Já são seis da noite, o jardim esta praticamente vazio, alguns adolescentes conversavam e passavam por lá fumando algum cigarro escondido.

–Precisa de um nome. –Jason abraçando Pips, nós todos estamos sentados em circulo na grama fofinha que faz cócegas na minha pele.

–Que tal cobra? –Pergunta Percy.

–Boa, embora aranhas sejam mais assustadoras. –Digo digitando no meu computador. –O que mais um assassino em serie usa?

–Uma roupa. –Pips falou.

–Algo pra tampar o rosto. –Thalia acrescentou.

–Uma meia calça? –Piper perguntou, Percy e eu fizemos uma careta.

–Não, ele é um assassino, não um ladrão de bancos. –Percy disse de braços cruzados.

–Uma mascara! –Clarisse falou e outra vez fizermos careta.

–Ainda não é Halloween, Clari. –Digo suspirando.

–Uma mascara de ski. –Nico disse algo pela primeira vez desde que chegamos. –Deve ser assustador ser perseguido com alguém com uma mascara de ski.

–Boa Nico. –Percy bate na mão dele.

–O assassino podia usar uma jaqueta de couro também, daquelas iradas. –Thalia disse animada.

–Isso, finalmente estamos pensando. –Comemoro digitando. –Arma preferida dele?

–Uma arma? –Percy da de ombros. –O garoto morreu com um tiro.

–É, mas faca da mais medo.

–Assassinos em serie, não mudam a forma de agir. –Percy falou se virando para me encarar, já que estamos lado a lado.

–Mas esse é o sistema dele, lembra que não é a primeira vez que o ele ataca. –Encaro seus olhos verdes e de repente foi simples continuar.

–Lógico, ele vai de escola em escola...

–Com o mesmo plano...

–A primeira vitima é sempre da cidade...

–Como um aviso de que vai atacar a escola...

–E que o massacre vai começar.

–Na lua cheia. –Percy se divertia muito.

–Cara, que estranho. –Thalia falou.

–O que? –Pergunto me virando para o computador no meu colo e digitando tudo.

–Vocês completando as frases um do outro, é bizarro. –Nico diz rindo.

–Eu acho fofo. –Piper contesta.

–Tudo pra você é fofo, Pips. –Percy fala ainda sorrindo.

–O primeiro ataque é essa semana. –Falo olhando para todos os meus mais novos amigos.

–É dia das bruxas, tão obvio, que irado.

–Então, quem são as primeiras vitimas? –Pergunto e o sorriso de Percy se alarga, assim como o de Thalia.

–A primeira vitima é o garoto da cidade, que se faz de perfeito, mas é um pedófilo virtual. –Percy faz o perfil da primeira vitima, enquanto eu digito.

–E se o assassino esperasse sua vitima no banco do carro? –Pips perguntou, todos estavam bem animados e entusiasmados.

–Que clichê. –Clarisse revira os olhos, entediada com a idéia de Piper.

–Faz melhor então Clari. –Provocou Piper irritada.

–Cabelos castanhos, uma das mais bonitas da escola, morreu esfaqueada no banheiro feminino, de frente para o espelho, vitima da própria vaidade. –É obvio que Clarisse estava falando de Piper.

–Mais alguém? –Pergunto terminando de escrever o que a Clarisse falou.

–Degolada na igreja, assim morre a valentona da escola, a cobra deixa ela sagrando até a morte dentro do confessionário.

–Nossa, Pips, não sabia que era tão cruel. –Falou Thalia rindo.

–Piper? Cruel? –Jason perguntou rindo.

–Ria Jason, você é o próximo, o aspirante a jogador de basquete, morre nas escadas, com os rins para fora de tantas facas. –Piper o fuzila com os olhos e eu só escrevo esses adolescentes são psicopatas, só pode.

–Quem mais?

–A roqueira da escola, uma garota sem medo de morrer, desaparece no meio dos arbustos, só restando pedaços da sua roupa ensangüentados e um grito de agonia, enquanto morre com uma facada em cada pulmão. –Nico diz dando beijos na bochecha de Thalia.

–Pare de ler Edgar Allan Poe. –Digo rindo da cara de Thalia.

–O emo gostoso da escola morre de hemorragia, depois que a cobra o castrou.

–Ainda bem que você me ama. –Nico ri e como sempre eles se beijam, aqueles dois tem um fogo que nunca acaba.

