Um tal de Velho Oeste escrita por Miablackcat


Capítulo 4
Inimizades


Notas iniciais do capítulo

Yoo pessoal!!
Apareceu a margarida olê olê olá... :3
Para aqueles que me acompanham sabem, que demorei um pouco para trazer esse capitulo pois estava escrevendo uma fic de OP (LawxNami) e acabei me demorando nela, haha..

Muita pancadaria nesse capitulo! Menos romance e mais bater e correr! haha
Um pouco de inimizades, um pouco de comédia e uma pitada de sangue frio...Sim por parte da nossa elfa. ;)

Espero que gostem! ♥ ~

Obs: No final da página tem um box de comentários podem usar, é free!
Sério people, deixem seu coments do cap, da fic, do clima, de numerologia...de qualquer coisa! Ficarei muito feliz! ~♥

Quase esqueci a música da vez! ;)
https://www.youtube.com/watch?v=eR3uQqDLwtU#t=68



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• Inimizades •

Uma carroça cruzava uma grande estrada. O dia era quente e seco. O sol parecia estar mais próximo do chão e a água que Leve trazia consigo parecia ferver. Ela guarda seu cantil e olha para a sacola que traz consigo: todos seus "equipamentos" estavam ali. Iria precisar de tudo os alvos dessa jornada eram perigosos mas precisava resgatar sua amiga inteira. Heidi sempre se metia em confusão graças a sua gentileza, mas na maioria dos casos ela mesma resolvia.

Dessa vez foi diferente.

Mais à frente avista a entrada da cidade que era fortemente vigiada. A cidade W. West.
Uma pequena cidade que vivia tranquilamente até a chegada dos irmãos West, dois mercenários com recompensas altas que estavam em busca da febre da vez: ouro. Eles ouviram boatos de uma mina próspera ali nas redondezas então a tomaram pra si escravizando os moradores para trabalhar para eles em troca de segurança na cidade, o que na verdade era uma grande lorota.

Eles extraíram todo o ouro dali, mas mantiveram a cidade como seu território e base para negócios escusos.
Alguns capangas são constantemente enviados em jornadas atrás de mulheres e recursos em cidades vizinhas. Quando os irmãos se enjoavam de seus atuais lacaios, que eram torturados até a morte na maioria das vezes, nas raras ocasiões em que eram libertados eles compravam suas próprias vidas.

Leve não tinha interesse nos problemas internos daquela cidade, afinal um povo que não podia se defender e sucumbia sem lutar deveria aguentar suas consequências. Só que eles tinham mexido com as meninas de Dior.
Dior não abandonava suas meninas e sempre que alguém ousava mexer com uma delas, a briga era feia.

Leve sabia que a única forma segura de entrar lá, era sendo mercadoria ou o mercador. Optou pela segunda opção e estava vestida como tal. A única excentricidade era um googles que cobria seus olhos.

– Opa! De onde vem e para o que vem, elfa. - um homem alto e forte com uma cicatriz de lado a lado do rosto toma a frente.

– Trago mercadorias da distante cidade de Livertel. - Sem esperar uma facilidade ela abre seu olho e usa fascinar no grandalhão.

– Pode revelar seu lindo rostinho para conferência, belezinha? - ele se aproxima da carroça.

– Claro, senhor. - ela levanta o óculo para ele que já estava próximo o suficiente.

– Belos olhos, elfa. - ele dá as costa e acena para os demais liberarem a entrada.
Leve passa por eles e adentra a cidade. Ao fascinar ele, foi sugerido uma aparência comum a elfa, escondendo seu olho branco.

– Otário. - ela leva a carroça até um saloon próximo do galpão que buscava. Madame já tinha toda informação e passou para que Leve encontradas o lugar.

– Tsc... Espero que Heidi esteja inteira... - ela pega sua sacola e distribui suas armas pelo corpo: uma espingarda élfica, dois revólveres, três adagas e um pequeno bastão. Algumas dinamites atadas no cinto das costas para alguma emergência.

