O Herdeiro - Interativa escrita por newsome


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Ficaram faltando duas personagens que não deu tempo de escrever. No próximo capítulo farei questão de dar uma atenção especial para Elisabeth e Lyra, prometo.
E, apenas os dois primeiros pontos de vista foram redigidos no computador então o tamanho dos outros pontos de vista estão menores porque é um saco escrever pelo celular, mil perdões.
AH! E leiam as notas finais



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Annaliese Silverette

– Então foi por volta do reinado de Gregory Illéa?

– Acredito que sim, mas ninguém tem certeza. – expliquei.

– Anna... Você acha que algum dia as castas serão extintas por completo? Quero dizer, já ouvi uma vez que o Rei Maxon e a Rainha America pretendiam em um projeto unir o Oito ao Sete e assim unificar as castas até que não sobrasse nenhuma. Mas já se passaram 20 anos... – comentou Maryse.

– Não acho que deva se preocupar com isso agora, Maryse. – sorri fraco para a caçula. – Eles sabem o que fazem.

Tentava convencer a mim mesma de que estava certa ao dizer tais palavras para a minha irmãzinha. Ela era muito esperta para uma pessoinha de 10 anos, sabia que não podia a enganar, mas naquele assunto nem eu mesma sabia a quem estava enganando: a ela ou a mim mesma.

– Próximo tópico! – prossegui. – A linhagem real.

– Nunca entendi isso muito bem. – disse a mais nova fazendo uma careta. – Como Illéa se tornou Schreave? Não era pra ser Maxon Illéa?

– Não. – ri. – O que aconteceu foi...

– Hey! Ainda estão estudando? – foi a voz de James me interrompendo.

– Sim. – sorri para James, o irmão mais velho. – Esta garotinha aqui é muito esperta, aprende rápido.

– Não podia esperar menos de mim. – sorriu convencida.

– Bom, as mulheres tinham mesmo que ter herdado a inteligência da família. – riu James.

– Bobagem. – resmungou Henry atrás de James.

– Fala isso só porque é burro! – disse Maryse mostrando a língua para Henry.

Este por sua vez apenas revirou os olhos.

– Enfim, vim aqui avisar que o Jornal Oficial já vai começar. – finalizou James.

– É mesmo! Havia me esquecido! - me levantei em um pulo pronta para me direcionar a sala e assistir ao programa. – Venham!

Observávamos a televisão atentos enquanto as vagas diminuíam juntamente as minhas esperanças.

– Vamos lá, por favor! Por favor! – sussurrava chorosa.

Mais do que qualquer pessoa, eu precisava daquilo. Não porque tinha uma paixonite boba pelo príncipe ou queria os vestidos caros e as comidas esquisitas daquele palácio. Eu precisava por Maryse. Ela estava doente e ficava cada vez pior, cada vez mais fraca.

Eu perdi meu pai por causa do câncer, não tínhamos dinheiro para pagar um tratamento. Um tempo depois perdi minha mãe, ela se suicidou. A única coisa que me restou foram meus irmãos, minha única família.

E agora a vida queria me tirar Maryse também. Assim como meu pai, ela tinha câncer.

“Vai dar tudo certo.” Pensei na tentativa de afastar esses pensamentos tristes.

– Senhorita Annaliese Silverette, de Allens, Cinco.

– Sim, sim, sim, sim!!! Sim! - sorri eufórica com as lágrimas que caiam felizes de meus olhos.

Henry, o irmão do gênio mais difícil, até mesmo ele, veio me abraçar com lágrimas em seus olhos. Todos nós sabíamos porquê aquilo era tão importante.

James por outro lado se bancava de durão, ele nunca iria chorar na frente de Maryse, mas seu sorriso denunciava todas as emoções não ditas, não demonstradas.

Maryse por outro lado sorria, um sorriso que beirava a doçura, um sorriso angelical.

Em momentos como aquele o afeto e o amor que nos ligava era quase palpável. Me agarrava aquilo como minha motivação de cada dia, minha motivação para lutar por mais um dia.

Nos juntamos em um abraço que diria mais do que qualquer um ali seria capaz de dizer com palavras, e permanecemos apenas aproveitando aqueles poucos momentos de felicidade.

E se no fim do dia eles ainda estivessem ali por mim, então eu sabia que eu seria capaz de tudo. Conquistaria quantos príncipes fossem preciso.

Angelita Goldensecret

Esfregava o piso de madeira com precisão parando vez ou outra para enxugar com a palma da mão as gotículas de suor que se acumulavam em minha testa.

Aquilo ia levar mais do que eu imaginava.

– Acho melhor andar logo com isso, sua presença me irrita. - disse Riley, a filha de meus patrões.

" Acho melhor calar a boca, você me irrita." Pensei.

Riley era uma garota extremamente antipática. Se eu respirava ela já começava a implicar e pedir para o pai dela reduzir o meu salário. Já me segurei várias vezes para não lhe dar uma bela resposta - ou uma bela voadora -, mas isso implicaria com a perda do meu não tão belo emprego o que era algo que eu não podia me dar o luxo de deixar acontecer.

