Serial Killer - O Despertar. escrita por Caio V


Capítulo 11
Ep. 10 - Start The War.


Notas iniciais do capítulo

Como tá legal a história, eu tô escrevendo direto e postando direto e.e'
Espero que gostem :3

Ps: Amo as férias.



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Samuel

– Samuel, onde pensa que vai? – perguntou Agatha, saindo da sala atrás do anjo. Samuel se virou, olhando a bela deusa decididamente. Ele não lhe respondeu, esperou ouvir mais uma frase de seus lábios vermelhos. – Eu lhe fiz uma pergunta. Responda.

– Vou até a única pessoa que pode nos ajudar – disse Samuel. Agatha olhou confusa, como se não soubesse quem seria essa pessoa. – Miguel.

– Ele não ajudaria, sabe disso – disse Agatha.

– Discordo – disse Samuel. O anjo abriu as asas e olhou nos olhos da deusa. – Caio deixou Gabriela tetraplégica e nem mesmo assim ela lhe deu respostas. Significa que ela não tem nenhuma.

– Não, significa que ela não quer falar.

– Nós dois sabemos que isso não é verdade – murmurou Samuel. – Miguel é o único infectado que tem consciência. Por mais que ele ainda seja perigoso, e que siga as ordens de Mateus; ele é o único com quem podemos conversar. Tenho certeza que ajudará.

– Rodrigo não é um anjo – argumentou a deusa. – Miguel não poderá ajudar.

– Não é uma discussão, Agatha – disse Samuel. Ele soava mais rude que o normal. A deusa encarou o anjo abismada. – Eu falarei com Miguel, ele pode nos dar respostas.

Samuel deu de costas e caminhou em direção à janela, mas a voz de Agatha ainda o alcançou.

– Foi por isso que eu te expulsei – disse ela. Sua voz tinha um tom orgulhoso, apesar de triste. – Se sair por essa janela, estará me desobedecendo. Será banido dos céus, de novo.

Samuel virou-se e encarou a deusa. Ele viu uma lágrima escorrer e se aproximou.

– Vai me banir por tentar ajudar um amigo?

– Vou bani-lo por colocar sua vida em perigo – argumentou a deusa, com a voz frágil. – Qualquer anjo que coloque um dos nossos em perigo, será banido do Paraíso. Você leu o regulamento.

– Se serei banido, nada me impede de fazer isso. – Samuel colocou a mão direita na cintura da deusa e a puxou para perto, fazendo com que os lábios se tocassem, e um beijo intenso tivesse início.

Desde quando conheceu Agatha, Samuel queria dar-lhe aquele beijo. As línguas dançando romanticamente, enquanto a mão esquerda de Agatha tirava o cabelo de Samuel da nuca, para que pudessem repousar ali. O anjo fechou as asas, então empurrou a porta com a mão esquerda e os dois adentraram a sala de reuniões – agora vazia.

Agatha sentou sobre a mesa e Samuel jogou tudo o que havia sobre ela no chão, deitando a deusa sobre o objeto. Ela pegou a gola da blusa dele, puxando-o para cima da mesa; o anjo não hesitou em momento algum.

Quando menos notaram, o anjo e a deusa já haviam pecado.

ᴥᴥᴥ

Miguel

– Samuel... estava esperando por você – disse o arcanjo. Ele estava preso com uma corrente negra de Via, um dos metais capazes de ferir um anjo, dentro de uma jaula feita de Cete, o segundo desses metais, que era usado para forjar as armas dos anjos, que estava dentro de um abrigo antibombas em Hiroshima, no Japão. Tudo para que Miguel não pudesse machucar ninguém. – Durante cinquenta e três anos, quatro meses, três semanas, dois dias, vinte horas, trinta e dois minutos e quinze segundos.

– Você contou isso tudo nos dedos? – Samuel brincou.

Miguel sorriu.

– Eu queria poder abraçá-lo agora, irmão – disse o arcanjo. Samuel retribuiu o sorriso, apesar do sentimento triste. – E parabéns, você finalmente conseguiu.

– Consegui o quê?

– Está cheirando a lírios e com hálito de morango – disse Miguel, ele olhou para o irmão sorridente. – O que significa que você e a Agatha estão mais próximos do que nunca, ou... você está tentando fazer algum feitiço para que ela te ame. Já tentou isso, Samuel, e não deu muito certo.

– Antes de vir aqui, eu... hã... – Samuel corou. Miguel gargalhou, ele havia esquecido que seu irmão mais novo era muito tímido. – Não se preocupe, não contarei para ninguém. Mesmo que eu quisesse...

– Eu sinto muito por isso, mas foi a única forma que encontramos de...

– De impedir que eu destrua o mundo? – perguntou Miguel. Ele deu de ombros. – Tudo bem, eu tenho muitos livros para ler. Já leu Crepúsculo?

– Não – disse Samuel.

– Que pena, esperava que você estivesse compartilhando do meu sofrimento – brincou o arcanjo. Samuel riu. – Digo, não é ruim, só... ele brilha. Drácula era mais emocionante.

Samuel sentou-se ao lado do irmão e sorriu.

– Drácula... bons tempos – murmurou Samuel.

– Lembra quando matamos aquele demônio que ficava imitando ele? – Miguel riu.

– “Você não me matará desta vez, Van Helsing!” – brincou Samuel.

– Sinto falta disso. – Miguel abaixou a cabeça, tristonhamente.

– Do Drácula?

– Não. – Miguel sorriu. – De lutar. De rir. De sentar em uma mesa com meus irmãos e repartir o pão.

– Ah, não fazemos mais isso – disse Samuel. – Agora repartimos pizza.

– O que é isso? – perguntou o arcanjo.

Miguel estava lá há tanto tempo, que não sabia de certas coisas. Ele sabia o que era chocolate, porque havia lido em alguns livros; mas pizza... parecia italiano.

– É uma comida. Muito gostosa – declarou Samuel. – Você irá comer, um dia.

– Não, não irei – lamentou Miguel. – Sabe disso. Sabe que nunca irei sair daqui. Nunca irei lutar. Nunca irei rir. Nunca irei sentar em uma mesa com meus irmãos e repartir a pizza. Francamente, por que eu teria esperanças?

– Miguel... – Samuel segurou a mão do irmão, por mais que aquilo fosse perigoso. – Eu estou com você. Todos estamos.

– Samuel, posso te fazer um pedido? – perguntou o arcanjo. Samuel assentiu com a cabeça, sem pensar duas vezes. Ele faria praticamente tudo para o irmão. – Comece a guerra. E, quando surgir a oportunidade, crave sua espada no peito de Mateus. É a única forma de me libertar. Libertando-me do controlador.

– Tem certeza de que isso funcionaria?

– Tenho certeza que, independente do que aconteça comigo, tudo o que eu mais quero, é ter a cabeça dele em minhas mãos – disse o arcanjo. – Agora vá, já tomei demais do seu tempo.

– Não tenho muito que fazer em casa, por enquanto – disse Samuel. Miguel sorriu. – Acho que posso passar a noite por aqui.

ᴥᴥᴥ

Anna

– Está feito – disse Mateus.

Anna parou ao lado do marido, ela olhou para o homem que há muito amara, mas agora já não tinha certeza. Ele estava tão diferente. Tão impiedoso.

– O que está feito? – perguntou a deusa, curiosa.

– Samuel iniciará a guerra. Ele virá até mim – disse Mateus, com um sorriso largo no rosto. – E eu o matarei.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou do Miguel? o/
Gostaram? Comentem! ^^



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