Um tal de Velho Oeste escrita por Miablackcat


Capítulo 2
"Night - ie - Night "


Notas iniciais do capítulo

*-* Olá pessoal!
Mais um capitulo quentinho!
Nesse teremos, um belo show, belas meninas, um pouco de ação e um breve romance. ~
Estava doida para desenvolver a relação desses dois personagens, e agora sai o inicio! *-*
Mas vou parar por aqui, senão darei spoilers! :o

Boa Leitura e não esqueçam das reviews! o/

— Links para visualização (veja durante a leitura ;) )

Tatuagens Leve: http://www.presidiacreative.com/wp-content/uploads/2012/04/fantasy-art-wallpaper-28-500x375.jpg

Música : https://www.youtube.com/watch?v=h7j8wa9sWOE

"Ele" : https://qpa.sch.bme.hu/uploads/user/avatar/218/tf.jpg



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"Night - ie - Night "

Aos poucos eles avançam pela cidade movimentada de Gensan, carroças por todos os lados, pessoas de todos os tipos e raças passando com seus cavalos e suas vidas atribuladas. Bancos com entra e sai de burgueses, fazendeiros trazendo suas cargas para comercializar nas quitandas, alguns valentões se encarando nas ruas e bêbados sendo arremessados dos saloons. Era uma rotina corriqueira na maioria das cidades dali.


Leve, para com sua carroça na frente de um saloon peculiar. A música alta podia ser ouvida a quilômetros de distância. O saloon de Madame Dior era muito bem frequentado: os mais ricos da região passavam por lá, na certeza de ter seus caprichos satisfeitos. Madame garantia todos os desejos de seus clientes, contanto que os mesmos pagassem por eles, e que os desejos não fossem contra a sua própria vontade.


Ela desamarra sua irmã e os demais capangas, adentrando no saloon. Estava exausta com toda aquela jornada e queria apenas apreciar um banho antes de ter que enfrentar a ira de Dior.
Mas seus planos foram esquecidos no momento em que Ell deixou a portinhola se fechar atrás de si. Uma mulher de meia idade, de madeixas loiras presas num penteado impecavelmente adornado por rosas, fitas e pérolas das mais caras, perfeitamente maquiada com cores suaves que realçavam seus olhos violetas e sagazes. Se vestia ricamente com uma saia rodada pomposa vermelha, adornada com pérolas e algumas outras pedras preciosas. Seu busto avantajado era muito bem delineado com o decote de sua roupa. Um belo espartilho preto trabalhado com bordados marcava sua cintura que mesmo com sua idade era magnificamente bela. Dior era uma das mais belas mulheres já vistas por aquelas bandas.
Era alegre e cheia de vida. Mas era a pessoal mais cruel e mesquinha que Leve conhecia.
Madame caminhava gesticulando com os braços abertos em direção de Leve.

– Minhas queridas! Como sou feliz em vê-las bem!

Ela abraça calorosamente Leve, beijando as duas faces da elfa. Quando abraça Ellia, percebe a careta e a mancha de sangue nela.

– Ellia, minha doce Ellia! Esta ferida! Quem a feriu, minha querida? - perguntava em tom maternal.


O olhar de Ell vacilou na direção de Leve e o chão.

– Leve? Oras então tenho certeza que foi sem querer! Ah, minhas amadas crianças, vamos cuidar dessas feridas... Tenho certeza que Leve deve estar cansada da viagem. Me sigam.


Era exatamente isso que Leve temia. Uma conversa a sós com Madame.


Ela olha tristemente para o andar de cima do saloon, em direção a seu quarto. Seu banho teria que esperar. Seus minutos de descanso também.

Passaram pelas mesas do saloon e por todos que se encontravam ali, indo em direção ao balcão. Ao passarem pelo balcão uma bela humana trajando roupas muito convidativas, esbanjava um sorriso gracioso enquanto enxugava um caneco. Ela era mais alta que uma humana normal. Quando Leve passou por ela, a mulher sussurrou: "Boa sorte, Menina."
Leve sorriu timidamente e sem muito animo para a amiga.


