Dreaming Again escrita por Sra Manu Schreave


Capítulo 6
Capitulo 5 - Dead Memories


Notas iniciais do capítulo

Heeey Gente! Vim rápido dst vez, n? Fiz o possível! Quer dizer, são 02:36, tenho de estar acordada as 06... É.. Loucura! Hahahha.. Eu realmente gst deste cap! Espero q gstem tbm...
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Kisses and Enjoy!



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Nós nunca estivemos vivos

e nós não nasceremos de novo

Mas eu não sobreviverei

Com lembranças mortas no meu coração

Hoje, finalmente é a festa de Madge, não que eu estivesse ansiosa, mas durante esta semana ela foi o único assunto, chegando a me cansar. Por pouquíssimo, eu não marquei uma aula de alemão com aquele garoto que se acha psicólogo, apenas para me livrar das garotas, mas tive alguns segundos de paz na minha primeira e segunda aula de natação, nas quais o professor elogiou meu método, velocidade e habilidade na natação.

Eu e Clove compramos os presentes no sábado, e logo Annie chegou insistindo para nos arrumarmos juntas, me fazendo discordar. Nunca fiz o tipo de me arrumar em conjunto, a não ser com Cinna. Oh, Cinna! Como eu pude me esquecer do meu melhor amigo? Estou aqui a duas semanas e não liguei para ele nenhuma vez. Ele vai querer me matar! Era uma vez uma garota chamada Katniss, ela se mudou de país e esqueceu-se de ligar para o melhor amigo... Morreu! Essa sim é uma triste história, mais trágica que Romeu e Julieta.

Tenho de ligar para Cinna agora, talvez ele possa até me ajudar virtualmente a preparar-me para festa, após me passar um sermão. Ligo meu notebook que está em cima da minha cama, e conecto-me ao Skype, procurando por Cinna entre meus contatos, e obviamente, ele está no primeiro lugar, nem sei como pude esquecer-me dele, logo dele.

Após a morte de Natalie foi Cinna que me ajudou a carregar a minha cruz, logo depois de eu mostrar para ele o quanto era importante, e que independente do que sua família dissesse, ele era muito mais. Cinna também era um exilado familiar, havia sido enviado por seu pai para o Internato após ter saído do armário. Quando nos conhecemos, eu era uma pequena garota assustada, que estava superando a morte de Natalie e percebendo que eu apenas sobreviveria naquele frio lugar, se ajudasse as pessoas a se aquecessem. Cinna era um garoto isolado, que mesmo que as pessoas não zombassem dele, estava demasiado traumatizado por causa do pai. Quando o encontrei, ajudei-o a se erguer, enquanto erguia a mim mesma, como um arranha-céu.

Foi Cinna que me mostrou que o que eu tinha era um dom, que eu poderia salvar pessoas, foi ele quem me apoiou, quem me ajudava a erguer-me toda vez que eu tentava ajudar alguém e sofria. Foi ele quem entrou em contato com Amélia, a irmã de Natalie, e conseguiu todos seus escritos. Natalie certamente possuía um dom, ela conseguia colocar em palavras tudo o que via, tudo o que sentia, tudo o que sofria, tudo o que fazia. Ela até mesmo escreveu sobre mim, e foi quando li suas dóceis e sofridas palavras que percebi que não podia desistir, não podia deixar que mais pessoas se fossem como Natalie, ninguém merecia isto.

“E mais uma vez, ela sorriu, enquanto os outros apenas franziram os lábios, e isto era horrível, a pequena garota sentia falta de sorrisos, sentia falta de calos, de sol. Tudo que podia ver eram pessoas franzindo os lábios, e o pior, ela estava começando a se acostumar, e sem perceber, já franzia os lábios, já chorava calada, já vivia sob o clima de morte. Era como se vivesse em um necrotério, as pessoas eram frias, e não importava a lamina que as rasgassem, nunca sentiam dor. Ela queria ser aquecida, melhor, queria aquecer alguém, essa era a única forma de se sentir aquecida. Ela queria sorrisos, gargalhadas, sonhos e balões. E, para demonstrar suas frustrações, seu protesto mudo, seu pedido de recomeço, ela franziu os lábios.”

Eu já havia decorado o que ela havia escrito sobre mim, eu já havia tornado isto meu lema, minha garantia de que nunca desistiria, eu havia usado isto para me manter forte. Tudo que precisava ao meu lado era Cinna e Natalie, e mesmo que Nat não pudesse estar por perto, suas palavras estavam, e isto já era tudo para mim.

