Um tal de Velho Oeste escrita por Miablackcat


Capítulo 5
Invernos passados


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!!
Quanto tempo! Hahaha :3
acabei presa mais tempo do que gostaria nesse capitulo.. Tive problemas em decidir o rumo do capitulo e por consequência o rumo da nossa elfa.
Mas depois de uma ajudinha ( Obrigada Bibiana!!! ), acabei matutando mais um pouco e saiu um cap do jeitinho que eu queria! hahaha :p

Um pouco de nostalgia para ela com pitadinha do gênio terrível dela! ;)
Espero que gostem e que deixem reviews do amor! ~ ♥

—--

Música : https://www.youtube.com/watch?v=T5Xl0Qry-hA

Casa do Eustass: http://i883.photobucket.com/albums/ac35/mirela_rosa/Wyoming%20%209416_1.jpg



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• Invernos Passados •

– Você é durona, guria. Sempre soube disso. - Eustass toma um belo gole de sua bebida. Como de costume, bebia num copo improvisado da própria garrafa. - Agora que já está bem, que tal um showzinho pra mim? - ele sorri maliciosamente.

– Sonhe. Quer assistir, vá até o saloon. - ela pica com a mão um pedaço de seu pão comendo-o, totalmente despreocupada.

– Bah... E ver aquele engomadinho com você? Só se eu puder causar uma boa briga! Hahahahahaha - ele mata a bebida, já acenando para o elfo trazer outra dose.

– Não se preocupe, "ele" não tem aparecido nas últimas semanas. - ela encara seu copo tomando um grande gole.

– Ora vejam só, ele deixou a " presa" desprotegida? Então o lobo deve atacar... - ele mantém o sorriso malicioso e se aproxima mais dela com o banco. - o que acha?

Leve saca uma adaga e crava no balcão bem próxima da mão de Eustass, sem olhar para ele e com sua bebida em mãos.

– Acho que a "presa" vai acabar devorando os dois, se ambos não a deixarem em paz... - era terrível essa intriga que nascera entre eles. Sempre disputando com jogos de palavras e a colocando no meio. Era irritante demais. - E o "engomadinho" deixou sua marionete de olho. - ela aponta com a cabeça para trás - o jovem rapaz sozinho com uma garrafa de água. Mesmo a cidade sendo repleta de burgueses, água numa taverna é bizarro... - ela sorri se divertindo com a ideia e vira o resto da bebida.

– Ahn? Engomadinho de merda. Acha mesmo que "aquilo" vai impedir de alguém se aproximar de você? Hahahahahahaha.... Otário! Hahahahaha - Se levanta e caminha até o jovem sentado ao fundo da taverna.
Puxa uma cadeira virando-a e senta-se apoiando seus braços no encosto da mesma.

– Ei rapaz, que tal uma saudável disputa de queda de braço? Se ganhar, te deixo viver. - Eustass acende um charuto.


O jovem rapaz parece um pouco nervoso e começa a suar frio.

– Já estava de saída, senhor. - ele se levanta, tremendo ao puxar a cadeira. - Num próximo encontro talvez.

– Maricas...Saia rápido, senão sua cara fará parte do meu solado. -Eustass o encara de canto de olho. Seu olhar era cruel.

– S...im...sim...senhor. - o rapaz sai rapidamente da taverna.

– HAHAHAHAHAHA!! Que belo maricas ele deixou hein? Hahahahahahaha - Eustass se levanta e volta a se sentar ao lado de Leve.

– O bar inteiro soube. Deve ser um aprendiz e você acabou com a auto estima dele...

– Oras, eles têm que aprender desde cedo como deve ser! - O garçom serve mais uma garrafa e Eustass a corta com a mão, fazendo uma nova caneca. - Nós aprendemos assim.

– E me lembro bem de como você acabava chegando até mim: rosto vermelho cheio de lágrimas... - ela se diverte e bebe um gole da bebida.

– Hunf.. Isso foi a anos atrás, eu devia ter não mais que 8 anos. - ele fecha um pouco a cara e toma sua bebida.

– Bons tempos... Tudo que aprendíamos era como uma grande brincadeira...até percebermos a realidade atrás daquilo... - a voz dela vai ficando sombria - os assassinatos, as famílias destruídas, os assaltos...éramos tão novos, com responsabilidades terríveis…

– Huh... Aquele seu lindo vestido azul... Era tão claro, tão suave...

