The Guardians - The Beginning escrita por Milly


Capítulo 3
II. Senix, Pólux e Fêlix


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Desculpe a demora de postar o novo capitulo. Serio, desculpe. Eu estive muito ocupada ultimamente com as coisas do fim do ano, e nunca encontrava tempo pra editar esse capitulo. Mas aleluia encontrei coragem e tempo... e aqui está! Espero que gostem!



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Quando recuperei a visão, dei de cara com um jardim. Ele era muito grande e bonito... havia verde demais. No centro do jardim havia uma fonte, na qual havia um Guardião, segurando um jarro que derramava água. Havia algumas arvores nos cantos, algumas com flores outras com frutas. E em um cantinho onde havia umas roseiras de varias cores, tinha um banco onde estava sentada um moça muito linda, e junto dela estava Salém. Desci as escada e pousei o pé na grama. Era fofa, e muito bem cuidada e aparada. Como não havia pedras para pisar, presumi que poderia andar na grama.
Segui caminho até onde estavam. Estava a uns cinco metros de distancia deles, mas Salém deve ter escutado os meus passos - apesar de serem silenciosos, há ouvidos humanos, para nós guardiões, são fáceis de serem ouvidos -, pois logo se virou.
– Oh, olá, Nathan. Não sabia que viria tão cedo. Devia ter tomado o café. Ouvi os comentários, do acontecimento no refeitório. Pelo visto, teremos muitos comentário hoje. - disse Salém com uma voz calma, mas ainda sim divertida.
– Hm, sim. Aposto que todos devem estar sabendo. Já vejo que dará muito oque falar. - soei mais frio do que pretendia, mas parece que Salém não notou.
– Entendo. Bom, Nathan. Está aqui é minha filha. Minha adorável, Rosalie. - disse ele sorrindo e gesticulando para a jovem ao seu lado. - Já deve ter ouvido falar dela.
Rosalie deu um leve sorriso. Ela era linda. Mais do que já disseram. Ela era pálida, como eu, mas dava para ver um rubor em sua bochechas. Seu rosto era angelical, e parecia feito de porcelana, que com o minimo toque se quebraria. Seus olhos eram grandes, mas não muito, e muito verdes, assim como os do pai. Seus lábios ao qual tinha um sorriso leve, eram rosados e cheios, mas muito delicados. Sua cabeleira estava solta e era de um loiro que pareciam fios de ouro, ao qual tinham algumas flores incrustada ao longo do cabelo, que iam até sua cintura. Ela vestia uma vestido, verde claro que ia até o chão. As mangas eram de renda florida e verde, que iam até o pescoço. Mas deixavam uma visão de seu decote, assim como Josh tinha dito. Suas mãos delicadas, repousavam em seu colo com uma rosa branca. Ela era linda, parecia uma deusa.
– Sim, ouvi muito ao respeito de Rosalie. Mas não se preocupe, eram comentários bons.
"Com uma leve exceção. Hannah..." completei na mente.
– Fico feliz ao saber disso - uma voz delicada que parecia até cantada, saiu dos lábios perfeitos de Rosalie.
Sorri levemente.
Estranho, não sorria há uns bons dias.
– Nathan, como havia dito. Não o esperava tão cedo... houve alguns problemas no departamento e preciso resolve-los... - disse Salém até eu o interrompe-lo.
– Bom, sendo assim posso voltar mais tarde, acho... - repassei os programas de hoje. Talvez não desse.
– Não, não. Precisamos tratar sobre um assunto importante com você. Então, há alguém que entende melhor desse assunto que eu - disse ele com um sorriso - Roselie. Rose pode te contar tudo e mais.
Ambos olhamos para Rosalie. A graciosa figura sentada, que ainda sorria.
– Claro, meu pai. Ficarei contente em falar com Nathan sobre isso, se você quiser é claro. - disse ela com sua voz que parecia a mais bela música e com seus olhos verdes brilhando intensamente, era meio impossível negar um pedido á ela.
Era estranho, o efeito que Rosalie causava á mim. Por Deus, tínhamos acabado de nos conhecer!
– Ah, bom, sendo assim tudo bem. Mas poderia voltar outra hora se quiser. - disse eu com um sorriso torto nos lábios.
– Não. Rose, sabe oque fazer. - disse ele orgulhoso - se me permitem, presumo que já tenho que ir para a reunião do conselho.