—Lembrou-se que alguém ficou na Inglaterra, é? – a voz de Cinna me desperta de meus devaneios, me fazendo voltar-me para a tela vendo sua face morena marcado pela sua marca, o delineador dourado, avaliar-me atentamente.

— Me perdoe, Ci! — peço usando um apelido carinhoso para amaciar seu coração — Juro que não foi por mal, não sei o que aconteceu comigo.

—FALSA! — exclama, não alterado, mas sim divertido. — Aposto que achou um bofe Californiano e nem quis contar para o amigo, certo? Calma, querida, você conhece nossas regras, quando o bofe é seu, eu não tendo seduzi-lo.

Tudo que posso fazer é gargalhar, gargalhar como não fazia a muito tempo. Mesmo que esteja me dando bem de volta aos Estados Unidos, aqui cada pessoa conhece um pedaço de mim, distribuo frações de quem realmente sou, já Cinna me conhece por completa, cada cicatriz, cada pedaço de quem realmente sou, e voltar a olhar para seus olhos revirando divertidamente faz-me sentir segura, como não me sentia a muito.

—Ah, Cinna! Não consegui um bofe... Houveram tantas coisas, cheguei a pouco tempo, nem tive tempo de encontrar um...

—Não me venha com desculpinha de tempo — me interrompe drasticamente. —, nas nossas viagens você mal chegava ao hotel e já me arrastava para um bar.

—Cinna, baby, não está me confundindo contigo? — questiono divertida.

—Era eu, não era? Ah, que diferença faz? Apenas quero saber tudo, com riqueza de detalhes, ou esqueça que já existi em sua vida. — dramatiza.

Sem opções, conto tudo, detalhadamente, falando sobre a loira dos sorrisos que se mostrara uma boadrasta, mas não deixava de ser a causa desta mudança em minha vida, sobre Gale que desistiu de Stanford por Madge, que apesar de ser uma grande amiga ainda me ressente imaginar que ele desistiu da 4° melhor universidade do mundo por ela, contei que meu pai praticamente não existia, havia trocado palavras comigo no dia de minha volta e raramente quando tinha de me dar alguma informação, mas na maior parte do tempo estava co Mary, falei sobre Annie e Finn, meus antigos amigos que certamente formariam um belo casal se a ruiva percebesse que Christopher não é seu tipo, narrei sobre Clove e nossa amizade, sobre nós ajudarmos uma a outra, mas preferirmos manter a barreira do passado intacta, sobre a festa de minha cunhada que seria hoje, e até mesmo sobre meu mais novo aluno de alemão, Peeta, sobre tudo que ele havia falado na aula e que mesmo sendo incrivelmente irritante, ele é bem divertido. Cinna, obviamente, ouviu tudo atentamente como de costume.

—Vamos por pontos, você sabe que gosto de comentar tudo. – eu apenas assinto. – A tal loira dos sorrisos, não é má, e você sabe disto, aparentemente ela apenas ama seu pai e quer ter uma vida feliz com ele, mas sabe que isto apenas dará certo se todo o problema com você se resolver, e....

—O amor é para tolos, e você sabe disto, além de que, para ela ter sua vida feliz ao lado de meu pai, ela teve que tornar meu ano infeliz. — interrompo-o.

—Eu não gosto de ser interrompido, e você sabe disto, Kat! — assinto. — Okay, temos mais pontos para marcar. Primeiramente, o amor não é tolo, apenas algumas pessoas que não sabem lidar com a profundidade dele, cometem erros. — olha no fundo de meus olhos, de uma forma tão profunda que eu permito apenas a ele. — Você não disse que apesar de tudo, está bem aí? Que está se dando bem com as garotas?

—É diferente, Ci... Estou me dando bem aqui, mas este não é meu lar...

—Nem aqui é. — ele afirma.

—Não, não é. Mas foi neste lugar que eu me reergui, que eu me construi, foi ao seu lado que eu tornei quem sou. Aqui é apenas o lugar que me destruiu. — choramingo.

—Kat, eu estou ao seu lado, mesmo de longe, mesmo que você não me ligue por duas semanas, sempre estou ao seu lado nem que seja por pensamento. E eu sei, que por mais que as coisas tenham acontecido na Califórnia, você é forte o bastante para se manter firme aí, para mostrar ao mundo quem a garotinha indefesa é agora. Você é uma leoa, é forte, é poderosa e linda.

