo que vejo Joana saindo daquela sala com as mãos algemadas me sinto surpreendido. Em menos de 24h nós tínhamos mais um assassino atrás das grades... É... Realmente Kate Beckett fazia toda a diferença naquele distrito.

– Acho que agora eu poderei ter meu resumo. – sorrio. - E o meu também. – Ryan vira sua cadeira parando do meu lado.

– Você acha que devemos contar para eles Castle? – Beckett olha para mim e Ryan.

– Acho que eles não estão merecendo... – ele se levanta e ela também. Aqueles dois só podiam estar brincando.

– Também acho. – ela ri. – Boa tarde rapazes.

– Não não não! Katherine Beckett pode voltar aqui! – grito no meio do distrito e ouço uma risada.

– Ok. – Castle se vira para mim enquanto Kate começa a guardar suas coisas dentro da bolsa. – Quando estávamos conversando com Alizia ela nos contou que o filho estava envolvido em algo, que ela conseguia sentir isto.

– Fabricação de dinheiro? – pergunto.

– Não. – ele responde sério. – Me deixe continuar seus curiosos. – rio. – Perguntamos a ele sobre os três milhões e Alizia simplesmente começou a chorar na nossa frente.

– Chorar? – Ryan interrompe e recebe um olhar fuzilante de Castle.

– Exatamente honey-milk. - Castle continua. – Alizia começou a mencionar o nome de Joana e nos contou sobre o passado da nossa querida namoradinha. Como Permultter havia retirado uma digital parcial do sistema só precisávamos de uma que correspondesse.

– Está bem, mas até ai você não nós contou como ficou sabendo que era Joana. – retruco.

– Até que chegam as câmeras. – ele solta e começa a se levantar.

– Que câmeras? – pergunto e Richard sorri em minha frente.

– Alizia não confiava na nora e instalou câmeras dentro do apartamento do filho. – juro que abri a boca espantado. – Elas gravaram toda a encenação de Joana e admito que ela daria uma ótima atriz.

– Caso encerrado meninos. – Kate se aproxima da mesa com sua bolsa pendurada no ombro.

– Boa tarde.

– Boa tarde. – digo ainda pasmo. Quem diria que a própria mãe faria algo assim com a privacidade do filho? Ou melhor... A namorada matar ele?

Kate POV.

Saio do distrito com a sensação de missão cumprida. Era bom estar de volta, ainda mais depois de todos aqueles dias sequestrada e no hospital com Castle, eu não conseguia explicar... A atmosfera era aconchegante.

– Bom trabalho hoje. – ele fala baixinho no meu ouvido enquanto descemos no elevador acompanhados por outros oficiais.

– Você teve seu mérito também. – cochicho. – Afinal quem perguntou de Joana foi você.

– É verdade. – ele dá de ombros. Convencido! – Tem planos para hoje detetive? – ele me pergunta e não consigo segurar um sorriso.

– Na realidade, estava pensando em darmos uma volta pela cidade, o que acha? – proponho. – Está cedo ainda e um dia lindo lá fora.

– Ótima ideia. – ele sorri e assim que o elevador se abre e nós saímos deixando os oficiais lá dentro sinto minhas costas serem pressionadas contra o metal.

– O que v-oc- cê está fazendo? – pergunto abaixando o olhar e vendo suas mãos me cercando contra a porta.

– Kate você não tem noção da vontade que eu estava de fazer isto. – ele se aproxima de mim e me beija. Parecia que fazia séculos que não sentia seus lábios pressionados contra os meus, e isto só deixava a situação mais quente... Tirando claro que a qualquer momento o elevador poderia abrir as portas e nós dois cairmos dentro do compartimento.

– Agora sim. – ele suspira e pega na minha mão que antes estava nas suas costas. – Pronta para um passeio?

– Pronta. – digo com um sorriso no rosto enquanto tento puxar o ar que havia perdido momentos atrás.


Rick POV.

A tarde estava sendo realmente mágica. Quando saímos do distrito o relógio marca apenas 16h00mins então ficamos caminhando de mãos dadas pela cidade. Não sabíamos onde estávamos indo, porém aquilo não importava no momento. A cada esquina que passávamos um beijo era algo natural assim como os olhares intensos. Sentia-me um pré-adolescente com sua primeira namoradinha...

– Vamos comer algo? – ela me propõe.

– Acaba de retirar as palavras da minha boca. – brinco com ela sentindo meu estomago reclamar pela décima vez.

– Alguma preferencia de local? - pergunto.

– Você que é o mestre das surpresas me surpreenda escritor. – ela morde os lábios e eu rio do jeito moleca de Kate.

– Acho que eu tenho o lugar perfeito então. – a puxo pela mão e paramos no meio fio esperando o sinal fechar. – E é logo aqui pertinho. – aponto para o final da rua.

– Melhor ainda. – ela sorri. – Estou morrendo de fome.

– Somos dois. – encaro o relógio e me surpreendo. Já fazia uma hora que eu e Kate estamos caminhando.

– Uou! São 17h00mins já! – ela exclama me fazendo rir.

– O tempo literalmente voa ao seu lado. – brinco enquanto encaro o sinal para podermos atravessar.

– Ao seu lado também. – ela larga minha mão e a deposita na bolsa... O que ela estava procurando?

– Procurando por algo? – pergunto curioso enquanto era deixado para trás.

– Acho que você vai gostar. – ela se vira e levanta uma caixa vermelha e eu abro um sorriso.

O que aconteceu décimos de segundo depois foi surreal. Quando Kate se vira para mim e levanta uma pequena caixinha vermelha eu sorrio. Está foi minha última ação até que ouvi um pequeno barulho no meu ouvido esquerdo. Ele estava tão próximo que conseguia ver seus olhos por trás do capacete da moto. Na realidade, a moto foi à última coisa que eu vi antes do meu corpo ser jogado contra o ar.

– CASTLE! – ela grita e eu me vejo caindo no meio do asfalto. Tudo acontece tão rápido e ao mesmo tempo tão devagar que eu não consigo assimilar nenhuma das ideias e tudo que eu vejo é o céu acima de mim. Também não demora muito para isto mudar porque instantes depois eu sinto um peso abaixo da minha cabeça e um crack. Eu havia alcançado o chão novamente.


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Notas finais do capítulo

E agora castelinho? Atingindo por uma moto uma semana depois do sequestro... VISH! O que vocês acham que vai acontecer com Rick?

—- COMENTEM --



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