Oi, tudo bem? Não sei se você é homem ou mulher então não posso lhe tratar de forma diferente, na verdade, é difícil conversar sem saber quem está lendo isso… Bem, se você for homem, troque o “Oi, tudo bem?”, por um “E aí, cara!” se você for mulher devemos saber primeiro se é bonita ou feia, se for feia, pode ser o “Oi, tudo bem?” mas se for bonita, eu passo meu telefone mesmo para que possamos conversar de verdade.

De qualquer forma, me chamo Henrique, mas todos me chamam de Henri, se diz Ênri, não Ãnrí, não sou francês, lembrem-se disso pois detesto quando erram meu nome. E eu sou um cara normal, tá bem, não vou ser modesto, eu sou o máximo! Tenho 17 anos no momento dessa história e estou quase me formando no segundo grau, nunca repeti um ano por mais incrível que pareça, talvez você não se impressione pois acabou de me conhecer, mas cara… eu me impressiono pra caralho com isso, peraí, é história né? Não pode falar palavrão… Droga, como vou editar isso? Pode por favor esquecer o “caralho” ali em cima, troque por “caramba”, acho que a sua mãe não vai se importar de você ler um caramba em uma história.

Continuando a falar sobre mim, sou um cara alto, tenho 1,85m de altura, não sou bombado, mas sou atlético, eu me acho bonito, minha mãe também me acha bonito, mas principalmente as garotas me acham bonito. Sim, hoje você não vai ler a história de um loser que acaba ficando com a garota dos seus sonhos. Não sabe o que é loser? Bota no Google, enfim isso daí de looser eu deixo para as comédias românticas adolescentes, inclusive falarei sobre isso depois. Eu sou popular não só no colégio, mas principalmente com as garotas, não vou mentir, sou um pouco galinha, mas a verdade é que a maioria dos homens se pudesse, também seria.

O problema da maioria dos caras em conquistar mulheres é que eles entendem tudo errado, mas eu não os culpo, a culpa é da música e do cinema, você passa a sua vida inteira vendo e ouvindo que não importa o quão idiota você seja, um dia você vai achar alguma garota que vai ser linda e interessante e que ela vai te amar, independente de o quão imbecil e sem graça você seja. Eles passam a vida inteira achando que mulheres querem sair com caras perfeitos, lindos e maravilhosos como os príncipes encantados e que querem viver felizes para sempre.

Bem, essa última parte é verdade, toda mulher quer um príncipe, mas não espere que uma garota de 15 à 25 anos queira um príncipe, às vezes querem, mas o normal é que demore bem mais, durante essa idade as garotas querem um cara que tenha problemas e defeitos, bastante problemas e bastante defeitos, por quê? Porque como nos contos de fadas, antes do príncipe ser príncipe, ele era um sapo e nada deixa mulheres mais loucas do que transformar sapos em príncipes. Não entenda errado, isso é uma metáfora, um sapo nesse caso significa alguém que precisa ser consertado, sabe aquela coisa de que mulheres gostam dos caras errados e não dos legais, é porque esses “caras errados” são os sapos e eu? Bem, eu sou o rei dos sapos.

Se você quer conquistar uma garota, tem que saber que tudo têm limites, tem que parecer estar interessado mas cuidado para não ser interessado demais, deve conhecer as coisas que a garota gosta e gostar ou pelo menos fingir gostar também, porém também não goste tanto assim. Eu li todos os livros e vi todos os filmes do Crepúsculo, poderia fazer uma análise inteira sobre cada detalhe do livro, entretanto sinceramente acho a história uma porcaria (sim, agora estou cuidando para não falar palavrões), e olha que sei o quão importante é para algumas mulheres o Edward e quando você está com uma mulher gosta de crepusculo e você fala que está com um imprinting em relação a ela, nossa… a história não é para ter pornografia, mas você sabe aonde isso leva...

A chave para conquistar as mulheres é ser o meio termo, você tem que saber a hora de ir para cima e a hora de desaparecer por um tempo, mulheres gostam de mistério e saber a hora de falar e a hora de ficar quieto também é importante. Na verdade, se eu fosse tentar ensinar vocês a pegar uma mulher demoraria um livro inteiro e esse não é o meu foco.

