Todo mundo um dia já sonhou em conhecer alguém diferente, que quando você olhasse no fundo dos olhos dessa pessoa notaria algo fantástico! Que nenhum ser humano normal poderia um dia sonhar em encontrar, era exatamente assim que Draco via Hermione. Talvez fosse coisa da sua cabeça, mas ela com certeza sabia quem ele era, afinal quem não conhecia as industrias Malfoy? Mas mesmo assim ela agiu com ele como um total desconhecido e Alicia era uma especiaria, mas havia algo nela que a diferenciava de Hermione,talvez o tom mais claro do cabelo ou os olhos mais puxados para o azul, surgindo o questionamento se a castanha era casada porém não vira aliança no dedo da moça sendo possível assim o descarte de tal hipótese.Os pensamentos conturbados distraíram o loiro por todo o caminho de volta logo após ver a castanha fechar a porta de casa assim que entrara nem lhe lançando um olhar ou um simples e singelo sorriso, " Ok, Malfoy! Chega!" Draco pensou irritado já imaginando como seria sair para um passeio simples com a suposta , e distante, vizinha

Assim que chegou em casa deparou-se com a porta aperta quase que escancarada. Achara estranho, pois poucos sabiam que ele morava ali e mais ainda, não havia um louco no mundo que tentaria assaltar ele,mas não haveria mesmo! Então convicto que não havia sido roubado muito menos algum trombadinha querendo pregar alguma peça, caminhou até pequena grande casa até encontrar um dos seus sócios mais chatos observando uma velha foto sua com o mesmo depois de um jogo de futebol, como se tentasse entrar e voltar no tempo para aproveitar o tempo perdido

–O que faz aqui? Será que posso saber Potter?- Draco perguntou já mal humorado pela visita do rapaz- Já disse que não fecharei contrato nenhum com vocês

–Não estou interessado nisso Malfoy, não no momento- Ele bufou- E fala sério, pare de agir como se não fossemos amigos!

–Paramos de ser no momento em que vi você tendo fortes laços com o Weasley - A voz amarga do rapaz demonstrava todo o desgosto que tinha pelo ruivo bloqueando rapidamente as memorias que vinham junto com o nome dele- Agora saia

–Mas vamos esquecer isso por 5 minutos, tenho um pedido enorme para lhe fazer Draco- Harry falou encarando os olhos azuis de Draco fazendo o loiro perceber o quando o assunto afetava ele pelo simples fato de nunca ter visto o amigo implorar-lhe por algo até o devido tempo

–Então fale Harry - Draco estirou o braço dando-lhe entender que oferecia a cadeira para se sentar

–Como já disso antes em algumas de nossas conversas, tenho uma funcionária que é uma das melhores! Ele fica na parte administrativa, mas consegue fazer tanto coisa que tenho a impressão que ela não é formada somente em administração mas também em outras coisas também - Harry falava com angustia- Mas os meus sócios querem demiti-la, consideram-na uma ameça sei lá do que, a qual eles julgaram que como tenho laços afetivos com ela, não tenho direito de opinar sobre o assunto

–Mesmo você sendo dono da empresa? Serio mesmo que chegou a esse ponto?

Desde que era pequeno, Draco e Harry sempre tiveram uma amizade forte, sendo seus pais donos das maiores empresas do pais, a união das duas família se tornou algo previsível, chefiando assim mais da metade dos mercados do pais.Contudo, o que atraia mais a atenção dos economistas é que desde que os jovens assumiram os postos dos seus pais, as empresas mesmo unidas acabaram por tomar rumos diferentes, Os Potter mais ligados a engenharia e os Malfoy a altas tecnologias,conseguindo assim quase o monopólio de todo o comercio nacional arradiando fortes rivalidades mas mesmo assim sem conturbar a amizade solida, pois se você observasse com atenção, mesmo separadas, as empresas ainda tinham vínculos financeiros e administrativos

–Sim, mesmo eu sendo dono - harry bufou irritado- Não posso demiti-la Malfoy! Ela é minha melhor amiga, quase uma irmã e ainda tem uma filha! A vida dela já foi desgastada demais!

–Ok..E por que você acha que eu preciso de ajuda? Ou melhor ainda, que eu posso ajudar - Draco perguntou ao amigo com um sorriso sacana no rosto, adorava irrita-lo

–Por que sei que sua parte administrativa toda quase todo o seu tempo, imagine, se tiver alguém de confiança e qualidade ao seu lado as empresas Malfoy pode ficar mais poderosas que as Potter! Seria realmente algo bom,poderíamos unir forças novamente....

–Já entendi! Quem é essa garota?

