Sayonaara Daarin escrita por Bishamon NekoPanda


Capítulo 10
Eu ainda estou aqui


Notas iniciais do capítulo

ta......;. ai vai o penultimo capitulo



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O tempo parecia passar ao longe.

Noah havia sido proibido de passar perto da minha cela, as noites passavam devagar com o meu elfo totalmente ausente. Houve vezes em que me pareceu ouvir a voz de Esel, mas porque é que ele haveria de querer ver a pessoa que matou sua irmã?

Já tinha perdido a conta dos dias passados naquela cela. A minha janela tinha sido tapada e o sol a muito deixara de controlar o tempo para mim.

Matem-me de uma vez. – gritava ocasionalmente.

Já não me restava nada.

…….

Era o mesmo mundo mas diferente. As crianças corriam como em qualquer outro lugar e um homem avançava pelos corredores da Sacra Congregationem. Os seus passos ressoavam pelo corredor e iam cada vez mais rápidos, como se cada segundo fosse crucial.

Parou diante de uma entrada branca com detalhes dourados e abriu as portas de par em par, projetando toda a sua raiva para o interior. O homem andava galantemente, mesmo tendo uma expressão irada.

O teu pedido foi ouvido Milorde. – começou um dos velhos sentados no imenso anfiteatro.

Mas como já deves saber – continuou outro – indivíduos em contrato não têm direito a fazer exigências.

– E isso mantem-se desde que o contratante não fira o contratado. – respondeu o homem – o meu contrato está cancelado.

– É verdade o que dizes? – perguntou o velho.

Sabeis que a nossa raça é incapaz de mentir e como haveis visto, ela carrega consigo a marca de sua linhagem. – retrucou o homem – considerai.

– Nesse caso serás tu a busca-la. – disse outro velho - filha de Madelaine, quem diria.

– Espero que a minha permissão de saída seja entregue o quanto antes. – disse o homem fazendo uma vénia.

Será entregue.– disse o mais velho de todos – tal como o teu cargo.

O homem andava calmamente, sabendo que já não havia mais nada que pudesse fazer a não ser esperar, mas mesmo assim sentia que tinha algo de extrema importância para fazer. Começou a correr.

….

– Onde estou? – já nem conseguia lembrar porque estava ali.

Algumas horas antes, ou dias, sei la, um homem carrancudo viera dizer-me que um tal de Spitz havia morrido e olhava para mim como se a culpa fosse minha.

Quem é? – perguntei recebendo uma cara de nojo como resposta.

Eu nem sequer me lembrava do meu nome, quanto mais de alguém que já estava morto.

Um senhor alto, seguido por dois guardas, abriu a porta da minha cela.

– Levem-na. – disse ele.

Algemaram-me a conduziram-me pelos corredores ate uma porta. Ao sair, o sol queimava a minha pele e fazia arder os meus olhos, pessoas a volta do caminho gritavam coisas que me passavam por alto. Subi a um pódio.

Já tinha visto execuções antes e essas eram minhas únicas lembranças, o homem no pódio, as mãos amarradas bem no alto como as minhas, os arqueiros prontos e um mar de flechas.

Arqueiros. – gritou o homem. – Apontar.

Os arqueiros levantaram o arco e miraram em mim.

Daarin! – Daarin reage!

Aquela voz era linda, poderia morrer em paz ouvindo aquela melódica voz.

Daarin! – ouviu-se de novo.

Levantei a cabeça e vi ao fundo um rapaz esbelto de cabelos cor de fogo.

Drako. – o nome saiu involuntariamente. Porque dissera aquilo?

Silencio! – gritou o homem alto - não interrompam. Preparados.

Ao ouvir a ordem dada aos arqueiros, o rapaz de cabelos vermelhos começou a correr em direção ao pódio. A medida que se aproximava, a sua pele ganhava um tom mais cinzento e seus cabelos ficavam mais longos e mais claros.

O homem alto gritava dando várias ordens enquanto o rapaz esquivava todo e qualquer ataque na sua direção. Logo quando estava a subir no pódio o homem algo mandou que me executassem antes que o elfo chegasse perto de mim, mas ele foi mais rápido, parando a frente de mim, segurando minha cara com ambas mãos e selando nossos lábios com um beijo.

Flechas ricocheteavam em suas costas, rasgando as roupas que as cobriam e fazendo seus cabelos branco voar a volta de nós.

Disamis? – perguntei recobrando a consciência.

sim. – respondeu – eu ainda estou aqui.


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