Adentram a uma porta escondida na cozinha e percorrem um grande corredor, que no final dava ao escritório de Madame. Por todas as portas que passaram podia ser ouvidos gemidos.. A noite estava chegando e em breve iniciaria a abertura dos shows e do cabaré. As noites eram animadas por ali.
Ao fechar as portas atrás de si, Leve já se acomoda numa poltrona ali perto.

– Ellia, sua garota estúpida! - Madame caminhava para trás de sua grande mesa de Madeira maciça socando suas mãos sobre a mesma. Seu olhar era mordaz. - Colocou não apenas você em perigo, mas sua irmã. Sabe muito bem que Leve é uma das principais para mim! - senta-se em sua magnifica poltrona toda adornada com entalhes de flores e belas mulheres. Respira fundo, massageando sua têmpora

– Poderia ter posto tudo a perder por um mero capricho...

– Mas Madame, ela está bem....

– Calada! Ellia a questão aqui é que estou cansada de suas infantilidades. Precisa controlar seus impulsos, assim como sua irmã o fez. - Dior sabia exatamente onde acertar Ell.

–" A menina dos olhos", está aqui sã e salva. Agora se me der licença Madame, tenho uma apresentação para fazer.

– Você tem sim uma apresentação, se eu disser que tem. Caso o contrário você permanece aqui até que EU diga, entendido? - Madame estava começando a perder a compostura. O que geralmente não era bom. - Leve, preciso que assuma o lugar de Ellia por essa semana.

– Sim, Madame.

– Madame eu estou bem e o " Padre" pode acelerar a recuperação...

– Dispensadas. Ellia, vá para seus aposentos e espere minhas instruções lá. Se você sair daquele cômodo, encararei como uma afronta a mim... - Dior semicerra os olhos e baixa o tom de voz ameaçadoramente - E sabe o que acontece com traidores.


Ela levanta uma das mangas de sua roupa e passa a mão suavemente em seu pulso: uma marca com duas rosas selvagens se entrelaçando e no centro um D.
No mesmo instante Ellia e Leve levam a mão a suas respectivas orelhas, como se tentassem amenizar a dor. Ambas agonizavam cada vez mais. Madame tira a mão de cima de sua marca e as duas levam alguns segundos para se recomporem, a dor afetava o sistema nervoso de uma maneira crucial.
Quando elas tiram a mão de suas orelhas, pode ser visto uma pequena rosa em cada uma. Dior usava aquele encantamento para controlar seus capangas. Todos que trabalhavam ou que eram prisioneiros dela possuíam- na.

– Vamos, vamos! Existe um show para ser feito! - ela se levanta e sai do recinto com as irmãs logo atras.Elas estavam um pouco afetadas ainda pela dor que acabaram de sentir, mas precisavam continuar, ambas queriam evitar um novo ataque dela.


Finalmente Leve entra em seu quarto. Ela se joga na cama por alguns minutos. O show de abertura se iniciaria ao entardecer, e Ellia era a atração principal, então precisaria estar no lugar de sua irmã no horário. Maldita Ellia. Sempre metendo Leve em suas confusões. Um suspiro prolongado e Leve se senta na cama. Amava sua irmã e faria o que era necessário para aproteger ainda mais depois de ter falhado miseravelmente em evitar que ela ficasse presa consigo nas garras de Dior.
Se levanta e vai para a banheira. Ela se despe e se enfia na água morna, até apenas sobrar um pedaço de sua cabeça para fora... Só precisava relaxar, somente isso por algum tempo.

–--

Ellia caminhava de um lado para outro inquieta. Como Madame podia tratá-la assim? Mulherzinha mesquinha! E Aesiath? Como cedera tão facilmente as ordens daquela víbora? Pobre Aesiath.. Estava presa lá a mais tempo que todos ali, afinal uma elfa vivia muito mais que os demais.. Assim como aquela mulher... Como ela poderia aparentar aquela idade se ela já era assim quando prendeu Aesiath, há cerca de que... Uns 30 anos atrás? Qual era o poder dessa mulher...