–Granger, Hermione Granger

O sangue de Draco gelou. Granger, a garota que ele acabara de deixar em casa que morava em uma casa abandona pelos donos, provavelmente pagou uma merreca pelo rancho, ela havia tido um passado conturbado? Como?! Ela era tão angelical e sorridente, ninguém nunca imaginaria que ela um dia sofrera algum trauma ou algo do gênero. Imaginava-se trabalhar com ela, ali, no seu escritório mesmo, seria uma ajuda bastante bem-vinda, já que graças as negociações com uma empresa Alemã o garoto não anda tendo muito tempo de arrumar umas pontas soltas que ainda atrapalhavam o andamento perfeito de sua empresa.

–Potter,que desgastes você se refere? -Draco perguntou cauteloso, cada palavra sua foi proferido de forma lenta como se temesse espantar o amigo a sua frente

–Não sei se tenho o direito de interferir, mas de uma coisa eu tenho certeza- Harry se levantou e pegou a unica foto dele com Draco que continha na parede- Se demitirem ela não darão seguro desemprego, sei que Hermione tem economias, mas elas não duraram muito já que ela dar tudo a filha, principalmente as aulas de teatro e balé que a pequena tanto gosta...

–Ela está em um rancho aqui perto, vamos até lá, agora! -Draco se levantou agoniado- Tenho que contrata-la, certo?- Tentou se justificar ao ver o espanto do rapaz

–Você ta falando serio? E espera!- Ele parou no meio do caminho fazendo o loiro rir- Como você sabe aonde ela mora?!

– Ela mora aqui?! Que minhocas ela tem na cabeça? -Draco perguntou irritado já caminhando apressado pela trilha que a poucos minutos ele fizera

Estava irritado, como ela podia morar ali?! Era perigoso! Ouvira boatos que os donos daquele rancho o abandonaram graças a inúmeros assaltos,e isso fazia o rapaz se perguntar como nenhum desses assaltantes entraram naquela trilha até hoje. De longe dava para se ouvir os gritos nervosos e duvidosos de Harry, que ainda se perguntava como o loiro conhecia sua melhor amiga, e aos mesmos berros, eles respondia vagamente fazendo o sócio ficar ainda mais irritado.

Quando chegaram na casa encontraram Alicia do lado de fora, provavelmente procurando alguma coisa no canteiro, pois sua atenção as pequenas flores era de se espantar para uma criança da sua idade. Harry a cumprimentou rindo pela euforia da menina ao vê-lo, mas seus olhos castanhos fitaram Draco logo antes de gritar

–MÃE! VISITA!

–Alicia, não grite ora merda! -hermione brigou se mostrando toda suja de terra-Por Deus! Malfoy? Harry?!

–Ahn... Oi Mione- Harry a cumprimentou envergonhado

Mesmo com uma amizade bonita e longa ele nunca vira a amiga tão descabelada e suja como daquele jeito. Terra provavelmente de alguma plantação cobria a barra do seu vestido verde e ia até o seu rosto, dando o ar desgrenhado a moça que a poucos minutos atras parecia uma digníssima dama moradora de uma das ruas mais caras do mundo.

–O que fazer aqui? -ela perguntou olhando os dois tentando inutilmente puxar a manga do vestido cobrindo mais marcas a qual Draco memorizava para um dia perguntar o porque de te-las ali - Alicia, pega o casaco pra mamãe, corre!

A filha olhou a mãe descoberta e como por impulso correu casa a dentro voltando com um casaco branco já desgastado pelo tempo, e tremula entregou a mãe que apenas sorriu.Quando a garota completou 4 anos, Hermione teve que explicar o motivo vago de cada uma daquelas cicatrizes o que deixou a filha meio amedrontada mas convicta que era a unica que poderia protege-la, " Sonho de super-herói" Hermione pensou no momento em que a filha disse que a protegeria

–Hermione...-Harry a chamou mas a castanha balançou a cabeça

–Se veio falar da demissão eu já sei Harry, recebi a carta hoje de manhã. Não se preocupe, eu vou resolver tudo...Só preciso de um tempo

–Por isso que estamos aqui -Harry apressou-se em falar ao ver a confusão no rosto da amiga- Sei que conhece o Malfoy, ele quer lhe oferecer um emprego

Os olhos castanhos se viraram para os azuis acinzentados de Draco, com um misto que o loiro desconhecia

–Preciso de alguém para me ajudar - Ele falou calmo- Você poderia trabalhar aqui comigo, Alicia poderia ficar no quintal...Sei lá

–Ela tem escola o dia todo - hermione explicou sorrindo- Eu iria adorar Sr.Malfoy

A noticia fez Draco se alegrar, nunca pensara que contratar alguém pudesse lhe dar tanta motivação.

