O Herdeiro - Interativa escrita por newsome


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Fiquei muito feliz ao ver que vocês se interessaram pela fic, adorei as fichas!
Não coloquei todas hoje, coloquei metade porque haja dedinhos para escrever sobre todas merecidamente em um só capítulo!
Por isso para as personagens que não apareceram nesse capítulo, não se preocupem, pois aparecerão no próximo!
Ah, e mais uma coisinha. Precisamos de 35 fichas para que eu possa escrever a parte da Seleção da história, então pode demorar um pouco. Até conseguirmos as fichas escreverei sobre os acontecimentos de antes da Seleção, tudo bem?
Enfim, chega de blá blá blá, espero que gostem!



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Rosangela Galian

“Senhorita Rosangela Galian, de Ottaro, Seis.”

– Você se inscreveu nisso? – perguntou Marcos se colocando de pé subitamente.

Eu não conseguia raciocinar direito, o mundo estava girando rápido demais para que eu entrasse em seu ritmo. Eu estava perplexa, animada, feliz, esperançosa, mas, a parcela de medo que acompanhavam esses sentimentos compensava qualquer outra sensação no momento.

– Você conseguiu! Não acredito! – Colin exclamou animado enquanto me apertava em seus braços.

– Rose?

Encarei minha mãe que tinha a preocupação estampada em seus olhos enquanto chamava por meu nome.

– Oh meu Deus! – disse algo pela primeira vez despertando do transe em que estava desde que meu nome foi anunciado. – Eu fui selecionada.

– Estou tão orgulhoso! – Colin continuava.

– Não posso acreditar... – sussurrei para mim mesma.

Então ali estava eu, com minha cabeça repleta de dúvidas sem respostas e meu coração cheio de sentimentos indecifráveis. Então eu nem sei bem o porquê, mas acabei por buscar os olhos de Marcos naquele instante. Talvez em meu coração eu soubesse que ele sempre foi quem estava ali nesses momentos de confusão, quando eu precisava de um amigo para esclarecer a minha cabeça e me aconselhar sobre o que fazer.

Mas no momento em que o fiz no momento em que olhei para Marcos, eu sabia que eu havia o perdido.

– Marcos... – comecei antes que fosse tarde demais.

– Rose, não. Eu não quero isso mais, eu não mereço isso. – ele disse com a mágoa tomando conta de sua expressão. E antes que eu pudesse fazer algo para impedi-lo, ele já havia ido embora.

Lancei um olhar rápido para Colin que apenas me observava esperando que eu tomasse uma atitude.

Sem esperar mais corri atrás de Marcos desejando que aquele não fosse o fim.

– Marcos! – gritei por ele que ao avistá-lo se distanciando a rápidas passadas.

– O que? – se virou. – Vai me pedir para ficar? Vai dizer que eu preciso te entender e que eu não posso fazer isso?

Algo em seu tom de acusação doía mais do que o ver ir embora.

– Não. Mas você precisa me ouvir. – eu disse suplicando.

– Você precisa me ouvir. – se aproximando, continuou: - Você vai me ouvir.

– Você sabe dos meus sentimentos, mas prefere fingir que eles não estão ali, prefere fingir que eles não são nada. O que você faz comigo é tortura, e eu finjo não ligar. Eu ignoro. Mas eu não consigo mais, eu não posso mais. Eu sou apaixonado por você e por todos os seus trejeitos, todas as suas manias e todos os seus defeitos. E eu não quero mais receber suas migalhas, eu não quero ficar aqui e esperar pelo dia em que você vai finalmente me enxergar ou me dar uma chance de verdade. Eu não sou idiota, eu não vou ficar aqui para sempre. Então estou te dando uma última chance de me escolher, e dessa vez estou prometendo a mim mesmo que será a última. E eu sei que eu talvez não seja a sua melhor opção, com certeza um príncipe de porte alto com sangue nobre nas veias pode oferece mais do que eu, um simples Quatro. Mas eu prometo, que se você me escolher, irei te oferecer o meu coração por completo, irei te oferecer todo o meu amor. E isso será o suficiente para nós dois, eu garanto. Tudo o que estou te pedindo em troca, é um sim.

Em algum momento no meio daquele discurso, comecei a chorar. Marcos não estava tão diferente assim de mim, eu podia perceber que ele lutava para que as lágrimas não rolassem de seus olhos.

Pela primeira vez me peguei pensando “E se?”. E se eu dissesse sim? Como seria o meu futuro dali para frente? Eu me permitiria apaixonar por ele sabendo que eu tive uma oportunidade única de ter o coração do Príncipe? Eu conseguiria viver com a dúvida de que talvez o Príncipe pudesse ter me escolhido? E se?

Evellyn Hiddleston Evans

"Senhorita Evellyn Hiddleston Evans, de Clermont, Quatro."

–Isso! - comemorei animadamente. - Eu consegui!

– Eu sabia que você conseguiria! - disse papai contente.

– Ah! Minha irmãzinha naquele palácio gigante! Lyn! - exclamou Chris meio atordoado com o pensamento.