–Não podemos esquecer o rei da escola, o cara mais popular de todos. –Jason fala encarando Percy. –Esfaqueado, mas morre da pior forma para um nadador, afogado, com o próprio sangue.

–Vocês são psicopatas, é sério. –Falo olhando para o computador.

–Três anos, com as mesmas pessoas, no mesmo lugar, te deixa assim. –Percy disse me dando um beijo babado na bochecha.

–E a última vítima, mas não menos importante, a garota boazinha e bonita, que se apaixonou pelo rei da escola e morre com o coração partido por uma bala. –Thalia diz com um sorriso brincalhão.

–Temos que ir. –Percy fala segurando o computador para me ajudar a levantar.

–Até amanhã. –Clarisse falou correndo para o dormitório, Jason e Piper foram para sala de química, não quero nem saber para que.

–Vamos enviar isso. –Digo indo para o meu dormitório com Thalia, Percy e Nico entraram conosco.

Conecto meu computador com a internet a fio do quarto e edito o texto, escrevendo em cima “Atenção isso aconteceu na minha antiga escola e foi abafado pela policia.” Mandei para escola inteira.

–Foi. –Falei me virando na cadeira giratória.

–APAGUEM AS LUZES! –O Treinador Hedge gritou.

–Não podem nos pegar aqui. –Falou Nico apavorado, pelo que Thalia me contou ele já foi pego aqui muitas vezes e o treinador já o ameaçou varias vezes com o bastão de basebol.

–Se escondam aqui. –Empurro os meninos e Thalia para o banheiro.

–Porque eu? –Pergunta quando estou fechando a porta.

–Porque ele pode querer entrar e eu tenho mais cara de inocente que você. –Ralhei com ela. –Agora se esconda e finja tomar banho.

Na hora que Thalia bateu a porta o treinador entrou no quarto.

–Annabeth, cadê a Thalia? –Perguntou me lançando o seu olhar de medo, que é arregalar um olho a mais que o outro e te encarar até ficar muito irritante.

–No banheiro. –Falo dando de ombros. O treinador gravou meu nome desde que me viu na terceira aula, digamos que o Percy me abraçando por trás e mordendo minha orelha não é a melhor primeira impressão de ninguém.

–Sozinha? –Ele começou a bater com o bastão de basebol na porta.

–T-t-treinador? Estou b-bem. –Que porra a Thalia esta fazendo? Ela estava gemendo?

–Você esta bem Grace? –Pergunta o treinador assustado.

–S-sim, isso...

–Ela e o namorado brigaram. –Falo mais alto que os gemidos de Thalia.

–É porque?

–Não sei, mas parece que ela o viu ficou molhada e agora esta dando uma de DJ, não vai atrapalhar, não é professor? –Analiso minhas unhas sem esmalte, como se tivesse com vergonha.

–Hum...Err...Claro. –O treinador saiu correndo do quarto, assim que ele passou pela porta, eu a tranquei.

–Ele já saiu? –Percy falou baixo.

–Se estivesse, já estaríamos encrencados. –Digo a porta do banheiro se abre e Percy corre de lá, como o diabo corre da cruz, batendo a porta com força.

–O que aconteceu lá? –Pergunto rindo da cara de nojo do Percy.

–Nico e Thalia começaram a se beijar e agora ele esta chupando ela, só que eu estava lá, não é legal, ouvir gemidos nas suas costas sabia? –Perguntou chegando cada vez mais perto, e como sempre acontece quando ele esta muito perto de mim sem ninguém perto meu corpo ficou em chamas, às vezes parece que só o cheiro de maresia dele me deixa inebriada.

–Não e nem quero imaginar. –Digo dando passos para trás, até bater na parede.

–Poderíamos nos juntar a eles. –Os olhos verdes de Percy ficaram mais escuros, ele passou delicadamente as pontas nos dedos no meu braço, causando um arrepio gostoso.

Como nas outras vezes, não teve pedido de permissão, a ou qualquer coisa boba que filmes e livros românticos pregam, foi carnal, seus lábios devoravam os meus, nossos corpos se entrelaçando até que não sobre mais espaço, eu arranhava sua nuca, o fazendo arrepiar, Percy devolvia na mesma moeda, mordendo e deixando marcas em todo o meu pescoço, com agilidade tirei seu blazer, nos separamos para que ele tirasse minha blusa, minhas mãos tremiam e eu suspirava, enquanto ele beijava meu busto, massageando meus seios sobre o sutiã, tento abrir os botões da sua camisa branca, mas eles não me ajudam, cansada de tentar abri-los, rasgo a blusa, botões voam por todos os lados.

