Serial Killer - O Despertar. escrita por Caio V


Capítulo 8
Ep. 7 - Merry Christmas!


Notas iniciais do capítulo

Especial de natal! *-*
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/575790/chapter/8

Rodrigo

– O que fazem aqui? – perguntou Gislaine. Ela olhou para Rodrigo, depois voltou os olhos para Caio. – Digo... o que você faz aqui? Não deveria estar treinando?

– Você também? – Caio encarou Gislaine. – Sério, todo mundo sabia que eu era um assassino em potencial?

– Basicamente – disse Rodrigo. Ele estava sentado na cama, observando o irmão e Gislaine pacientemente.

Drigo sabia o quanto o irmão gostava daquela garota, e ele podia entender seus motivos. Não só pela beleza da garota, mas Rodrigo já vira ela lutar antes; sabia que dentro daquela pele branca e aparentemente frágil, havia uma verdadeira guerreira. Embora ele não soubesse bem qual era a função dela no exército celestial; Agatha sempre disse que Gislaine era importante e que ela deveria ser tão protegida quanto o próprio Caio, mas nunca disse o motivo disso. Rodrigo preferiu não perguntar, deuses costumam esconder muitos segredos e ele se acostumou a fazer seu trabalho sem questionar suas ordens.

– Tudo bem, Drigo? – perguntou Caio. Rodrigo olhou-o confuso. – Você apagou por quase meio minuto.

– Hã... foi mal – disse o garoto. Ele olhou para Gislaine. – Então, por que está aqui?

– Soube que Samuel se machucou em uma batalha contra a irmã dele e Jessica – disse a garota. – Não sabia que você estava na batalha também. Uma das minhas obrigações é caçar feiticeiras; então é meu trabalho matar a Jessica.

– E por isso veio me ver – deduziu Rodrigo. Gislaine assentiu com a cabeça. – Sinto muito, mas não posso ajudar muito.

– Pode sim – disse Gislaine. Ela aproximou-se de Rodrigo e colocou a mão em sua barriga, que ficou vermelha, mas logo voltou ao normal. – Toda magia deixa vestígios; com isso eu posso tentar detectá-la.

– Precisa acariciar o abdômen dele para isso? – perguntou Mirella, que agora estava parada na janela novamente. Gislaine soltou Rodrigo e olhou para a guardiã, Rodrigo sabia que aquilo não acabaria bem. – Quanto tempo, Gislaine.

– Não posso dizer que senti saudades, bruxa – murmurou a garota. Ela deslizou a mão para o cabo da espada na cintura. – Dá última vez, você escapou.

– Eu escapei? – Mirella sorriu e pegou uma adaga. – Pode deixar, desta vez eu farei questão que esteja morta.

– Ninguém vai matar ninguém aqui – murmurou Rodrigo. – Mirella, abaixe essa adaga.

– Mas... – Mirella tentou argumentar, mas o olhar de Rodrigo fez com que ela mudasse de ideia; então a garota abaixou a adaga.

Gislaine não partilhou da mesma atitude. Ela puxou a espada e atacou. A lâmina prateada cortando o vento na direção do pescoço de Mirella, em uma velocidade absurda; a guardiã não teria tempo de se defender. Então, com um movimento tão rápido quanto a luz, Caio segurou a espada de Gislaine com a mão esquerda, parando entre Mirella e a caçadora de bruxas. Sua mão começou a sangrar e Rodrigo podia notar que doía, mas o garoto mantinha a pose, enquanto encarava Gislaine; cada um segurando uma ponta da espada.

– Abaixe isso, agora – ordenou Caio. Rodrigo ficou impressionado com a voz de Caio; não havia nem um pingo de medo ao dizer aquilo. O garoto nunca mandava em ninguém, mesmo quando deveria fazê-lo; não era nem um pouco líder. Mas, ali, entre a espada e Mirella, ele soava como um poderoso general. Rodrigo imaginava como era difícil falar aquilo, principalmente para Gislaine. No entanto, a caçadora insistiu. Permaneceu segurando a espada. – Eu disse para abaixar a espada, Gislaine.