Rosalie e eu assentimos. E ele começou a caminhar de volta ao prédio.
Longos segundos de um constrangedor silencio se passou. Foi então que percebi que eu fitava meus sapatos. Ergui os olhos e me deparei com Rosalie me olhando intensamente. Tão intenso que poderia abrir um buraco em mim só com o olhar.
– Oh, desculpe, não queria ficar te encarando. Me perdi em devaneios. - disse ela constrangida.
Apenas fiz que sim com a cabeça. Não estava muito afim de papo. E muito menos com Rosalie. Sem querer muito me gabar, mas já tinha um batalhão de garotas atrás de mim, não queria mais uma. Hannah já valia por dez.
De repente, ela se levantou do banco, e começou a caminhar em direção ao prédio, com a graciosidade de uma bailarina. Seu caminhar era tão leve, e seguro, e a pequena calda do seu vestido longo arrastava na grama. E seus cabelos de ouro, balançavam com a brisa. Com meus sentidos todos apurados, pude sentir seu cheiro, era doce e floral. Todos nós Guardiões tínhamos sentidos muito apurados, para podermos detectar a presença de nossa raça, e dos humanos. E cada ser tem um cheiro diferente, era bom para nós nos identificarmos e identificar os humanos.
De repente ela parou, e olhou para mim.
– Você não vem? - disse ela com um pequeno sorriso.
– Ah, sim, claro. - disse eu sem emoção.
Seguimos pelo jardim até a porta que dava ao corredor pelo qual eu vim. Fizemos o mesmo caminho que eu havia feito, até chegarmos onde a Sra. Parkings estava. Rosalie parou perto do balcão, e eu logo atrás.
– Olá, Suzanne. Quem bom vê-la. - disse Rosalie com uma voz doce e muito amigável.
– Oh, olá, Rose. É ótimo vê-la também. Vejo que está com o Sr. Miller. - disse ela com um tom profissional, que não havia usado antes comigo.
Fiz um sinal com a cabeça e dei um meio sorriso para ela. Vi o rubor em suas bochechas.
– Sim, preciso ter uma reunião com o Sr. Miller. Bom, queria a chave da biblioteca. Deixei ontem em sua mesa. - disse Rosalie calmamente.
Suzanne mexeu em algumas gavetas, até tirar uma pequena chave dourada com uma pequena plaquinha, com o nome "Biblioteca" impresso.
– Aqui está - disse estendendo a chave.
Rosalie pegou a chave e agradeceu. E seguiu para um canto do saguão de entrada. Eu a segui. Paramos na frente de um elevador dourado. Ela apertou um botão e as portas se abriram para uma cabine totalmente de vidro, que dava para ver o lado de fora, podia ver o jardim. Entramos, e eu fiquei observando lá fora enquanto o elevador subia. Podia ver o refeitório, os prédios dos dormitórios, inclusive o meu. Algumas pessoas voavam baixo, e outras andavam apresadas.
– Nathan? - disse Rosalie me olhando curiosa. - Estou falando com você, parece que não me escutou. É linda a vista não?
– Desculpe, é que faz muito tempo que não uso o elevador. E sim, é linda a visão. Não costumo ver muito Planet Guard de cima. - disse eu calmamente.
– Bom, eu ando bastante pelos elevadores. Evito quando posso, as escadas também são boas. Mas evito os elevadores, porque não saio muito do prédio. Alias, não saio. E sempre quis voar, por ai, ou caminhar. - disse ela com uma voz calma tentando esconder a tristeza.
– Isso parece triste Rosalie. Porque não sai? Não faz missões? Ouço falar que você só fica nos jardins e na biblioteca... mas, bom, pensei que saia. Apesar de eu nunca a ter visto. Só hoje. - disse calmo
– Bom, tudo se resume a proteção. Oque logo irei te explicar. E sim, o máximo que faço é sair para os jardins. Mas, sempre acompanhada. Vou mais lá para pensar, e cuidar das flores... e na biblioteca, bom, é meu trabalho. Tenho que cuidar do livro mestre e de Senix. E ah, pode me chamar de Rose, bom, é mais comum e menos formal. - disse ela com um tom amigável.