O lugar estava sendo vigiado por dois atiradores de precisão no topo dos prédios ao lado. Sem perder tempo ela escala a lateral de um prédio, totalmente em furtividade e com belos movimentos, logo ela já estava acima do prédio. Por sorte o atirador estava tirando sua "ciesta". Um belo elfo, ela se aproxima parando ao lado dele, tapa a boca dele com a mão no mesmo instante.

– Shhhh... Dormir em serviço nem sempre é gratificante, bonitão. - ela pisca e com a outra mão acerta uma coronhada na cabeça do rapaz que apaga.

– Tão bonito... Mas lamento, não posso arriscar. - ela passa a adaga na garganta do elfo o matando.

Ela observa o prédio ao lado, o outro atirador não parecia estar tão desprevenido assim. Cuidadosamente sai dali indo em direção ao outro prédio. Ao chegar no topo dele, um barulho de gatilho e o cano de uma arma cobre a visão dela.

– Não contava com encantamento de mensagem telepática não é mesmo docinho? - o homem sorria com um charuto pendurado nos lábios.

– Um leve contratempo, "queridinho". - ela semicerra os olhos e num movimento de sua mão um clarão cega o capanga no momento em que iria atirar ele é impedido por uma força que segura sua mão: como duas mãos invisíveis. Ele se afasta do parapeito e ela sobe.

– Viu? Só deixou mais divertido. - Ela se aproxima dele e arranca a arma do mesmo.
O homem a encara não entendendo nada até que a mesma levanta o googles o acomodando no topo da cabeça.

– BRUXA! - ele saca outra arma

– Oras, sem ofensas sim? E sem chamar atenção. - ela desvia a arma com a mão e desfere um potente soco na face do homem. Ele cambaleia e ela avança acertando outro em cheio no estômago dele, novamente ele vacila levando as mãos ao estômago. Ela saca sua adaga e em um movimento tudo estava acabado: Leve crava a adaga na parte de trás da cabeça do capanga, fazendo com que ele caia estatelado no chão. Ela revista ele, limpa a lâmina e a guarda.

– Muito barulho. Mas até que foi divertido. - ela confisca o rifle dele e com ajuda de um binóculo tenta ver dentro do galpão.


A visão dali era péssima. Ela desce e vai até lá, olhando discretamente da janela.
Parecia estar tendo uma reunião: estava lotado de capangas e mulheres. Leve balança a cabeça, não podia acreditar que eles faziam um tipo de coisa daquela na atualidade. As mulheres estavam todas trajando alguns tecidos transparentes, que exibiam o corpo delas e algemadas, algumas serviam os capangas com bebidas outras sendo usadas de diversão. Os irmãos West estavam ao fundo do galpão sentados em um grande sofá ricamente trabalhado, com duas belas elfas nuas cada uma sentada num colo. Eles riam alto e pareciam se divertir com o sofrimento alheio.
Leve avista Heidi mais próxima da porta de entrada servindo um capanga. Ela calcula a distância da porta até a amiga. Ela dá a volta no galpão indo para parte de trás, mas antes passa na sua carroça e pegando um grande barril. Ela planta algumas dinamites e espalha pólvora fazendo o caminho de volta até a entrada. Ela coloca o barril no chão e acende um cigarro e volta a pegar o barril, pegando impulso ela enfia uma bicuda na porta, a abrindo.
O som dos músicos para e todos olham em direção a ela.

– Bela festa! Não se importam que eu participe Não é mesmo? - ela anda dois passos e todos os capangas mais sóbrios sacam suas armas. Ela coloca calmamente o barril no chão e sorri.

– O que quer mulher?- um dos irmãos, o mais velho se levanta.

– Vim buscar minha amiga, se não se importam. - ela tira o cigarro da boca e o arremessa na pólvora no chão.
No mesmo instante os capangas preparam-se para disparar, mas Leve fecha seu olho deixando apenas o olho branco aberto. Com um sorriso malicioso sua boca forma a palavra "BOOM" e então todos a sua volta são arremessados para longe dela. Muitos acabam sendo desacordados com o impacto ou por estarem vulneráveis com a bebedeira.

