Serial Killer - O Despertar. escrita por Caio V


Capítulo 12
Ep. 11 - No Wing, no Angel.


Notas iniciais do capítulo

Faltam só 3 capítulos pro fim dessa temporada, galera!
Eu já escrevi o 12° e agora só falta escrever o Gran Finale!

Espero que gostem :3



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Agatha

– Agatha – disse Kayo, ele entrou depressa na sala. A deusa estava arrumando as coisas, colocando objetos pessoais sobre a mesa de reuniões e ajeitando as cadeiras ao redor dela. – Deuses, o que aconteceu aqui?

– Não foi nada, qual o problema? – perguntou Agatha.

– Hã... certo – disse Kayo, tentando focar no assunto anterior. – Anna está aqui. Ela parece estar com pressa.

– Mande-a entrar – ordenou Agatha. A deusa estava séria, e não era para menos, ela não falava com Anna desde que expulsou Mateus e a esposa do Reino dos Deuses. Nem imaginava o que ela poderia querer. – Sozinha, por favor.

– Sim, senhora.

Kayo saiu da sala, e Agatha terminou de arrumar as coisas, quando a porta se abriu novamente. Anna entrou; vestindo um longo vestido negro e joias caras e escuras, feitas de Via.

– Sente-se, Anna. – Agatha apontou uma das cadeiras.

Anna sentou-se, e a deusa fez o mesmo. As duas se encararam por alguns segundos, até a esposa de Mateus pronunciar-se.

– Eu vim para avisar-lhes sobre algo de extrema importância – disse ela. – Sobre meu marido.

Agatha se mexeu desconfortavelmente na cadeira, fazia muito tempo que ela não ouvia falar de Mateus. Ele estava quieto demais, embora tenha enviado a feiticeira e o anjo-caído, a deusa não esperava que fosse planejar algo tão rápido, mas se ele o fez, por que Anna estaria ali? Por que ela contaria alguma coisa à Agatha? Era suspeito.

– O que tem seu marido? – perguntou rispidamente.

– Mateus está tramando algo perigoso – disse Anna. – Ele irá começar uma guerra entre os céus e o Inferno, o primeiro passo será assassinar o anjo. O seu anjo.

Anna parecia estar falando sério. Agatha a encarou, quase implorando para que prosseguisse. Mas, a deusa dos mortos nada falou.

– O que ele quer com Samuel? – perguntou Agatha, já impaciente.

– Vingança, o que mais seria? – disse Anna, como se fosse óbvio. E era. – Ele sabe que a relação entre você e o anjo é... complexa. Ele quer matá-lo, assim poderá atingi-la.

– Uma pergunta, por que eu deveria confiar em você?

– Porque eu quero que mate Mateus – disse Anna. Ela olhou pela janela. – Eu darei a informação que precisa, em troca do coração dele. Literalmente, desta vez.

ᴥᴥᴥ

Caio

– Você sabe que fez o certo – disse Gislaine. Ela estava sentada ao lado de Caio, olhando para o mar há uns dez minutos, e o garoto nem sequer havia notado a presença dela até abrir a boca. – Gabriela merecia muito mais do que aquilo.

– Eu não ligo para Gabriela – disse Caio, sem tirar os olhos do oceano gigante a sua frente.

– Então, por que está parado aqui há uma hora?

– Porque estou com medo de encarar a Mirella – admitiu o garoto. Ele levantou a cabeça e olhou nos olhos de Gislaine. – Quando Gabriela machucou meu irmão, eu a deixei tetraplégica com minhas próprias mãos. O que a Mirella fará por eu ter machucado a irmã dela?

– Nada – deduziu Gislaine. Caio ficou curioso. – Ela não o machucará, sabe disso. Porque, se ela o fizer, eu a queimarei viva.

Caio sorriu.

– É, Gi... sobre aquele beijo...

Gislaine balançou a cabeça. Ela segurou a mão de Caio e sorriu.

– Foi só o primeiro de muitos.

A caçadora inclinou a cabeça para frente e encostou os lábios nos de Caio, mas quando estavam prestes a intensificar as coisas, o mar se agitou e um pássaro gigante saiu voando dele. Então Caio o olhou e notou que não era um pássaro, mas uma pessoa.

– Um anjo – disse Caio.

– Proteja-se! – gritou Gislaine, puxando o garoto para trás do banco de pedra, que segundos depois voou para longe. – É um caído.

O anjo – que agora Caio notou ser uma garota – tinha olhos azuis como os de Samuel, cabelos negros e brilhosos, a pele marcada por cicatrizes, o corpo muito bem formado e estava nua. Suas asas eram brancas, com detalhes vermelhos por toda ela.