Senix era uma pedra magica que servia como portão, e como uma janela para o mundo humano. Ela mostrava quem seria nosso próximo protegido. Ela era bem guardada pelos guardiões. Mas, sempre tinha uma conexão com um guardião em especial. Apenas um, o Guardião de Senix era Rosalie, só ela poderia tocar na pedra, e abrir o portal. A pedra magica só obedecia apenas um Guardião. E ela sempre seria fiel a ele. Senix era nossa fonte de magia, e poder. Só existíamos por causa dela. Então, ela escolheu um Guardião de confiança para cuidar e protege-la. E esse alguém era a Rose.
– Ok. Rose. Então, você é a Guardiã de Senix... sempre pensei que fosse Salém... mas, por que não pode sair? - disse confuso.
O elevador soltou um sinal e na placa dizia que chegamos ao nosso destino. Andar 87.
– Venha... vou explicar tudo. Precisamos de Senix, e do livro. Apesar de o livro e Senix serem coisas privadas, que só um Guardião pode toca-las e usa-las, você é algo especial e uma exceção. E tudo se resume há quem foi seu Guardião. Antes de tudo, não pense que poderei revelar quem é ele Nathan, infelizmente, não posso. Ele pediu sigilo e é oque fazemos. E para uma guardiã como eu, mesmo que quisesse, não poderia. - disse ela com tristeza - Sinto muito.
Assenti. Ela me guiou por um corredor longo, todo branco, com muitos detalhes dourados. Paramos enfrente uma porta grande marrom.
– Acho que você nunca conheceu a nossa biblioteca. Pois, já o teria visto aqui... é claro, que já o vi antes mas, não pessoalmente. Você aprece muito em Senix. E no livro... mas já vou explicar. Bem vido á biblioteca! - disse Rose com sua voz cantada.
Assim que ela abriu a grande porta dupla demos de frente a uma pequena sacada no alto com escadas de ambos os lados. E lá embaixo era repleto de estantes com livros, que iam do chão até o teto. Me aproximei da pequena sacada, - que a grade batia no meu joelho - para poder ver oque tinha mais além das estantes de livros. Lá pude ver várias pessoas distribuídas pela grande biblioteca, estavam em mesas grandes, mesas individuais, almofadas pelos cantos, sentadas e deitadas nos tapetes da biblioteca. E todas carregavam um livro ou mais.
Todas as paredes eram cobertas pelas estantes cheias, menos a do extremo sul, que era toda de vidro onde podíamos ver Planet Guard, por ela entrava uma luminosidade agradável, que ajudava o imenso lustre de cristal a dar luz. O teto tinha o desenho do céu, e nele havia pequenos querubins com flautas pintados. Era incrível.
– Que bom que gostou. - disse Rose se aproximando.
Era estranho, não havia dito que havia gostado, muito menos que era incrível. Talvez tenham apenas lido as expressões no meu rosto.
– É fantástico. Não tinha vindo aqui antes. As pessoas só vem para ler? - perguntei olhando ao redor.
– É um dos motivos para que eu goste daqui. Bom, muitos vem para ler. Outros para fugir das obrigações do dia, ou descansar. A leitura nos libertas, nos da um poder que ninguém pode imaginar.. e tem os que vem pera me ver. - disse olhando para mim e corando.
Claro que tinha gente que só vinha ver a Rosalie. Ela era linda, e atraente - pelo menos não para mim. Teria garotos que gostariam de vê-la, pois ela não saia. Ou amigas para conversar. Quando eu ainda era só o Nathan Miller, o garoto problemático, eu me escondia na biblioteca, para ter paz e poder ler. Mas, sempre tinha alguma garota por lá, me espiando por cima de um livro que ela não estava lendo. Teve uma vez que uma garota estava com um livro de cabeça para baixo, e quando viu que eu estava a encarando, fingiu voltar a ler. UM LIVRO DE PONTA CABEÇA!
– Vamos descer. Tenho que falar com você. - disse ela começando ir para a escada da direta. Segui pela da esquerda.
Desci pulando de dois em dois degraus, e cheguei até o fim da escada de Rosalie.
Faltava uns poucos degraus para ela descer. Ela descia com elegância, vinha calma, com um paço confiante. Apesar de estar com um vestido longo, descia com perfeição, sempre olhando para frente. Uma mão segurava o vestido para deixar os pés livres para descer - notei que seus pés branquinhos e delicados estavam descalços - , e a outra ela segurava o corrimão. Ela sorria para alguns que acenavam para ela.
– Porque está descalça?- perguntei.
