Sayonaara Daarin escrita por Bishamon NekoPanda


Capítulo 9
Irmã?...nunca


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora povo lindo.... tava com muito problema para resolver.
Bom... aqui vai mais um



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Liese deambulava pela casa meio adormecida, ou talvez confusa, indecisa, pensando em tudo o que havia acontecido. Um murmúrio chamou a sua atenção, duas vozes. Involuntariamente, seguiu as vozes parando a frente do quarto da mãe.

– Bom trabalho Disa. – disse Heim sorrindo a um velho.

– Não havia necessidade de chegar até esse ponto. – retrucou o velho seriamente.

– Hmmm? Um ser milenar a sentir remorsos, que ironia! – Heim parecia demasiado divertida.

– Não precisavas de ferir o teu marido e pô-la na cadeia para obter o que queres.

– E fazer tudo perder a graça? Nunca! – riu Heim.

Liese recuou, deixando cair a mesinha do corredor.

– Eu sabia…eu sabia que ela não seria capaz de fazer algo assim. – disse Liese, vendo que havia sido descoberta.

– Oh meu bem. – Heim continuava sorrindo casualmente – o teu problema foi sempre ouvires o que não deves. Disamis!

Ao ver o velho aproximar-se a uma velocidade anormal, Liese começou a correr, mas foi só dar as costas para sentir-se cair num abismo.

………

Cheirava a estufado de carne. Abri os olhos, reconhecendo o sítio em que estava e o guarda que amavelmente segurava o prato.

– Come. – disse ele sorrindo.

Aceitei o prato com todo o gosto. Estava na mesma cela de onde Spitz-sensei me havia tirado anos atrás.

– Não esperava voltar a ver-te aqui. – disse o velho. Era o mesmo guarda que havia cuidado de mim.

– Eu não fiz nada de mal. – respondi.

– Eu sei, eu vi. – disse ele sorrindo.

– Então porque é que não conta o que viu. – disparou irada.

O velho olhou para mim como se tivesse dito algo inimaginável. Lagrimas escorriam pelo seu semblante que expressava esperança, como se tivesse encontrado algo que a muito procurava.

– Porque choras velho? – perguntei confusa.

– Ainda não notaste? – perguntou ele – olha bem para mim enquanto falo.

Na verdade ele parecia bem normal, a não ser o surpreendente facto de que ele praticamente não mexia os lábios ao falar.

– Já te apercebeste, não é?– perguntou – eu já não consigo falar

Perante a minha cara de duvida o guarda sorriu e continuou a falar.

– Alguns anos atras, durante uma das minhas folgas, vi Lady Heim relaxando na lagoa perto das montanhas. A sua face estava muito mais enrugada do que no dia anterior e uma grande mancha preta cobria suas costas. De repente um velho segurou-me e arrastou- me para longe, apontando um dedo na minha direção disse “ tu que guardas as masmorras, sei que não dirias nada do que viste se assim o pedisse, mas não posso arriscar mais uma vida”, e assim tirou-me a voz.

– Mas como falas comigo?

– Bem… o velho disse que só a pessoa certa iria ouvir.

– AHHHHH! – um grito ecoou pelo corredor

A medida que os gritos iam ressoando, diminuía o número de passos, até resumir-se a um par de pernas e uma figura feminina coberta em gaze, aparecendo no fundo do corredor.

– Noah – disse a figura, mostrando um sorriso pútrido, enquanto o velho olhava para ela aterrorizado.

– Solta-me – sussurrei, esticando os meus braços algemados logo que a vi caminhando na nossa direção.

Ele tirou as chaves do bolso e começou a destranca-las. A mulher ao ver aquilo, acelerou o passo, ficando cada vez mais perto. As mãos de Noah tremiam enquanto e debatia com as algemas.

Três metros, dois metros, um metro, ela cobria distância cada vez mais rápido. De repente o tempo parou, ou assim me pareceu.

Eu estava de joelhos segurando a espada de Noah e ela ia perdendo o seu sorriso, caindo de costas no chão.

– Livre…– murmurou a mulher tirando a espada do seu peito. Aquela voz, não podias ser.

Segurei na gaze que tapava a sua cara e puxei. Aquela metade estava toda queimada e tinha várias marcas pretas e cantava a mesma canção de ninar que tinha inventado para mim, um lindo par de versos sobre irmãos que se separavam.

– Liese!– a voz falhava-me ao aperta-la em meus braços. – não… não cantes isso.

Ela sorriu, prendeu a minha cara em suas mãos macias e deixando rolar lagrima pelo seu rosto, sussurrou um “eu te amo” e fechou os olhos.

– Eu matei Liese. – murmurei ao ouvir passos rápidos em direção a cela.

– Rápido, ajudem Noah. – ouvia ao longe - e voltem a algema-la.

Sentia mãos a segurar os braços, mas isso não importava. Conseguia ouvi-los a falar sobre a minha execução marcada, mas isso também não importava.

Liese estava morta… morta pelas minhas mãos.


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Notas finais do capítulo

Ja estamos chegando ao fim... muito obrigada peloa comentarios e espero que sigam tambem minha proxima fic.
Beijo de pan :3



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