Percy não se importou, ele sorriu anda mais, suas as mãos foram para as minhas coxas, entrando por baixo da saia e apertando minha bunda.

O segurei pelos ombros, girando e o colocando contra a parede.

–Minha vez de comandar, Jackson. –Sussurrei em seu ouvido, mordendo o lóbulo, fiz uma trilha de beijos do seu lindo abdômen definido, até o começo da calça, sua ereção parecia que ia rasgar a calça, passei a mão de leve, dando um selinho sobre o tecido, Percy suspirava ao mínimo toque.

–Corre cara. –Nico saiu correndo do banheiro com o celular no ouvido. –O que vocês...

–O que aconteceu? –Percy pergunta entre dentes, ficando na minha frente, foi ai que me toquei que estou seminua.

–Frank me ligou avisando que o treinador quer nos ver, ele acha que estamos aqui, Jason o esta enrolando mais não por muito tempo. –Nico falava rápido, vestindo suas calças.

–Vai. –Digo quando Percy se vira para mim, sem falar nada ele me beija, com urgência e desejo, apertando minha cintura e bunda logo em seguida.

–Vou pensar em você essa noite Annie. –Percy gritou correndo para fora do quarto.

–Não quero nem imaginar como. –Gritei de volta, só o ouvindo rir, antes de sumir na escuridão da noite.

–Annabeth, é bom que você tenha muita maquiagem. –Thalia diz só de calcinha, procurando algo no armário.

–Que merda Percy. –Resmungo olhando meu pescoço e busto, cheios de chupões.

–Você não parece reclamar de nada, segundos atrás. –A morena ri vestindo uma blusa preta com uma Barbie na frente, com um cutelo partindo a cabeça ao meio e muito sangue que mais parecia molho de tomate saindo, com as palavras “Morte a Barbie!” em um vermelho vivo sobre a boneca com o cutelo.

–Qual o seu problema com a Barbie? –Pergunto apontando para sua camisa.

–Meu pai queria que eu fosse mais “feminina” e me deu muitas Barbies quando era pequena, agora eu meio que as quero ver sofrer por ter tantas. –Ela da de ombros.

–O que aconteceu com elas? –Digo tirando minha roupa e indo para o banheiro.

–As novas dei para caridade e as velhas eu arranjei um jeito de me vingar. –Ela deu uma risada do mal.

–Não quero nem imaginar como. –Gritei fechando a porta do banheiro e analisando minha calcinha branca de renda. –Gostava tanto de você.

Falei para ela a jogando no lixo, Percy maldito me fez perder uma calcinha da Hope, e nem me satisfez, bufo irritada

–Nossa eu estou mesmo precisando de sexo, estou com tanto mal humor.

–Esta mesmo. –Thalia fala entrando no banheiro.

–Pare de ouvir minhas conversar comigo mesma, é pessoal. –Resmungo entrando na água gelada para aliviar os nervos.

–Todos ouviram o que o Percy gritou saindo do quarto. –Ela falou sentando no vaso com a tampa fechada.

–Sei disso. –Esfrego meu corpo sem me importar se ela olhava, somos amigas e mulheres, ela tem a mesma coisa que eu.

–Tudo esta incrível agora, mas cuidado, conheço meu primo, Percy pode ser um príncipe, mas quando quer é o demônio. –Ela ficou um tempo olhando para os pés, pensando se me contaria ou não o que se passava em sua mente. –Uma vez, vi ele e a professora Dare quase se beijando, você é uma das melhores amigas que já tive, não quero que fique mal.

–Obrigada Lia, mas nós somos amigos acima de tudo, é bem carnal, eu gosto de beijá-lo e ele gosta de me beijar, só isso. –Com certeza é só isso.

–Mesmo assim, se começar a sentir algo por ele se afaste, é o melhor. –Thalia forçou um sorriso e saiu do banheiro.

Será eu posso me apaixonar pelo Percy? Ele é lindo, engraçado, divertido e tem uma pegada que deuses, não sei se namoraria com ele, mas imaginá-lo com a Rachel me incomoda, e muito.