Sayonaara Daarin escrita por Bishamon NekoPanda
Notas iniciais do capítulo
Desculpa pela demora povo lindo.... tava com muito problema para resolver.
Bom... aqui vai mais um
Liese deambulava pela casa meio adormecida, ou talvez confusa, indecisa, pensando em tudo o que havia acontecido. Um murmúrio chamou a sua atenção, duas vozes. Involuntariamente, seguiu as vozes parando a frente do quarto da mãe.
– Bom trabalho Disa. – disse Heim sorrindo a um velho.
– Não havia necessidade de chegar até esse ponto. – retrucou o velho seriamente.
– Hmmm? Um ser milenar a sentir remorsos, que ironia! – Heim parecia demasiado divertida.
– Não precisavas de ferir o teu marido e pô-la na cadeia para obter o que queres.
– E fazer tudo perder a graça? Nunca! – riu Heim.
Liese recuou, deixando cair a mesinha do corredor.
– Eu sabia…eu sabia que ela não seria capaz de fazer algo assim. – disse Liese, vendo que havia sido descoberta.
– Oh meu bem. – Heim continuava sorrindo casualmente – o teu problema foi sempre ouvires o que não deves. Disamis!
Ao ver o velho aproximar-se a uma velocidade anormal, Liese começou a correr, mas foi só dar as costas para sentir-se cair num abismo.
………
Cheirava a estufado de carne. Abri os olhos, reconhecendo o sítio em que estava e o guarda que amavelmente segurava o prato.
– Come. – disse ele sorrindo.
Aceitei o prato com todo o gosto. Estava na mesma cela de onde Spitz-sensei me havia tirado anos atrás.
– Não esperava voltar a ver-te aqui. – disse o velho. Era o mesmo guarda que havia cuidado de mim.
– Eu não fiz nada de mal. – respondi.
– Eu sei, eu vi. – disse ele sorrindo.
– Então porque é que não conta o que viu. – disparou irada.
O velho olhou para mim como se tivesse dito algo inimaginável. Lagrimas escorriam pelo seu semblante que expressava esperança, como se tivesse encontrado algo que a muito procurava.
– Porque choras velho? – perguntei confusa.
– Ainda não notaste? – perguntou ele – olha bem para mim enquanto falo.
Na verdade ele parecia bem normal, a não ser o surpreendente facto de que ele praticamente não mexia os lábios ao falar.
– Já te apercebeste, não é?– perguntou – eu já não consigo falar
Perante a minha cara de duvida o guarda sorriu e continuou a falar.
– Alguns anos atras, durante uma das minhas folgas, vi Lady Heim relaxando na lagoa perto das montanhas. A sua face estava muito mais enrugada do que no dia anterior e uma grande mancha preta cobria suas costas. De repente um velho segurou-me e arrastou- me para longe, apontando um dedo na minha direção disse “ tu que guardas as masmorras, sei que não dirias nada do que viste se assim o pedisse, mas não posso arriscar mais uma vida”, e assim tirou-me a voz.
– Mas como falas comigo?
– Bem… o velho disse que só a pessoa certa iria ouvir.
– AHHHHH! – um grito ecoou pelo corredor
A medida que os gritos iam ressoando, diminuía o número de passos, até resumir-se a um par de pernas e uma figura feminina coberta em gaze, aparecendo no fundo do corredor.
– Noah – disse a figura, mostrando um sorriso pútrido, enquanto o velho olhava para ela aterrorizado.
– Solta-me – sussurrei, esticando os meus braços algemados logo que a vi caminhando na nossa direção.
Ele tirou as chaves do bolso e começou a destranca-las. A mulher ao ver aquilo, acelerou o passo, ficando cada vez mais perto. As mãos de Noah tremiam enquanto e debatia com as algemas.
Três metros, dois metros, um metro, ela cobria distância cada vez mais rápido. De repente o tempo parou, ou assim me pareceu.
Eu estava de joelhos segurando a espada de Noah e ela ia perdendo o seu sorriso, caindo de costas no chão.
– Livre…– murmurou a mulher tirando a espada do seu peito. Aquela voz, não podias ser.
Segurei na gaze que tapava a sua cara e puxei. Aquela metade estava toda queimada e tinha várias marcas pretas e cantava a mesma canção de ninar que tinha inventado para mim, um lindo par de versos sobre irmãos que se separavam.
– Liese!– a voz falhava-me ao aperta-la em meus braços. – não… não cantes isso.
Ela sorriu, prendeu a minha cara em suas mãos macias e deixando rolar lagrima pelo seu rosto, sussurrou um “eu te amo” e fechou os olhos.
– Eu matei Liese. – murmurei ao ouvir passos rápidos em direção a cela.
– Rápido, ajudem Noah. – ouvia ao longe - e voltem a algema-la.
Sentia mãos a segurar os braços, mas isso não importava. Conseguia ouvi-los a falar sobre a minha execução marcada, mas isso também não importava.
Liese estava morta… morta pelas minhas mãos.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ja estamos chegando ao fim... muito obrigada peloa comentarios e espero que sigam tambem minha proxima fic.
Beijo de pan :3