Trick Of Fate escrita por WIND Flower


Capítulo 10
Mudança inesperada


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas. (:

Ops título parecido com o do capítulo anterior. Mas fazer o quê. kkkk U3U

O capítulo foi uma montanha russa. Acho que vocês vão se surpreender com os acontecimentos. Enfim, eu quis postar o início com a narração do Nath contanto um pouco o que aconteceu antes do ocorrido no último capítulo. Não sei ao certo, mas fiquei com vontade e também serve para vocês concluírem algumas dúvidas sobre "uma" personagem. xD

Boa Leitura ♥

Aguardo-os nas notas finais.



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Duas horas antes.

NATHANIEL

Quatorze horas, um inferno. Minha querida irmã resolveu fazer uma visita surpresa. Detesto essas coisas, mas isto não é o pior, sim o fato de Ambre e Melody entrarem em minha sala sem o meu consentimento. Ou seja, me pegaram em um momento constrangedor.

Lucy, minha cliente estava deitada sobre a minha mesa e eu por cima dela. Sorte que ainda estávamos vestidos, entretanto a morena estava com os botões da blusa abertos e eu da mesma maneira. Uma bela visão que eu tinha daquele sutiã de renda preto.

— Presumo que esteja transformando a nossa empresa em lugares fúteis. — Ironizou Ambre em pé ao lado da porta. Logo, adentrou na sala ignorando minha situação e sentou-se sobre o sofá de couro preto cruzando as pernas.

Fiquei de pé e Lucy fez o mesmo passando a mão pelos cabelos ondulados negros e limpou o batom vermelho borrado. Abotoou a blusa amarela olhando em desdém para Ambre e Melody.

Ousada, dessas que eu gosto. Ainda mordiscou meus lábios e sussurrou informando que passaria em minha empresa depois para terminamos o que havíamos começado. Observei atentamente a morena caminhar rebolando com a saia justa vermelha até a porta e mandar-me um beijo provocante. Sua miragem sumiu quando Melody bateu a porta na cara dela.

Essa por sua vez mantinha uma expressão de enterro. Não entendo essa mulher. Sei de seus sentimentos por mim, mas ela nunca se zangou em me pegar nos flagras, olha que foram vários. Não temos nada sério, apenas sexo, mas a sua forma de agir me faz concluir que não tem personalidade. Aceita tudo que faço de bico calado. Do que estou reclamando? Melhor para mim.

Abotoei minha camisa até a metade. Estava um calor desgraçado, abri as janelas atrás de minha mesa e voltei meu olhar para Ambre junto a Melody sentadas no sofá em silêncio. Melody encarava o chão com a aura de derrota e minha irmã me lançava um olhar furioso.

— Ora, estávamos fechando contrato. — Expliquei me sentando no sofá a frente das duas e mudei de assunto perguntando: — Então, qual o motivo de sua visita, Ambre?

Ela revirou os olhos.

— Não posso mais vir à empresa? Que eu saiba ela é minha também. — Retrucou. — A proposito, quando estiver em seus momentos íntimos, por favor, coloque um aviso na porta. Meus olhos não são obrigados a se deparar com aquele tipo de cena desagradável.

— Para isto que serve bater na porta. — Dei de ombros. Passei a língua molhando os lábios tirando o resto de Gloss que Lucy havia deixado.

Mais uma vez Ambre revirou os olhos e procurou afastar o pensamento sobre a cena constrangedora de antes. Agora, formou um sorriso radiante nos lábios e disse:

— Estou aqui para passar alguns dias com você, mas na verdade quero conhecer melhor a Anne. Afinal, você fez algo que me deixou orgulhosa pela primeira vez. Quero ajuda-la também.

Suspirei. A garota seria um entretenimento para Ambre. Minha irmã adora coisas novas e acho que por isto esta entusiasmada. Não entendo como ela ainda não pensava o pior de Anne, ainda mais com Melody odiando-a.

— Ela é engraçada. — Não sabia exatamente como apresenta-la. Ambre ergueu uma sobrancelha e aguardou uma explicação mais coerente. Então continuei:

— Anne ainda é uma menina. – Veio à imagem dela sorrindo em minha mente. — Ela é aquela pessoa que te faz querer mantê-la por perto. Ao encontra-la pela primeira vez sentir isso, é encantadora. Quando a conhecer irá pensar da mesma forma.

A loira sorriu parecendo lembrar-se de algo.

— A proposito, eu a conheci hoje. Você precisava ver a felicidade dela em saber que eu era a sua irmã. — Aclamava se divertindo. — Ela realmente gosta de você, Nathaniel. Isto está escrito na testa dela. — Neste momento me analisou e balançou a cabeça. — Pobrezinha, irei fazê-la gostar de alguém decente.

Franzi o cenho reprovando o seu último comentário, embora fosse verdade o que anunciou. Anne merecia alguém melhor, seria bacana minha irmã se tornar amiga dela. Poderia apresentar o mundo para a garota, seria essencial para tirar-me de seu coração.

Do nada, Melody sorriu. Olhei para ela e Ambre fez a mesma coisa.