Ambos olhamos para seus pés. Ela soltou o vestido e sorriu.
– Gosto da sensação do frio do mármore nos pés. E da sensação da grama macia, que algumas vezes está molhada - ela da uma risadinha fraco. - Sapatos são desconfortáveis, apertão demais, ou são largos demais, e tem vezes que são inconvenientes.
– Talvez você devesse encontrar um modelo que goste e que seja seu numero. - digo sorrindo. Era estranho como ela me fazia sorrir por coisas bestas, como andar descaça. Parecia que ela fazia eu sentir suas emoções.
– Talvez, só talvez. - disse ela olhando através de mim, como se não estivesse apenas dizendo dos sapatos, mas também respondendo meu pensamento. - Bom, vem não teremos muito tempo hoje.
Rose, seguiu para o balcão onde uma garota que não devia passar dos 15 anos, sorria para nós. Quando nos aproximamos ela olhou para Rose, e sorriu. Quando parou o olhar em mim, começou a corar.
Ela era magra, e vestia roupas de moletom. Seus cabelos era muito cacheados e volumosos, seus olhos eram de um castanho bem claro. Sua boca era coberta por uma camada de gloss rosa. E ela estava muito maquiada, e irradiava animação e nervosismo com minha presença. Ela era bonita, sem aquela sombra verde e a gloss rosa.
– Olá, Clare. Como está sendo seu dia? - cumprimentou Rose, calmamente.
– Oi, Rose! Esta indo ótima. E por aqui tudo vai muito bem. Não precisa se preocupar. Você tem umas cartas que chegaram hoje de manhã. Mas, já voei até seu quarto e deixei lá. Fui tão rápido que nem notaram minha falta - disse Clare toda animada e orgulhosa de si mesma.
– Oh, obrigada. Fico feliz ao saber que tudo corre bem e por você ser tão eficiente. - disse Rose, sorrindo calorosamente. A garota relaxou, e olhou para mim. - Ah, este é Nathan Miller. Eu e ele teremos uma reunião.
Dei um sorriso torto para ela. A garota ficou mais vermelha que o normal.
– Oi.. quer dizer oi, hm.. não, tudo bem...? Nathan!? - ela lutava para montar um frase que eu pudesse compreender.
"Aí meus Guardiões! Ele deve estar me achando maluca. Só queria dizer 'oi', mas acabei dando bandeira... mas ele é tão lindo. Olha esses olhos azuis... pera, não, negros. Ué eram azuis!"
Desviei o olhar e sacudi a cabeça. Essas vozes...!
– Oi, Clare. Estou bem sim. - disse com um voz fria.
Rose, deve ter capitado o momento de tensão que Clare sentia e a minha frieza então resolveu interceder.
– Clare, querida. Eu vou levar Nathan à minha sala. Por favor, se alguém estiver me procurando. Diga que estou ocupada. E que entrarei em contato o mais rápido possível. - disse ela fazendo uma pausa. - Exceto meu pai.
Clare fez que sim com a cabeça. E então se virou e pegou em minha mão para que eu á seguisse. Puxei a mão.
Não era acostumado com pessoas me tocando. Só minha mãe e Helen.
– Me desculpe. - disse Rose corando de leve.
Percebi que meu gesto à magoou. Rose era muito calma, havia puxado o pai. Ambos eram muito bondosos, eram nossos figurões. Os mais importantes. Não era normal trata-los mal. Mas Rosalie logo recuperou a postura e recuou. Era incrível como fazia isso.
– Venha, temos que nos apressar. - disse com um tom neutro na voz.
Seguimos para debaixo da sacada onde havia uma porta redonda branca com asas douradas e continha um "R" grande e dourado e asas igualmente douradas eram grudadas no "R" que dava a impressão de estar voando. Rose se aproximou da porta e colocou a mão no "R". Com uma "clak" uma pequena portinha se abriu. Rose levou as duas mãos ao pescoço e retirou um cordão.
Esse cordão era uma pedra branca e polida, que continha um espiral dourado e asinhas douradas na pedra de ambos os lados - todos nós tínhamos esse cordão. Era o nosso amuleto. Serviam como portais, meios de comunicação, e fonte de força das asas e dos poderes.
Ela colocou o amuleto dentro da portinha. Ele brilhou uma luz roxa.
"- Bem vinda, Rosalie. - disse uma voz feminina - insira a sua chave para abrir."
