Serial Killer - O Despertar. escrita por Caio V


Capítulo 13
Ep. 12 - Will you marry me?


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo só, galera. E já tá quase pronto e.e'
Espero que gostem! ^^



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Caio

Passou-se uma semana desde a proposta de Anna, para que derrotassem seu marido. Ela pediu, em troca das informações, assumir o lugar de Mateus no trono do Mundo Inferior, mas mantendo contato com o reino de Agatha; seria como um acordo de paz entre anjos e demônios. Agatha disse que, para que o acordo fosse selado, deveriam esperar a morte de Mateus e Caio não poderia ser ferido nessa guerra, pois a morte do Serial Killer poderia abalar os anjos e fazer com que eles se rebelassem, no caso da tentativa de uma trégua com aqueles que assassinaram um dos nossos. Se a guerra tivesse início, como Mateus planejava, qualquer chance de paz seria descartada, pois todos aqueles que colocam a vida de um anjo em perigo devem morrer; se Agatha quebrasse essa regra, o seu próprio exército se voltaria contra ela. Ou seja, a única forma da paz começar, seria matando Mateus, sem reviravoltas e sem baixas no lado celestial.

– É um plano arriscado – disse Mirella. Era a primeira vez que Caio via ela desde quando fez a garota dormir e deixou a irmã dela tetraplégica. Os dois estavam sentados em uma sorveteria, conversando sobre a proposta de Anna. – Mas, se der certo, pode significar o fim de todas as guerras celestiais. Os anjos poderiam se concentrar nos humanos e teríamos uma decaída no número de assassinatos, assaltos e sequestros.

– Anjos são capazes de fazer isso? – perguntou Caio.

– Quando estão com a cabeça no lugar certo, sim – respondeu a guardiã. – Quando estão ocupados pensando em uma possível guerra contra o Submundo, não.

– Temos que conseguir – disse Caio. Ele olhou para a garçonete, que sorria enquanto atendia um cliente já idoso. Era uma mulher jovem, com mais ou menos vinte e três anos, ela tinha cabelos dourados e cumpridos, lisos e ondulados; e seu rosto era limpo de imperfeições costumeiras... era bela, muito bela. Caio olhou para Mirella novamente. – Se essa guerra começar, o que acontecerá com a Terra?

– Ficará devastada – disse a guardiã. – Sempre que os anjos e os demônios entram em conflito, os humanos também o fazem. Não haverá mais equilíbrio. Para aqueles que tem tendência para o mal, não haverá um lado bom; para aqueles com tendência para o bem, não haverá o lado mau. É como pegar o yin-yang e pintar um lado completamente de preto e o outro completamente de branco.

– A Terra virará um caos.

– Um campo de guerra entre qualquer ser humano que respire – assentiu Mirella. – Precisamos evitar que isso aconteça.

– Precisamos matar o Mateus.

ᴥᴥᴥ

Kayo

– Nanda, vamos – chamou o anjo.

A garota desceu as escadas impacientemente, as asas fechadas e com a barriga à mostra, mas os seios cobertos por um tope branco; ela vestia uma calça folgada tão alva quanto suas asas, e um arco prateado na cabeça; presa à calça, também carregava uma adaga e duas espadas de tamanho mediano. O cabelo estava preso em um coque e jogado para trás, de forma que não a atrapalharia na batalha. Aquele era o visual preferido de Kayo: a guerreira que tanto amava, pronta para lutar.

– Está radiante – elogiou Kayo, mesmo sem a garota perguntar.

Ele não vestia camisa, mostrando algumas cicatrizes ao longo do busto; a calça era a mesma que Fernanda usava, e as únicas coisas que mudava eram as armas que carregava: uma espada longa e pesada, e um estojo com várias facas que ele poderia arremessar no oponente.

– Obrigada – disse a anja, beijando seu namorado. Kayo colocou a mão no rosto dela, tirando os fios de cabelo que se soltaram do coque. Nanda deu um passo atrás, acabando com o romance matinal. – Não temos tempo para isso agora, meu anjo. Agatha está aguardando.

– Espere um pouco, esqueci uma coisa – disse Kayo.

Ele subiu as escadas correndo e, depois de meio minuto, voltou. Correndo, acabou despencando escada abaixo, rolando até atingir o solo em cheio. Fernanda se assustou e correu até o anjo, que se cobria com as próprias asas.

– O que aconteceu? – perguntou a garota.

