Um tal de Velho Oeste escrita por Miablackcat


Capítulo 1
O Penhasco do sonhador


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Esse capitulo é do passado da personagem, antes dela atualmente no jogo.
Um capitulo mais de apresentação do genio da personagem mesmo. ;)

Espero que gostem.Eu dei uma revisada no português, o revisor também, mas pode acontecer de ter erros..então me desculpem adiantado!! :)



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• O Penhasco do sonhador •

O prateado de seus cabelos ficava mais evidente sob o luar, e eles pareciam vivos rebeldes voando ao vento. Mas seu olhar penetrante queria a informação e nada poderia impedir.

– Hunf... Eu... não…. - um capanga qualquer resmungava enquanto ela o prendia contra a parede do vagão.

– Seu bando foi o último a vê-la! desembucha!

– Não sei sobre o...urgh..que você está falando...


Ela o arremessa do outro lado do vagão, fazendo com que ele batesse contra una pilha de caixas. Leve, caminha devagar em direção a ele, abrindo seu olho esquerdo e revelando um olho completamente branco. O capanga a encara. O luar ilumina o rosto da bela elfa e ele pode ver o olho, também conhecido como Olho gordo. Ele se aterroriza, procurando ir para trás mas as caixas o cercam. Ela sorri ao ver a reação tola do rapaz.

– Ora, vejo que reconheceu meu estigma... Sabe o que o espera caso não coopere.

–U..ma...el..el..fa..cer..to?? Ela foi levada para o Penhasco do sonhador...- ele respira pausadamente - por favor...eu..eu..não..sei...mais...nada!! - enquanto ele balbuciava as palavras ela se aproximava o encurralando entre as caixas e apoiando um pé sobre uma, com um olhar aterrorizador.

– Eu vou acreditar por hora. Mas se estiver mentindo... - ela se aproxima e sussurra - Vai implorar pela morte.

Alguns dias de viagem, e finalmente ela podia contemplar a paisagem do Penhasco do sonhador.
Era um lugar desolado em toda sua extensão, menos ao topo do penhasco. Uma trilha feita com um belo e vasto gramado subia de certo ponto até a fim do penhasco levando diretamente para a queda certa. Era um lugar belo e conhecido por suas histórias. Habitado e protegido por uma antiga tribo de Corredores Cinzentos, era um lugar que qualquer um com o mínimo de lucidez evitaria. Mas Leve não era conhecida por sua lucidez. Ainda mais se tratando de sua família.

– Alto lá! Quem deseja macular essas terras sagradas? - das sombras uma silhueta gigantesca vem em direção a Leve.

– Sou apenas uma viajante em busca de minha irmã raptada. - Se havia algo que em todos esses anos ela aprendera foi que, Corredores Cinzentos farejam a mentira. Principalmente os das tribos mais antigas. Parecia uma espécie de dádiva dos deuses antigos que cultuavam.

O corredor cinzento já estava próximo a ela. Ele fechou os olhos e começou a farejar em torno da cabeça da elfa.

– Há pouco mais de duas horas, uma carroça levando uma elfa passou por essas terras. Eles foram mais a oeste e montaram um acampamento ali. Seu coração se acalmara em breve, Aesiath.

– Ahn.. Obrigada...- Eles sempre conseguiam a surpreender. Apenas com o cheiro eles podiam dizer anos remotos e esquecidos de sua vida. Mas somente se eles o julgassem merecedor. Um dom mais raro, porém muito bem escondido pelos mesmos.

Leve apressava seu cavalo para que chegasse o quanto antes. Estava aflita com o desaparecimento de Ellia. Sua irmã mais velha era terrivelmente desajeitada para esse mundo perigoso em que viviam.
Quando Ellia foi trazida por Madame Dior até seu quarto ela soube que aquilo não seria vida para sua irmã, mas Ellia queria...não conseguia admitir a vida que Aeasith, levava, afinal para ela, ainda era sua doce e pequena irmã.
Ellia tinha em mente levá-la de volta para sua aldeia, viver pacificamente lá com sua família. Não aceitava a mudança que Aesiath havia passado, há muito tempo quando foi levada até Madame, não era nada mais que uma elfa com seus 15 anos de idade mas já havia ambição em seu olhar. Foi um dos atrativos que a dona do Saloon havia notado na pequena elfa.


Os anos a tornaram Leve mais ambiciosa, astuta e forte.

Ela era uma sobrevivente: vivia muito bem com Madame Dior, mas não queria mais as "rédeas " impostas por ela. E era exatamente o que estava atrás, de se libertar, mas Ellia decidira sair em busca da irmã...Foi pega por Madame e como Aesiath, feita "prisioneira". Ellia era acima de tudo uma elfa, delicada, curiosa e com imensa vontade de viver. Mas com sua aldeia. Nesse mundo fora, ou você era a caça, ou o caçador. E Leve sabia, que sua irmã estava mais para caça, do que caçadora, por mais que a carapaça dela fosse "resistente".