A mão de Caio já se regenerava, Gislaine parecia tão impressionada quanto Rodrigo, mas permaneceu com a espada erguida, pressionando-a na mão do garoto. Caio segurou a lâmina com as duas mãos e, fazendo uma força enorme, entortou a lâmina; formando uma meia-lua com a ponta da espada. Rodrigo notou que os olhos do irmão estavam vermelhos, e achou que estava na hora de intervir.

– Caio, já chega – disse o garoto. Ele soava mais calmo do que realmente estava. – Ela irá embora. Afaste-se.

Caio soltou a lâmina, mas permaneceu encarando Gislaine, que ficou parada no lugar, olhando para o garoto com uma mistura de admiração e susto.

– Vá embora, Gislaine – disse Mirella, tomando a frente de Caio. – Você já fez mais do que o suficiente.

– Tudo bem, mas ainda não terminamos aqui, Mirella – disse a garota. Ela olhou novamente para Caio e sorriu. – Quando estiver pronto, basta uma ligação.

A garota saiu andando pela porta do quarto. Mirella segurou o braço de Caio e o puxou pela janela, voando com ele para longe e deixando Rodrigo sozinho. Não por muito tempo.

– Que bagunça – disse uma voz ao lado de Rodrigo. Ele se levantou assustado, pois já sabia quem era a dona da voz.

– Vá embora, Gabriela – ordenou Rodrigo, encarando a garota.

– Acalme-se, Drigo. – A feiticeira colocou a mão direita sobre o peito do guardião e empurrou-o suavemente contra a cama.

Seus lábios aproximaram-se dos de Rodrigo, e tocaram-se levemente. O garoto elevou a mão pelas costas de Gabriela, até chegar à sua nuca; então ele puxou-a para perto, intensificando o beijo. Enquanto suas línguas se entrelaçavam, Rodrigo depositou suas mãos na cintura da garota e, com um movimento rápido, puxou-a para a cama e ficou sobre ela, separando o beijo por instantes.

– O que faz aqui? – perguntou o garoto, sua voz saía sussurrante. – Agatha está caçando sua cabeça.

– Eu sei – disse a garota, os lábios dela encontraram o pescoço de Rodrigo e, depois de alguns beijos delicados, ela voltou-se para o garoto. – Mas, eu ainda tenho que te dar seu presente. Feliz natal, Rodrigo.

Ele queria resistir, realmente queria. Mas, era sempre assim com Gabriela; ele nunca conseguia dizer não. Mesmo sem saber se era por causa de seus poderes de sedução, ou simplesmente porque ele a amava; naquele momento, Rodrigo já não se importava. Sua mãe sempre lhe dissera que não se deve recusar presentes de natal; então o garoto a obedeceu.

Os lábios deles voltaram a se encontrar, agora mais audaciosamente. Rodrigo apertou a parte de trás da coxa de Gabriela, e a garota rasgou a blusa dele com a unha do dedo indicador. O guardião soltou a perna da feiticeira e tirou a blusa branca dela; depois trilhou um caminho de beijos até seu pescoço. Gabriela sorriu e arranhou suavemente as costas do garoto.

A partir daí, as coisas só esquentaram.

ᴥ ᴥ ᴥ

Caio

– Eu não sei o que aconteceu lá, Mirella – disse Caio. Eles estavam parados no meio de um jardim, sentados em um banco cheio de neve. O natal já havia chegado à Nova York, e Mirella disse que gostava da cidade, então foram conversar lá. No meio do Central Park. – Nunca imaginei que a Gi faria algo assim.

– Ela é uma caçadora – disse Mirella. Ela deu de ombros. – Estou acostumada, mas agradeço o que fez por mim. Você provou estar mais preparado do que eu imaginava; mostrou que, quando necessário, pode dar ordens difíceis.

– Eu só pedi que ela se retirasse – argumentou Caio.