– Eustass, não comece... - ela se vira com um olhar terrível.

– Prefiro me lembrar das coisas boas. - ele pega um pedaço de carne e dá uma generosa mordida - Você mantinha minha sanidade naquela época....

– Sabe que aquilo já foi, certo? - ela encara o copo - eu realmente gostava de você...

– Poderia voltar, estou aqui pra você. - ele sorri malicioso abrindo os braços.

– Idiota... Já aprendi a lição da primeira vez! - ela o empurra.

– Vai me dizer que não foram bons momentos que passamos juntos? - ele volta para sua carne.

– Nunca disse isso Eustass... Mas o que raios você tem ultimamente? - ela se vira para ele um pouco provocativa - Esta com ciúmes do "engomadinho"? Esses tempos pra cá você anda terrivelmente galanteador...

– HAHHAAHAHHAHAHAHHAHAHA!!! - ele acaba cuspindo sua bebida quando começa a gargalhar. - COMO SE AQUELE MARICAS FOSSE ALGUMA COISA! HAHAHAHAHAHA

– Hum...O Insano, um terrível mercenário e assassino, com ciúmes... - ela bebe um generoso gole - quem imaginaria.

– Hey, eu não disse em momento algum isso... Apesar de me divertir em provocando-o. Hahahahahaha - sorri se divertindo

– Então pare de me importunar e pague uma das meninas para te satisfazer! Sabe que me irrita quando me enche com isso.

– Não me importo. Afinal ainda quero terminar o que começamos naquela vez... - com apenas um puxão ele a envolve em seus braços a prendendo entre suas pernas. Ele sentado e ela agora em pé.
Seus rostos ficam frente a frente.

– Aesiath, você me deve algo e pretendo cobrar... - ele aproxima bem o rosto do dela, seus lábios quase se tocando, ele respira, como se inalasse um cheiro magnifico - seu cheiro é ainda mais saboroso do que o de antigamente... Cheira perigo. Hahahahahaha - ele a solta.


Ela acerta um soco em cheio na cara dele.

– Imbecil, se quer pagamento passe a informação. - ela se senta, irritadíssima.

– Oh, então não vai me negar? Bom, bom. - ele tira um papel do bolso e entrega pra ela. - Está aí sua passagem de liberdade daqui.


Ela lê o papel compenetrada. Aquilo explicava todo o mistério envolto de Dior.

– Eustass, essa informação é segura? - pergunta perplexa.

– Sim. Consegui da fonte... - estava com sua pose despreocupada tomando mais um gole de sua bebida.

– Eustass, com isso posso pegar Ell e me mandar daqui! Finalmente, livre! - ela se levanta e abraça Eustass. - Obrigada Eustass, tinha certeza que podia contar com você!

– Sempre guria... Mas me diga, quando ir embora, vai se juntar ao engomadinho?

– Ah ruivo... - ela acaricia as madeixas vermelhas do homem - eu voltarei aqui, assim que as coisas esfriarem... E ainda está cedo para pensar nisso.

– Você vai se juntar a ele, Aesiath? - sua voz sai mais grave.

– Não Eustass...

– Ótimo. Não terei que mata-lo ainda. Agora que tal o pagamento?

– Por que insiste nisso?

– Negócios são simples belezinha. Você me encomenda algo, te entrego e você me paga. Está entregue, agora quero o pagamento.

– Não se importa que isso me machuque não é mesmo? - ela pega a bebida no galpão e vira-a de uma vez.

– Passado é passado guria. - Se levanta deixando um saco de moedas no balcão. - Vamos.

– O passado sempre nos assombra... - o olhar dela é vago e triste - Sempre.

– Não. Ele te assombra. Eu lido com isso de uma maneira completamente diferente. Vamos. - ele caminha em direção a porta a mantendo aberta para que Leve passe.
Ela sussurra algo como "coração quebrado foi o meu" quando passa por ele.


Algum tempo depois...

Após uma longa caminhada eles chegam numa casa pequena um pouco afastada da cidade. Um grande campo verde com apenas três árvores próximas a casa. O cavalo estava num pequeno estábulo improvisado ao lado da casa e na porta estava uma cruz desenhada: era o símbolo que Eustass tinha adotado para si.


A marca era reconhecida por todos ali e poucos tentavam se aventurar invadindo a casa dele quando estava fora.
Ele faz um gesto para que Leve espere enquanto caminha a frente e adentra na casa, conferindo se está seguro. Alguns minutos depois ele sai, acenando para ela.
Ele tira seu sobretudo e arremessa numa cadeira próxima e começa a desabotoar sua camisa.