– Heidi, pegue! - ela arremessa um rifle para a amiga e corre em direção aos dois irmãos. O mais velho que já estava de pé saca uma arma e dispara em direção a elfa.
Ela continua correndo em direção a ele e com um grande salto cai em cima com a arma apontada na cara dele.

– Como é estar por baixo de uma elfa para variar, West? - ela sorria já preparada para atirar.

– Farei questão de coloca-la por baixo de mim piranha. E estará implorando pela a vida! - o olhar do homem era aterrorizador. O irmão mais novo estava com a arma sacada apontando para a elfa.

– Saia de cima dele senão quiser ter a cabeça atravessada pela minha bala, vadia! - ele segurava firmemente o revólver.

– Tente a sorte, maninho. Mas antes eu abro a cabeça desse. – ela sorri - Bem, vocês deviam lembrar que tem pólvora sendo queimada. Espero que consigam deduzir o ponto final dela. - sua voz era maliciosa e intimidadora.

– Esta blefando...

– HEIDI! Tire todas daqui! - Leve sem olhar para trás dá as ordens a amiga.
Heidi já havia se libertado e agora estava correndo com outras das garotas dali.

– Sabe o que e engraçado de ver alguém no topo? - ela aperta o gatilho e se levanta. A cabeça do homem explode e o irmão mais novo encara a cena em choque. - É a queda.
Quando ele se recobra aponta novamente a arma para Leve. Mas antes que ele pudesse atirar uma bala acerta em cheio ela nas costas.

– O que diabos...- ela se afasta, ficando de lado, olhando para quem a acertara: a elfa que estava no colo do West.

VOCÊ O MATOU!! EU VOU ACABAR COM SUA RAÇA!!– ela larga a arma e avança para cima de Leve.

– Ótimo, uma vadia apaixonada. Tsc... - ela desvia a mão da elfa seminua e gruda na nuca da mesma, acertando a cara dela com força no chão. Ela senta-se encima da elfa e acende um cigarro.

– Podemos resolver isso conversando ou esperando que o galpão vá pelos ares. - ela sente uma fisgada da bala que a elfa a acertara - Eu sugiro que você pegue suas coisas e suma daqui. Essa cidade será livre de vocês agora...

– EU VOU TE MATAR...

– ... Sua vadia!! Sei, sei. Como pode ver a última que falou isso está embaixo de mim. Seu irmão também e se você não escutar meu conselho será o próximo. - ela se levanta e pisa na mão da elfa quebrando-a. - Detesto vadias loucas. Se apaixonar pelo seu carrasco, que ridículo... - ela caminha para saída tentando manter a postura, que naquele momento era crucial.

– Na próxima vez que te ver elfa, estarei por cima de você...

– Sei, sei... Tanto faz, afinal o resultado final será o mesmo daqui. - ela atravessa a porta e o West corre por uma saída lateral para fora dali.
Uma grande explosão acontece no galpão, queimando tudo, inclusive algumas mercadorias importantes ali.
Leve sorri e num grande esforço se manda dali rapidamente em direção onde estava a carroça. Ao dobrar a esquina se depara com Heidi acomodando algumas meninas na carroça.

– Leve, algumas das meninas querem... Pelos deuses, o que aconteceu com você? - ela corre para a elfa que perde o equilíbrio e cai. Heidi a ampara. - você está sangrando demais!

– Baixei a guarda...Heh...também quem esperaria que uma delas estava apaixonada pelo cara...Heh.. - ela estava escorada na amiga - Heidi, precisamos nos mandar, logo os demais capangas chegarão aqui. E temos que aproveitar a distração para sairmos daqui. Cof! - uma grande quantia em sangue sai junto com a tosse de Leve.

– Certo. Mas e você? - ela auxilia a elfa subir na carroça a acomodando atrás.

– O Padre dará seu jeito quando chegarmos a Gensan.

– Mas você está...

– Vamos logo Heidi! Não temos escolha!
A grande mulher toma as rédeas dos cavalos indo para a saída da cidade. Leve usa seu olho para criar uma névoa espessa que encobre a saída da carroça da cidade. Elas avançam rapidamente para fora dali, enquanto na cidades um sino de alarme é tocado e muitas pessoas fogem dali aproveitando a confusão.