Rosalie colocou a pequena chave na porta e ela se abriu. Ela retirou a chave e o amuleto e entrou na sala e eu a segui. A porta se fechou.
A sala era branca e tinha umas poucas prateleiras de livros. Havia uma mesa de madeira em um canto com um mapa aberto no meio. No centro da sala havia um tapete vermelho, e com um pedestal com um livro no centro dele e encima do livro uma pedra parecendo uma bola de cristal roxa quebrada faltando partes, flutuava. Ela brilhava, assim que eu me aproximei ela brilhou mais.
– Nathan, está é Senix. Você já ouviu falar nela, não? Ela mostra quem sera nosso próximo protegido, e ela nos dá magia e nos protege. É nossa fonte de poder. Sem Senix não seríamos nada. Senix precisa sempre de um guardião para protege-la. E eu sou a escolhida. Então, devo cuidar dela. Ela deve ser protegida e não pode ser tocada por ninguém. Além de mim. Se não... ela faz que a tocar virar pedra. - disse olhando para a pedra com admiração.
De repente estendeu a mão e a tocou, e ela sumiu. ela foi pra trás do pedestal e abriu o livro.
– Este é o livro mestre. No início dele há uma lista de nomes de todos os guardiões, sua idade, poder se tiver, e quantos protegidos já teve. E depois ele conta como se iniciou nossa história. Até os dias de hoje. Nesse momento, ele está escrevendo uma história. Metade desse livro é em branco, porque tem que contar a história do nosso salvador. - disse ela levantando os olhos do livro e me encarando.
Fiquei em silêncio, não sabia de salvador nem um.
– Nathan. Existem três pedras no nosso mundo. Senix, Pólux e Félix. Mas, só sobrou Senix. As outras estão escondidas ou perdidas... e nosso salvador tem que acha-las. Ou todos seremos destruídos. Senix sempre deu conta de nos proteger e nos dar magia. Mas está ficando fraca, e precisa de suas irmãs. E nosso salvador deverá às encontrar.
Continuei em silêncio. Não sabia porque estava contando isso à mim.
– Nathan... para que você entenda, vou te explicar do início. - disse folheando o livro no começo até encontrar a página desejada. - olhe - disse me chamando.
No livro, havia a imagem de um castelo cercado de guardas. Só que não era o castelo que chamou a atenção, e sim as pessoas que estavam na frente dele. Da esquerda para a direta estava um senhor muito velho, que se parecia com Salém, ele estava segurando a mão de uma senhora que mesmo envelhecida parecia ter sido linda, e ambos usavam coroas. Ao lado da senhora, que provavelmente era uma rainha estava um homem que era idêntico a Salém só que mais jovem, e ele também usava uma coroa, só que mais modesta. Em seus braços havia uma garotinha que devia ter uns 5 anos de idade, ela era muito familiar. Diferente de todos, ela tinha uma beleza angelical e usava uma coroa de flores na cabeça. Rosalie! E ao fundo da imagem, tinha um homem idêntico a Salém, mas ele tinha uma expressão carrancuda no rosto. Eles eram gémeos. Ele usava uma coroa, quase igual a do rei.
– Quem são essas pessoas? - perguntei.
Rose apontou com sua mão sua mão pálida e delicada, uma legenda no final da foto.
Dizia: "Rei Amon, Rainha Magda, Príncipe Salém, Príncipe Zugar e a pequena Princesa Rosalie." Rosalie e Salém eram da realeza!
– Amon e Magda eram meus avós. Essa foto é muito antiga. Amon tinha 15 anos quando conheceu minha avó Magda. Amon era versado em magia, ele ganhava a vida ajudando os outros com seus poderes... e sempre pedia algo em troca. Coisas que ele um dia precisaria. Ele era um garoto astuto. E um dia prestou serviços ao rei, ajudando a ganhar uma guerra. Em troca pediu a mão de Magda a filha do rei. Na época Magda odiou meu avô e ao rei, mas com o tempo aprendeu a amar vovô. Eles viviam felizes. Amon dava tudo oque ela queria. E um dia eles herdaram o trono. Mas, Amon era ambicioso, ele queria que o reino fosse só dele. Não queria deixar o trono para seus herdeiros. Ele tinha sede do poder. Queria ser imortal para poder cuidar do reino e ter magia para sempre. - ela fez uma pausa e me olhou.
Ela sorriu debilmente.