– Ande, vamos logo! O Jornal Oficial já está para começar! - morrinhou mais uma vez.

Sentindo um certo prazer comecei a esfregar o mais lento que podia, algumas vezes até parando e olhando pro teto pensando na vida.

– Você possui algum tipo de deficiência sua empregadinha? Disse para limpar mais rápido!

– Oh! - exclamei derrubando a falsidade que meu tom insinuava juntamente ao balde de água suja aos seus pés. - Perdão Senhorita, não sei aonde estava com a cabeça!

Mas antes que ela pudesse chamar o papaizinho para que ele cortasse meu salário pela metade, meu nome foi anunciado por Gavril Fadaye.

"Senhorita Angelita Goldensecret, de Belcourt, Seis."

Me virei para encarar a televisão. Abri um sorriso satisfeito enquanto me levantava do chão e largava o esfregão de lado. Limpei as mãos na saia do vestido puído que vestia e pus-me a caminhar ao escritório da família.

–Sr. Silvester? - chamei.

Não disse nada, apenas me encarou sob as orbitas dos óculos redondos esperando que eu continuasse.

– Vim pegar o meu pagamento. Já terminei meu trabalho por aqui hoje.

–Está em cima da mesa. - se limitou a dizer.

Sem esperar muito recolhi o envelope e fiz meu caminho para fora da casa.

–Você. Venha aqui agora! - "ordenou" Riley furiosa.

Não movi um músculo.

–Ora, quem pensa que é sua imunda? Quem pensa que é? Com certeza houve um erro nesse sorteio estupido!

– Dobre sua língua para falar de mim sua vaca. Se eu fosse você - o que graças aos céus eu não sou - eu baixaria o tom porque a partir de agora quem da ordens sou eu. - cuspi as palavras.

Sem perder tempo continuei:

– Ah, e não se esqueça que eu posso ser a sua futura rainha, então pode começar a praticar as reverências que você deve para a empregadinha imunda aqui.

Com um sorriso satisfeito deixei para trás Riley e seus faniquitos idiotas. No momento eu possuía coisas muito mais importantes a fazer do que gastar meu tempo com ela.

Hazel Grey Fox

"Senhorita Hazel Grey Fox, de Kent, Cinco."

– Essa aposta está no papo! - sorri maldosa.

–Quero só ver! - riu Alasca. - Duvido que aguenta uma semana com aquelas frescuras.

–Eu disse que aguento não disse? Já podem colocar as mãos nos bolsos.

De canto de olho pude ver Lise revirando os olhos.

– Não sei não, acho que vai acabar caindo de amores pelo Schreave. - continuou.

–Até parece que ele ia querer ficar com ela. - comentou Lisel.

Olhei para ela estranhando suas palavras agressivas.

– Quero dizer, você não faz bem o tipo do príncipe Haz. Ele deve gostar daquelas princesinhas boazinhas todas meigas e babonas. - completou.

– É, deve ser. - respondi desconfiada. - Hey, devíamos comemorar não acham?

– O que tem em mente? - perguntou Anthony.

– Uma festinha talvez? - perguntei dando a entender segundas intenções.

– Estou dentro! - exclamou Alasca.

– Uh oh Vossa Alteza Hazel está bêbada! - riu Alasca.

– Tragam-me os guardas mais fortes! Hoje a Rainha vai se esbaldar! - gritei virando a garrafa sobre meus lábios.

– Quanto tempo vocês acham que ela aguenta? - perguntou Anthony pegando a garrafa de minhas mãos.

– Nem mesmo um mês. - riu Lisel dançando.

Veremos queridinhas! Eu vou virar aquele palácio de ponta cabeça, o principezinho vai me agradecer!

Annabella Hansen-Tudor

–Nevel!

– Corra Bella, corra! - ele berrava com toda sua força.

– Venha comigo! - eu gritava. - Não te deixarei para trás.

– Você tem que ir. - disse ele se aproximando e deixando que seus lábios se encostasse nos meus por um instante.

–Os rebeldes estão chegando Nevel, eles já estão na cidade. Não temos tempo vem! - eu dizia desesperada.

– Bella...

E um som alto ecoou por meus ouvidos. Um som que eu jamais esqueceria e que me aterrorizaria para o resto de minha vida.

As lágrimas que se acumulavam em meus olhos me impediam de ver claramente mas ali estava, ali estava o homem da minha vida estirado no chão envolto de uma poça de sangue.

–Nevel! - eu gritava de joelhos ao lado do corpo que já não abrigava mais o meu amado.

–Annie! O que está fazendo? Corra! - era Matt que gritava por mim, mas àquela altura eu queria ficar ali e esperar para que eles tirassem a minha vida também.

Acordei ofegante sentindo as lágrimas se misturando ao suor em que minha pele estava recoberta.