Em outro cômodo uma caixa ao lado da cama chama atenção dela: era de couro batido preto, estava bem. Uma marca de bala no centro da tampa a “decorava”. Leve pega a caixa e senta-se na cama a colocando em seu colo. Ao abrir, ela sorri e tira algumas folhas com retratos dela e de Eustass quando mais jovens desenhados com carvão. Havia também duas fotos, uma de ambos juntos quando crianças e outra de uma turma em frente ao saloon de Dior, nessa turma estavam os dois um ao lado do outro, Heidi, duas das meninas que viviam ali nas redondezas que depois vieram a ser garotas de Dior, os gêmeos Alsen e o Dan...

Dan fora a primeira vítima do tutor de Eustass.. Ele adotou os dois garotos e os “vendeu” para experiências terríveis num galpão na cidade vizinha. Eles voltavam sempre com uma nova cicatriz e diferentes... Eustass sempre vinha a procura de Leve quando retornava e ficava dias com ela no saloon... Já Dan, se isolava de todos.

Ele era um jovem calmo e muito educado, mas com o passar das visitas ao galpão foi perdendo sua sanidade assim como Eustass, se tornando sádico e cruel...Mas diferente do ruivo, Dan perdeu completamente sua humanidade, cometendo atrocidades com pessoas inocentes.

Graças as experiências que sofreram ambos ganharam certos poderes e resistências: Eustass conseguia controlar a eletricidade e o magnetismo. Dan tinha poderes mas ninguém tinha certeza de quais, pois sempre tivera o cuidado de silenciar os que sabiam. A única coisa que Leve sabia de seu poder é que ele conseguia de alguma forma anular o poder mágico de todos.

Após a última visita ao galpão, Dan matou o tutor deles despedaçando-o em várias partes e espalhando-as por toda a casa. Depois pegou a cabeça do mesmo e a levou consigo, dizendo que aquilo seria seu amuleto. Ele estava completamente insano... Eustass era cruel e vil, mas existia algo nele que ainda fazia ter um limite.
Ela passa a mão sobre a foto. Era uma lembrança dolorosa para ambos.

Depois de anos sem notícias, ouviram falar de um homem com poderes bizarros que massacrara uma cidade inteira brutalmente, por que não achou o que queria.

– Dan... - a elfa sussurra.

Eustass agora sem camisa sobe na cama e abraça a elfa por trás olhando por cima de seu ombro.

– Encontrei com ele em Greyon, passei do lado e não me reconheceu. Ou pelo menos fingiu que não. Estava arranjando encrenca por lá..

– Como ele está?

– Eu diria pior... Esta com mais cicatrizes no rosto, seu lábio inferior quase não existe mais e parecia extremamente acabado.

– Ele está sucumbindo cada vez mais para o poder... A magia vai acabar consumindo-o...

– Fraco. Ele foi fraco naquela época e continua fraco até hoje. - ele desliza suas mãos até a camisa dela a puxando um pouco deixando o ombro a vista. Ele passeia com seus lábios pela pele a mostra dela. - Você deveria se focar em outra coisa agora. - ele sussurra.


Ela continua a examinar a caixa e acha um retrato de uma mulher de cabelos morenos, pele branca e lábios vermelhos. Estava ricamente vestida. A mão de Leve se fecha mais, amassando o papel.

Eustass sente o corpo dela se enrijecer.

– O que foi... - ele passa os olhos no que ela via e repara o desenho - ...sabe que guardo todos, certo?

– Sei que eu não queria mais ver "ela". - ela enfia o retrato dentro da caixa bruscamente.

– Você deveria ter esquecido isso... - ele se deita na cama se esticando para pegar uma outra caixa mais ao fundo da cama. Ele entrega para elfa. - Aqui... O que me importa fica ae. - ele volta a se ocupar com o ombro da elfa.


Ao abrir a caixa se depara com diversos retratos seus. O que parecia mais recente era um em que ela estava deitada em sua cama no saloon, dormindo.

– Você...continua a desenhar bem... - ela sorri. Mas novamente tem a visão daquela mulher, dessa vez a lembrança de Eustass com ela. Aquela visão a deixava totalmente abalada, naquele dia ao pegar os dois juntos na cama dele, acabou perdendo o controle de seus poderes e de si mesma, causando uma grande explosão no lugar, e matando sua amiga.