Um sorriso de escarnio surge no rosto da elfa que em seguida desmaia.

“ Ela estava num enorme campo de mata alta com lírios roxos por toda a volta. Sentia uma enorme paz e felicidade. Podia sentir um aroma magnifico das flores, o calor do sol aquecendo sua pele. Fecha os olhos e sentia uma gentil brisa acariciar seu rosto, aos poucos a brisa parece tomar forma e uma mão toma seu lugar. Leve sente um braço forte circundar sua cintura e o calor de um corpo próximo. Ela abre seus olhos e com dificuldade acostuma a visão aos raios de sol: a visão que tem é de Destino à sua frente. Ele estava trajando roupas brancas, assim como ela que estava com um vestido longo branco de tecidos finos.
Destino sorria enquanto acariciava seu rosto.

– Um belo lugar ma cherie.

– Gosto de vir aqui as vezes... é um lugar que me traz paz, me lembra de tempos já esquecidos...

– Sua aldeia?

– Sim, é um campo próximo a ela.

– Mas sabe que agora deve voltar certo?

– Voltar?

– Sim, queremos você de volta. Se ficar aqui não a veremos mais, ma cherie.

– Eu..eu... - então as lembranças da última viagem de Leve vem a sua mente, inclusive a dor e o tiro.


Sua roupa começa se tingir de vermelho onde fora baleada e uma dor a queimar ali. Ela se curva um pouco e ele a apoia.

– Eu te ajudarei, mas preciso que acorde, Leve.

– Urgh... Cert..o."

A lembrança dele se desfaz junto com todo o resto. Ela então parece tomar consciência e seu corpo mexe na cama. Ela abre os olhos fitando ao redor do lugar: Heidi estava lá junto com alguma das meninas que estavam no galpão. O Padre estava ali enxugando as mãos numa toalha um pouco suja de sangue.

– Bem vinda de volta, menina. Repouse alguns dias e mantenha esse olho aberto, vai ajudar na recuperação. - ele se levanta e sai dali.

Heidi pula em cima da cama abraçando a amiga.

– Ficamos tão preocupadas com você! Achei que não iria mais acordar!

– Heidi... Não exagere. Daqui a cidade West é pouco menos de um dia de viagem.

– Mas você está aí a quase quatro dias, Leve...

– O QUE?

– Sim... Inclusive aquele lindo ruivo veio vê-la... Menina que homem... Um pouco rude, mas uau...

– Heidi...

– Ah sim, sim...ele veio e ficou uma noite de vigia. Hoje ele passou por aqui deixar aquele vaso. - ela aponta em direção a cômoda.

Leve se senta na cama com um pouco de dificuldade, seu corpo estava completamente dolorido e exausto.

– Estou ficando fraca... Uma simples bala acabou comigo.

– Uma bala com propriedades magicas. O padre disse que você só sobreviveu ao encantamento por causa de seu estigma. Ele meio que, a protegeu...

– Bobagem... - ela se levanta da cama. A dor latejava, algumas vezes sentia como se pequenos fragmentos afiados passeassem por dentro de seu corpo. Ela pega o vaso e um pequeno papel cai dali. Ela o pega:

"Continue durona, guria."

Um sorriso espontâneo surge no seu rosto. Eustass...aquele ruivo não tinha jeito com as palavras.

– Mais alguém? - Era estranho, mas ao acordar sentiu como se Destino estivesse ali e essa sensação continuava.

– Não... Está querendo saber de quem?

– Ninguém... E Ell?

– Bom... Sabe que não teremos notícias dela até que volte... Ou que alguém de lá nos "visite".

– Tsc...meninas poderiam me deixar? Quero descansar agora..

– Claro! - todas falaram ao mesmo tempo.
Heidi que saia por último, se demorou ao fechar a porta encarando Leve com um olhar fraternal.

– Obrigada Leve. - sai fechando a porta.