Sinais de fumaça começavam a surgir no céu. Já era pôr do sol e o céu era lindo dali. As nuvens pareciam brincar em fazer formas abstratas acompanhada das belas cores que tingiam o céu. O descampado tinha poucos arbustos e algumas flores e rochas pareciam completar o quadro. Aquele lugar era magnifico.
Leve, achou um bom lugar para amarrar seu cavalo, e continuou a pé dali. Cautelosamente ela se aproximou do acampamento.

– Eu aposto que Leve deve chegar ao amanhecer! Ela com certeza teve trabalho para achar Deon. Ele é um mestre em fugas! - uma bela elfa levava uma grande coxa de Carneiro a boca lhe arrancando um bom pedaço - hum..ELA..DHAO..É...DÃO....BOHA...glup...ASSIM!

– Ell.. Eu acho que você deveria ter ficado no saloon. Leve e Madame ficarão muito bravas com você...- um dos capangas, falava em tom mais calmo.

– Ahahhahahahha!! Você esta com medo delas? Ora minha irmãzinha vai apenas nos dar uma bronca. E Dior escuta a Leve..


Leve ouviu toda a conversa de sua irmã com os comparsas e cada nova palavra seu sangue fervia. Então era tudo armação de Ellia? Lhe daria uma boa lição...esperaria a noite chegar em seu auge e agiria...


... Por volta da meia noite.

Movendo-se com astucia felina, Leve foi esgueirando-se entre as pedras e moitas que haviam por ali. Primeiro chegou atrás do capanga mais forte, nocauteando-o por trás. Silenciosamente e graciosamente, Leve derrubou um a um, restando apenas sua irmã que estava dormindo profundamente. Terminou de amarrar os capangas e aproximou-se de Ellia. Devagar se agachou e tirou uma mecha de cabelo que estava em seu rosto. Ellia sorria. Tão tranquila, como nas noites na aldeia quando seus dias eram calmos e Ellia sempre protegia Aesiath. O mundo era pacifico para elas...
Um sorriso surgia no semblante mordaz de Leve.
Então tudo aconteceu muito rápido: Ellia sacou sua arma e virando seu corpo graciosamente saltou para trás a uma distância razoável de Leve.
Leve por sua vez, deu uma cambalhota e sacando seus dois revólveres, esgueirou-se para trás de uma rocha.

– Oras! E eu perdi a aposta! - Ell bufava atrás de um resto de tronco que havia ali. - Bom te ver, Ya.

– Seria bom te ver também, se não fosse numa ocasião na qual você me enganou, se colocando em risco, Ell...- praguejava Leve.

– Vamos lá, Ya...Pense no lado positivo. Se algo acontecer, já sei que você sempre me achara!

– Vai a merda Ell. - Leve vira-se e começa dispara em direção a Ell. Suas balas eram encantadas, elas não feriam muito e tinham uma propriedade que causava sonolência em seus alvos. O plano de Leve era apagar Ell, amarra-la e levá-la consigo até o saloon.

– Vamos levar a sério isso então, Ya? - ela mirava com sua espingarda. Ell preferia o chicote, mas ali, contra Ya, era inútil. - A primeira a cair fica devendo um turno extra para a outra no saloon! Quero sair na semana que vem...

Bang! Bang! Dois tiros passam perto do braço de Ell. Leve estava cansada da falação de sua irmã..

– Ei, essa foi perto!

Bang! Bang! O tiroteio não durou muito. Leve tinha uma mira excepcional e a experiência a agraciava. Ell era boa, mas ainda não superava a sagacidade de Leve.

Leve caminhou até a irmã que estava caída segurando o braço que fora atingido. Duas balas a acertaram: uma de raspão e a outra no meio de seu braço pouco acima de seu cotovelo.

– Ai ai ai ai.... Nunca mais duvido de você! Me acertou em cheio Ya!!!

– Durma de uma vez sua desordeira! Está ciente que Madame vai punir a nós duas? E os babacas que enganou também... Se prepare que a dor da bala será confortável quando Madame nos ver.

– Você pode amenizar Ya. Ela te coloca no pedestal mesmo...

– Pedestal o qual eu dei duro pra conseguir me manter! Você fazendo essas maluquices coloca tudo a perder!! Ell, você sabe o que está em jogo.


Leve se abaixa amarrando a irmã e a coloca na carroça junto com os demais. Por garantia, a amordaça. Apaga a fogueira e acena para o grande vulto escondido mais a frente numa grande rocha, num gesto de respeito. Os Corredores Cinzentos apreciavam gestos e também o respeito pela natureza. Leve não queria se desentender com aquela antiga raça. Podia precisar deles um dia.
Busca seu cavalo, o amarra na carroça e juntamente com sua "carga", parte dali.
O saloon era seu próximo destino.


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Notas finais do capítulo

Eae pessoal gostaram?*-*Por favor deixem suas reviews, que assim sei como proceder daqui..já tenho na verdade a ideia meio pronta, mas pra desenrolar ela, preciso de reviews! ♥ ~Anotaram os negritos? Prestem atenção que tem coisinhas que serão exploradas no decorrer da historia e explicados! *-* ~E No próximo capitulo só adianto que vocês terão um gostinho do que é a Madame Dior. É, tensa a mulher. ;)Obrigada, e até a próxima!! ~

Música tema: https://www.youtube.com/watch?v=9iteRKvRKFA



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