Ellia estava perdida em seus pensamentos, analisando tudo que sabia sobre Dior... Aesiath sabia muito sobre Madame afinal foi uma das primeiras "filhas" de Dior (ela considerava assim todas as meninas que trabalhavam lá, crianças ou adultas), ela tinha um plano e estava executando-o para poder sair dali e levar Ell consigo. Mas nunca partilhou o que era, sempre guardando segredo. Precisava ser paciente para descobrir e poder ajudá-la. Tentaria de agora em diante reverter o quadro e proteger Aesiath. Não, proteger Leve. Aesiath havia deixado de existir há muitos anos atrás e só voltaria quando saíssem finalmente daquele inferno.

A noite chega...

A lua estava em seu auge, brilhando imperiosa no céu negro com alguns riscos azulados que persistiam em dar mais vida ao negro. As estrelas estavam brilhando tão vivamente, e o luar parecia completar a imagem. Leve estava no parapeito de sua janela observando aquela bela paisagem, esperando sua deixa.


O piano começa a tocar mais alto e uma música mais lenta chega ao ouvido de todos. Leve que permanecia no escuro caminha em direção a porta e fica ali a esperar a sua cena. Uma salva de palmas calorosa e várias vozes em uníssono clamam por Leve. Já fazia anos que não se apresentava. Desde que Ellia havia chego.

Ela suspira e abre a porta, a luz ofuscante invade o quarto, revelando a cada passo dela sua bela aparência. Se assemelhava a um anjo: seus cabelos agora estavam dourados, com adornos delicados de ouro prendendo seu cabelo nas laterais. Suas vestes eram um top branco de pura seda com alças de ouro trabalhado, um belo echarpe que deslizava por seu braço feito de um tecido branco com transparência, mais tecidos se prendiam em seus braços como um adorno também de ouro. Sua saia branca de seda dançava gentilmente em sua pele clara tão lisa e macia. Sua pele exibia pequenas detalhes ali marcados: florais e arabescos por seu corpo todo. A luz agora do lugar era bruxuleante e pequenos feixes de luz acompanhavam Leve, como pequenas estrelas.

A música ecoava por todo o salão, apenas a voz de Leve podia ser ouvida. O piano acompanhava seus gestos e sua bela voz.

" Stars shining bright above you
Night breezes seem to whisper
I love you..."


Ela caminhava tão suavemente que parecia flutuar a cada passo, sua beleza era realçada a cada gesto gentil que fazia. A coreografia era deliciosamente exótica. Ela lançava olhares para seu público: homens, draconianos, mulheres de todos os tipos desde de banqueiros até bandidos.

" Say Night ie Night and kiss me
Just hold me tight and tell me
You'll miss me..."

Seu olhar fica preso em uma figura no centro do salão. Ela continua sua coreografia, descendo a escadaria, mas seu olhar permanecia em um homem...


Ele estava sentado num dos sofás espalhados pelo lugar. Seu chapéu cobria seus olhos e parte do rosto, ele permanecia com o rosto baixo, estava despojado no sofá com os braços sobre o encosto, ele segurava algumas cartas em uma das mãos brincando com elas entre os dedos. Ele lançava olhares por baixo do chapéu para a elfa...ele tinha uma presença e um sorriso de canto, charmosos.
Leve se aproxima do pianista e coloca suavemente as mãos sobre seus ombros, deslizando gentilmente por eles e depois continua seu andar suave.
Ela caminha entre as mesas e sofás, indo em direção aquele misterioso homem..

" Stars fading but i linger on, dear"


Leve passa a frente dele seguindo pela lateral do sofá deslizando sua mão pelo contorno dele.

" Still craving you..."