"Mas, toda magia é limitada. Então, ele não tinha poder suficiente para poder ser imortal. Magda tenteou tirar essa ideia da cabeça dele, mas não conseguia. Pior foi quando Magda deu à luz a gêmeos. Zugar e Salém. Amon, viu que tinha que correr e preparar algo para se tornar imortal. Mandou tropas encontrarem magos, bruxos, feiticeiros, qualquer coisa versada em magia. Mas ninguém tinha a resposta. Até que um dia trouxeram um livro para ele que continha uma poção que daria a ele a imortalidade. - ela levantou o rosto novamente do livro e me olhou. - Meu avô preparou a poção. Mas, demorou muito para encontrar os ingredientes certos. E seus filhos já tinham 39 anos, Salém já tinha uma esposa Lucinda grávida, mais um ano, teriam que ficar com o reino. Zugar, não tinha ninguém. Então faltando um ingrediente apenas, que era o coração de quem ou algo que você mais amava. Magda. Amon não teve coragem. Passaram se meses, e então Lucinda deu à luz a pequena garotinha. Mas, morreu no parto. E o bebê era eu. Minha mãe não teve a oportunidade de me ver. Não conseguiu resistir, e eu também quase morri. - disse ela com os olhos enchendo-se de lágrimas. Voltando-se para o livro ela me mostrou uma outra página.
Havia uma mulher muito bela na foto. E totalmente parecida com Rosalie, só que um pouco mais velha. Em tudo elas eram parecidas, até nas flores no cabelo de ouro. Á unica diferença era os olhos, a moça da foto tinha olhos azuis escuros e sorria muito mais, mostrando todos os dentes perfeitos. Era encantadora. Na legenda dizia: "Lucinda, a princesa de Cadehá"
"Minha mãe era uma princesa de um reino distante. O pai dela, Locius, deu à mão de sua filha para Salém como uma aliança entre os reinos. Minha mãe e meu pai se apaixonaram e casaram. Depois de anos, tiveram eu. Só que ela morreu no parto. Então meu pai, minha vó e meu avô cuidaram de mim. Zugar nunca gostou de mim e nem de meu pai, pois ele queria a mão de Lucinda, mas Amon não a concebeu a ele. E sim a Salém. E por isso ele me odiou tanto, pois eu era a filha de Lucinda, fruto de um amor entre Salém e ela. Coisa que Zugar nunca teria. - disse ela secando os olhos, e sorriu. Suas mudanças de humor me enlouqueciam.
"Por um tempo a poção foi esquecida. Pois, eu era a alegria. A mais nova princesa. Até que um dia Amon se deparou que toda essa alegria podeira ir embora. Poderíamos morrer um dia, e ele não queria isso. Ele queria que todos nós fossemos imortais. E nunca nos separar. Então pediu para meu pai terminar a opção, já que não queria matar Magda. Meu pai recusou, pois oque ele mais amava era eu e não queria me sacrificar. Não vendo opção, cedeu a poção para Zugar que aceitou de bom grado. Mas a única coisa que ele mais amou foi Lucinda, e ela já tinha ido embora. Só sobrou uma opção. Sua mãe, a unica que se importava ainda com ele, e quem ele ainda amava. Então, matou Magda. Com a poção pronta, ele a colocou em nossos cálices e nos tornou, não imortais, mas sim, Guardiões. A poção nos deu poderes. Cada um com seu qual. E o mais poderoso de todos era Amon, pois já tinha magia. Amon se recusou a viver sem Magda. Ele a amava muito. E ser imortal sem ela era a pior coisa do mundo. Por causa de sua ambição, ela tinha morrido. - ele balançou a cabeça, estava se lembrando da cena.