— Vocês estão eclipsados por essa mendiga. — Olhou irritada para nós dois. Supostamente pelos elogios que fazíamos. — Ela não é essa perfeição.

—Você nem a conhece. — Comentei.

— Nem você, Nathaniel! — Afirmou. — A conhece apenas há alguns dias e já a julga como a deusa da terra. Estou apenas alertando para depois não se decepcionarem.

O santo de Melody não bateu com o de Anne. Ignorei aquele comentário e voltei minha atenção para Ambre.

— Mel, para de ser chata! Você a vê como uma rival por ela nutrir os mesmos sentimentos que você tem por meu irmão; Não entendo porque cisma com a Anne desta forma. Você tem muitas rivais, querida.

Melody revirou os olhos e levantou-se dizendo que precisava organizar alguns documentos. Saiu pisando forte, restando Ambre e eu na sala.

Suspirei. Minha irmã apenas sorriu e seus olhos verdes brilharam me observando, ela iria me questionar sobre tudo. Sua curiosidade estava exposta.

Ambre tirou todas as informações possíveis de mim em relação à Anne. Eram tantos detalhes. Provavelmente traçou o perfil da garota através de minhas respostas. Depois me forçou a ir para uma de suas lojas. Sim, ela tinha o seu próprio negocio. O título era ridículo — “A. B. E”. Letras de seu próprio nome, convencida minha irmã.

Compramos algumas roupas para Anne. Escolhi dois conjuntos e Ambre escolheu o restante. Entretanto, não me esquecera do presente que havia prometido dá-la naquela manhã. De alguma forma, queria tirar aquele sorriso do rosto dela. Então, que meu orgulho fosse engolido junto com o dinheiro naquelas peças de roupas. Minha irmã sequer me deu desconto.

Melody nos acompanhou apesar do mal humor.

~x~

Agora, estávamos em casa no quarto de Anne. Todos os presentes estavam embrulhados sobre a cama. Tive uma visão ampla de tanta coisa que havíamos comprado. A cama estava coberta e ainda tinha alguns presentes sobre o chão.

— Acha que ela vai gostar? — Ambre perguntou ansiosa.

— Ela vai amar!

Conseguia imaginar o entusiasmo e a vergonha no rosto de Anne.

Ambre estava afobada. Percebi o quanto ela queria agradar. Sorri satisfeito pelas coisas estarem dando certo. Estarem...

— Amiga corre aqui! — Gritou Melody.

Ambre me olhou sem entender e fez o que foi pedido. Permaneci no quarto tentando colocar os presentes restantes sobre a cama. Fazia aquilo pensando como seria a reação de Anne, estava ansioso para vê-la. Contudo, não pude prosseguir com minha ação quando Ambre me gritou:

— Nathaniel, vem aqui agora!

Sua voz conduzia pânico, neste instante senti um mau pressentimento. Corri até o quarto, quando cheguei Ambre andava de um lado para o outro com os braços cruzados e Melody estava sentada sobre a cama com o pote de joias aberto.

— O que houve?

— Minhas joias sumiram! — Ambre explicou nervosa.

— Não é possível! Já olhou direito? Talvez estejam...

— Elas foram roubadas — Melody me interrompeu.

O meu mundo caiu. Não consegui pensar com clareza a partir deste momento. Melody explicava coisas que me faziam pensar o pior. Ambre encheu os olhos de lágrimas e correu para os meus braços. A decepção era nossa companheira e justo a isto que me levou a acusar Anne.

— Leve-a daqui, Policia! — Ordenei olhando nos olhos azuis dela.

Um silêncio dominou o ambiente. Anne arregalou os olhos e encheu-os de lágrimas. Implorou para escuta-la, mas o calor do momento me fez ignora-la.

Larguei o braço da mesma e desviei meus olhos para o policial aguardando por sua ação. Não queria observa-la implorar daquela maneira, era humilhante.

Ela gritava desesperada:

— Por favor, acredite em mim! — Essa era as únicas palavras que saiam constantemente de seus lábios. — Por favor... Acreditem... — Seus olhos percorreram a sala inteira. Ela olhou para Ambre, Rosalya e por fim para mim.

Provavelmente desistiu de falar. Porém, ela mantinha a cabeça erguida e me encarava intensamente. O oficial passou por mim e a pegou pelos braços levando-a para a fora. Anne não resistiu aos movimentos dele e caminhou ao seu lado ainda me observando. Seu rosto estava vermelho e a mágoa era mostrada.

— Senhor, minha equipe irá começar pela procura do comparsa da garota. Os manterei informados quando ele estiver atrás das grades. — Avisou o policial antes de bater a porta.

Novamente o silencio percorreu pela sala. Rosalya estava com os olhos fechados, respirava fundo. Talvez, estivesse com dificuldades em aceitar. De repente ela murmurou:

— Você tem provas? — Encarou-me séria.

Provas?

Neste momento sentir-me um estupido.

— Não.

Rosalya explodiu, ela agarrou a gola da minha camisa e gritou:

— Como acusa a Anne sem ter provas, Nathaniel? — Seu olhar estava consumido pela fúria. — E se eles forem inocentes, caramba?