“Agora, vamos falar a verdade, seu pai não se aproxima de você, não porque não quer ou porque está demasiado ocupado com Mary, mas porque ele sabe que você não o quer por perto, ele está te dando todo o espaço que você mesma pede, não podes reclamar disto. Sobre Gale, você sabe que amo discordar de você e embolar sua cabecinha, mas tenho de concordar ou discordar, ainda tenho de refletir sobre isto... Quer dizer, Stanford está a 5 horas de Los Angeles, e seria muito cansativo para seu irmão ir e voltar todo fim de semana. E apesar de ter Stanford escrito em seu currículo te levar a qualquer lugar, a UCLA não tem um ensino ruim. Tudo depende das prioridades das pessoas, Kat, aparentemente Madge tem um grande valor sentimental para seu irmão.”

—Certo, certo, vou tentar refletir sobre isso, sabichão!

—Sobre Annie e Finnick, você não pode fazer nada quanto a isso, talvez amanhã pela manhã eles estejam juntos, talvez eles nunca sequer troquem um beijo, é a vida, cheia de incertezas. — dá de ombros. — Sua relação com Clove é algo... estranho, certo? Vocês estão ajudando uma à outra? Ótimo! Mas vocês têm de saber mais, você sabe que se não souber sobre o passado dela, nunca poderá ajudá-la realmente,e ela precisa saber sobre você, tente resolver o quanto antes possível, sim? —assinto. — E este tal Peeta, ele sim é o bofe que eu falei — dá um sorriso malicioso —, ele realmente vai te descobrir facilmente, parece que ele é mais esperto que qualquer outra pessoa, ele consegue te ler, mas não o afaste por isto, ele está certo. Você deve fazer as pazes com o passado e ter o futuro brilhante que merece. Você não conseguirá de imediato, mas... Perdoe seu pai, volte a ser amiga de Gale, e se necessário, visite sua mãe e converse com ela, é isto que deve fazer. Superar!

—Mas, Ci... Eu não consigo deixar isto para trás, tudo o que sofri, tudo que me fizeram, não tem como... Estou marcada!

—Tem sim, Kat! Não foi você que me fez esquecer meus pais? Não foi você que disse que eu era perfeito como era e deveria apenas esquecer seu passado e seguir o futuro? Você também consegue.

—Às vezes, quando falo com você, me envergonho de sequer sonhar em fazer psicologia. — murmuro.

—Por quê?

—Sua psicologia é incrível, suas frases, seu modo de pensar, Ci, você consegue me hipnotizar.

—Não se esqueça, Kat, que foi você que fez isto, que formou quem sou. Antes de você, eu era apenas um cara cercado por medo e preconceito. — solta. — Mas, você que minha ajuda para se arrumar para festa da sua cunhadinha é isto?

—Sem duvidas! — Cinna é cheio de estilo, se hoje em dia eu tenho um pouquinho de estilo, devo isto a ele.

—Ótimo! Já tomou banho? — assinto — Aquele seu vestido azul Royal justo até a cintura se soltando delicadamente a partir daí com detalhes de transparência na gola, nas mangas e na saia, está com você?

Vou até o closet e pego vestido, eu havia o comprado junto com Cinna, mas nunca o usei, oportunidade perfeita de estreá-lo.

—Sua sandália de salto 15 fino, preta, onde está? — pego-a e mostro diante da câmera. — Perfeito! Faça uma maquiagem azul com preto esfumaçado, um leve delineador e um batom rosa coral. Ah, aqueles seus brincos perola ficaram perfeitos. — garante. — Agora, tenho de ir, fique linda e agarre um boy. Beijos! — se despede sem me dar oportunidade de responder.

Me arrumo como Cinna falou e percebo que estou incrível, exatamente no momento que escuto a buzina do carro de Annie. Desço as escadas rapidamente, passo pela sala onde meu pai e Mary estão, me despeço rapidamente, pegando minha copia da chave de casa e o presente e entrando rapidamente no carro.

—Agora entendo porque não quis se arrumar conosco... — começa Annie, após todas darem uma conferida em mim. — Não queria revelar como ficar incrível assim.

—Ah, não venha com esta, Cresta! Está incrível com este tomara que caia verde que valoriza seus olhos e Clove, você está um arraso com esse vestido creme rendado. Estão fantásticas!

Passamos o curto caminho toda conversando baboseiras e logo chegamos, Annie estaciona seu carro, e descemos, entrando na incrível casa de Madge Undersee, onde de longe já se pode ver algumas luzes e detalhes da decoração. Logo que passamos pela porta, vemos Madge recepcionando os convidados e recebendo os presentes com meu irmão ao seu lado. A música alta nos atinge definitivamente e as luzes quase nos cegam. Seguimos até a loira.

—Oh, meu Deus! Vocês estão lindas! — exclama.

