[Quem não leu as notas iniciais,pedirei que leia para entender o motivo da demora e também o que ocorrerá com o fic esse ano.]

Com a preparação do jantar, Hermione teve tempo para pensar em uma desculpa boa o suficiente para acalmar os neurônios famintos por informações do seu novo chefe, que era distraído com as brincadeiras totalmente sem sentido de sua filha a qual tentava ensinar-lhe como atuar de forma perfeita, assim como ela mesma fazia mas ao mesmo tempo brincar. Somente ela conseguia compreender as próprias explicações, pois para qualquer um que prestasse atenção, era somente uma criança falando sobre regras teatrais cujas origens vinham de sua própria professora, contudo, para a pequena, era apenas diversão, pois quando se atuava de verdade nenhuma brincadeira era tolerada.

A castanha pensava qual lavagem cerebral sua filha levava todos os dias da sua professora de teatro para que a criança levasse tão a sério uma profissão que possivelmente ela não seguiria profissionalmente. Seguindo seu relógio biológico , com apenas meia hora na cozinha, um jantar nutritivo e simples foi posto a mesa. Ela não sabia ao certo se o loiro iria querer jantar com as duas, mas mesmo assim colocou um terceiro prato a mesa para logo em seguida chamar a dupla que se divertia na sala.

–Querida, vá lavar a mão para comer por favor - Pediu sorrindo mas com um dos braços arrodeando a própria cintura- Malfoy, ficará para jantar?

–Se não for incômodo, eu aceitarei Granger – Respondeu o loiro vendo a miniatura da Granger correr para o banheiro

–Claro que não! Já coloquei seu prato na mesa, devo-lhe pedir para lavar as mãos Sr – Ela falou como se referisse a uma criança – Não pode comer de mãos sujas

–Sim Sra! – Draco respondeu rindo- Seria um risco a minha frágil saúde não é?

–Pode apostar que sim –A castanha sorriu fraco mesmo que internamente desejasse rir

Poucas pessoas no seu dia-a-dia sabiam da sua dura história, até mesmo ao melhor amigo, Harry Potter, a morena se recusava a contar tudo aos mínimos detalhes. A única coisa a qual o moreno sabia é que no passado Hermione havia feito uma trágica escolha que resultou no presente amedrontador que ela vivia, não se estabelecendo em um único lugar por muito tempo, ficando em casas a qual a segurança quase se assemelhava a segurança de fortes executivos, a qual tinham suas cabeças sempre postas a prêmio.

Em sua mente, Draco tentava entender o motivo de tantas câmeras em uma casa onde morava somente mãe e filha. “ Talvez esse tal de Gregory tenha haver com isso” pensou o rapaz no caminho de volta a mesa, acompanhando pela filha de Hermione que tagarelava com uma falsa animação que qualquer um percebia mas que Hermione parecia querer ignorar ou percebia e fingia acreditar, isso irritava profundamente o rapaz que sentia um desejo agonizante de ajudar a moça, " Haa mamãe, se você me visse agora, não acreditaria" ele voltou a pensar com um sorriso ridículo no rosto

–Tio? O que está pensando que o deixou feliz?- Uma voz infantil invadiu seus ouvidos fazendo-o abaixar o olhar

–Nada demais... Com fome? -Ele decidiu mudar de assunto já percebendo que se continuasse perderia uma batalha verbal facilmente para essa menina

–Muita! Tomara que mamae tenha feito panquecas- Ela sorriu agora realmente animada- Quando ela faz, bota uns quatro recheios diferentes na mesa ai você pode escolher qual você quer! É tão..Gostoso

–Eu imagino que sim,vamos torcer para que seja isso o jantar não é?

O sorriso que se formou no rosto da garotinha fez Draco sorrir, a tempos não se sentia leve como naquele dia e isso fazia o rapaz ponderar a possivel aproximação que se formava com a nova funcionária

–Mamãe! Pronta para jantar!- Alicia chegou saltitante na cozinha e sentou-se ao lado da mãe-PANQUECAS!

Hermione e Draco não deixaram de rir pela euforia da menina que foi contida de forma divertida pela sua mãe. Assim como a pequena disse,na mesa havia quatro pequenos potes com molhos diferentes e aparentemente saborosos aos olhos de Draco.

O jantar se percorreu de forma bastante amistosa e divertida. Um clima bem diferente do que se percorria não muito longe dali, onde Pensy andava inquieta em casa de um lado para o outro. Nada que seu marido falasse parecia pregar em sua mente, seu filho já estava dormindo a um tempo o que deixava a agonia da jovem mostrar suas verdadeiras faces, sendo bem maior do que ela demonstrava durante o dia.

–Pensy, meu amor, pare de andar,você assim fara um buraco no chão ou ainda pior! Você me deixará louco- Rony pediu educado segurando a cintura da noiva

–Ron, eu não consigo! Draco era meu melhor amigo...Ele não retorna as minhas ligaçoes...Sinto que algo ruim vai acontecer - Ela encostou a testa no ombro do marido- Por que fui tão burra?! Tão imprudente?!

–Pans, se acalme...- O ruivo pediu abracando-a

Na noite anterior a noiva havia recebido a visita de um rapaz bastante estranho e um pouco familiar a mente do ruivo, assim que chegou ele exigiu uma conversa com a sua noiva e ele ainda alegou que seria bastante amistosa que era somente para tirar umas satisfações antigas e mal resolvidas com Pensy. A conversa dos dois foi bem rápida, mas pelo estado de sua noiva ao final do dialogo,Rony percebeu que não foi amistosa como o visitante alegou que seria. O rosto do rapaz era bastante familiar, sua amiga de trabalho, Hermione, já havia lhe contado que no seu passado um rapaz destruiu seu passado de diversas formas e ainda atormentava a castanha do presente, e pela sua descrição o ruivo pode perceber que era o mesmo que visitara a sua esposa. Contudo, por mais que perguntasse, Pensy não respondia, muito menos cooperava para o marido pensar em algo para ajuda-la

–Pans, pela ultima vez...O que vocês conversaram em?

–Ron, entenda...Tem coisas na minha vida que eu não me orgulho, pensei que isso tivesse morrido a muito tempo, quando decidi abonar aquela vida- Ela começou a falar já percebendo umas lagrimas teimosas percorrerem seu rosto- Mas pelo visto, eu estava enganada. Quero resolver isso sozinha, se eu não conseguir, eu peço sua ajuda...

–Sei que não vai pedir Pensy, você é orgulhosa demais para isso - Ele falou calmo acariciando o rosto da noiva que teve as feições mais relaxadas com o toque- Esse rapaz, como se chama meu amor?

–Gregory...Gregory Helborn - Ele falou baixo forçando o ruivo a se aproximar

–Deixarei claro o jogo a você Pans- Rony falou serio- Esse cara maguou a minha amiga de faculdade e ex amiga de trabalho, se você tem algo haver com ele quero que me conte, não quero descobrir por outros

Pensy se afastou assutada, pela voz do marido pode-se perceber que ele falava serio e se arrependera internamente pelo passado que tivera

–Talvez queira sentar.... a história começa quando estava no segundo período da faculdade....