Leve vai até a janela e coloca o vaso no parapeito. Ela senta-se na poltrona e fica olhando a paisagem por um tempo: uma grande árvore ficava próxima dali, lugar onde ela e Eustass costumavam brincar quando mais novos. Ela estava perdida em lembranças, adormecendo.

– Leve. Querida? - A elfa sente um leve toque em seus ombros. - Querida, acorde, tem visita.

– Ahn.. - ela levanta a cabeça ainda muito sonolenta.

– Madame posso ficar a sós com ma petit? - Destino tirava o chapéu segurando-o contra o peito, se curvando para Dior.

– Claro, claro. Mas lembre-se que ela está frágil, querido. - Madame se retira.

– Ma cherie, como se sente hoje? - ele estava com uma expressão cansada e preocupada.

– Viva. - ela passa a olhar a noite lá fora. - aparentemente estou melhor do que você. - ela sorri de canto.

– Deve estar melhor, sua particular impertinência está intacta. - ele se acomoda no braço da poltrona - você fez um belo estrago para família West, huh? Elton West está mais perdido que cego em tiroteio.

– Ele se meteu com a pessoa errada... - Leve o encara logo virando o rosto de volta para a janela.

– Haha, certamente. Mas sabe que conquistou um inimigo, non? - ele se levanta e serve uma dose de whisky pra si - West mesmo estando só, ainda possui uma vasta fortuna.

– Não o temo. Se ele quer vingança que venha busca-la. Não estou preocupada com isso. - ela se levanta com um pouco de dificuldade. Vai até sua cômoda e procura uma roupa. - Já me viu, correto? Como pode constatar, não poderei te acompanhar hoje.

– Como sabe, eu desfruto de sua companhia sem te tocar, ma cherie...
Ela remexe a gaveta com mais disposição, um pouco nervosa. Fazia praticamente um mês que o vira e agora ele apareceu do nada. Nos dias que esteve ausente enviou um subordinado para verificar de que ninguém chegasse perto dela. Já era estranho demais aquele sonho (ou seria alucinação?) que tivera pouco antes de acordar, agora ele ali... Sentia-se confusa com tudo que aconteceu e definitivamente queria ficar só.

– Olha, eu só não me sinto com disposição agora. Tive algumas alucinações e sonhos estranhos e ainda estou tentando me recompor, então por favor compreenda. - Ela desiste de procurar a roupa e encara a gaveta com um ar perdido, triste.
Ele caminha até ela e a abraça.

– Eu realmente estive lá, ma cherie.

– ...

– Em sua mente... Você estava deixando se levar. E eu preciso de você.

– Você é doente. - ela sai do abraço, mas vacila. Ela estava ofegando e com rosto corado. Destino a carrega, a deitando na cama.

– Sua pele está queimando. Fique em repouso, irei chamar o Padre. - ele sai do quarto.


Leve se sentia fraca e seu ferimento sangrava um pouco... Uma bala magica...como aquela elfa conseguiria algo assim tão propricio? Será que o West já tinha se preparado contra ela? Ela se levanta, indo em direção a cômoda. Uma bebida a ajudaria a ficar acordada.
No instante que fica em pé, um vulto adentra pela janela derrubando o vaso e para na frente dela.

– Deite-se. Você precisa do maldito repouso, guria.

– Eustass? Como...

– Eu não sai daqui. Agora deite-se ou a coloco pra dormir.

– Vou me deitar, assim que beber algo. - ela coloca as mãos no peito dele numa tentativa inútil de obter passagem. Ele segura os pulsos dela e aproxima o rosto.

– Deite-se e deixe que Padre decida se você pode beber.

– Não sou uma criança Eustass, posso me virar sozinha. - ela tenta se soltar mas fica mais fraca, sua respiração mais ofegante e sua visão bem turva. Ela se apoia nele - Eustass...

Elfa cabeça dura!– ele a levanta e coloca deitada na cama. - Fique quieta agora. Eles estão de volta... se precisar, me chame...

Ela sorri, fechando os olhos, se acomodando na cama. Eustass tinha o dom de irrita-la... Mas era engraçado como fazia se sentir segura.
A porta se abre e Destino entra com o Padre.
Ele verifica a ferida de Leve, faz uma careta e se vira para Destino.