—Não venha com essa, Mad, hoje é seu dia e você está incrível, brilhando mais que nunca. — Annie contesta abraçando-a e entregando seu presente que vai parar em uma mesa com outros vários. — Parabéns, amiga!

—Parabéns, Mad! — Clove a abraça meio sem jeito, logo a soltando após a loira agradecer.

—Parabéns! — sussurro no ouvido dela, apertando-a forte no abraço, querendo acreditar, que este abraço dirá mais que mil palavras.

—Oh, meninas... Fico tão feliz de vê-las aqui, aproveitem a festa. Logo, logo, dou uma passada onde vocês estiverem. — promete antes de nós nos retirarmos.

Seguimos para um lugar qualquer e por fim, nos sentamos em uma mesa. Annie questiona se queremos beber algo, eu afirmo quase imediatamente, então ela vai atrás de algo para bebermos.

—Como você esta, Clo?

—Perfeitamente bem, pela primeira vez estou tendo amigas de verdade, e eu tenho que agradecer a você. — responde entusiasmado, e eu nego com a cabeça.

—Não tem de me agradecer por nada, se conseguiu amigos, é porque merece. — ele se prepara para retrucar, mas Annie chega impedindo-a.

Estranho o fato de Annie parecer tão frágil, como se tivesse visto algo que tivesse a magoado, mas ignoro, às vezes eu costumo ver coisas. Passamos um tempo conversando, Clove vai no banheiro e volta trazendo noticias do que viu no caminho, já que não estou disposta a levantar-me, apesar de haver diversas caras lindos e músicas incríveis rodando. Após quase uma hora desde que chegamos, Madge aparece, se jogando em uma das cadeiras e retirando seus saltos por debaixo da mesa.

—Vocês viram a loira que está com o Finnick? — é a primeira coisa que fala, me fazendo procurar com os olhos, não encontrando nada.

—Tingida! — Annie grunhe, cruzando os braços.

—Um corpão. — confirma Clove.

—Aposto que é plástica. — a ruiva bufa revirando os olhos, me deixando confusa, ela nunca foi de falar este tipo de coisa.

—Mas, a voz... — Mad sequer termina a critica, deixando claro que é uma típica voz de pato.

—É dela mesma. — Annie assente estreitando os olhos.

Eu e as garotas nos entreolhamos curiosas, mas por fim damos de ombros.

—Eu tenho que ir ver outras pessoas. — Mad diz após o fotografo tirar fotos nossas e batermos um bom papo.

—Eu vou dançar. — Annie sorri animada.

—Eu vou com você. — Clove diz, e todas se voltam para mim.

—Eu vou ao bar, beber qualquer mistureba sem álcool. — dou de ombros, e todas nós nos levantamos.

Sigo para o bar, sento-me num banquinho e peço uma bebida ao barman, que logo me entrega, e como um brinde me canta. Levanto-me frustrada após beber, ando por indo para qualquer lugar, é então que eu sinto mãos nas minhas pernas e alguém me levantando no ar.

—Hey, morena, quer tomar um banho?

—Me ponha no chão, seu idiota! — grito muito raivosa.

— Ei morena, precisa acalmar um pouco, um banho gelado deve fazer isso.

E com isso eu me vejo sendo jogada na piscina. A água esta bem fria, e as luzes da piscina estão me incomodando. Eu tento dar um impulso para subir normalmente, mas algo me impede. A barra do meu vestido ficou presa em um dos filtros no fundo da piscina. E a piscina deveria ter uns três metros de profundidade. Tento desesperadamente voltar à tona, luto para rasgar o vestido, mas é em vão. Penso em todas as maneiras que conheço de controlas o ar, logo alguém perceberá que não estou conseguindo voltar e me resgatará. Mas, as vozes começam, as lembranças me aterrorizam, lembro-me de quando era criança e as lembranças soam alto como se fosse agora.

“Você é um idiota! Louco, controlador, não sei por que ainda não fui embora com meus filhos — minha mãe gritava raivosa.”

“Porque você sabe que nunca poderá levá-los. Você é uma vadia. — meu pai gritava.”

“IDIOTA! VACA! Você não se importa com as crianças! E você muito menos! VAGABUNDA! TRAIDOR!”


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Notas finais do capítulo

LEIAM AS NOTAS:

Bem.. Vcs qse n comentaram o ultimo cap, mas eu n falo nada, pq demorei mto... Mas, dst vez qro a opinião de vcs, sim? Por favor!
E, também... Entrem no grupo do face, eu n posto praticamente nada lá, pq n tem praticamente ninguém.. Entrem, tenho tanto oq falar, e tenho spoilers do cap 6, ele já está quase pronto...
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Espero vocês nos comentários.. Bjs!