Em um gesto gracioso ela leva suas mãos pelo peito do homem, acariciando e seus lábios se aproximam de seu ouvido.

" Kiss.."


Novamente com um gesto gracioso ela se afasta indo caminhar entre os demais. Ela lança um olhar sobre ombro para direção do homem e ele parece ler a mente dela, no mesmo instante também olhando por cima dos ombros, retribuindo com uma piscadela e segura a aba de seu chapéu em um gesto para ela.

" Sweet Dreams till sunbeams find you
Sweet Dreams that leave all worries
Behind you..."

Ela faz meia volta em direção ao pianista, e ao olhar para o homem misterioso, só restava um sofá vazio.
Leve chega ao pianista e algumas meninas se aproximam dela com plumas rosas nas mãos, conforme ela canta o final da música elas vão posicionando as plumas a frente de Leve.

" But in your Dreams whatever they be
Dream a little dream of me..."

Ela sai de cena. O público vibra, gritos e assobios, pedidos de "bis". Ela acena para todos e se posiciona ao lado do pianista, procurando por "ele".
Madame que está sentada num divã ao lado, se levanta, batendo palmas e toma a frente:

– Bravo! Bravo! Leve realmente é uma garota de ouro! Sei que vocês estavam com saudades de nossa exótica menina, então hoje decidi trazer a vocês esse belo espetáculo. Agora vamos iniciar a rodada de apostas e nossas beldades vão ajudar os apostadores! Boa sorte a todos! - ela volta a seu divã e com um gesto, todas as meninas descem as escadas e vão se dispersando pelo salão.


Leve agradecia por não precisar mais sair à caça de um bom partido para acompanhar. Como era a principal, quem optasse por sua companhia precisaria pagar um preço exorbitante.
Seu olhar percorre novamente o salão, ele não estava ali...como poderia? E por que ela não conseguia parar de pensar nele? Ela balança a cabeça como se afastasse o pensamento e começa a subir a escada. Deveria subir e se trocar para a próxima apresentação que seria em uma hora e meia. Ao fechar a porta de seu quarto ela se encosta na porta e suspira. Aquela era a primeira vez que alguém entrava em sua mente daquela forma.

– Qual seu nome? ... - ela suspira novamente e levanta a cabeça encostando-a na porta.

– Para você, ma chérie, apenas Destino. - ele se levanta da cama e caminha até ela.

O luar revela a silhueta dele. Com a ponta do dedo indicador ele ajeita o chapéu deixando seus olhos a vista. Eram olhos perspicazes, que completavam o sorriso malicioso.


Leve observa a aproximação dele sem nenhuma reação. Como ele chegara ali? Existiam capangas abaixo das janelas de todos os quartos e nas portas, Madame fazia questão de deixar fortemente protegidas suas " meninas ". E por que raios seu corpo não obedecia? Ela queria sacar seu revólver que estava em sua coxa escondido pela saia. Mas seu braço não queria responder.

– Leve, non? - ele estava perigosamente perto - não precisa temer - delicadamente ele tira uma mexa de cabelo que cobria seu rosto - bem melhor, sua beleza non deve ficar coberta - ele coloca um braço estendido ao lado da cabeça dela, ainda sorrindo maliciosamente. Aproxima seu rosto do dela. A respiração era suave, já a de Leve acelerava a cada novo movimento dele. Ela sente uma mão passear por sua cintura e descer pela lateral de seu corpo até o revólver.

– Uma bela mulher prevenida. Mas, heh, também sou um homem precavido. - ele retira o revólver do coldre exibindo para ela - non precisaremos disso hoje doçura - ele sorri e arremessa a arma em cima da cama.

– O q-que q-uer?... - Leve perguntava com um pouco de receio, afinal agora estava vulnerável.

Você.– aproxima seus lábios do ouvido de Leve - Você me cativou com seu espetáculo.

– Aquilo? Era parte do show...lamento s-se ti-rou outras conclusões. - ele beijava vagarosamente a região do pescoço dela.