–Nevel... - resmunguei não tendo controle sobre o choro constante que apertava o meu coração.

Em poucos dias eu não teria mais o conforto do meu quarto para acordar de pesadelos e me acabar em choro. Eu estaria no palácio e não podia ter essas crises por lá. Esperava que com o tempo meu coração se curasse daquela ferida imensa.

Sarah Mary Stanfield Grimes

Limpava o balcão da petshop enquanto meu tio terminava de organizar os últimos detalhes para que finalmente fossemos para casa depois de um longo dia.

No cantinho, um pouco mais escondida uma televisão bem pequena listava nome por nome das selecionadas. Com um olho na tv e o outro nas ruas escuras que cercavam a petshop ficava atenta para qualquer acontecimento atípico.

– Acha que vai ser escolhida? – perguntou Tio Andrew.

– Bom, é o que eu espero. – sorri.

Queria entrar naquela competição, mas não ligava tanto assim pro príncipe ou para a coroa. Bom, pelo menos não por enquanto.

” Sarah Mary Stainfield Grimes, de Waverly, Três.”

–Parece que alguém está com sorte hoje. – riu. – Parabéns Sarah, sempre soube que seria escolhida.

Tio Andrew me abraçou depois das congratulações.

– Acha que me darei bem por lá? – perguntei enquanto fechávamos a loja.

– Tenho certeza. Apesar de achar que você é melhor que qualquer uma daquelas garotas que praticamente se jogam quando o príncipe passa, acho que ele seria muito idiota caso te mandasse de volta.

– É, tem razão. – disse brincalhona para logo depois dar uma risada.

– Vem vamos para casa, sua tia vai pirar quando descobrir.

– Nem me fale Polly então... – ri me lembrando do principal motivo pelo qual havia entregado aquele formulário.

Melanie Brouillette Albuquerque

– Melanie, desça logo o Jornal Oficial já começou! – ouvi minha mãe me chamar.

– Já desço! – gritei de volta.

Escrevia as últimas palavras da carta que mandaria para papai. Sentia muita falta dele e naquele momento precisava dele, mesmo que eu não fosse selecionada.

Borrifei meu perfume no envelope da carta, e a guardei embaixo do meu travesseiro. O jornal oficial já havia começado e faltava pouquíssimo para que as selecionadas fossem finalmente reveladas.

Confesso que estava um pouco nervosa. Queria muito ser selecionada, queria muito ter a oportunidade de ter o coração de Ahren. Não sabia bem dizer quando começou aquela coisa esquisita que sentia no estomago toda vez que o via no Jornal Oficial, mas sabia que significava algo. Uma paixonite talvez?

– Quais já foram selecionadas? – perguntei me sentando ao lado de minha mãe.

– Uma garota do Quatro e outra do Seis.

– Certo. – respondi respirando fundo.

– Não fique tão nervosa Mel. – sorriu mamãe. – Ele é só um garoto.

– Não sei quem sabe ele não seja o meu grande amor? – comentei roendo a ponta de uma das minhas unhas.

“Melanie Brouillette Albuquerque, de Columbia, Dois.”

Suspirei aliviada enquanto sorria como nunca havia feito em algum tempo.

– Eu disse para não ficar tão nervosa. – mamãe sorriu me abraçando.

– Não consigo evitar. – ri alegre.

Dentro de alguns minutos o telefone começou a tocar e eu sabia que era a partir dali que a minha vida de selecionada começava.


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Notas finais do capítulo

Queria avisar para vocês caras leitoras lindas do meu coração que a partir do próximo capítulo A Seleção já irá começar! Uhul!
E eu preciso explicar como vai ser feita a eliminação de personagens. Tarefas reais ( ou não ) serão atribuídas a cada uma de vocês e a que tiver o melhor desempenho fica na frente na competição e a que for pior será eliminada. As tarefas serão basicamente alguma coisa relacionada ao futuro da sua personagem na história, algo que ela precisará fazer na história, ou seja: Um projeto de lei, uma sentença à um criminoso, a escolha de um vestido, a escolha de respostas no questionário do Jornal Oficial, como será a sua recepção ao fulano de tal da República de ciclano e por aí vai. Pode ser confuso mas quando chegar a hora vocês entenderão.
Por agora tenho uma missão para todas vocês. Eu como autora/leitora já tenho minhas favoritas na história ( mas amo todas, tá? amo vocês ), e vocês provavelmente também. Então a missão de hoje é listar as suas 3 personagens favoritas ( sem ser a sua, claro ). Tenham em mente que as escolhas que fizerem agora PODERÃO ser suas aliadas na história. As chamadas panelinhas irão começar já no próximo capítulo aksjkajsk
Enfim, acho que é só por hoje. Feliz natal para todas vocês, espero que tenham um ótimo natal com muita comida porque comida é a melhor coisa, muita paz, muito amor, muitos presentes e muitas felicidades.
Até o próximo capítulo!