Ela afasta a caixa. Alisa sua testa com uma de suas mãos, tentando afastar aquela memória.

– Ela me enganou direitinho... E você...

– Me deitei com ela. Eu tive vontade e não me neguei isso.

– Não se importou que alguém iria se machucar.

– Não adianta chorar pelo leite derramado, Aesiath.

– Não... – ela fecha os olhos. Uma melodia calma e um tanto melancólica invade sua mente:

I was five and he was six
We rode on horses made of sticks
He wore black and I wore white
He would always win the fight”

– Venha, vamos nos divertir um pouco... – ele a envolve num abraço desabotoando sua camisa, sempre com os lábios na pele macia dela, sentira tanta falta daquele toque que precisava mantê-lo constante.

“Bang bang, he shot me down”

Eustass volta a beijar o ombro da elfa, deslizando agora para as costas. Ele passeia por ali com os lábios. Aquela pele macia e tão alva, o enlouquecia. O gosto dela era bom, seu perfume envolvente. Ele chega ao limite do espartilho...

“Bang bang, I hit the ground”


Aquilo estava atrapalhando seu "passeio". Com um puxão ele estoura a corda, o espartilho cai, revelando o resto das costas dela. Ao admira-la nota a cicatriz próximo ao quadril: uma bolinha do tamanho de uma bala e envolta dela outros vários pontinhos a cercavam, lembrando um céu estrelado, ainda um pouco avermelhada mostrando-se recente.
Ele passa a mão suavemente sobre ela.

– Encontrou minha nova companheira?

– É tão delicada... Foi daquela bala mágica?

– Sim. O Padre diz que tenho sorte de meu estigma ter me protegido. Essa bala impediu que meu organismo se regenerasse e lutava contra meus poderes...

– Hmmmm... -ele volta a passear com os lábios pelas costas dela.


Ela sorri e sente um leve arrepio ao toque dele...Sua mente parecia um furacão de pensamentos com as lembranças de seus bons momentos com Eustass, lembranças daquele dia em que cometeu seu primeiro assassinato, os momentos difíceis de sua infância..

Encontra um retrato dos dois brincando no balanço daquela árvore. Adorava aquele balanço, tinha a sensação de liberdade cada vez que chegava um pouco mais alto.

A árvore que continha a essência de ambos, lembranças, momentos tristes e felizes..

Um novo retrato mas agora da árvore apenas. Era lindo, a árvore era branca com suas folhas avermelhadas... O balanço estava vazio e uma marca no centro da árvore: um E+L.

Hoje aquela marca era quase imperceptível.

A cada novo retrato, Leve sentia a nostalgia de uma época passada, há mais de 25 anos atrás, desde que aquele moleque vestido com roupas surradas, magrelo, com um googles na testa e cabelos vermelhos tinha aparecido em Gensan.

“Bang bang, that awful sound”


Eustass era doido por Leve, sempre a amou. A elfa sempre esteve ali por ele, aguentando toda crise que passou até sua juventude. Foram 8 anos de torturas, testes experimentos, treinamentos para no fim Dan os livrar daquele falso protetor.

Oito anos em que Leve teve alguém para contar cada nova habilidade que aprendia, para dividir todo seu medo quando Dior anunciou que ela teria que se deitar com clientes, sua angustia quando chorou depois de seu primeiro cliente a esbofetear e humilhá-la.


Eustass no mesmo dia, chegou embaixo de chuva, com as mãos cheias de sangue segurando um saco cheio de dinheiro. Ele sorria e dizia "Leve não precisa mais chorar, eu acabei com ele, pra você.".

“Bang bang, my baby shot me down.”

– Você era um sonhador... - ela passa a mão naquele retrato.

– Ainda sou. Só que meus sonhos são mais audaciosos... - ele chega de volta ao pescoço da elfa, beijando suavemente pousando seu queixo ali. Ele se ajeita sentando com Leve entre suas pernas e a abraça na barriga. - Sabe que meus planos não mudaram certo?

– Sim eu imagino, você sempre foi um cabeça dura. - ela sorri ternamente.

– Sim. Mas...e os seus planos?- ele tira a folha da mão dela e coloca com a caixa no chão. Vira o rosto dela para si - são eles que me preocupam.

– Eu quero minha liberdade Eustass. Não quero estar presa a ninguém.


