Alice in Waterland escrita por Dimitri Alves


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oláááááá pessoal, demorei um pouquinho, mas aqui está o capítulo. Depois de Adentrar em um mundo novo, conhecer três simpáticos peixinhos dourados, Alice começa a sua peregrinação por aí (super natural, não é verdade?) Chega de blá blá blá!! Boa leitura :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/575081/chapter/5

Alice não queria ficar ali parada enquanto os três peixes dourados conversavam entre si, havia muita coisa para ver ali ao seu redor. Estava encantada com a beleza que havia embaixo das águas. Ela deu um impulso com uma de suas pernas e nadou para frente, sempre rente ao solo.

As coisas ali eram muito diferente do que em terra firme. Tudo era mais lento e os movimentos eram mais sutis. Alice pousou no solo e preferiu ir andando, mesmo suas passadas sendo muito lentas. Ela estava arrodeada de pedras brutas e nuas, porem de cores avermelhadas. Pequeninas criaturas saíram pelas rochas, mas não teve medo. As criaturas pareciam minhocas, porem elas possuíam asas e olhos simpáticos e curiosos. A garota se encantou.

– Você me lembram a borboleta azul, perto do lago – comentou ela para as pequeninas minhocas aladas.

– O que é borboboleta? – perguntou uma voz fina, baixinha e dócil.

Alice olhou ao seu redor e não encontrou ninguém que pertencesse aquela voz. As minhocas aladas nesse momento já se encontravam ao seu redor, como se esperasse que ela falasse algo.

– Quem perguntou isso? – falou curiosa, olhando para todos ao seu redor.

– Eu – respondeu a mesma voz fina.

Uma minhoca alada aproximou-se mais de Alice e ela parecia tão curiosa quanto a garota.

Ela não pode conter o sorriso, a criatura era pequena com seu corpo cor de bronze e as asas transparentes. Alice estendeu a sua mão para tocá-la, mas a minhoca afastou-se no mesmo movimento que sua mão. A garota recolheu a sua mão, percebendo que ela havia o assustado.

– Desculpe.

– O que é borboleta? – perguntou a criaturinha novamente.

– Borboleta é um inseto, semelhante a vocês – disse Alice agachando-se e fazendo um desenho no solo – Ela tem um corpo como vocês, uma bela e grande asa colorida, algumas patas e duas antenas – explicou ela finalizando o desenho.

– O que é um inseto?

– É um animal que vive em terra firme – explicou.

– Um reptil – concluiu a minhoca alada.

– Não... Ele é um inseto.

– O que é um inseto?

– É um animal que vivi... Deixa pra lá – desistiu a garota, sabendo que a pequena criatura talvez não fosse entender o que fosse explicar.

A garota olhou a sua volta novamente e percebeu que as pequenas minhocas aladas estavam mais próximas dela, com seus olhares curiosos. Ela sorriu para as minhocas tentando mostrar simpatia, mas o seu sorriso a fizeram afastar brutamente. Alice percebeu que tudo que ela fazia, assustavam-os.

A minhoca alada que estava a sua frente, por outro lado permanecia no mesmo lugar, talvez ele fosse o líder daquele grupo, ou pelo menos zelava pela segurança de todos ali presentes.

– O que vocês são? – perguntou ela curiosa.

– Nós somos Polidores! Nos deixamos as pedras das águas limpas e as fazemos de moradia. Não há pedra que não conseguimos limpar e deixá-la deslumbrante! – falou a pequena criatura com muito orgulho.

Alice olhou ao seu redor e viu que as pedras, mesmo sendo brutas, estavam limpas e deslumbrantes! Pareciam que eram gigantescos diamantes. Ao olhar para as pedras, percebeu que elas tinham formatos pontudos, como se ali fosse um grande castelo.

Outros Polidores surgiram entre as pedra, mas dessa vez eles mostraram que também tinham belezas. A cada instante que surgia um Polidor, mostrava as colorações de seus corpos e asas. Havia um que possuía todas as cores do arco-iris e Alice se encantou bastante com aquele Polidor.

– E você, estranha criatura, o que é? – perguntou o Polidor Chefe – Nunca vi peixe ou criatura marinha como você – estranhou.

– Não sou peixe ou criatura marinha – respondeu.

– Eu sabia! REPTIL! – gritou o Polidor Chefe.

Os Polidores ao redor se espantaram e se agitaram, nadando de um lado para outro com muita velocidade, espalhando bolhas por todas as partes.

– Ei, espera... Pare! Não sou reptil... Sou uma humana! – falou.

Imediatamente todos pararam no ponto em que estava e todos voltaram a atenção para a pequena Alice. Os olhos dos Polidores não eram mais de curiosidades, e sim, de espanto, como se ela tivesse dito algum absurdo. O Polidor Chefe ainda estava na sua frente e carregava seus olhos ainda esbugalhados.

– SALVE-SE QUEM PUDER! – gritou.

Num piscar de olhos todos começaram a nadar de um lado para outro, provocando novamente uma onda de bolhas, fazendo com que a visão de Alice ficasse travada, até que as bolhas sumiram, juntamente com os Polidores.

– Oras... Que estranho – resmungou a garota fazendo careta e continuou a andar em frente.

Alice continuou andando em frente, passando pelas pedras lisas. Aos poucos iam aparecendo algas coloridas e tubos de cores avermelhadas e roxas, na qual saim bolhas em tempo cronometrado. Enquanto se afastava das pedras, ouviu alguém a seu chamado:

– Ei, humana... Espere! – gritou.

Alice parou e virou-se. Não viu nada, alem das rochas lisas e o oceano, mas depois de alguns segundos viu algo colorido no meio do campo de sua visão, e se aproximava rapidamente. Era um dos Polidores

– Ah, é você... – falou a garota virando-se e dando um impulso, nadando rente ao chão querendo se afastar dali o mais rápido que fosse. Sentiu-se ofendida por todos terem saídos assustados como se ela fosse um bicho selvagem.

– Humana, espera – apressou-se o Polidor.

– Meu nome não é “humana” – resmungou Alice pousando no solo, cruzando os braços e fazendo careta. – Meu nome é Alice! – falou batendo a perna com força.

– Prazer, Alice – falou o Polidor – Meu nome é Pempolinho – falou a criatura sem nenhum medo ou receio da garota.

Alice desfez os seus braços e a sua careta. Percebeu que Pempolinho não estava nem um pouco assustado com o fato dela ser uma humana. Deu um passo a frente para ficar mais perto e admirá-lo com mais detalhes. Pempolinho manteve-se imóvel e sem medo.

– Eu não acho que você seja uma ameaça – comentou Pempolinho.

– E porque seria? – perguntou Alice curiosa.

– Porque a outra é cruel conosco.

– “A outra”? De quem estamos falando? – perguntou a garota sem entender.

– A criatura mais terrível que já pode ter nadado nas águas. Mais cruel que os tubarões. Mais sorrateira que as enguias. Mais traiçoeira que uma vespa do mar. Vermelho é um sinal de perigo aqui no mar e aquela mulher trás todos os sinais de perigo que possa existir.

– Pempolinho, de quem você está falando?

– Da Rainha Vermelha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então pessoal, ansiosos? O que raios será que a Rainha Vermelha está aprontando dessa vez?
Preparem-se para as surpresas!

Até a próxima.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Alice in Waterland" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.