A verdade sobre Johanna Mason escrita por Carol Paris


Capítulo 16
Capitulo 16 - Viver em paz?


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente, dsclp a demora mas eu estava sem o credito para postar esse capitulo e estou só com a treis ge ahsuahsu sem mais delongas. Boa leitura



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É o sexto dia dos jogos, tenho certeza que eles não demoraram muito para acabar, durante o dia é quente que parece até um deserto e a noite é tão frio que meus ossos chegam a tremer.

O sol está alto e ainda estou na arvore. Tento ordenar a mim mesma que eu me levante daquele lugar e vá atrás de alimento, mas sei que no momento que eu pôr o pé no chão eu voltarei a ser a Johanna que não se importa com nenhuma criança viva dentro daquela arena.

Não me vejo mais como Johanna Mason, a garota que tentava ajudar as crianças famintas do sete, ensinando-as a roubar restos de comida dos lixos das casas mais ricas sem serem pegas por pacificadores. Sou um monstro, uma mutação da capital, uma marionete que eles usam para mostrarem a toda a Panem que nunca, ninguém poderá verdadeiramente viver em paz.

Viver em paz.

É nisso que eu penso, talvez eu seja mesmo um monstro, mas uma coisa apenas é importante agora. Minha família.

Eles têm a chance de viver em paz. Se eu conseguir ganhar, eu poderei ajuda-los. Ainda em meio a tantas coisas ruins, é nisso que eu tenho que pensar, em proteger aqueles que eu amo, mesmo que isso custe perder a mim mesma.

Ainda em cima da arvore eu arrumo todas as minhas coisas na mochila, passo protetor solar em todo o meu corpo que está exposto ao sol, sei o quanto a exposição ao sol pode ser prejudicial e ainda mais aqui na arena que é um sol feito pelos idealizadores.

Desço da arvore já com a mochila nas costas, as facas todas arrumadas na minha jaqueta, o machado pequeno que estava com Erick no sinto e os meus dois machados já prontos para serem lançados nas minhas mãos.

Levo um pequeno susto quando um barulho de estáticas surda meus ouvidos, logo a voz de Claúdios aparece com um recado para os sete tributos que ainda sobraram.

Sinto em lhes informar que as próximas quatro horas do dia de vocês será uma grande prova, a todos. Queremos testar suas forças, para ver se merecem mesmo ganhar os jogos deste ano. Os que conseguirem sobreviver as próximas horas do dia com as surpresas que enviaremos, irá receber um banquete - o que ele queria dizer com tudo aquilo? desejo a vocês toda a sorte.

Assim que a voz dele silencio ouve outro barulho de estáticas e então tudo pareceu voltar ao normal.

Quatro horas de uma grande prova, mas que prova? Querem testar nossas forças para saber se merecemos vencer os jogos?

Longe ouço uma voz familiar. Uma voz que partiu o resto do meu coração. Era Erick, e ele está gritando coisas horríveis sobre mim.

Você me matou - ele gritava - um monstro, você é um monstro.

Como ele poderia estar falando se está morto? Tento procurar de onde vem o som da voz dele mas não encontro nunca. E então eu ouço outra vez e o pavor toma conta de mim.

Maninha socorro - Era a pequena Julia, pegaram ela e a colocaram aqui na arena, esse era o meu teste? Salva-la?

Johanna - a voz da minha mãe era de puro terror.

Corro para a florestas para ajuda-las já imaginando o pior, foi quando eu achei de onde o som estava saindo.

Um gaio tagarela. Achei que eles estavam extintos quando acabou a guerra.

Os gaios tagarelas eram mutações feitos pela capital para transmitir as conversas dos rebeldes para a Capital assim eles sempre sabiam dos seus planos, mas então os rebeldes descobriram e inventaram uma forma de enviar mensagens falsas para a Capital.

Assim que descobriram que os planos dos gaios tagarelas deram errado os deixaram quase extintos, sobrando apenas alguns machos que foram soltos na floresta para morrer.

Mas até onde sabia não morreram antes de cruzarem com tordos, fazendo uma espécie nova que a capital não imaginava que existiria, a diferença entre gaio tagarela e tordos é que hoje em dia os tordos apenas repetem as notas musicais que cantamos, como uma melodia. E os gaios imitavam cada palavra e tom de voz.

A primeira faca lanço bem na boca do gaio tagarela que imitava a voz da pequena Julia. E então outras vieram, João, Max e meu pai. Gabriela e até Jered. Todos implorando por ajuda e gritando coisas horríveis a meu respeito.

Não é real tento dizer a mim mesma. É uma mutação feita na capital, fizeram alterações e mandaram para a arena assim como os rebeldes fizeram contra na guerra, é uma armação para me fazer fraca e vulnerável.

Atiro outra faca em outro gaio e outras vozes aparecem, mata-los não vai adiantar. Mesmo com o medo de que aquilo tudo é real, mesmo uma parte de mim me dizendo que pegaram minha família e meus amigos e que estão os torturando eu tento fugir para longe deles, mas as vozes me seguem.

Depois de uns dez minutos correndo ouço uma voz diferente, uma que nunca tinha escutado antes. Era um grito pedindo ajuda, mas dessa vez não para mim. É quando eu vejo a garota do distrito 11, ela é pequena magrinha e tem a pele morena. Está batendo com a cabeça contra uma arvore, e todas as vozes que pediam para que eu as ajudassem se silenciaram. Tudo que ouço é gritos pedindo por Rose.

Olho para cima e abro um sorriso travesso do tipo que as crianças dão antes de fazer alguma arte. Agora é a vez da Rose eu penso.

Ando até perto dela, sei que não pode me ouvir. Estou a pouco centímetros do seu corpo, posso até toca-la.

Ergo apenas um machado com as duas mãos bem no topo da cabeça de Rose. E bem na hora que vou acerta-la ela vira e me olha nos olhos.

Olhos marrons clamando por ajuda. Vou ajuda-la quero dizer para a criança na minha frente. Vou calar todas as vozes que estão lhe machucando. E com um único golpe o meu machado desce até o pescoço de Rose abrindo em linha vertical uma saída de sangue que jorra em mim. O canhão soa anunciado a morte dela

Os pássaros de Rose se silenciaram, assim como ela. Ambos não existem mais. Tudo parece voltar ao normal

Seis tributos ainda restam, ando de volta a caminho para o riacho perto da cornucópia e alguns metros de lá eu ouço o canhão. Cinco tributos, como será que esse tributo morreu? Tento imaginar enquanto caminho. E quando me deparo com um corpo enforcado em uma arvore. Um menino, não lembro de qual distrito era, mas saberei essa noite.

Faltam três horas antes que a grande prova acabe. Qual será os próximos testes que teremos que enfrentar agora?


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Notas finais do capítulo

Então gente o que vocês acharam do capitulo? Pra mim foi bem dificil de escrever cada vez que eu lia eu mudava algo ai parei de ler pq se não eu nunca ia postar asuahsu. Comentem, deem like, indiquem para seus amigos. Se quiserem postar em alguma page do face podem mandar. Beijos abraços e até o proximo capitulo.



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