– Por que ela tá pelada? – murmurou Caio.

– Não olhe para o corpo, preocupe-se com a espada – disse Gislaine. Ela levantou e sacou a própria arma, encarando a caída. – Cadê sua noiva, Raquel?

– Por aí, assassinando crianças e incendiando casas – disse Raquel. Ela sorriu e desceu até a praia, olhou para Caio. – Você é bonito, Serial Killer.

Caio ignorou, apenas levou a mão até a cintura e sacou a espada que Mirella havia lhe dado durante o treinamento. Ele tentava desviar os olhos, mas era difícil não olhar para o corpo de Raquel. Mesmo assim, forçou-se a olhar para suas mãos.

– Caio, para trás – disse Gislaine.

O garoto deu um passo atrás.

– Está com ciúmes, caçadora? – Raquel gargalhou. – Não se preocupe, eu sou bem fiel. Não sei se posso dizer o mesmo de você.

– Calada, vadia – murmurou Gislaine, apontando a espada para a caída. – Antes que eu corte sua garganta.

– Ameaças e mais ameaças. – Raquel revirou os olhos. Ela apontou a espada fina e negra de Via para Gislaine. – É uma pena que não possa cumpri-las.

Gislaine avançou, tentando desferir um golpe contra Raquel, mas ela defendeu-se, rebatendo a espada. A caçadora tentou atacar na direita, mas lá estava a espada da caída novamente; Gislaine tentou a esquerda e o meio, mas Raquel desviou dos dois ataques e fez um giro rápido, fazendo com que as asas desarmassem Gislaine. A caçadora deu um passo para trás, e a caída avançou, pronta para cravar a espada no peito da garota.

Caio correu e chutou a barriga de Raquel em cheio, a fazendo curvar-se para frente, então ele deu uma joelhada no rosto da caída, que cambaleou para trás, afastando-se da caçadora indefesa. Caio tomou a frente da atalha, encarando Raquel furiosamente.

– Fique longe dela, vadia – disse o garoto, apertando o cabo da espada. Seus olhos estavam tão vermelhos quanto da primeira vez que matou. Suas garras já haviam saído e seus dentes estavam afiados novamente. – Você é minha presa agora.

O sorriso cínico de Raquel desapareceu e ela encarou Caio com um pouco de medo nos olhos. O Serial Killer avançou rapidamente, tentando atingir a garota com a espada, mas a caída desviou por pouco. Raquel tentou contra-atacar com um chute, mas Caio segurou a perna dela e a ergueu do chão, batendo-a contra a parede mais próxima. Então ele a jogou para o chão e soltou a espada.

– Não preciso dela para acabar com você – disse o garoto.

A caída atacou novamente, desta vez com suas asas girando; Caio sabia que aquelas asas eram capaz de machucá-lo. Ele, então, foi mais rápido que ela. Enquanto a caída se aproximava, o Serial Killer se jogou no chão, mas com impulso para frente, assim pegando na perna dela e a derrubando no chão.

Caio subiu sobre a caída e segurou sua nuca e suas duas asas presas às costas.

– Sem asa, sem anjo – sussurrou o garoto no ouvido de Raquel.

Ele puxou as asas da garota, desprendendo-as lentamente, enquanto a caída gritava e agonizava de dor. Quando terminou, não restou nada além de dois buracos sangrentos nas costas da garota. Caio soltou as asas no chão e levantou Raquel pelo pescoço. Então caminhou até Gislaine, que já estava de pé.

– Temos de levá-la para Agatha. Ela saberá o que fazer – disse a caçadora, antes que Caio pudesse se pronunciar.

Ele assentiu com a cabeça e, em menos de cinco segundos, os três estavam parados de frente para a sala de reuniões. Onde Agatha conversava com uma mulher de cabelos longos e negros, que estava de costas para Caio.

– Entrem – disse Agatha, sem olhar para a porta. – Estava mesmo querendo falar com vocês dois.

Caio e Gislaine entraram, com Raquel ainda ferida nos braços do garoto.

– Anna? – disse a caída, olhando para a garota de cabelos negros. – Traidora!

– Cale-se, anjinha – disse Anna, olhando impiedosamente para a enteada. – Vejo que fez um bem à humanidade arrancando as asas dela, Caio.

– Sentem-se – disse Agatha, ela tocou na cabeça de Raquel e a garota desmaiou. – Tenho uma proposta interessante para ouvirem.


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Notas finais do capítulo

O penúltimo capítulo tá bem legal e.e' E vai focar em dois personagens que não tiveram muita importância nessa temporada...
Gostaram? Comentem!



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