"Amon criou um esconderijo para nos proteger do que as pessoas queriam fazer contra nós poder termos matado a rainha e por termos poderes, então criou Planet Guard. Eu tinha 16 anos na época. Amon disse que iria embora remoer sua dor longe de nós. Ele deserdou Zugar. Criou uma bola mágica e a quebrou. Ela se partiu em três, e cada parte escolheu alguém. Senix á mim, Pólux à Zugar e Fêlix à Amon. Ele disse que era para nos ajudarmos com a imortalidade e nos comunicarmos se precisarmos de ajuda. E criou o livro mestre e deu ele à mim, e deu uma cópia para Zuar. Disse que ele nos diria oque fazer. Ele quis repartir Planet para nós três, mas Zugar queria tudo para si só. E então foi banido. Amon disse que iria para bem longe e que era para nós protegermos a humanidade das coisas ruins que ele sabia que Zugar iria fazer. E então foi embora. Tentamos contato, mas nada... e com o tempo as coisas foram seguindo. Aos poucos eu e papai cuidamos de Planet Guard e das pessoas. E fomos crescendo. E Zugar um dia prometeu vingança... só que com o decorrer to tempo o livro mestre foi mostrando alguém que poderia nos salvar. Que poderia juntar as pedras e destruir Zugar. Ele vem à anos tentando tomar a população, criar só guardiões para ele os governar. Mas, Senix matem Planet invisível para os humanos e para ele. Então podemos nos esconder. Mas Senix está ficando fraca. Precisa dos outros pedaços. E logo ficaremos vulneráveis, então Zugar poderá pegar nossa pedra. E com isso dominar tudo. Será uma tragédia. Tudo de ruim que acontece no mundo dos humanos é ele quem faz. Pessoas doentes, passando fome, guerras, escravidão... será muito pior.
– Então, o livro achou a solução! O nosso salvador. O guardião dele era poderoso e ele também é. E as pedras todas estão ligadas á ele. Só ele pode às encontrar. Encontrar as outras duas e traze-las de volta. E salvar todos. E o livro com o tempo apontou a história dele, Nathan. E agora está mostrando quem ele é precisamos dele. Todos precisam...
– E oque eu tenho com isso? Você devia encontrar o seu salvador. Mandar ele buscar as pedras. Não há porque me contar. Se o livro sabe quem é, vá atrás! - disse eu interrompendo ela. - Porque eu devia saber disso?
– Nathan, porque é você o guardião salvador. Você tem que encontrar Pólux e Fêlix. - disse ela exasperada. De repente e calma se foi dela.
Não acreditei no que ouvi. Isso era impossível.
Rosalie levantou o livro e me mostrou uma foto. Nela tinha um garoto segurando três pedras. E tentando junta-las. E eu era esse garoto. A legenda dizia: "Nathan, o salvador, junto com Senix, Pólux e Fêlix."
Dei passos para trás. Não podia ser eu. NÃO PODIA!
De repente minha cabeça começou a doer. Vozes encheram ela.
"... ele precisa acreditar em mim.."
"A Rosalie está lá dentro com um rapaz quem serpa?"
"É o Nathan, ela finalmente dirá oque ele é...!"
"Livro chato... quero outro."
Minha cabeça doía as vozes gritavam. Cai de joelhos e apertei a cabeça. Não consegui bloqueá-las. Doía muito. Meu subconsciente dizia junto "você tem de salvar todos... eles dependem de você agora. Deve salvá-los." Eu não queria salvar ninguém. Não queria nem ser um Guardião. Só quero que as vozes se calem!
Rosalie se ajoelhou na minha frente ela tocou meu joelho e as vozes ficaram abafadas, e só uma se sobressaía.
"Nathan, acalme-se. Me escute, olhe para mi..." as vozes surgiram de novo e mais fortes. Olhei para Rosalie. Ela me olhava, mas seus olhos estavam totalmente brancos, suas íris e pupilas ficaram brancas, e ao redor de seus olhos uma luz branca brilhava.
"Nathan, aqui é a Rose. Me escute, acalme-se. Escute minha voz"
Eu escutava a voz da Rosalie, mas sua boca não mexia. Seu voz saia apenas em minha mente. Assim como as outras. Seus olhos eram bizarros.
"Nathan, se não ter calma vou ter que apaga-lo..." comecei a gritar, as vozes voltavam. Doía muito. Minha cabeça ameaçava explodir. PAREM! POR FAVOR!
"Nathan... acalme-se como será um guardião salvador assim..." EU NÃO QUERO SALVAR NINGUÉM...
"Durma." e a voz calma de Rosalie foi a última coisa que ouvi, e por mais que eu lutasse, a escuridão me tomou.


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Notas finais do capítulo

E então? Oque acharam?
Esse foi um pouco maior que o anterior, pois, tinha que explicar tudo bem rápido pra vocês, porque muita coisa vai surgir em... espero que gostem da Rosalie, (eu adoro ela!) Então, por enquanto é só. Até o próximo, vou tentar fazer o mais rápido possível!
Beijos.

Xoxo



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