“Seasons came and changed the time”


Ela levanta, com um sorriso no rosto recolocando seu espartilho. A cordinha que o prendia flutua fechando o espartilho, se reconstituindo. Ela coloca a camisa e se vira de frente para ele, que apenas observa-a.

– Foi mal bonitão, sem pagamentos hoje. – ela ajeita o coldre e continua a fechar sua camiseta.
Sente uma pequena brisa passar por si e logo já sente seu corpo pressionado na parede, teve tempo apenas de virar o rosto e colocar uma de suas mãos entre a parede e seu corpo. Ele pressiona mais seu corpo no dela, sorrindo.

– Dessa vez não, guria. Você não sai daqui tão fácil.

– Huh...Nunca foi fácil. – encosta sua mão livre na barriga dele. Abre seu olho e sorri – E agora sim, vamos nos divertir.

Eustass não tem tempo de se esquivar, sentindo suas forças sendo sugadas pela mão da elfa. Ao sentir que ele vacila, afrouxando o aperto, ela o empurra com o corpo, liberando o toque. Ele suspira e acaba tropeçando caindo na cama.

“Bang bang, I shot you down”

– Heh.. – passa a mão nos lábios com um sorriso empolgado – Senti falta dessa guria. – com um impulso se põe em pé a encarando. – E então o que teremos hoje? Duelo de magia? – O coldre que estava na outra sala passa pelo ar rapidamente por ela parando nas mãos de Eustass. Ele o prende na cintura. – Ou prefere a moda do Oeste? Mas lembre-se, não jogo limpo.

– Se fosse um jogo limpo, qual seria a graça? – ela aponta para ele com as duas mãos simulando revolveres. Dá uma piscadinha e dispara. Da ponta de seus dedos saem finos raios azuis e um ar gélido envolve –os. Os raios vão em direção a Eustass, que desvia de todos.

Lento. Minha vez.

Alguns objetos de metal a volta dela começam a se mover e voar em direção de Leve. Com um aceno, um translucido escudo aparece nas costas da elfa, fazendo com que os objetos batessem contra ele e caíssem. Se esquiva de uma lamparina e pega um livro no chão o usando para rebater outros objetos. Ao aparar um cinto que estava vindo em direção a seu rosto, o couro do mesmo chicoteia seu rosto.

“Bang bang, you hit the ground”

– Urgh...Certo, já deu.

A cama que estava atrás de Eustass se vira com tudo para cima do mesmo, que esquiva mas não rápido o suficiente: sua perna é pega pela cama. Com sua concentração quebrada os objetos caem ao chão.

“Bang bang, that awful sound
Bang bang, I used to shoot you down"

“ Lento..” – Leve ria se aproximando dele abaixo da cama. – Sei que essa cama não te segura mais que um segundo, mas... – ela se agacha e rouba um beijo dele, mantendo o queixo do ruivo em suas mãos – isso sim.

– Heh... Você sempre soube como deixar um encontro interessante. – ele sentia-se fraco novamente, com aquele beijo, aquele toque. A guria sabia como mexer com ele. A cada novo encontro aquele sentimento por ela sempre crescia e acabava com ele. Não sabia como lidar e na verdade não queria lidar: queria apenas viver seus momentos com ela.

“When I grew up I called him mine"

– Até mais... – ela pega suas coisas e uma das fotos, que agora estavam todas espalhadas pelo quarto.

– Hahaha... – ele chuta a cama com apenas uma perna a jogando contra a parede. Se levanta meio devagar limpando as roupas – Até doçura. Na próxima, você é minha.

“He would always laugh and say
Remember when we used to play?”

– Quem sabe? – Sorri com uma piscadela.

Ao sair da casa, ela olha para o retrato: Ela e Kid no balanço daquela árvore.
Ela sorri, sobe no cavalo e sai dali.

“Bang bang, my baby shot me down.”


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Notas finais do capítulo

Péssimo temperamento neh? Tava ali tentando rolar um climinha, e bang! Ela vem com uma mudança de ideia.
Sinceramente eu tenho um apego aos dois, mas sabe "cumé", não decidi se ela vai de fato ficar com alguém.
Ela é uma personagem que preza a liberdade, a liberdade de escolha, bem do tipo: "Faço o que quiser, quando quiser, minha vida minhas regras". ;*

Ahh Eustass recebeu o famoso "Toque macabro" duas vezes ;) ~ uma magia que drena a força e pontos de vida no rpg, por isso ele deu uma "caída" no animo.

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