– Eu vi em seus olhos – disse a garota. Ela sorriu. – Você estava disposto a fazer qualquer coisa para impedir que ela fizesse alguma coisa. É disso o que precisamos, Caio; alguém disposto a sacrifícios para manter a paz.

– Está dizendo que eu poderia ter matado ela?

– Se fosse necessário – assentiu Mirella. – Isso não significa que você a ame menos; apenas que está pronto.

– Pronto para terminar o treinamento? – perguntou o garoto, um pouco mais feliz.

– Nosso treinamento nunca acaba, Caio – disse a garota. Ela sorriu, Mirella estava mais simpática; talvez fosse efeito do natal. – Mas, você está pronto para começar.

– Ah, certo...

– Agora, vá – disse Mirella. Caio a encarou meio confuso. A garota entregou-o um celular. – “Quando estiver pronto, basta uma ligação”, ela disse. Portanto, ligue.

Mirella abriu as asas e voou para longe, deixando Caio sozinho, com um celular. Ele olhou para a tela do iPhone 5S de Mirella; o número de Gislaine já estava lá. Tudo o que ele precisou fazer foi apertar a tecla para ligar.

– Imaginei que fosse ligar, uma hora ou outra – disse Gislaine, que agora já estava do lado dele. Caio já não se assustava com esse tipo de coisa, então ele apenas desligou o celular e a encarou. – Faz muito tempo que não conversamos.

– Mirella disse que eu estou pronto – disse Caio. Ele voltou os olhos para o parque, enquanto as crianças brincavam na neve. – Eu não sei o que ela quis dizer, então espero que você faça algum sentido.

Gislaine sentou ao lado dele. A garota sorriu suavemente e, mesmo que sem prestar muita atenção, Caio adorava aquele sorriso.

– Está tudo diferente, Caio – disse a garota. A mão direita de Gislaine pegou a esquerda de Caio, que hesitou, mas logo olhou para a garota. – Você não é mais aquela criança inocente.

– Eu matei um homem – disse o garoto. Gislaine assentiu com a cabeça. – Agatha disse que eu não ligaria, que não sentiria nada e, realmente, eu não senti nada; até descobrir que ele era só um garoto inocente que foi obrigado a tentar estuprar minha cunhada. Eu matei alguém porque uma bruxa me manipulou.

– É o que elas fazem – interveio Gislaine. A garota olhou para Caio solidariamente. – Mas, Caio, pare de se culpar. Você fez o que parecia certo; é o que um líder deve fazer.

– Eu não sou um líder – murmurou Caio. Ele levantou do banco e caminhou de um lado para o outro. – Eu sou um adolescente impulsivo, que, por acaso, desenvolveu habilidades sobrenaturais. Eu não sou um líder, sou um assassino.

Gislaine levantou e segurou a mão de Caio, obrigando-o a parar e olhar nos olhos dela.

– Você não é um assassino – disse ela. Caio parou de pensar, de falar e esqueceu tudo o que tinha ao redor dos dois; apenas prestara atenção em Gislaine, que falava suavemente. – Você é o nosso líder, a única pessoa capaz de liderar os anjos contra Mateus. Se não quer fazer isso por você, faça por mim.

Faça por mim. Caio sorriu, como ele poderia recusar?

Ele se aproximou, com os dedos entrelaçados aos de Gislaine, os dois fecharam seus olhos e seus lábios se tocaram levemente. Enquanto a neve caía sobre o casal, as línguas se entrelaçavam levemente, e aquele seria o beijo que Caio lembraria pelo resto de sua vida; muito mais do que do seu primeiro, ou seu segundo, ou seu quinto; Gislaine significava muito mais do que números para ele. O beijo durou por algum tempo e, quando se separaram ofegantes, os dois sorriam.

– Feliz natal – sussurrou Caio.

– Feliz natal – disse Gislaine, sorridente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Altos pegas nesse ep u.u'
Bem, foi o último de hoje. Quando sai o próximo? Quando der u.u' Provavelmente depois do dia 1°; sorry.

Gostaram? Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Serial Killer - O Despertar." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.