A verdade sobre Johanna Mason escrita por Carol Paris


Capítulo 11
Capitulo 11 - A primeira noite


Notas iniciais do capítulo

Oii gente então esperem os proximos capitulos agora e digam o que estão achando



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/574274/chapter/11

Erick me ajudou a amarrar uma atadura que tinha na mochila dele na minha panturrilha, para que estancasse o sangue, mas não parou a dor.

– Vamos achar um abrigo – ele me disse – já está escurecendo.

– Vamos achar uma arvore alta e dormimos lá em cima

– Vai subir uma arvore com a perna desse jeito? – ele pergunta – e eu sou muito pesado, não consigo subir em arvores altas.

– Ta tudo bem – eu disse já um pouco irritada por ter que ceder.

Depois de mais uns quinze minutos de caminhada encontramos um lugar perfeito segundo Erick para dormir, era um buraco no chão tapado com algumas folhas, meio que uma toca grande de coelho.

O dia inteiro foi quente, e sem uma brisa, mas agora a noite é tão frio que meus dentes estão batendo uns nos outros. Penso que talvez pode ser febre por causa do meu machucado na perna, mas vejo que Erick também está todo encolhido.

Tiro o saco de dormir da mochila e vou para dentro dele, ainda está frio mesmo ali dentro.

Sentada e com o machado na mão começo a sentir o sono me dominando. Estou tão cansada que queria dormir por uma semana.

O céu fica claro e o símbolo da capital aparece enquanto toca alguns acordes do hino. As baixas, as mortes do primeiro dia na arena.

A primeira que aparece é a garota do dois, a carreirista que Erick matou para vir me ajudar, ainda não sei como ele fugiu dos carreiristas e também não quero muito saber. E então o garoto do quatro e do cinco, ambos do seis. A garota do oito que eu matei, os dois do nove e do dez. O garoto sem uma mão do onze. E ambos do doze. Treze mortes no primeiro dia. Restam onze de nós.

– Pode dormir primeiro – Erick fala – eu fico de guarda.

– Não acho que você precisa ficar de guarda, está tão frio que eu duvido que até mesmo os carreiristas saiam hoje para caçar alguém – eu digo para ele – se quiser eu divido o saco de dormir com você, ele é grande – eu estendo a abertura para ele ver que ainda tem espaço, não quero que me aliado fique doente ainda mais agora que eu estou machucada.

– Tudo bem – ele diz invadindo meu espaço pessoal para dentro do meu saco de dormir – acho que está certa.

Fica apertado e difícil de se mexer ali dentro, mas é quente o que é bom para nós dois.

– Eu quase sempre estou – digo sorrindo.

– Você está quente – ouço ele falando enquanto põem a mão em minha testa

– Erick... – eu digo já de olhos fechados e quase dormindo

– Sim? – ele responde

– Você promete que vai me avisar antes se não quiser mais ser meu aliado? Porque daí eu terei que te matar para você não me matar.

– Eu não vou te matar – ele sussurra para mim e pela primeira vez desde a colheita eu durmo me sentindo segura.

Em meu sonho o presidente Snow está na arena com a gente. Eu e Erick montamos uma armadilha para ele e ele fica preso, então o matamos.

Acordo com uma pontada na minha panturrilha onde o pássaro me mordeu.

Tento abafar o grito mas mesmo assim ele escapa de mim.

Erick levanta num susto.

– Você está bem? – ele pergunta – Johanna o que aconteceu?

Eu estou me contorcendo de dor enquanto tapo minha boca para que ninguém me ouça gritando. Tenho a sensação de que estão enfiando pequenas agulhas na minha perna onde estou machucada, é agonizante.

Erick olha para cima e diz “Por favor, ela precisa de ajuda”.

– Por favor Blight, Chady. Por favor ajude ela.

E então eu ouço um barulhinho que não tinha ouvido antes, Erick sorri para mim e diz vai ficar tudo bem e sai correndo do nosso abrigo.

Ele me deixou? Ele foi embora e me deixou para morrer?

Depois de uns cinco minutos ele volta com vidro de remédio nas mãos.

– Você recebeu um paraquedas – ele me disse sorrindo

– É sério? – eu perguntando já sentando.

Erick corta minha calça até o joelho e tira a atadura que tinha colocado antes e que agora está coberta de sangue.

O remédio é um material pastoso, deve ter sido caro porque não é um remédio qualquer. Ele passa bem em cima do meu ferimento e no inicio queima como se aquilo agua fervendo, mas então o alivio aparece.

– Obrigado – eu digo a Erick.

Depois de meia hora minha perna já estava praticamente curada, ainda tinha ferida em aberto, mas não doía mais como antes. Fiquei no abrigo esperando Erick que tinha ido caçar.

Ele voltou com um coelho, eu tirei a pele do animal e fizemos uma fogueira. Comemos um pão de cada que tinha na minha mochila, e o coelho. Tomamos um pouco de água e então saímos.

– Temos que achar os outros tributos, quero acabar logo com isso – Erick disse sem olhar para mim.

– Eu vi para onde alguns fugiram – eu disse

– Ótimo – vamos acha-los.

Andamos o dia inteiro para sair da floresta, quando chegamos perto da cornucópia já estava escurecendo, não houve nenhuma morte o dia inteiro. Achamos um bom lugar para dormir escondido perto da campina até amanhecer e os carreiristas saírem de novo para caçar.

Estava frio e chovendo, o nosso teto era algumas folhagens e eu tremia com o frio mesmo dentro do saco de dormir.

– Venha aqui – Erick sussurrou abrindo os braços para que chegasse mais perto dele e então me abraçou.

Eu não tinha mais medo agora que estava com ele, Erick me protegia e era a única coisa que mantinha a minha humanidade, era a minha única recordação de casa. Era a única coisa mais próxima de uma família que eu tinha ali.

– Foi Jered que me pediu para te proteger – ele disse

– O que?

– Jered, ele gosta de você, sabia?

– Como você conhece ele?

– Somos primos, você não sabia?

Claro que eu não sabia, eu mal lembrava da cara de Erick antes de ele ser chamado na colheita, sabia quem ele era porque o pai dele vendia moveis para a capital e eles eram bem vida, só isso. E Jered nunca me falava muito da família dele.

– Não, eu não sabia – digo

– Ele pediu pra mim te proteger, porque gosta de você. Me disse que você era diferente das outras garotas. Que era especial – Erick disse sorrindo.

Posso sentir minhas bochechas ficando vermelhas.

– Sabe – Erick sussurra – ele tinha razão, você é especial – e então deu um beijo na minha testa e ambos dormimos abraçados com saudade de casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai quero teorias de vocês sobre o que vai acontecer ahsuagsuahsuhau o que estão achando? ta bom? continuem comentando vocês são uns amor beijão