– Chris, seu bobo. - disse rindo enquanto o abraçava. - Não se preocupe, ficarei bem! Sou uma Evans, não sou?

– Querida! - mamãe comemorou. - Estou tão contente por você!

– Ah, mamãe! - sorri. - Mal posso acreditar!

– Pois acredite! Já consigo imagina-la com aqueles lindos vestidos!

– O príncipe só pode ser louco se não se apaixonar por você, Eve. - disse Scarlett sorrindo docemente.

– Espero que esteja certa cunhada. - sorri finalmente me preocupando com o fato.

– Sei que estou. - piscou para mim.

– Mas agora, pensando bem, se eu vou para o palácio isso significa que não estarei aqui quando Emily nascer! - reclamei ao me lembrar que minha sobrinha, Emily, viria ao mundo no próximo mês.

– Está vendo? Já não gosto dessa Seleção. - resmungou Chris.

– Quem sabe se você não fizer o príncipe cair aos seus encantos ele não deixe você vir nos visitar quando Emily nascer? – perguntou papai com um tom sugestivo.

– Não acho que será fácil assim, papai. – respondi com um sorriso singelo. – E além do mais, várias outras moças estarão no palácio. Acredito que todas elas sejam lindas de morrer!

– E você não é? – perguntou mamãe. – Evellyn, está na hora de acreditar em seu potencial filha. Tenho certeza que o príncipe gostaria de ter uma esposa que acredita em si mesma, não acha?

– É você deve estar certa... – disse enquanto analisava a situação. – Bem, não irei me preocupar com isso agora. Preciso contar para Gaby e Phelipe que consegui entrar!

– Acho que a essa altura eles já sabem, afinal passou no jornal oficial.

– Tem razão Chris. Então acho que vou descansar um pouco, qualquer coisa me chamem, estarei lá em cima.

Dizendo isto deixei a sala e subi para o meu quarto onde finalmente poderia ficar sozinha para organizar os fatos. Sempre ouvi dizer que as garotas não são selecionadas por um sorteio, na verdade suas fichas são analisadas antes de serem escolhidas pela família real. Isso significava que um deles me escolheu certo? O rei, a rainha, ou quem sabe o príncipe? Será que o príncipe havia gostado de mim e me escolhido? Ou quem sabe a rainha? Sempre a admirei muito.

“Deixe de ser boba Evellyn! Por que se importa tanto?” pensei.

Por que me importava tanto? Desde o início havia colocado na cabeça que entraria nisso porque gostaria de mudar as coisas das quais acho que estão erradas, as injustiças que circulam pelas castas.

Mas de repente tudo pareceu tomar cores mais vivas, e detalhes mais vívidos. Eu não acreditava que iria entrar mesmo – eu queria, muito – mas não estava assim tão confiante. Mas agora tudo pareceu tomar proporções maiores, de repente o príncipe era importante, a família real era importante. E se eu fosse a escolhida? E se eu fosse a futura rainha? Não pude deixar de ficar animada com esses pensamentos. Aquilo era importante para mim. Sem que pudesse evitar senti que queria aquilo, senti que iria lutar para conseguir o que eu queria: Ser a escolhida.

Gabriella Walker

“Senhorita Gabriella Walker, de Lakedon, Três.”

– Espera. – paralisei. – Ele disse Gabriella? Gabriella Walker?

–Gabie! – Faith riu batendo palmas. – Você foi selecionada!

– Oh não... – Henry comentou baixo.

Decidi assistir ao Jornal Oficial com Faith e Henry, simplesmente porque não estava no clima de assistir em casa com os meus pais. Então decidi que seria bem, mais divertido se eu e Henry assistíssemos na casa de Faith. A mãe dela sempre foi tão liberal que nunca se incomodava, mesmo que fossem 8 horas da noite.

– Faith, Gabriella Walker não é aquela sua amiguinha? – ouvi a voz da Sra. Mees entrando na sala.

– Amiguinha. – respondi levantando a mão dando uma pequena risada.

– Oh, aí está você! Parabéns querida! – Sra. Mees disse vindo me dar um abraço rápido.

– Obrigada. – ri enquanto ela voltava para a cozinha. – Sua mãe é uma figura.

– Eu sei, não poderia pedir por uma melhor. – respondeu Faith contente.

– Henry? – chamei cutucando de leve seu braço. – Você não disse nada até agora.

– Estou sem palavras. – disse sorrindo fraco. Algo estava errado, Henry devia estar feliz, não devia?

– Henry, está tudo bem? – perguntei começando a ficar preocupada.

Percebi que ao fazer tal ato, Faith lançou um olhar para mim e logo depois outro para Henry. Eles estavam escondendo algo que eu não sabia?

– É... sim está tudo bem. Acho que está um pouco tarde, preciso voltar pra casa. – disse se levantando. – Nos vemos amanhã, tudo bem?

Sem esperar por uma resposta Henry beijou minha bochecha e abraçou Faith logo depois indo embora. Estranho, muito estranho...

– Faith?

– Sim?

– Você sabe de alguma coisa que eu não sei? – perguntei confusa.