– Hum..que pena. Realmente uma pena.. - ele se afasta do pescoço e volta a ficar frente a frente com o rosto da elfa - ...que eu non acredite. Sabe ma chérie, muitos acreditam que tenho um excelente julgamento para pessoas. - ele encosta os lábios delicadamente nos de Leve. Os lábios dela eram macios, apetitosos e receptivos. Ele desejava amadurecer aquele contato, mas estava ali por outros motivos...Sem tirar os lábios do dela ele sussurra com uma voz sedutora.

– Diga-me ma chérie, como fez aqueles lindos efeitos de luzes em sua apresentação? - e aquele sorriso malicioso volta a seus lábios.

– Isso você deve falar com Madame. - então essa era sua intenção? Descobrir a respeito da magia encontrada ali? Pois ela que não contaria.

– Hum.. Difícil non? Bem tenho meus métodos para descobrir, doçura. - ele volta a brincar com os lábios dela, descendo devagar para seu pescoço. Se prolonga mais ali. A respiração de Leve estava cada vez mais acelerada, ela estava receosa, mas não estava apavorada. Mesmo estando a mercê dele, ele parecia emanar um que de confiança, e até o momento estava sendo "gentil".


Destino voltava a passear com os lábios pelo pescoço, deslizando para o decote dela. Ele beija uma vez e afasta um pouco, mas Leve podia sentir a respiração quente dele ali.

– Você precisa me parar, ma chérie...Como deve saber sou um homem com desejos. E no momento desejo amadurecer nosso contato... - ele sorri e volta a beijar em volta do decote dela.

– Faria isso com imenso prazer...mas você arremessou meu revólver na cama esqueceu? - Leve precisava reverter aquela situação e no momento a melhor forma era ganhar tempo para pensar...

– Esse é o problema doçura? Podemos resolver rapidamente.

Ele enlaça a cintura de Leve a carregando para cama, nesse momento ela recupera seus movimentos e por instinto passa os braços em volta do pescoço dele e as pernas prendem a cintura dele. Ele volta a sorrir maliciosamente e dá uma piscadela para ela. Seu charme entorpeceu por um segundo o pensamento dela. Ele a deposita na cama, e se posiciona em cima dela a uma distância razoável.
Leve não conseguia se mexer novamente.

– Mas...

– Triste non? Non poder reagir... E bem...- ele aproxima seu rosto do dela depositando um suave beijo em sua bochecha - ...eu só irei parar quando puder reagir...pois de minha parte estou apreciando estes momentos. - ele volta a beija-la, agora na barriga.

– Já que insiste... Mas não reclame quando estiver chorando feito um bebe no chão. - ela começou a apreciar o jogo. Abre seu olho liberando o poder de seu estigma. Agora ela podia sentir a presença magica dele, e a mesma a controlando. Ela conjura uma contra magia para rebater e se liberar daquele controle...no mesmo segundo ela recupera seus movimentos, acertando com os dois pés no meio do estômago dele, o jogando longe. Ela se posiciona na lateral da cama agora com o revólver em mãos.

– Chega de jogos! O que quer aqui? - ela mirava nele.

– Elas nunca gostam que mexa na barriga. São realmente como felinas...- ele se levanta passando a mão na nuca, até olhar para ela - Eu já disse doçura.. - ele some dali e ela sente uma leve brisa atrás de si e um sussurro em seu ouvido - quero você.


Instintivamente ela vira para acertar com a parte de trás da arma no rosto do mesmo que se esquiva e a segura, girando-a de frente para si, a abraçando.

– Eu já tive a primeira resposta...olho gordo? Agora sei por que Madame a esconde tão bem... - ele a encara de cima abaixo devorando-a com os olhos. - Não tão bem...

– Se era isso que queria, já pode me soltar e partir.

– Non me entenda mau ma chérie...já tive uma resposta.. Agora, tenho outras perguntas.