Mordi o lábio inferior. Tinha compreendido a estupidez que havia cometido. Tudo aconteceu numa rapidez. O tempo não me deixou pensar com clareza e agora...

— Se eles forem inocentes o policial irá libera-los. — Respondi tentando encobrir a merda que tinha feito. Seria a solução.

— É só isto que te importa? — Ela indagou segurando o choro — E os sentimentos dela... Como ficam, porra? — As lágrimas brotaram cobrindo as maças de seu rosto. — Você partiu o coração dela. Nós partiremos o coração dela!

Rosalya indignada largou a gola da minha camisa e foi embora entre soluços.

Fiquei paralisado. Se o meu mundo tinha caído antes, imagine agora? Com esta possiblidade sinto um nó na garganta. Minha vontade era de gritar e quebrar todas as coisas que visse pela frente.

— E agora? — Ambre perguntou parada na escada com os olhos vermelhos e a expressão ainda mais abalada. Assim como eu, ela não pensou na probabilidade da inocência de Anne.

Como isso foi acontecer?

— Ué, ela ficará presa. Vocês realmente acreditam que ela é inocente? — Melody ironizava. — Por favor, gente... Não tem outra resposta para o sumiço das joias. Parem de pensar em coisas sem nexos!

Ignorei. Minha vontade era de mandar Melody para o inferno, enojava-me observa-la. Pois ela mantinha um sorriso satisfeito na face. Por que sinto que este quebra cabeça estar errado?

Meu coração está apertado e temo por algo acontecer.

ANNE

Era como se a imagem de Nathaniel tivesse se despedaçado em vários caquinhos. Os olhares me observando como se eu fosse uma criminosa. Nunca irei me esquecer da sensação de injustiça que me ocorreu. Senti-me uma ninguém.

Como puderam fazer isto comigo? E a confiança de amigos?

Meus olhos estavam inchados, tive uma dificuldade para abri-los sentindo um peso neles. O caminho inteiro foi chorando dentro daquele veiculo. Eram tantos sentimentos juntos que meu peito não suportou aquela dor. Decepção, medo e raiva eram adstritos. Porém, depois de um tempo as lagrimas pararam de surgir. Algo as interrompia, sentia-me vazia.

Uma hora depois o carro para e percebo que não estamos em frente a uma delegacia, e sim a um lugar que nunca tinha visto na vida. Sinistro. Tinha apenas árvores aos redores e a pista as dividia.

Certo, novas preocupações à tona. Droga!

Estou em algum filme de terror? Pois ainda escuto o uivar de um lobo.

O Policial sai do veículo e vem até o meu lado abrindo a porta me puxando para a fora com força. Meu pobre corpo parecia uma boneca de pano.

— Desapareça! — Ele ordena ríspido empurrando-me para longe do carro.

Essa criatura parecia mais um vilão. Onde já se viu um fardado agir desta forma com um ser humano? Quero meus direitos.

Estava com muito medo, mas junto a isto ainda estava confusa. Não era para irmos a uma delegacia e eu apodrecer atrás das grades? Olha o drama. Ah mas pobre quando é preso se lasca. O pobre coitado sequer consegue provar inocência. Seria o meu caso, derrota. Não tenho fé na justiça.

O oficial gordo percebendo minha disputa com a consciência resolve dizer:

— Se considere com sorte, menina! — Sorriu de lado. — Ou talvez não... — Demandou analisando as árvores naquela escuridão da noite.

Eu iria ser morta? Por que diabo estava ali?

Observo o vento bater nas arvores e o frio intenso passar por minha pele. Não tinha ninguém e nenhum carro naquele lugar, apenas eu e a outra peste. Arrepiou-me, aquela noite estava assustadora, ainda mais com a lua cheia. Para meu pânico ser maior escuto o bater da porta, ao olhar percebo que o policial já estava ligando o motor do carro. Sem pensar duas vezes, corro e começo a bater na janela gritando:

— O que está acontecendo? Por que vou ser largada aqui?

Essa era a única conclusão através das ações daquele sujeito.

Quando aquele homem me olha parece até o diabo em pessoa. Seus olhos estavam vermelhos e um sorriso agonizante se formava em seus lábios carnudos. O maldito ainda comia uma rosquinha.

Ele apenas diz:

— Estou cumprindo ordens.

Ordens de quem?

Deu a partida no carro e me deixou para trás, incrédula. Fiquei parada no meio daquela imensa pista sozinha, amparada e prestes a entrar em pânico. Minha respiração estava descontrolada e ao escutar mais uma vez o uivar de um lobo minhas pernas tremeram.

Nunca imaginei que minha vida pudesse passar de uma merda para uma merda pior ainda.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Enfim, eu gostaria de pedir algo especial de meus leitores. Eu gostaria de saber o que vocês esperam por acontecer? O que esperam de alguns personagens? Calma, apenas estou curiosa para saber quais as expectativas de vocês em relação aos acontecimentos. É bacana ficar a parte dessas coisas, entendem? Pelo menos eu acho. u.u
Espero que possam me responder isto no recadinho que aguardo de meus leitores divos.

Amo vocês