Como eu falei antes, não saber se você é um homem ou mulher atrapalha a forma que eu vou contar essa história, se você for um cara, deve estar se perguntando se o que eu estou falando agora é verdade, se você é uma garota, deve estar me odiando ou admitindo que o que eu falo é verdade. Tenha calma, essa história é de como mudei desse cara para uma pessoa nova literalmente, mas eu chego lá…

Como eu falei sou cara normal que está no último ano de colégio, isso é incrivel porque não sou um dos caras que mais colou na história do colégio e muito menos o mais estudioso e se eu falar agora que devo ser inteligente de nascença você vai me achar mais do que pretensioso, né? Posso atribuir a sorte também, mas não quero parecer modesto demais, isso eu não sou com certeza. O nome do meu colégio é Horace Shermer e lá eu estou desde a primeira série no colégio, estudar a vida toda em um colégio é estranho, você vê várias pessoas crescendo com você e vê os professores envelhecendo, é curioso e já deixo claro que nunca tive problema com nenhum dos professores, então, não, o vilão dessa história não será um professor canastrão, muito menos os meus pais, por isso que por um lado minha história me parece mais real, eu meio que fugi dos clichês.

Minha melhor amiga nessa escola se chama Carol, é uma loirinha baixinha de olhos verdes, é muito bonita e acho que é uma das poucas mulheres da minha vida, tirando também minha mãe que eu gosto a ponto de me importar, por mais que eu já tenha quebrado muitos corações de garotas, ninguém pode quebrar o coração da Carol, eu não tenho irmãos então talvez seja por isso que eu a trate assim, talvez para mim, ela seja como uma irmã mais nova.

Carol é muito mais estudiosa que eu, talvez seja por isso que eu vá bem, pensando bem agora, faz bastante sentido que seja por isso. Ela sempre fala da matéria e sempre me obriga a estudar. Agora você pode estar pensando que eu e ela vamos ficar juntos no final dessa história, errou de novo, caro leitor. Ela é minha amiga e apenas isso, acho que ela nunca quis ficar comigo e eu com certeza nunca quis nada com ela.

Então, estávamos quase no final do último ano letivo, quase nos formando para sair daquela escola que eu passei a minha vida toda, não vou mentir que às vezes dava vontade de não ficar com notas boas só para ficar mais um ano, mas eu sabia que não seria a mesma coisa, então isso passava rapidamente pela minha cabeça e logo sai, eu não sabia o que queria fazer de faculdade e demorou um tempo para eu ter certeza, meu pai queria que eu seguisse sua carreira no direito, mas eu não tinha interesse algum em ser um advogado, minha mãe não me cobra isso, pelo menos isso ela não me cobra né?

Minha história começa nesse final de ano, não lembro exatamente o dia mas acho que isso não faz diferença, eu estava tentando conquistar uma garota, não lembro bem o nome dela... era Monique? Julia? Amanda? Enfim, também não é importante, nessa história vou chamá-la apenas de Linda, afinal o nome pouco importa no final mesmo.

Eu estava tentando conquistar Linda, que, na verdade, nem era tão linda assim, mas para mim era interessante, ela era uma mistura de india com negra que vou te contar, chamava bastante a atenção. É engraçado que eu achava que cada vez seria mais dificil conseguir garotas interessadas em mim por eu ser tão galinha, mas vou te dizer que é o contrário, quanto mais garotas eu fico maior é o número de garotas que se interessa, acho que elas pensam que vão me modificar e fazer eu, o rei dos sapos, virar principe, tão tolinhas.

Com a Linda eu usei uma tática simples de aproximação, chamei ela para sair, ela ficou enrolando, mas simplesmente parei de ir atrás e ela que teve que vir, no final valeu a pena, mais uma entrou para a lista e de forma fácil.

Alguns dias depois de eu ficar com Linda é que a minha aventura começa, eu estava na sala de aula, acho que era uma aula de química na qual a professora devia de estar falando sobre a tabela periódica ou algo assim, eu realmente não estava prestando atenção, foi quando ela entrou.

Cabelos escuros, pele bem clara, um batom vermelho forte marcava a sua boca, seus olhos atentos a tudo a sua volta, escuros e brilhantes, suas sobrancelhas não sei explicar como, mas conseguiam ser muito sensuais, eram levantadas como se sempre estivessem lhe julgando, detalhe, notem que estamos na terceira linha de descrição dela e eu ainda nem acabei de descrever o rosto, eu não sei vocês, mas isso me deixa abismado, normalmente eu descreveria as partes mais interessantes logo de cara! Bem, continuando, ela não era o tipo de garota que tinha seios ou qualquer tipo de parte do corpo gigante e sim do tamanho perfeito, bem alinhados e no lugar certo, usava uma camiseta preta da Joan Jett e short jeans apertada, não reparei no que ela calçava admito que as coxas não me permitiram ir mais para baixo.

Sabe quando você olha alguém e você tem certeza que quer ter aquela pessoa para você? Então, foi assim que me senti, precisava ter ela para mim. Seu nome? Dhébora…

“Dhébora te dhévora...”