– Depende né, eu sei de várias coisas que você não sabe porque você é meio burrinha temos que admitir... Por exemplo, a raiz quadrada de PI e várias outras coisas. – disse brincalhona enquanto se fazia de desentendida.

– Faith, falo sério. O que tem de errado com Henry?

Faith suspirou se dando por vencida e se sentou próxima a mim.

– Gabie... Eu prometi que não ia contar... – ela começou.

– Então tem alguma coisa? Eu quero saber o que é!

– Eu prometi que não ia contar. Mas se você quer mesmo saber, não precisa que ninguém lhe diga. Apenas preste atenção em Henry, preste atenção a sua volta Gabie. Está na sua cara, até eu vi!

Repassei mentalmente os momentos mais recentes que tive com Henry e não percebi nada de diferente ou estranho. Do que será que ela estava falando?

– Não consigo imaginar o que possa ser.

– Você esteja mais atenta quando estiver com Henry e tenho certeza que logo irá perceber.

–Faith...

– Não adianta, já disse que não vou contar.

– Tudo bem. – bufei perdendo a paciência. – Vou pra casa então. Falo com você depois. Tchau Sra. Mees!

– Gabie... – Faith tentou me impedir, mas eu não estava com saco para escutar mais uma de suas charadas.

A caminhada da casa de Faith até a minha não era tão longa então não demorei muito em meu trajeto. Assim que cheguei em casa pude ouvir vozes se interrompendo parecendo discutir um assunto muito importante.

– Precisamos contar Joseph! Ela foi selecionada, e se ela for escolhida e nunca mais voltar para casa? E se não tivermos a oportunidade de conta-la? – era mamãe.

– Valerie, vamos esperar! Esse era o combinado, vamos esperar até que ela complete seus 18 anos. – agora era meu pai.

Do que eles estavam falando? Eles só podiam estar falando de mim, afinal eu fui a selecionada. Mas me contar o que? O que eles estavam escondendo de mim?

– Eu preciso contar, não posso mais viver com o peso dessa mentira em minhas costas!

– Valerie, não ouse!

– O que está acontecendo? – perguntei ao adentrar a casa. – O que vocês estão escondendo de mim?

Amelia Evans Backster

“Senhorita Amelia Evans Backster, de Dominca, Dois.”

Abri um sorriso ao relembrar de Gavril Fadaye dizendo o meu nome. Quão ótimo era aquilo? Eu fui selecionada e teria a chance de lutar pelo coração do príncipe e quem sabe ser uma rainha.

Golpeei o saco de pancadas mais algumas vezes enquanto estava absorta em meus pensamentos.

Será que no palácio eu poderia praticar boxe? Não queria estar enferrujada caso precisasse lidar com alguns rebeldes.

Será que o príncipe pensaria que eu era bruta? Eu não era bruta... Só não era frágil.

Mas que bobeira a minha! Isso não importa, se eu fui selecionada com certeza foi porque eles gostaram de mim de alguma forma.

De repente a Rainha America tomou conta de meus pensamentos. Caso chegasse a ser uma rainha, gostaria de ser como ela... Forte, decidida, apaixonada, inteligente e justa.

As histórias sempre rondavam a casta. Uma delas é de como a Rainha America fez de tudo para ajudar sua amiga quando ela estava sendo açoitada. Tenho certeza de que faria o mesmo se fosse com Taylor ou Fleur...

Então pensei sobre o Rei. Será que o príncipe seria tão bom rei quanto seu pai? Será que ele é um cara legal ou é um completo idiota?

Não sei bem porquê, mas eu esperava que não. Na verdade, claro que sabia o porquê! Não queria ter de me casar com um idiota, não iria nem mesmo tentar ganhar aquilo se ele fosse um.

Mas de alguma forma acho que sabia que ele não era.

– Ansiosa? – ouvi Gabriella, minha irmã.

– Não sei. – respondi voltando meu foco ao saco de pancadas.

Eu e Gabriella não nos damos muito bem, mas no fim das contas ela é a minha irmã e eu não poderia fazer nada além de ama-la.

– Aposto que sim. – disse com uma risadinha. – Só sei que você é muito sortuda. O príncipe é um gato!

Senti minhas bochechas queimarem de leve, mas decidi ignorar.

– É ele é bonito. – respondi tentando soar indiferente.

– Mia, qual é! Mais entusiasmo! Você é a próxima rainha, devia estar radiante!

– Eu não sou a próxima rainha. – respondi com uma risada.

– Bom, eu tenho certeza que você irá ganhar essa coisa, então já estou afirmando Vossa Alteza. – fez uma reverência.

Diante de tal cena não pude evitar e caí nas gargalhadas.

– Só você mesmo Gabriella! – ri tirando minhas luvas.

– É sério! – ela disse rindo.

– Tomara que esteja certa. – respondi.

– Eu estou você verá.


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Notas finais do capítulo

Não escrevi por ordem alfabética nem por favoritismo, escrevi por ordem de chegada das fichas, só queria deixar isso claro.
Ah, e se Deus quiser e tudo der certo, até o natal o próximo capítulo será postado. Mas não prometo nada, então não fiquem bravas!
Até o próximo!