Kayo sorriu, fingindo estar machucado. Ele abriu as asas lentamente, revelando uma pequena caixa escura de veludo.

– Acho que deu pra salvar isso – disse ele, levantando a caixa.

Fernanda escancarou os olhos, enquanto o namorado mudava de posição: de estirado no chão, para ajoelhado aos pés dela. Kayo abriu a caixa, revelando um anel de Cete, dourado e branco, se misturando em uma cor só; em seu interior, dizia “I’m Fighting For You. Fernanda sorriu, enquanto suas bochechas pareciam dois tomates.

– Deixei de lutar pelos deuses no momento em que te conheci – disse o garoto. Ele segurou a mão direita de Fernanda e sorriu. – Casa-se comigo?

Algumas lágrimas escorreram pelos olhos da anja, e ela as secou com a mão, delicadamente. Ficou de joelhos e olhou nos olhos de Kayo, que também não conterá algumas lágrimas.

– Sim – disse ela, com a voz carregada de emoções.

Os dois se abraçaram.

ᴥᴥᴥ

Agatha

– Samuel? – chamou a deusa. O anjo a olhou, suas asas negras abertas atrás dele. – Está pronto?

– Sempre estou pronto para salvar meus irmãos – disse o garoto. Agatha sorriu, como se sentisse orgulho ao ouvir aquilo. – Achei que tentaria me impedir.

– Eu tentaria, mas sei que não resultaria em nada – disse a deusa. Ela se aproximou do anjo e encostou, suavemente, seus lábios nos dele. – Só dessa vez, escute o que tenho a dizer. Eu não me importo com trégua, ou com a morte de Mateus; não morra.

– Eu farei de tudo para matá-lo – disse Samuel. – Para libertar meu irmão e dar um basta nessa guerra tola.

– Se você morrer, não haverá chance alguma de paz.

– Os anjos aceitariam a trégua. Eu não sou tão importante assim.

– Sim, você é. – Agatha colocou a mão no peito do anjo. – Para mim. E eu nunca seria capaz de perdoar aqueles que causaram sua morte.

Samuel sorriu.

– Eu prometo voltar vivo – disse ele.

– É feio fazer promessas que não pode cumprir, Samuel – disse alguém atrás dele. O garoto virou-se e sorriu ao ver os dois irmãos que faltavam.

A garota loira, de olhos azuis, cabelos cumpridos e lisos, porém ondulados. Tinha um corpo escultural, asas enormes e brancas e pele branca. Era alta e elegante, vestindo um vestido branco, com abertura nas costas de onde saiam as asas. Já o garoto, ao lado dela, era ainda mais alto e mais forte, tinha cabelos curtos e rebeldes, castanhos e bagunçados; ele estava sem camisa e não tinha nenhum arranhão no corpo, apesar de ter lutado em incontáveis batalhas; além disso, também usava uma calça jeans, onde guardava sua espada de lâmina fina – semelhante a uma katana japonesa.

– Uriel, Gabriel – disse Samuel, sorrindo. Ele abraçou a garota e, depois, o garoto. – Quanto tempo, irmãos.

– Ficamos sabendo de sua aventura para libertar Miguel, queremos ajudar – disse Gabriel. Uriel assentiu com a cabeça e sorriu.

– Onde estão Rafael, Ezequiel e Jofiel? – perguntou Samuel. – Estou com saudades deles.

– Rafael está cuidando de sua nova família, não pode vir – disse Uriel. – Ezequiel ficou com medo de descer ao Inferno, dá última vez ele quase não voltou. E Jofiel está protegendo o Oráculo, é sua nova missão.

– Compreendo – disse Samuel. Ele sorriu. – Quando libertarmos Miguel, iremos todos comer juntos novamente.

– Por favor, diga-me que não é aquele pão – resmungou Gabriel.

– Comeremos o melhor banquete que o homem puder preparar – disse Samuel.

– Olá, Agatha – disse Uriel. Ela sorriu para a deusa. – Desculpe, estávamos com tanta saudade de nosso irmão que nos esquecemos de cumprimentá-la.

– Está tudo bem – disse a deusa, sorrindo. – Agora vocês precisam ir. Mateus já viveu demais.

Os três assentiram e abriram suas asas. As negras de Samuel, as brancas de Uriel e as douradas de Gabriel. Eles alçaram voo, e partiram em direção ao Inferno.


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Notas finais do capítulo

#PartiuHell
Prontos para a grande Season Finale?
Uriel



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