– Ela se esforçou. A cada vez que o fizer será um regresso do tratamento. Precisamos conter ela...

– Ela não vai mais se mexer, Padre. Ficarei e garantirei isso.

– Hunf... É engraçado como as pessoas estão tomando decisões por mim ultimamente... - a voz dela sai cansada e distante. O Padre realizava um encantamento e ela ficava mais sonolenta.

–Eu só queria beber... algo... - ela adormece.

– Certifique-se que ela fique deitada. Irei conversar com Dior. - O Padre termina seu encantamento e sai do quarto.


Ele fecha a porta e Destino se acomoda na poltrona que agora estava ao lado da cama dela.

– Apareça! Sei que está aí!

– Huh... Então o engomadinho tem bons sentidos... - Eustass entra pela janela e se escora nela com um sorriso cínico.

– Eustass South... Ou mais popularmente conhecido como O Insano. Diga- me o que um lunático como você deseja aqui? Por acaso ela já conseguiu uma recompensa pelo feito? - Destino estava recostado na poltrona com os cotovelos apoiados no descanso da mesma e as mãos juntas. Seu chapéu cobria praticamente seu rosto deixando apenas um olho a vista. Esse olho brilhava.

– Haha...Não precisa se amedrontar engomadinho. Meus interesses são outros aqui. - ele se acomoda numa cadeira ao lado da cama, apoiando os pés num criado mudo ali, inclinando a mesma. Leva os braços para trás da nuca.

– Mas me diga você, o que quer aqui, burguesinho.

– Não é da sua conta. - Destino abaixa a cabeça e o chapéu cobre seu rosto por inteiro.

– Ela não vai ir com você, Destino.

– Sim, ela vai. E você não vai impedir.

– Veremos.

– Cedo ou tarde ela ira, Insano. Estará ao meu lado em meus negócios e distante daqui.

– Três dias de viagem e assim tão longe pra você? As pessoas de lá devem ser fracotes mesmo... - Eustass tira um charuto do bolso e leva a boca. No momento que iria acender Leve se mexe na cama e ele retorna o charuto ao bolso.

– Você entendeu, Insano.

– Ela é livre pra ir e vir Destino... Sempre foi assim e você não vai conseguir prender ela. A família não conseguiu. - Eustass fecha os olhos e sorri - A guria é difícil.

– Não é essa minha pretensão, Insano. - Destino se ajeita na poltrona fechando os olhos. – Agora caia fora, ela precisa descansar.

– Eu também e estou aconchegado aqui. Sairei quando der vontade. - Eustass o encara com apenas um olho e cara de poucos amigos.

– Faça como quiser, mas não a acorde. - a voz de Destino era fria.

– Tsc... - Eustass volta a fechar os olhos.
A noite passa e ambos permanecem ali, acordados.

Alguns raios de sol entram pela janela e iluminam o rosto da elfa. Ela aos poucos acorda sentido sua cabeça explodindo. Ao se sentar na cama observa Destino numa poltrona ao lado de sua cama e Eustass deitado aos seus pés. Ambos dormiam.

– Ele?...e Ele? - ela coça os olhos desacreditando nos dois ali. - Bem, que seja.

Ela se levanta devagar e cuidadosamente indo até a cômoda, onde finalmente consegue pegar sua bebida.Tem algumas lembranças vagas de uma conversa entre Eustass e Destino, mas não tinha certeza se era um sonho...esperava que sim, pois não havia gostado do que tinha ouvido.
Ela caminha para fora do quarto atrás de Heidi. Precisava de um banho e agora seu quarto estava ocupado para isso.

Ela sorri, dois idiotas.


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Notas finais do capítulo

:o
Destino x Eustass.
Sim, eles se odeiam. Sim, vou contar por que em algum momento bem crucial. ;)
Sim, eles acabaram de se conhecer. haha
Eae gostaram da pancadaria?

Próximo capitulo quero explorar o passado dela, então que venham os flashbacks! ♥ ~
See ya ! ;)



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