***

No dia seguinte Hermione acordara cedo, seria o seu primeiro dia, na verdade, não havia nenhum contrato fazendo a castanha imaginar como faria hoje,mas o loiro a fez prometer que iria a sua casa logo após o ônibus pegar Alicia em casa, e assim como prometido ela fez. Chegou a casa de Malfoy pouco antes da sete,e relutante bateu na porta,imaginava que loiro ainda estivesse dormindo, mas como estava enganada! Ele estava impecável com a roupa mais social mas casual que já vira alguém colocar. Sem proferir uma unica palavras fez a castanha ir até uma grade sala a qual ele trabalhava

–Bem, antes de qualquer coisa, queria que me disse-se no que é formada

–Administração ué - Ela falou não respondeu sem compreender

–E mas no que Granger - insistiu lhe entregando uma pasta verde

–Direito e economia -Ela sussurrou forçando o rapaz a se aproximar- Cursei Administração junto com economia e perto de acabar comecei direito

–E você tem quantos anos?!

–Vinte e quarto, farei vinte e cinco perto do fim da primavera

–Como? -Ele perguntou se sentando fazendo a garota que agora lia o conteúdo da pasta com a testa enrugada rir

–Entrei na faculdade com 16 - Ela respondeu mas suspirou- E isso está errado

–Em que poderia estar errado?

Ele sabia que estava, sempre que contratava alguém entregava aquela pasta para saber se a pessoa era realmente qualificada, mas se espantou em perceber que Hermione percebeu erros que nem mesmo ele havia visto, e ainda mais, ela havia conseguido melhorar ele de tal forma que desejou que ele contrato fosse realmente real. Mentalmente agradeceu aos sócios de Harry por não ter capacidade de extrair todo o potencial que aquela garota tinha. Quando era pequeno seu pai havia dito que se um funcionário for melhor que ele, era exatamente essa pessoa que se tornaria seu braço direito, "só rezo para as coisas não saírem dos trilhos", desejou Draco ao perceber a jovem bocejar após longas horas de trabalho.

Como fizera na primeira vez que se encontraram, Draco a levou para casa só que dessa vez mantendo um dialogo aceitavel, afinal, agora eram amigos de trabalho não é?

Alicia já havia chegado em casa e esperava a mãe apreenciva, desde que ela chegara um carro estranho estava parado em frente a sua casa e ao ver a mãe a garotinha congelou, os olhos vidrados no carro que nenhum dos dois adultos havia percebido assim que chegaram. De dentro do carro um homem alto e forte saiu,ele tinha uma cicatriz no rosto que partia-lhe o olhos esquerdo, deixando-o ainda mais amedrontador do que realmente era, Alicia conhecia ele tão bem que a assustava, já o vira em sua casa antes e isso fez com que ela tentasse puxar a mãe gélida para dentro de casa. Hermione não se mexia, seus olhos estavam presos os homem que se aproximava da castanha com o sorriso mais masoquista que alguém poderia expor

–mamãe- a garotinha a chamou chorosa fazendo Draco perceber o grau da cituação

–Hermione querida!- A voz rouca do homem fez Hermione se retrair mais- Não se acanhe, me deu um abraço

A castanha não se mexeu fazendo o homem a sua frente se irritar

–Eu pedi uma abraço, Granger- Falou as palavras pausadamente

–O que..O que faz aqui Gregory? -Hermione perguntou baixo

–Ué, você se mudou e não me deu seu endereço novo, fiquei preocupado docinho -Ele falou puxando a castanha para perto de si de forma brusca- E eu pedi uma abraço

Gregory não esperou uma resposta, abraçou Hermione com força e Draco pode jurar que ouviu uma costela quebrar, a castanha chiou baixo fazendo o homem a largar jogando-a no chão rindo alto

–Nos vemos depois- Ele falou lançando-lhe um beijo

O sangue de Draco gelou, Hermione estava caida no chão, olhando o chão como se procurasse resposta ou coragem para olhar para ele ou para a sua filha que havia visto toda a cena

–Mamãe!- Alicia gritou fazendo a castanha sorrir ao receber o abraço mais carinhoso que uma mãe poderia receber

–Você não deveria ter visto isso Alicia,sinto muito- Ela falou baixo acariciando-lhe a face da filha- Vamos,tenho que preparar seu jantar, deve estar faminta!

Era sempre assim após as visitas de Gregory, Hermione agia como se nada tivesse acontecido, e Alicia entrava na onda na esperança de um dia ver sua mãe livre do demônio, mas Draco não deixaria assim, seguiu Hermione porta a dentro, ela estava machucada, claro que estava a força do abraço e ainda mais da queda deve te-la ferido. Porém não era isso que preocupava o garoto, mas sim a capacidade da castanha que ignorar o ocorrido.