– De mim não terá outras respostas... - com uma de suas mãos que estava mais solta do abraço ela encosta nele fazendo com que uma carga de energia elétrica fosse conduzida pelo corpo dele. Ele a solta, agonizando um pouco com aquele ataque surpresa. Ela se esquiva indo em direção contrária a dele.

– Wow. Que garota chocante! Quero dizer que a cada minuto, você me conquista mais, ma chérie...- ele aparece novamente atrás dela só que agora estava sem seu chapéu. Seu rosto era belo, com um semblante maroto. Ele a prende num abraço...Ela não consegue se mexer novamente.

– Desculpe doçura, mas agora preciso das respostas enton non deixarei que se solte. - ele a leva até a cama e a senta ali - Que tal ter a informação que precisa para sair daqui?

– O que sabe disso??- o olhar dela era mortal. Essa informação poderia acabar com a vida não apenas sua, mas também de sua irmã. - Como teve conhecimento disso? - ela força seu corpo para frente.

– Calma, calma. Estou aqui para ajudá-la, ma petit..

– Ninguém ajuda sem ter algo em troca, meu caro. O que quer?

– haha... Bom, muito bom. Quero o mesmo que você: sua saída desse inferno.

– Minha liberdade ?? Oras, eu sairia da boca do lobo para ir direto para a do leão! Obrigada, mas prefiro obtê-la de minha forma.

– Me comparando a ela? Que golpe sujo! Sou bem mais gentil, como pode perceber... Hahaha - ele senta-se ao lado dela - Responda minha última pergunta: há outros como você, aqui? - ele estava sério.

– Se, "como você" quer dizer Elfos, apenas mais uma. Agora se pergunta de minha "habilidade", sim sou a única.

– Ótimo, ótimo. - ele se levanta, pegando seu chapéu colocando-o. - Para provar que pode confiar em mim, irei embora sem mais perguntas. E quando estiver disposta a conversar sobre a informação que precisa, esta carta a seu lado indicara como me achar.


Ele caminha em direção a porta, mas acaba dando meia volta, puxando-a para si enlaçando sua cintura e a beijando. O beijo dessa vez era mais vigoroso, ele a guiava, com muita vontade, a apertando mais contra seu corpo. Ela agora controlava a si e seu único gesto foi passar seus braços em volta do pescoço dele. Uma de suas mãos pressionava a cabeça dele de encontro a sua. Havia desejo de ambos e só se soltaram quando o fôlego vacilara.
Ele manteve ela pressionada ao seu corpo.

– Apaixonada? - o sorriso de canto em seu rosto.

– ... - ela ri.

– E a partir de hoje, non terá que se preocupar com outros...apenas se quiser, claro...

– Haha..Como pensa em convencer Madame? Pedindo com educação?

– Tenho meus meios, apenas deixe comigo, ma chérie.

– Tsc...


Ele deposita um beijo nos doces lábios da elfa, a solta e vai em direção a porta abrindo-a. Ele para e olha para ela por cima do ombro, sorrindo maliciosamente. Segura a aba do chapéu fazendo um breve gesto.

Até breve, doçura.

Até.... - Ela leva a mão instintivamente até seus lábios e fica a observa-lo partindo. Estava sem reação... o que fora aquilo? Como ele sabia tanto e por que aquela fixação nela?
Com essas e muitas outras dúvidas, ela corre para se arrumar para a próxima apresentação.


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Notas finais do capítulo

Uau! De tirar o folego não?
Adorei escrever esse capitulo..sério o desenrolar dele mudei algumas coisas do que havia pensando inicialmente, e acho que foi uma boa ideia! haha
E uau, deixei bem comprido esse capitulo! Estou orgulhosa comigo mesma! *-*
Espero que tenham gostado, e por favor leitores fantasmas deixem suas reviews!
Elas são ótimas para saber o que estão achando da fic e o que posso trabalhar nela para melhora-la!! *-*
No próximo capitulo menos romance e mais intriga! ~



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