Alice in Waterland escrita por Dimitri Alves


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Alooooooo pessoas de volta ;D Vamos ver como Alice vai se comportar ao novo mundo em que ela adentrou!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/575081/chapter/4

A garota ficou confusa, porém encantada o que via ao seu redor. Aproximou-se da parede a tocou-a para saber se era real aquilo que estava vivenciando. Alice olhou ao seu redor e viu tudo se balanças delicadamente de um lado para outro, ritmado com o balanço da água.

A garota admirou as suas passadas leves e sem esforços, parecia uma bailarina que flutuava no ar. A água estava em temperatura agradável, fazendo carinho em seu rosto. Deslisou a mão na água com rapidez, criando bolhas que flutuavam rapidamente para cima. Alice sorriu divertida com a sua brincadeira.

Aproximando-se da janela percebeu que não havia nada por ali por perto, apenas a imensidão azul do mar. Olhou para cima e conseguia ver os raios do sol penetrar na água... Não pareciam muito distante.

Alice afastou-se da janela e preferiu explorar a casa que se encontrava. Estava em uma sala de jantar. Havia uma longa mesa com doze cadeiras. Um pano de mesa cobria a mesa, apesar da água fazê-la balançar. Um jarro com algas completava o conjunto. Havia quadros tortos pendurados, onde eles retratavam paisagens marinhas ou de seres aquáticos.

Passando para outro comodo parecia uma sala de estar, onde havia um sofá grande vermelho e sussurrado rodeado de varias estantes de madeiras avermelhadas com livros grossos e de capas coloridas. Tapetes pesados decoravam o chão. As cortinas eram mais grossas do que o outro comodo e sua cor era mais escura, dando ao ambiente um pouco mais de escuridão. Alguém esperto morava ali, talvez...

Encontrando uma porta a garota a abriu e saiu do local onde estava, agora se encontrava do lado externo. Ao olhar para trás viu que estava dentro de uma casa submersa. Ela olhou encantada para a sua frente, agora ela via uma paisagem! Parecia que estava diante de uma paisagem da superfície, porem submersa. Ela via vales e montanhas ali, com algumas diferenças que haviam em terra.

Os pássaros eram raias que voavam sem dificuldades. Peixes de varias cores coloriam as águas por todas as direções. As plantas aquáticas eram exuberantes e diferentes do que na terra, cada uma tinha um formato único, estranho e magnífico. Um novo mundo havia aberto para Alice naquele momento e ela estava encantada com tudo com o que via.

O mundo diante de si parecia algo com que ela já tivesse imaginado uma vez, tudo fora dos padrões e oposto de tudo que conhecia de fato. Ela nunca antes tinha conhecido as profundezas das águas.

Alice ainda estava admirada com o mundo maravilhoso diante de seus olhos, mas percebeu que havia três peixes dourados que a observava a espreita. Curiosa, ela acenou para os peixes sorridentes.

Os peixes, por sua vez, agitaram-se, como se tivessem se assustado com o fato dela o terem visto. Eles chocaram entre si e Alice não pode deixar de rir da cena. Depois de se recuperarem do choque não haviam mais como disfarçar, eles tinham sidos descobertos.

– Alice? – perguntou um dos peixes se aproximando.

A garota de imediato não soube reagir. Um peixe estava falando com ela? E como ele sabia o nome dela? Porém o seu espanto durou poucos segundos, pois estava encantada com aquilo que estava acontecendo.

– Sou eu sim, Sr. Peixe – cumprimentou ela fazendo uma pequena reverencia e segurando uma das pontas de seu vestido.

– Oh, por favor... Meu nome é Poul e esse é Toul e Boul – apresentou o peixe, enquanto os outros se aproximaram assim que seus nomes foram citas.

– Muito prazer em conhecê-los Sr. Poul, Toul e Boul! – falou a menina encantada e achando engraçado a pronuncia dos três nomes, parecia uma musica falando rapidamente.

Não era difícil de identificar quem era quem. Poul era totalmente roupado e brilhava quando a luz do sol batia em suas escamas. Toul tinha duas circunferências ao redor de seus olhos, parecia que ele usava óculos. Boul tinha uma cara de mal humorado.

Os quatro se encararam brevemente até Alice perguntar curiosa:

– Como sabem o meu nome?

– Oras o Coelho não explicou? – perguntou Toul espantado.

– O Coelho? Vocês conhecem o Coelho? – perguntou a menina curiosa e animada.

Poul fez uma pequena careta e pediu licença rapidamente, voltando a atenção para os outros dois peixes.

– Eu não acho que essa seja a Alice que o Coelho mencionou – falou Boul com sua cara mal humorada e cruzando as suas nadadeiras.

– Ela é exatamente como o Coelho nos descreveu: pequena, olhos azuis, cabelos dourados e curiosa... Características tipicas de uma criança humana – comentou Toul.

– Sabemos o que o Coelho nos disse – iniciou Poul – Mas é estranho ele ter no enviado a garota sem dizer o que ela esta fazendo aqui ou como sabemos o seu nome – estranhou.

– Vai ver ele esqueceu de avisá-la... – deduziu Toul.

– Besteira! Aquele Coelho não esqueceria de absolutamente nada, nem que se passassem mil anos ele nunca esqueceria o que foi dito em sua presença – contradisse Boul.

– Boul está certo, o Coelho não esqueceria de avisá-la – disse Poul.

Os três olharam entre si confusos. Aquela não poderia ser a Alice que estavam aguardando, mas ela se encaixava perfeitamente nas descrições. Eles tinham um papel importante para cumprirem, afinal o Mundo das Águas estava em perigo. O Coelho não poderia ter se enganado, havia cruzado com Alice duas vezes em vida.

– Certo, vamos orientar a garota. Nós não temos muito tempo – Falou Poul.

– E se não for ela? – questionou Toul.

– Jogamos-a para os tubarões – respondeu Boul.

– Não sejam ridículos! Essa é a Alice certa e se não for, vai ser. Ela está dentro das descrições do Coelho e se ela não fosse a Alice verdadeira, não conseguiria entrar em nosso mundo – finalizou Poul.

Os dois peixes ficaram em silencio, o argumento de Poul fazia sentido. Eles olharam entre si e concordaram rapidamente em orientar a garota do que estava acontecendo ali embaixo.

– Alice... – Poul começou a falar assim que se virou. Porém ele encontrou o vazio.

– Essa não... Cadê a Alice? – perguntou-se Toul olhando para a imensidão que tinha na frente deles.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Alice in Waterland" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.